Blog do Chico Maia

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Imagens que ficaram faltando: chimarrão da imprensa em Rosário; o orgulho dos “leprosos” e o fim do Salamanca

Cada povo com as suas características e hábitos: entre uma narração e outra, locutor de rádio de Rosário tomava o seu chimarrão, com a bomba, mate e água fervente, que leva de casa.

MATE

Para nós, o normal seria uma garrafa de café.

Esta vi em um jornal da Espanha e estava devendo a publicação no blog: destaque para o fechamento das portas do tradicional Salamanca. Clube comemoraria 90 aos de existência, mas foi fechado pelo governo por causa das dívidas. Deve 23 milhões de euros, menos de 70 milhões.

FIMDOSALAMANCA

No Brasil, clubes que devem “só isso” são citados como modelos de boa gestão.

Jornal editado pelo Newell’s, sobre o jogo, e distribuído aos torcedores na chegada ao estádio.

JORNAL

No início do Século XX o clube deu apoio a uma campanha de ajuda aos leprosos, ao contrário do arquirival, Rosário Central, que se recusou a receber os doentes em suas instalações, e por isso, seus adeptos passaram a ser chamados de “canalhas”.

O Newell’s adotou o apelido de “lepra” e seus torcedores “leprosos”.


Newell’s mereceu; faltou bola ao Galo

Quem temia o miolo de zaga improvisado se surpreendeu com outra atuação apagada de quase todo o time. O Atlético começou bem o segundo tempo e deu a impressão que equilibraria o jogo. Ronaldinho desperdiçou ótima oportunidade no primeiro minuto, e o estádio respirou fundo.

Mas, passado o susto, os donos da casa retomaram as rédeas e voltaram a mandar no jogo. No primeiro vacilo da defesa, aos 16 minutos, Máxi Rodrigues abriu o marcador de cabeça, e aos 34, Scocco, de falta, definiu o placar.

Foi de longe, mas muito bem batida. por cima da barreira e raspando o poste.

Não se comemora resultado negativo, mas pelo que o Atlético não jogou e pelas chances perdidas pelo Newell’s, ficou de bom tamanho.

Os planos do técnico Gerardo Martino esbarraram na ótima noite do Victor no primeiro tempo. O objetivo era marcar um gol logo de cara e desnortear o Galo, e abrir caminho para uma goleada.

Além de uma defesa espetacular do goleiro nos primeiros minutos, a zaga foi muito melhor que todos esperávamos. Gilberto Silva e Rafael Marques mostraram sintonia e não pensavam duas vezes para dar agulhadas na bola quando preciso.

Mesma postura do Richarlyson e Marcos Rocha. O Newell’s não deu espaços e nas poucas oportunidades criadas por Ronaldinho, quase o Galo marcou, especialmente com Bernard, aos 42, quando passou pelo goleiro, mas este como um gato, tirou a bola dos seus pés, sem cometer falta.

Vamos ver como será a postura do time no jogo da volta. Não dá mais para reclamar de cansaço e a correria terá de ser grande para conseguir fazer dois ou mais gols e não tomar nenhum.

ESTADIO

Estádio acanhado, mas longe de exercer pressão anormal sobre os adversários. Não pode ser usado como desculpa.


O pré-jogo!

Não fez o frio que se esperava em Rosário e também nenhum problema para se chegar ao estádio, que fica dentro de um parque florestal, quase no centro da cidade.

Com o hotel no centro, fui a pé, em quase meia hora. Na movimentada avenida Pellegrini, de comércio intenso, mesas de bares espalhadas pelas largas calçadas, cheias de torcedores do Newell’s, animados e amistosos.

Eram 19h30 e já dava para ouvir os primeiros refrões da apaixonada torcida rubro-negra. No mesmo instante em que chegavam os atleticanos, de ônibus, táxi e a pé, também cantando e agitando as bandeiras do Galo, sem problemas.

CAMTORCIDA

Grande número de policiais dando cobertura e revista rigorosa na entrada do estádio.

Educação e boa informação totais dos funcionários do NOB. Os companheiros de rádio, que sempre chegam mais cedo, por volta de 15h30, para testar linhas de transmissão e equipamentos, reclamaram, que só bem tarde chegou a companhia telefônica para dar assistência. E mesmo assim, só um, para atender a um monte de emissoras.

Outra reclamação é que a internet à disposição da imprensa não funcionava nas tribunas, obrigando a todos a se virar, saindo da área de visão do jogo para procurar algum canto coberto pelo Wi-Fi.

Grande parte da imprensa fica espremida num canto, na linha de um dos gols, com visão da pior qualidade. Mas justiça seja feita: para brasileiros e argentinos, nenhuma sacanagem planejada contra nós.

Tirando isso, nada mais a reclamar, Argentinos gentis, desejando “suerte, pero no mucha” e se oferecendo para ajudar no que fosse preciso. Torcedores, idem!

Aliás, futebol como nos nossos estádios antigos, que não faz muito tempo: arquibancadas de cimento, gente saindo pelo ladrão, e tudo dava certo.

Mais prazeroso ainda é ver famílias inteiras no estádio. Pais, mães, filhos e netos, juntos, respeitando e sendo respeitados, sem medo de ser felizes.

FAMILIA

Por dentro, o Marcelo Bielsa (ex-zagueiro e treinador do clube, nome escolhido pelos sócios em votação) é acanhado e não chega a ser um caldeirão, desses que assustam os adversários.

Perguntei ao Thiago Reis, Pequitito e Roberto Abras, se seria um “Independência” antes da reconstrução, e eles unânimes: “não; é um Castor Cifuentes melhorado”.

Pois é! O Villa Nova merecia um estádio assim! Capacidade para 40 mil, mas se colocassem cadeiras, cairia para no máximo 15 mil.

No horário do almoço, em um programa de esportes da TV local de Rosário, os cinco debatedores eram unânimes no levantamento das vantagens de se fazer o segundo jogo em casa, principalmente fora das quatro linhas. Diziam que a diretoria do Newell’s Old Boys errou ao dificultar o treino do Atlético na noite anterior. Só liberou metade da iluminação do estádio Marcelo Bielsa, que estava sem marcação, sem redes nos gols, sem água e vestiários trancados. Os comentaristas alertaram também que os “leprosos” (apelido dos torcedores do NOB) deviam tratar bem aos atleticanos, fáceis de ser reconhecidos nas ruas de Rosário, por causa de suas camisas, para que tivessem reciprocidade de tratamento em Belo Horizonte.

Reclamavam do horário do jogo 21h50 e um dos membros da bancada ironizou: “no Brasil quem manda são as novelas da Rede Globo, e nada acontece de importante no país antes do fim da novela, que é neste horário”.

Por outro lado os comentaristas rosarinos lembravam que fazer o primeiro jogo em casa é uma grande vantagem quando se conquista uma vitória com placar dilatado, que obriga o adversário a ir para o “tudo ou nada” no jogo de volta, desde o primeiro minuto, com os nervos à flor da pele.

Um dos comentaristas explicou o que significa a frase “Caiu no Horto, tá morto”, impressa em camisas, chaveiros e canetas de atleticanos que trocaram brindes com torcedores do Rosário Central e até do “NOB”, no clima amistoso das ruas da cidade durante o dia. No que um membro da mesa lembrou: “por isso é fundamental pressionar desde o começo e marcar muitos gols, porque a chance do Newell’s é hoje; no Horto não vai dar”.

TORCIDACAM

Espaço reservado às torcidas visitantes parece um viveiro, cercado por telas de proteção até no teto.


Semelhanças na tradição, paixão, glórias e tragédias neste NOB x Galo

Na caminhada desta manhã nas margens do Rio Paraná, o técnico Cuca passou correndo feito um velocista em sua prática diária, que o mantém com peso e porte de atacante dos tempos em que era jogador do Grêmio e tantos clubes pelos quais jogou.

CUCACuca em entrevista ao Igor Tep (98,3 FM) e Fred, do Lance!

O treinador está animado, apesar dos desfalques. Não fala e ninguém tem a menor idéia do esquema que ele adotará para compensar os desfalques desta noite. Não pode fugir da tradição ofensiva do time que montou no Galo porque atrairia com tudo o adversário, que quer exatamente isso.

Não pode abrir e nem atacar demais porque além da categoria de jogadores como Rever, Leonardo Silva e principalmente, para mim, Leandro Donizete; utilizará substitutos completamente desentrosados: Gilberto Silva, Rafael Marques e Josué.

Todos sabemos que o Atlético completo é um, desfalcando de três, outro; mesmo com Ronaldinho, Tardelli, Bernard e Jô em campo.

Os jogadores aparentam motivação. Bernard, o mais animado; garante que voltará a ser esta noite o que arrebentou na maioria dos jogos deste ano e que o levou à seleção.

POSEAinda em Confins, Rafael Marques, Tardelli e Victor posam para fotos com torcedores

Não tenho dúvida que será o jogo mais difícil do Atlético este ano, mais complicado que contra o mexicano Tijuana.

Não só por ser um adversário argentino, mas pelo Newell’s Old Boys ser um clube especial, parecido com o Atlético na história, inclusive na paixão da torcida, que joga junto com o time, e de “tragédias” semelhantes em momentos de decisões que marcaram fundo na trajetória do clube.

O treinador é filho da cidade de Rosário, “prata da casa” desde os tempos de atleta; correu o mundo, dirigiu a seleção paraguaia que por pouco não tirou a Espanha na Copa de 2010, e voltou para o “NOB” mesmo tendo propostas melhores na época, pois o clube precisava dele.

Joga no ataque, sempre, e hoje mais do que nunca porque precisa de placar que faça diferença no jogo de volta no Independência. A fama de “Caiu no Horto . . .” chegou aqui, e a ordem é “matar aqui” de muito para “morrer” de pouco e sem problemas no Brasil.

Eles foram vice duas vezes da Libertadores e não querem perder esta nova chance de jeito nenhum. Caíram contra o Nacional de Montevideo em 1988 e contra o São Paulo de Telê Santana em 1992.

O time é muito bom, explora bem os lados do campo, com os laterais que avançam e atacantes que trocam de posição o tempo todo visando confundir os marcadores, em alta velocidade.

Esquema de jogo muito parecido com o do Galo, inclusive nas deficiências: o miolo da zaga é considerado lento, com veterano Heinze, 35 anos, e o jovem Vergini, 24, de 1,91 de altura.

HEINZE

Porém, a experiência de Heinze (seleção argentina, Valadolid, Sporting, PSG, Real Madri, Roma, Olympique, e o mais importante: começou no Newell’s), a liderança do capitão Bernardi, e o talento de craques como Maxi Rodriguez e Scocco, compensam e obrigam os adversários a ter cautelas defensivas.

O mais veterano é o volante Bernardi, 36, que figurou na seleção campeã olímpica de 2004 em Atenas e que perdeu a Copa das Confederações para o Brasil na Alemanha em 2005. Jogou no Olympique de Marselha e Mônaco e retornou ao seu “ninho”, o NOB.

Maxi Rodriguez tem o escudo do clube tatuado no corpo e voltou depois de sucesso no Boca, Espanyol, Atlético de Madri e Liverpool. Na seleção, esteve em 2004 e Copas de 2006 e 2010.

Scocco é o xodó da torcida, mas já com 28 anos, não fez sucesso na seleção, onde participou de poucos amistosos em 2005, 2008 e ano passado marcou o gol argentino contra o Brasil naquele jogo caça-níquel, batizado como “Clássico das Américas”, no La Bombonera.

SCOCCO

No exterior, jogou no Pumas do México e foi companheiro do Gilberto Silva no AEK da Grécia.

O adversário atleticano desta noite fará 110 anos de existência em 3 de novembro próximo e nasceu da paixão do inglês Isaac Newell, que veio para Rosário em 1884, e fundou o Colégio Anglicano. Em 1900 passou o comando da escola para o filho, Carlos, que em 1903, criou o time de alunos, homenageando o pai com o nome.


Sucesso de vendas como camisa de treino no Atlético, rosa será camisa de jogo do Boca Juniors na temporada 2013/2014

Tive a honra de ser incluído no Conselho Municipal de Desenvolvimento de Conceição do Mato Dentro, composto por 15 integrantes, todos honoríficos, dentre eles o presidente mundial da Alpargatas, Marcio Utsch, filho da terra, cruzeirense.

No dia da posse, quase dois meses atrás, perguntei a ele sobre a não renovação da Topper com o Atlético, que segundo ele, por pura falta de acerto financeiro, mas que a empresa gostou demais da experiência comercial com o Galo e que essa parceria pode voltar algum dia.

Perguntei também sobre o resultado da camisa de treinos rosa, e ele disse que foi um sucesso de vendas “espetacular”.

Hoje, aqui em Rosário, companheiros da imprensa argentina me disseram que o uniforme oficial de jogo, a camisa dois do Boca Juniors, deverá ser rosa.

Fui pesquisar na internet e vi em um site brasileiro, no “Blog da Redação”, do canal Fox Sports.

Confira:

* “Boca Juniors terá camisa rosa na próxima temporada”

Blog “Todo sobre camisetas” divulgou uma foto do possível novo uniforme dos Xeneizes

boca-juniors-camisa-rosa-original-reproducao

O Boca Juniros pouco mudará em seu primeiro uniforme para a próxima temporada. Porém, sua segunda camisa terá uma novidade: será rosa. O blog “Todo sobre camisetas”, que dificilmente falha, divulgou fotos dos possíveis mantos do time argentino para temporada 2013/2014.

* http://www.foxsports.com.br/blogs/view/108861-boca-juniors-tera-camisa-rosa-na-proxima-temporada

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Aliás, o Boca voltou a treinar ontem, visando a temporada 2013/2014 e já começou com confusão, pra variar, conforme noticia reportagem do Ramiro Scandolo, do Diário Olé:

* “Boca no tiene paz ni el primer día de pretemporada… Jugadores que quieren irse, refuerzos que no llegan, un ex que critica y uno que vuelve y se enoja, y un hincha que bardea…”

Erviti y Silva pidieron licencia y no están en Casa Amarilla. Tampoco los refuerzos con que sueñan todos. Albín, ya ido, saca los trapos al sol desde Uruguay, se anima a cuestionar a Bianchi. Araujo se muestra molesto porque nadie lo llamó durante su año en el Barcelona B. Hasta un hincha, desde la tribuna de la cancha principal del complejo, se desubica y les recuerda al pasar la interna del plantel a Orion y Caruzzo y Riquelme se lo marca a la seguridad del club… ¿Hasta cuándo?

* http://www.ole.com.ar/boca-juniors/futbol/titulo_0_949105121.html


Vida de Ronaldinho fora de campo não é fácil e Verón anuncia volta aos gramados

Vai ser mais uma prova de fogo para o Atlético, dentro de um autêntico caldeirão argentino. O time desfalcado de três importantes jogadores e o Newell’s Old Boys, completo, já que a diretoria se virou e prorrogou os contratos de quatro estrelas fundamentais:  Vergini, Orzán, Heinze e a peça principal, Scocco.

R10CAMISINHA

Nas chamadas do Fox Sports argentino há overdose de Scocco, pelo lado deles, e de Ronaldinho Gaúcho pelo Galo.

Aliás, a vida do R10 não é fácil. O assédio é grande demais. No aeroporto de Confins, quando ele pensou que fosse ter uns minutos de sossego na sala de embarque internacional, quebrou a cara porque havia um vôo da TAP para Portugal e gente de todas as nacionalidades possíveis queriam uma foto, um autógrafo ou um simples “oi”.

Teve que ser recolhido por funcionários da Infraero para uma salinha, onde ficou aguardando o voo pra Rosário, como se fosse um bandido detido.

Em Rosário não é diferente, assim como em qualquer parte do mundo. Haja paciência e cabeça pra levar.

Enquanto os companheiros dele de time passeiam pela cidade, ele não pode por a cara fora do apartamento.

O jornal Clarín dedicou enorme espaço ao lançamento da camisinha com o nome dele. Vai estourar de vendas.

Mais espaço pra este assunto do que para volta do Verón aos gramados. Há um ano ele parou, mas diante de tantos apelos e a necessidade extrema do Estudiantes ter um líder, topou voltar.

VERON

O Clarín destaca também que o Atlético está há oito jogos sem vencer, e que o Newell’s precisa tirar proveito disso.

MINEIRODEORO

Muito bom ver o Roberto Perfumo comentando em uma página inteira do “Olé”. Foi um dos grandes zagueiros das histórias do River Plate e do Cruzeiro. Sua linha como comentarista mantém  o estilo nobre dos tempos em que era zagueiro.

CLARINPERFUMO

Bandeiras e demais símbolos da Argentina podem ser vistos a todo instante, nos mais variados lugares de Rosário.

ROSARIOBANDEIRAS

Nesta foto, a bandeira do NOB, no alto, e mais embaixo, do arquirival Central.

Os calçadões dão um ar todo especial à cidade, onde o ser humano tem mais preferência que os automóveis.

ROSARIOCALCADAO

Apesar de tantos quarteirões fechados o o trânsito não é um problema pra eles .


Rosário respira política e futebol, e cidade se divide, contra e a favor do Galo

O Atlético chegou às 20h20 em Rosário, em um aeroporto que se parece com o da Pampulha.

Quase deserto, todas as lojas fechadas e alguns atleticanos para receber o time.

ABAETEPITANGUI

De Abaeté, o dentista Daniel Morato (esquerda), com o pai Edvar Morato (centro) e Luiz Carlos Rocha, de Pitangui, que tem uma filha, Luiza, casada com argentino e que vive há oito anos em Rosário.

A distância até o centro é de 13 Km e no caminho algumas características da cidade e da província de Santa Fé: paixão pela política e pelo futebol, com pichações nos muros de “NOB Campeón”, referentes ao recente título nacional conquistado pelo adversário do Galo, e frases fervorosas contra a presidente Cristina Kirchner e também contra o jornal Clarín, maior opositor do governo na imprensa.

CARROPIXACAO

A cidade está suja, prédios históricos mal cuidados e intensa propaganda política, já que haverá prévias de eleições para deputados provinciais em agosto e em outubro as eleições em si.

CAMPANHAMARTIN

No sistema eleitoral deles as prévias montam as chapas dos partidos que irão concorrer.

A temperatura neste momento é 12 graus, e a noite ainda prevalece. O sol só dará as caras lá pelas 8h30.

CAMPANHACARTAZ

A hora daqui é a mesma de Belo Horizonte.

Apesar do desleixo, que faz lembrar muitas cidades nossas, Rosário é uma cidade agradabilíssima e respira futebol.

No táxi, recepção de hotel, restaurantes e em qualquer lugar que se vá, não se fala de outra coisa.

PIXACAOPORTA

Com seus 1,2 milhão de habitantes, é dividida de forma radical entre torcedores do “Central” e do Newell’s Old Boys. Outra grande semelhança com Belo Horizonte.

Todos perguntam: como está o Atlético? A parada para a Copa das Confederações foi boa ou ruim?

Os do Rosário Central, lamentam os desfalques da zaga titular, do volante Leandro Donizete, e emendam, “que o Mineiro arrebente com eles aqui mesmo”.

PIXACAOFAIXA

Os do NOB, prevêem que, com estes desfalques ficará mais fácil para dar uma goleada que garanta jogo mais tranqüilo em Belo Horizonte, e apostam que a tática será sufocar o Galo do primeiro ao último minuto.

BARMESSI

Rosário é a cidade natal de famosos como Ernesto Che Guevara, Lionel Messi, Di Maria e muita gente mais. Fotos do Messi estão em quase todos os bares, restaurantes e locais públicos.


A caminho de Rosário

Mais tarde mando notícias do Galo em Rosário, para onde estou embarcando agora.

Até já!


Pontos para o Felipão!

Foi mais fácil do que qualquer um poderia imaginar. Tudo bem que a Espanha estava mais desgastada fisicamente, por causa da duríssima semifinal, com direito a prorrogação na quinta-feira, mas Felipão conseguiu encontrar uma formação que pode ser a ideal para a Copa de 2014. Além do mais ele sabe, como poucos, motivar um grupo.

E não só os seus comandados: soube puxar o apoio da torcida, com entrevistas humildes e respeitosas em relação ao público, pedindo apoio, realçando a importância dessa parceria da arquibancada com o gramado.

Conseguiu baixar a crista espanhola e devolve o Brasil para a prateleira de cima na bolsa de apostas quanto ao possível campeão do mundo ano que vem.

Essas charges do Duke também animaram o domingo:

DUKEPORRADA

No Super Notícia . . .

DUKEDILMA

. . . e no O Tempo.


Importância relativa

O título da Copa das Confederações tem importância relativa. Em 2005 o

Brasil de Carlos Alberto Parreira fez uma campanha irretocável, eliminou a anfitriã Alemanha e venceu com facilidade surpreendente a Argentina na final, com direito a goleada.

Virou “barbada” nas apostas para a Copa do Mundo no ano seguinte. Tanto que até a diretoria, comissão técnica e jogadores acreditaram nisso, que era só buscar a Taça, pois os jogos seriam apenas detalhes. A preparação e os dias na Alemanha durante a Copa foram de festa, até o encontro com a França de Zidane, que mandou todos de volta.

Apesar de ter ficado na quarta colocação, o Uruguai, junto com o Brasil foi quem mais ganhou, dentro de campo, com essa edição da Copa das Confederações. Mal nas eliminatórias, fez boas partidas contra o Brasil, Itália e deve manter o ritmo nos próximos jogos na briga por uma das vagas sul-americanas de 2014.

Com Luiz Felipe Scolari a seleção brasileira também conseguiu recuperar a proximidade da torcida brasileira. Sob o comando de Mano Menezes não conseguiu engrenar mesmo enfrentando adversários fracos e a gota d’água foi a perda dos Jogos Olímpicos do ano passado.

Como evento teste a competição foi muito boa para o Brasil também fora de campo. As seis cidades sedes viram onde houve erros, a tempo de consertar para o mundial em 2014, e as que não foram testadas enviaram seus observadores.

E tudo se resume na operação dos estádios e “ajeitamentos” na mobilidade até o estádio, já que as obras de infra-estrutura que precisávamos e que ficariam como “legado”, não saíram do papel.

O ideal é tivéssemos, no mínimo, Metrô ligando o Mineirão ao Centro e Savassi, por um lado, Venda Nova, Cidade Administrativa e Confins, por outro. No caso das outras sedes, situações semelhantes, com um agravante: não havia necessidade de novos e caríssimos estádios como em Recife, que tem um Arruda, que poderia ser reformado; Brasília, Natal, Manaus e Cuiabá, onde a média de público em jogos de futebol é ínfima.

O presidente da Fifa disse que foi a melhor de todas as Copas das Confederações até agora. Realmente, a segunda fase foi digna das grande disputas mundiais, com quatro seleções campeãs do mundo concorrendo. Com os jogos de ontem a média de público superou a casa dos 50 mil pagantes, contra 36 mil da África do Sul e 37 mil na Alemanha.

O Mineirão também poderia ter passado apenas uma boa reforma e não a reconstrução de um novo, que só teve aproveitada a carcaça; os gastos com o Independência e Arena do Jacaré também foram exagerados, e muitos, desnecessários, em obras que estão cheias de falhas, ainda sem correção. Nessa gastança desenfreada país afora, a origem dos protestos, e aí sim, tomara que fique um “legado”.

Escrevo sempre na condicional quando se fala de protestos e indignação populares no Brasil, porque não sei se passada a Copa das Confederações este fervor por justiça e honestidade vai continuar ou se vai parar até os holofotes internacionais da Copa do Mundo daqui um ano.