O Uruguai valorizou demais a vitória brasileira, e mais: deu uma enorme injeção de ânimo nesta fase de montagem de time do técnico Luiz Felipe Scolari, que venceu na vontade e no talento individual de alguns jogadores; Neymar e Fred principalmente. A entrada do Bernard pôs fogo no ataque e na torcida. Duas estrelas ficaram abaixo do que normalmente jogam: Daniel Alves e Thiago Silva.
Prevaleceu o futebol solidário e determinado, normalmente praticado pelos times comandados pelo Felipão.
Os uruguaios jogaram muito mais do que veem jogando nas Eliminatórias, além de terem ótimos jogadores.
Primeira vez que vi o público cantando na totalidade o hino do país sem ser interrompido pela Fifa, e foi emocionante. Por questões de cronometragem a entidade os resume ao máximo, mesmo quando se trata do país anfitrião.
Pois o Mineirão virou palco dessa “transgressão”, e pelo menos 57.483 bocas levaram o nosso hino até o fim, mesmo sem a orquestração, que era controlada mecanicamente pela Fifa. Certamente o momento cívico pelo qual estamos passando motivou os torcedores e tocou o bom senso dos poderosos cartolas, que respeitaram este raro momento nacionalista que o Brasil está exteriorizando.
Este foi apenas um dos ótimos exemplos de cidadania, civilidade e organização que tivemos neste Brasil 2 x 1 Uruguai.
Da chegada fácil ao estádio; o controle do tráfego, passando pela harmonia entre atleticanos, cruzeirenses, americanos e demais torcedores, chegando à competência e gentileza dos voluntários e prestadores de serviço em todas as áreas do Mineirão.
A segurança, impecável, e a tensão existente até então era desfeita à medida que as pessoas se aproximavam do estádio e sentiam que o ambiente era de confraternização.
Não parecia que estávamos no Brasil. Mineirão e mineiros, estamos aprovados para um grande evento esportivo internacional.
Infelizmente um jogo de futebol comum, nosso, não pode decretar feriado em Belo Horizonte e nem contar com aparato de segurança tão gigantesco. Além do mais, grande parte dos torcedores não se comporta civilizadamente como num deste.
Entretanto alguns itens podem e devem ser utilizados em qualquer jogo: sinalização e orientação de agentes de trânsito e prestadores de serviço bem preparados dentro do estádio.
Só isso já ajudaria muito no ir e vir, acesso, e atendimento ao público nos bares e demais serviços internos.
Reforça a convicção que tenho de que a comercialização da cerveja não provoca mal nenhum, pelo contrário. Os torcedores chegam mais cedo, entram logo e aguardam o início do jogo a poucos metros da cadeira na qual vai se sentar.
Circulei por todo o estádio e não vi nenhum tumulto. Presenciei uma única cena de grosseria, quando uma balzaqueana, que parecia uma vaca louca, agredia verbalmente a assustada moça do caixa, porque o jogo estava pra começar, e ela não tinha troco e aguardava a chegada de um superior com a grana.
Já longe do Mineirão, mais um jovem caiu do viaduto da Avenida Abraão Caran, durante as legítimas manifestações, e quando o jogo estava 1 a 1, ouvi pelo rádio que marginais saqueavam lojas nas imediações da Antônio Carlos, enquanto a polícia trocava bombas com baderneiros.
A nossa Polícia Militar e a Força Nacional trabalharam em conjunto e mantiveram a ordem nas imediações do estádio.
Mas na Avenida Antônio Carlos e outras regiões da cidade o pau quebrou.
Baderneiros voltaram a saquear e incendiar lojas. O que me faz concordar com o prefeito Marcio Lacerda: “a Polícia está prendendo pouca gente; deveria pegar mais”!
Manifestante é do bem; marginal deve ser tratado como marginal.
Meus conterrâneos Elder Bolson (esquerda), Geraldo Celso Abreu (centro) e Bruno Villas, que mataram saudade da cerveja no Mineirão.
Cena rara: o gente boa Tino Marcos, da Globo, de óculos, no Centro de Imprensa do estádio, antes do jogo:
Os voluntários que trabalharam em Belo Horizonte estão sendo elogiados como os melhores entre todas as sedes.
Aqui, da esquerda para a direita o holandês de Roterdan, Rick Breugemans, a alemã de Hamburgo, Riccarda Munch, e o “belzontino”, Analista de Sistemas, Rômulo Diniz.
No Centro de Imprensa, José Alberto de Andrade, grande repórter da Rádio Gaúcha de Porto Alegre, a coordenadora de esportes da Itatiaia, Úrsula Nogueira, e o comandante da “Rádio de Minas”, Emanuel Carneiro:
O prefeito Marcio Lacerda entre os Secretários Municipais Régis Souto (Comunicação) e Camilo Fraga (Secopa/BH) à direita:
O ex-presidente da Associação Brasileira de Agentes de Viagens/ABAV-MG, José Mauricio Miranda Gomes chegando com a esposa Fátima, o genro Bruno e a filha Tatiana:
O Tropeiro “Padrão Fifa” é sem o tempero e visual do antigo, mas até que não está ruim,
Agarrado com a sua bandeira do América, o Euler Almeida, de Guanhães, com a filha Bruna e o primo Marco, com o filho Gabriel.
Euler é Conselheiro do Coelho e primo do Domênico Bhering, grande assessor de imprensa do Galo!
Estudantes em Viçosa, o Daniel, de Lagoa da Prata e a Ana Beatriz, capixaba de Cachoeiro do Itapermim, na democracia alvinegra e rubro-negra.
Os companheiros da jovem e ótima equipe do jornal O Tempo:
Da esquerda para a direita, Thiago Nogueira, Josias Pereira, Thiago Prata, Leandro Cabido, Antônio Anderson, Ana Paula Moreira, Guilherme Guimarães e Felipe Ribeiro.