De repente, sem jogar; só treinando, o Atlético vai se desfalcando seriamente para o primeiro jogo da semifinal contra o Newell’s Old Boy, dia 3, em Rosário: Leonardo Silva machucou o ombro no domingo; Leandro Donizete, a coxa, na segunda; Bernard, sentiu o pé no treino da seleção, também ontem.
E já estava desfalcado do Réver, que por pura irresponsabilidade foi suspenso por dois jogos no julgamento pela expulsão contra o Tijuana.
Inacreditável que justamente o capitão do time, cometa uma idiotice como aquela, de partir pra cima do árbitro reclamando contra a marcação do pênalti, defendido pelo Victor.
Pior: depois da defesa do goleiro, com o jogo acabado.
O Cruzeiro passeia e treina nos Estados Unidos. Com o Campeonato Brasileiro parado, foi uma forma encontrada pela comissão técnica para unir mais o grupo.
Vários jogadores levaram inclusive as esposas, criando clima mais familiar.
O América jogaria amistoso com o Vasco em Uberlândia, mas a PM sugeriu que este jogo seja em outra cidade, já que o clima das manifestações está agitado lá, também.
Aliás, sobre essas manifestações, passou da hora das polícias aumentarem o rigor contra os marginais que se aproveitam para quebrar e roubar.
Nas rodovias de acesso a Belo Horizonte, anel rodoviário inclusive, ladrões estão se aproveitando do trânsito parado e roubando, em plena luz do dia, motoristas e passageiros, sob ameaça de revólveres.
Manifestante é manifestante, marginal é marginal; fáceis de serem identificados. Sujeito com capuz, que não quer mostrar a cara, já deveria ser retirado de cara do movimento e identificado.
Mas, com tantos direitos que os marginais têm, garantidos por lei, no Brasil, as polícias são tolhidas em muitas ações.
No Rio, a polícia identificou o líder de uma quebradeira, pediu a prisão preventiva do sujeito, mas teve o pedido negado por uma Juiza.
Notam o cuidado dos comandantes da Polícia Militar e da Civil nas entrevistas em Minas?
Boa parte da imprensa cobra respeito aos “direitos humanos” dos bandidos de tal forma, que fica a impressão que só eles têm “direitos”. O cidadão normal, os comerciantes, enfim, que se danem.
Aliás, três policiais militares foram baleados sábado; isso senhoras e senhores, baleados, em Ribeirão das Neves. Os três estão hospitalizados; um deles mal de saúde, mas essa mesma imprensa que tanto cobra respeioto das polícias, pouco ou nada falou do fato.
Até agora não ouvi nenhum pronunciamento das tantas comissões de direitos humanos, que, normalmente, fazem visitas a marginais quando estes são baleados ou apanham, das polícias ou da população.
Esse cuidado todo que existe com os direitos dos marginais, é que faz com que Belo Horizonte inspire preocupações, como estas reportadas pela Folha de S. Paulo, na edição de ontem:
* “Local da última grande vaia à seleção, Belo Horizonte vira palco de protestos”
Depois de passar por seis capitais desde o início da preparação para a Copa das Confederações, a seleção desembarcou ontem à noite em Belo Horizonte, a cidade mais temida pelos responsáveis pela segurança da equipe.
Na quarta-feira, o time disputa na capital mineira a semifinal contra o Uruguai.
Mesmo sem ter recebido um jogo importante até agora, a cidade é um dos principais palcos dos protestos contra os gastos da Copa-2014.
No sábado, cerca de 60 mil pessoas fizeram protesto nos arredores do Mineirão, que terminou com 37 feridos, 32 presos, depredação e furtos.
Além da temperatura política alta, a seleção ficará concentrada dentro da cidade, um lugar de fácil acesso aos manifestantes. Nas outras capitais, a CBF optou por hotéis em regiões afastadas do centro ou de locais badalados.
Mesmo isolado, o time teve sua rotina alterada pelos protestos. Em Brasília, foi obrigado a sair mais cedo do hotel e ganhou reforço de segurança na ida ao estádio. Em Fortaleza, manifestantes protestaram na porta do hotel.
O comando da Polícia Militar de Minas Gerais considera iminente um novo confronto com manifestantes no entorno do Mineirão. “Eu dou como certo”, disse o comandante-geral, coronel Marcio Sant’ Ana, que prevê também um combate mais duro pelo fato de o jogo ser do Brasil.
As duas manifestações anteriores foram antes das partidas envolvendo Taiti e Nigéria, na segunda-feira, e Japão e México, no último sábado.
Por darem como certo o novo confronto, a polícia recomenda que os manifestantes não sigam até o Mineirão.
“É prudente que os pais repensem a participação dos seus filhos nesse evento. Mudou o perfil dos manifestantes. As coisas tomaram outro rumo e isso nos preocupa”, disse o chefe da Polícia Civil, delegado Cylton Brandão.
A PM diz que a segurança da torcida está assegurada. Segundo ele, nenhum problema aconteceu com os torcedores que foram ao Mineirão nos dois jogos anteriores.
VAIAS
Dentro do estádio também há temor. O Mineirão foi palco da última grande vaia para a seleção, já sob o comando de Luiz Felipe Scolari.
No dia 24 de abril, o time empatou por 2 a 2 em amistoso contra o Chile –nem mesmo a presença de Ronaldinho, ídolo do Atlético-MG, poupou o Brasil das críticas.
Na ocasião, Felipão disse que o torcedor tinha razão em vaiar. “Agora é diferente. Naquele jogo, o time estava em formação, agora tem uma identidade e vem jogando bem. Não temo pelas vaias”, disse o meia Bernard, 20.
Caçula da seleção, ele foi formado no Atlético-MG. Apesar de Ronaldinho ter sido preterido, os atleticanos têm ainda o atacante Jô e o zagueiro Réver no elenco do Brasil.