Emmerson José é um dos maiores divulgadores que o Atlético tem no mundo. Belorizontino, do Bairro São Paulo, foi para a Bahia bem jovem, em 1985, onde se tornou grande nome da comunicação, graças ao seu talento como radialista.
Entrou para a história como o primeiro não baiano, presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, e o mais jovem a ocupar este cargo na história do legislativo soteropolitano.
Um dos mais apaixonados atleticanos que conheço, prestou homenagem ao presidente Alexandre Kalil, que, com a sua diretoria, tirou o Galo do atoleiro, e o colocou novamente na prateleira de cima do futebol brasileiro.
Na íntegra, o artigo do Emmerson José:
* “Uma Locomotiva Chamada Kalil”
(por Emmerson José)
25 de agosto. Eu queria ter nascido nesse dia, diria um grande fã do eterno e inesquecível Elvis. Nem precisaria ser em Tupelo, Mississippi. ‘Pai, por que eu não nasci em nove de outubro, como Lennon?’, perguntaria um beatlemaníaco para o mentor, emendando Mother em seguida, para não causar ciúmes. Nem necessitava ser um país civilizado como a Inglaterra. Mesmo que fosse aqui neste terceiro mundão. Não, leitores e internautas, isso não é fantasia. Acontece diariamente.
O tempo que você levou para ler até aqui este texto, foi o mesmo que alguém no mundo ou fez ou se fez esta pergunta. A emoção e a paixão são a base e o fundamento da alegria de milhões ao redor do planetão Terra. Ah, a paixão… Algo que tem uma relação siamesa com o futebol. E se falar em futebol no Brasil, tem de se falar na apaixonada nação atleticana. Agora imagine, você torcedor do Atlético, tendo nascido no dia 25 de março? É muito, né? Difícil, hein? Imagine nascer nesse dia histórico, ser filho de um dos maiores pilares da história atleticana e comandar a grande virada do clube na sua existência? Homem de sorte este Kalil…
O Galo já ganhou a América? Ainda não. O Brasileirão ou a Copa do Brasil 2013? Também não. Mas ganhou o mundo. Ganhou os mais afastados rincões deste Brasil e desta América do Sul. Aliás, Brasil que sempre só apresentou destaques no eixo Rio – São Paulo, centro preferido da mídia esportiva nacional e, claro, das arbitragens. A maior vitória do Galo neste biênio 2012/2013 não é título. Ao menos ainda. É mudar essa trajetória da bola e da mídia. É ter valor e respeito no mercado, é a multidão que o persegue. É o recall do investimento que foi feito.
Que inveja de milhões de atleticanos tem este obstinado responsável por isso, chamado Alexandre Kalil. Ele sabe que nada foi fácil. Homem que forjou seu caráter em casa, entende a dificuldade de vencer em um meio que é um campo minado. ‘Quem tem amigo, nunca é um fracassado’. Este fragmento foi retirado da obra de arte A Felicidade Não Se Compra, clássica película de Frank Capra. Um filme que é em preto e branco, alvinegro, portanto. Em seu pior momento no seu amado Atlético, Kalil (o filho) recebeu um telefonema de um pai atleticano, que com o filho, lembraram a ele essa máxima de Capra. Alexandre, o marrento, o nervoso, mas o apaixonado atleticano assimilou, mesmo sendo uma mensagem cruzada a 1.500 quilômetros de distância de BH. Deu no que deu. Ele matou no peito o lançamento da mensagem e enfiou nas redes.
Afinal, aqui é Galo, como diz sua maior contratação, o fenomenal Ronaldinho Gaúcho. Mas nos bastidores, é Kalil. O combustível desta locomotiva é o amor da torcida, que nunca vai evaporar…
* Emmerson José é editor-chefe e âncora da rádio CBN Salvador e do Fala Bahia da Bahia FM.
Além disso, é Galo na Veia
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