Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

Coluna às terças e quintas

A partir de hoje a minha coluna no Super Notícia sai às terças e quintas-feiras.

Desde sexta passada o companheiro João Vitor Xavier está também conosco como colunista.

Aliás, o João acabou não assumindo o programa de esportes da Band Minas, no lugar do Golassô devido à incompatibilidade de horários.

Ele teria que chegar atrasado às sessões da Assembleia Legislativa e por isso agradeceu a direção da casa e deixou as portas abertas para um futuro acordo.

Na coluna de hoje destaco os elogios da imprensa do Rio e SP ao futebol jogado pelo Atlético, e faço uma observação:

* Empolgação

“Elogios como esses são muito bons para o ego alvinegro, mas aí vem a realidade do futebol e da vida: toda esta beleza de futebol tem que vir acompanhada de títulos, pois é isso o que importa. A euforia do momento se transforma em raiva da noite para o dia, ou melhor: em pouco mais de 90 minutos. Basta uma partida de futebol ruim e a perda de uma decisão importante.

Ainda bem que, pelas entrevistas de Cuca e dos jogadores, parece que todos têm plena consciência disso.”

—————————— 

Aliás, desde a semana passada o Super e o Tempo estão de cara nova na internet. Ficou ótima.

Dê uma conferida!

* http://www.otempo.com.br/opini%C3%A3o/chico-maia/o-momento-raro-do-atl%C3%A9tico-e-os-riscos-do-futebol-1.643989


Dirigente do Botafogo diz que clube foi convidado a mandar jogos no Mineirão

Uai!

Notícia mais estranha essa.

Está no Uol.

Não fala quem convidou e ainda diz que o Bota tem uma “grande colônia” por aqui.

Em Juiz de Fora sim; sei que há muitos torcedores do Botafogo, mas em Beagá?

Conheço cinco jornalistas mineiros que são simpatizantes botaguenses. Aliás, todos da prateleira de cima, porém, só vão ao Mineirão para trabalhar, e não comparecem à bilheteria.

A notícia também diz que o Mineirão “é o favorito, já que não é tão distante”.

Eu hein!?

Jogaram o barro na parede para ver se alguém compra a ideia.

Se colar, colou!

* “Bota recebe ofertas para jogar no Mineirão e na Fonte Nova e se divide”

Bernardo Gentile
Do UOL, no Rio de Janeiro

A interdição do Engenhão continua interferindo no Botafogo. Sem sua casa, o clube de General Severiano recebeu propostas para jogar no Mineirão e na Fonte Nova durante o Campeonato Brasileiro. As ofertas foram comemoradas por alguns, mas vista com desconfiança por outros, que defendem que o mando de campo do Alvinegro deve ser no Rio de Janeiro.

Mandar jogos fora do estado tem sido um pedido recorrente dos clubes cariocas para a Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro), que deverá dar uma resposta ainda nesta semana. O Botafogo, no entanto, ainda precisa definir internamente o caminho a ser trilhado nesse sentido. Enquanto o departamento de futebol não deseja sair do Rio e “perder o mando de campo”, o departamento executivo defende a ideia de lucrar com a delicada situação.

O Botafogo estreia no Campeonato Brasileiro contra o Corinthians, no sábado, dia 25 de maio, no Pacaembu. Na segunda rodada, o Alvinegro receberá o Santos, na quarta-feira, dia 29. E é justamente este confronto que parte da diretoria espera levar para fora do Rio de Janeiro. O Mineirão é o favorito, já que não é tão distante e conta com uma grande colônia de botafoguenses . . ..

* http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2013/05/14/bota-recebe-ofertas-para-jogar-no-mineirao-e-na-fonte-nova-e-se-divide.htm

———————————————–

Foto de um dos times mais importantes da história do Fogão, campeão carioca de 1962, do blog futebolemfotos.blogspot.com.br

BOTA

Em pé: Paulistinha, Manga, Nadir,Nilton Santos, Airton e Rildo;

Agachados: Garrincha, Edson, Quarentinha, Amarildo e Zagallo.
Com 4 jogadores campeões do mundo pela seleção brasileira na Copa de 62, o Botafogo foi Campeão Carioca em cima do Flamengo, após vitória por 3 a 0. Garrinha foi o destaque da partida, com 2 gols

TV Alterosa flagra cenas lamentáveis de intolerância, agressões e impunidade!

O Feliciano Abreu postou no facebook dele.

Tudo muito lamentável.

Incrível como o instinto selvagem baixa em tanta gente quando o assunto é futebol, independentemente de clubes, já que todos, têm cabeças cozidas e troglodistas.

* “As câmeras da Alterosa flagraram um caso lamentável no Independência, durante o clássico Atlético x Cruzeiro. Um torcedor cruzeirense teria cuspido em um adolescente de 13 anos. O pai, que é major da Polícia Militar, foi tirar satisfação e os dois saíram no tapa na frente da câmera e da polícia…”

Veja:

http://www.alterosa.com.br/app/belo-horizonte/noticia/esporte/alterosa-esporte/2013/05/13/noticia-alterosa-esporte,85061/flagrante-cruzeirense-cospe-em-adolescente-de-13-anos-e-pai-atletican.shtml


Brasil tem o ingresso mais caro do futebol mundial

É lamentável, mas é verdade!

E com essa história de “estádios modernos” para a Copa, aí é que aproveitam para jogar o preço lá em cima.

E estádios cheios de problemas!

Obrigado ao Emilio Figueiredo que enviou essa sugestão de pauta, através do link do site da Fox Sports:

* “Brasil tem o ingresso de futebol mais caro do mundo”

Estudo mostra que poder de aquisição de bilhetes dos brasileiros é o menor do planeta.

O público nos estádios brasileiros tem decrescido de forma exacerbada. A cada campeonato disputado, o número de torcedores que assistem a uma partida diminui. Um dos principais fatores pela queda de público no Brasil é a elevação do preço dos ingressos. De acordo com um estudo da Pluri Consultoria, o Brasil é o país com o ingresso de futebol mais caro do mundo.

A pesquisa analisou o custo dos ingressos no Brasil e em outros 15 países, levando em conta o preço médio do ingresso mais barato (inteiro e não promocional) dos clubes que disputam a primeira divisão das nações analisadas em comparação com a renda per capita de cada país.

No Brasil, o preço médio dos ingressos mais baratos é R$ 38,00 (US$19,12). Considerando a renda anual média do brasileiro (US$ 12.340,00), o torcedor pode comprar, no máximo, 645 ingressos – a menor quantidade na comparação com os outros 15 países. Vale lembrar que, no último Campeonato Brasileiro, a média de público foi de 12.983 pessoas.

Logo atrás do Brasil na lista dos países com as entradas mais caras do mundo, vêm Espanha (805 ingressos que se pode adquirir com a renda per capita) em segundo lugar e Itália (865 ingressos com a renda per capita) em terceiro. O país que tem o bilhete de futebol mais barato em relação à média anual de salário é o Japão, onde a renda per capita permite a compra de 2046 ingressos.

Na média dos 16 países analisados, a renda per capita permite a compra de 1.308 ingressos, ou seja, 103% a mais do que o brasileiro pode adquirir. O Reino Unido é o país cujo ingresso tem o preço bruto mais caro: R$ 84,21. No entanto, levando-se em conta a renda, o britânico pode comprar até 911 ingressos por ano. Desta forma, a Terra da Rainha é o país com o sexto ingresso mais caro do mundo.

INGRESSOS

* http://www.foxsports.com.br/noticias/101023-brasil-tem-o-ingresso-de-futebol-mais-caro-do-mundo


Jornalista carioca sugere que o Galo seja a seleção brasileira na Copa do Mundo

Renato Maurício Prado, na coluna dele de sexta-feira, no O Globo:

“. . . E o time de Cuca joga por música. Dá gosto ver!
A ponto de, sinceramente, eu já começar a achar que ele pode até ser usado como alternativa para armar a seleção brasileira, caso o time de Felipão não consiga se encontrar na Copa das Confederações. Ter a base de um time forte e bem-sucedido sempre foi meio caminho andado para o êxito de qualquer selecionado. Basta lembrar, por exemplo, a Espanha, em relação ao Barcelona, e a Alemanha, com o Bayern de Munique.

Com a falta de tempo para treinar e os jogadores vindo cada um de um lugar, está realmente complicado para qualquer treinador achar a escalação ideal e dar a ela conjunto e padrão tático.

A idéia de usar esse poderoso Atlético como forma e modelo esbarra, porém, num problema sério: ele joga de forma tão ofensiva que é difícil crer que Felipão, um técnico apaixonado por beques e volantes, se disponha a encampá-lo.

Aí já surge outra questão. Será Felipão mesmo a nossa melhor escolha? Dependendo de como o Brasil for na Copa das Confederações e de uma possível conquista do Atlético na Libertadores, não me espantarei se começar uma grita por Cuca na seleção. Com ele, teríamos um escrete jogando no ataque, com um futebol altamente técnico, bem à altura de nossas melhores tradições.

Abre o olho, Scolari…

A maior dúvida

Se tivesse seus companheiros do Atlético ao lado, será que Ronaldinho voltaria a dar show com a camisa da seleção? Ou o que lhe facilita aqui é a marcação mais frouxa e zagueiros de pior qualidade?”

* http://oglobo.globo.com/esportes/rmp/


Verdades de um jornalista carioca sobre o Atlético

Renato Maurício Prado, na coluna dele de ontem, no O Globo, antes do clássico:

* “Metamorfose”

Com razão, os rubro-negros andam inconformados com a enorme diferença de rendimento entre o Ronaldinho Gaúcho do Atlético Mineiro e o do Flamengo. Realmente, ele mudou da água pro vinho. No caso, talvez fosse mais adequado dizer o contrário: mudou do vinho pra água… Afinal, no Rio, ele brilhou muito mais fora de campo (leia-se, na noite carioca) do que dentro dele.
É verdade que chegou a fazer alguns grandes jogos com a camisa rubro-negra — e aquela memorável vitória de 5 a 4, de virada sobre o Santos, na Vila, foi o mais emblemático deles. Mas na maioria das vezes foi peça praticamente nula, limitando-se a ficar paradão na ponta-esquerda, ou avançado e perdido entre os beques.

Esta questão tática, aliás, pode e deve ser vista como um dos fatores que influíram decisivamente na sua metamorfose. Ao contrário de Cuca, que lhe dá toda a liberdade para criar e se deslocar pelo gramado inteiro, a partir do meio-campo, Vanderlei cismava que Ronaldinho deveria ficar bem adiantado, muitas vezes até como centroavante. Um erro crasso, contra o qual cansei de esbravejar.

A maior diferença, porém, é de postura. No Fla, como se sentia o dono do time e, por que não dizer, do clube, diante da tibieza dos dirigentes, o Dentuço pouco se empenhava. Some-se a isso o problema dos salários e das luvas, que começaram a atrasar, e vai-se entendendo os motivos que agravaram o desleixo profissional, que chegou a levar o jogador a chegar para um treino, diretamente de uma noitada, sem a menor condição de se exercitar.

No Galo mineiro, ao contrário, Ronaldinho se deu conta de que aquela podia ser a sua última chance profissional. Passou a receber um terço do que ganhava no Fla, mas o pagamento é em dia.

E as cobranças também. Ficou famosa a tremenda bronca que Kalil deu no elenco em geral, e em Ronaldinho em particular, no dia seguinte a uma festança em Belo Horizonte. Depois do puxão de orelhas, o Galo embalou e embora tenha perdido o campeonato brasileiro para o Fluminense, fez uma bela campanha, afiando a base desse supertime que agora encanta na Libertadores.

A grande diferença do Ronaldinho do Flamengo para o do Atlético, portanto, está na seriedade e no comportamento profissional. Dos dirigentes e dele.

Patrícia Amorim, por incompetência, transformou aquela que parecia ser a sua maior vitória (a contratatação do craque) numa frustrante e dispendiosa derrota. Fico imaginando o que ela e seus antigos pares de diretoria sentem cada vez que assistem a novo show do Galo e de Ronaldinho…

* http://oglobo.globo.com/esportes/rmp/


Verdades de um jornalista de São Paulo sobre o Atlético

De Londres, o jornalista Sérgio Utsch recomendou, via twitter, este artigo do Urgo Giorgetti, de ontem, antes do clássico, no Estadão de SP:

* “Brasil!” 

UGO GIORGETTI – O Estado de S.Paulo

Há Brasil no Brasil. Ainda. Chama-se Clube Atlético Mineiro. Vem das Minas Gerais a reinvenção do futebol brasileiro, da arte que por tanto tempo jogamos e que abandonamos em nome do que Nelson Rodrigues chamou de “complexo de vira lata”, expressão que se explica por si mesma. Os dois jogos da Libertadores entre São Paulo e Atlético foram notáveis. Curiosamente, e por paradoxo, dois jogos de pura arte vieram desse torneio cheio de chutões, trombadas e pancadas.

O futebol é mesmo surpreendente. O São Paulo valorizou bastante as vitórias do Atlético, e o feito do time de Minas é especial também por ter tido um adversário de categoria que, aliás, poderia bem ter ganhado o primeiro jogo, no Morumbi.

A mim não é o resultado final que interessa. É o estilo. Cuca está se revelando um treinador da estirpe de Telê Santana, não por acaso mineiro, que em primeiro lugar respeitava o jogo. Cuca compôs, esculpiu, um ataque cuidadosamente feito de jogadores individualmente capazes. Contratou aqui e ali atletas que não deram certo ou tiveram passagens complicadas por vários times do Brasil e teve a intuição que juntos iriam funcionar. Jogadores como Pierre ou Richarlyson, estiveram no Palmeiras e no São Paulo, de onde foram dispensados sem qualquer hesitação. Os dois injustamente.

Outro exemplo é Jô. Sem ser um jogador espetacular Jô é capaz de um futebol de altíssimo nível. Dois dos gols feitos na final contra o São Paulo foram gols de quem sabe tudo em matéria de matar uma jogada. Parecem fáceis e foram pouco valorizados pelos narradores. Falou-se mais dos lances que prepararam a conclusão do que das batidas secas, de primeira, científicas, cirúrgicas, no canto, sem defesa para o goleiro. E isso sem ajeitar a bola, num átimo de segundo. Implacável. Também isso é individualidade, talento puro.

As atenções da imprensa se voltam, com exemplar preguiça e monotonia, sempre para Ronaldinho. É claro que é um grande astro, mas nem por isso é o único jogador em campo. É inteiramente previsível a corrida dos repórteres quando correm desesperados atrás desse jogador seja no começo, no meio ou no fim do jogo. É incrível, mas pouco sobra para Bernard e Tardelli, quase nada para Jô. E ele é o jogador decisivo. Onde estava? De onde veio? Lembro que esteve no Corinthians, onde não foi mal nem bem, depois andou por algum lugar do mundo e acabou chegando no Atlético.

E aí entra Cuca e os dirigentes atuais do clube. Recuperar talentos é também função de um treinador e de uma diretoria e hoje o Atlético é o time do tudo ou nada na carreira, da segunda chance, o time da volta por cima, só pra lembrar o grande Paulo Vanzollini. Esse time pode perder? Claro. Não há time invencível. Mas, exatamente como a seleção brasileira de 1982, seu primeiro objetivo parece que é encantar. Só espero que na primeira derrota não comecem a falar em futebol de resultados, em futebol prático e também reviver as lendas e maldições idiotas que supostamente envolveriam a carreira do Cuca. Ele é o grande treinador do momento no futebol brasileiro. Devemos a ele o que qualquer torcedor brasileiro gosta, isto é, o incentivo á técnica e ao drible. Nosso amor a esse modo de jogar vem de longe, prossegue nas histórias contadas pelos mais velhos em mesas de bar, como os antigos que reuniam os mais jovens ao redor da fogueira para narrar os feitos da tribo. Nos últimos tempos estava em falta. Mas se tudo correr bem para o Atlético, um pouco do nosso futebol será restaurado.

Por isso, gostaria muito que Felipão não imitasse os repórteres, que saem só à cata de Ronaldinho, e olhasse para outros jogadores do Atlético. João Saldanha faria isso, Telê Santana também. Mas desconfio que é pedir demais para um homem sério, que está no futebol para ganhar a Copa, e não para dar espetáculo.

* http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,brasil!-,1030965,0.htm


Até o árbitro!

E o Duke lembrou em sua charge de hoje que até o árbitro Luiz Flávio de Oliveira não “aguentou” o ritmo do Galo.

DUKE

No Super Notícia


Menos problemas do que se esperava

A polícia trabalhou bem antes, durante e depois do clássico.

Houve menos ocorrências que se esperava.

O que repercutiu mais foi dentro do Independência, onde atleticanos foram “premiados” com água e outros líquidos, jogados pelos cruzeirenses que estavam em nível superior, conforme registro do Globoesporte.com, momentos antes de bola rolar:

* “12/05/2013 15h50 – Atualizado em 12/05/2013 15h50”

Torcedores do Cruzeiro arremessam objetos na torcida do Atlético-MG

Atleticanos chamam pela polícia, que tenta impedir mais agressões 

Os organizadores do evento deste domingo, na primeira partida da decisão do Campeonato Mineiro, têm tido muito trabalho para conter os ânimos dos torcedores. O espaço destinado à torcida do Cruzeiro, em pequeno número no estádio, fica no último andar do Independência, acima de onde ficam os sócios-torcedores do Atlético-MG. A rivalidade entre as torcidas e o ânimo bastante acirrado criaram um problema muito grande.

torcida_cruzeiro_independencia

Os torcedores celestes, em posição privilegiada, começaram a arremessar copos com água e com urina na torcida do Galo que, impotente, apenas chamava pelos policiais.

– Polícia, polícia, clamavam os torcedores alvinegros.

TORCIDACAM

Os policiais, com certa violência, tiveram que intervir para evitar mais agressões.

* http://globoesporte.globo.com/mg/futebol/campeonato-mineiro/noticia/2013/05/torcedores-do-cruzeiro-arremessam-objetos-na-torcida-do-atletico-mg.html


Saldo positivo

A lamentar, a opção de Atlético e Cruzeiro por um árbitro paulista. Além de desprestigiar os mineiros, perderam em qualidade, pois o senhor Oliveira é fraco, e impediu que o jogo fosse melhor do que foi.

A comemorar, que, apesar de apenas 10% de uma das torcidas, tivemos um clássico com a rivalidade sendo manifestada civilizadamente. É um primeiro passo para que tenhamos no futuro, meio a meio, como sempre foi e nunca deveria ter deixado de ser.

O jogo foi muito bom, e como era de se esperar o Atlético agrediu mais, para tirar a vantagem do Cruzeiro, dono da melhor campanha na primeira fase.

Valeu, principalmente para mostrar que a renovação de quase 100% feita pela diretoria cruzeirense no elenco, está dando certo. Coisa rara no futebol, que soma pontos na carreira do técnico Marcelo Oliveira, que assumiu sob grande desconfiança da torcida celeste e da imprensa.

JOTARDELI

O Atlético está montado, tem estratégias e mais jogadores de qualidade. Cuca está há vários anos, entre os treinadores da prateleira de cima do futebol brasileiro.

Marcelo Oliveira está caminho. Sua principal virtude é saber dialogar com o grupo que tem nas mãos. Do tipo de consegue tirar água da pedra.

Pelo lado alvinegro, a dúvida era se o time entraria em campo querendo jogo ou se deixaria para a última partida. Quis! Aí mostrou quem é quem! O Galo conseguiu uma raridade: elenco, ambiente, sintonia entre comissão técnica, jogadores e diretoria. A torcida, que mesmo nos muitos anos de baixa, sempre apoiou, agora está mais ligada o que nunca. Joga junto!

Antes da partida recebi e-mail do amigo cruzeirense João Chiabi Duarte que previu o que aconteceria: “…o time atleticano vive fase excelente, com o quarteto ofensivo jogando por música (Ronaldinho, Tardelli, Bernard e Jô).
Só que o sistema tático de Marcelo Oliveira é bem parecido com o de Cuca e o Cruzeiro também traz para o jogo um bom quarteto ofensivo com Diego Souza, Everton Ribeiro, Dagoberto e Borges).

Companheiros da imprensa nacional, como Fernando Calazans e Renato Maurício Prado escrevem em suas colunas que a CBF deveria pegar Cuca e a base do time do Atlético para representar a seleção brasileira na Copa das Confederações.

Realmente o time está jogando muito, com consistência, fruto do trabalho do comandante, que, diferentemente do passado, tem um respaldo do comando do clube.

 Alexandre Kalil implantou quase 100% em sua gestão no Atlético, o que o pai dele, Elias, fazia. O melhor dirigente de futebol que já vi, tinha uma virtude a mais que o filho: agia como estadista. Raramente externava publicamente a raiva que sentia, era comedido nas polêmicas e tinha certeza que o futebol se ganha também fora da quatro linhas.

Alexandre aprendeu a engolir sapos e digerir. Atua, hoje, com paciência, parcimônia e moderação. O jeito mineiro assumiu o lugar da porção árabe do sangue dele. Meia hora antes dos 3 a 0 deu entrevistas desejando feliz dia das mães a atleticanos e cruzeirense, que todos voltassem bem para as suas casas, lembrando que o futebol é “a coisa menos importante” das coisas mais importantes da vida de todos nós.