Lamentável o atentado a bombas na corrida de Boston, ontem. O mundo está cada dia mais perigoso, mas nisso o Brasil continua campeão, e pior: a impunidade prevalece na maioria dos casos.
No dia 8 de março o jornalista Rodrigo Neto, de Ipatinga, foi assassinado por denunciar um esquadrão da morte que atua na região. Até agora não descobriram a autoria.
Anteontem foi a vez do colega de trabalho dele, o fotojornalista Walgney Assis, 43 anos, que levou três tiros quando estava em um pesque e pague na vizinha Cel. Fabriciano.
Segundo as primeiras informações, mais uma “queima de arquivo”. Se o governo do estado pegar pesado e exigir, os autores serão presos rapidamente, pois quando o governo quer, as polícias dele funcionam, com excelência.
Vamos aguardar!
Mais duas lideranças da Galoucura foram condenadas sexta-feira a 14 anos de prisão pela morte de rival naquela briga perto do Chevrolett Hall.
Polícia e Justiça agiram com rapidez e eficiência pouco comuns no Brasil, mas o serviço ficou pela metade, já que ainda não pegaram as lideranças do outro lado, que combinaram a briga que terminou em tragédia para uma família.
Com a impunidade as brigas entre gangues que usam o futebol como pano de fundo continuam país agora. Domingo foram mortos dois torcedores do Ceará, nas imediações do novo Estádio Castelão, que recebia um “jogo teste”, envolvendo o maior clássico do estado.
A PM de lá diz que os assassinos são dois torcedores do Fortaleza que passaram em uma moto. As vítimas caminhavam em direção ao estádio quando os marginais passaram em uma moto e acertaram os jovens, que morreram na hora.
A cada semana é uma cidade de diferentes partes do país que proporciona este tipo de notícia.
A incompetência e falta de estrutura das nossas forças de segurança são as maiores culpadas dessa violência sem fim no futebol brasileiro.
Aqui, preferem proibir práticas que aumentavam o prazer de se ir a um estádio, do que trabalhar de verdade e enquadrar os marginais, que existem e aprontam em qualquer parte do mundo.
Sábado tivemos um exemplo de eficiência policial em caso de baderna na Inglaterra. Famosos pelas confusões, os torcedores do Millwall aprontaram e foram detidos imediatamente no estádio Wembley, durante a derrota do time deles para o Wigan, pela semifinal da Copa da Inglaterra.
Foi ótimo ver a cena de um engraçadinho do Millwall, que, na confusão, furtou o quepe de um guarda, escondeu-o debaixo da camisa e saiu correndo, dando risadas, achando que tinha levado vantagem.
E as câmeras de segurança mostrando a sua cara em close e ele preso tão logo chegou perto do portão de saída.
Além da cadeia e da multa, ficará uns bons anos sem voltar a ser aceito em um estádio de futebol.
Não bastassem os problemas nas obras e as acusações de corrupção nos estádios que estão sendo construídos e reconstruídos para a Copa do Mundo, mais uma Arena privada brasileira virou assunto internacional pelo lado negativo, agora com morte de um operário, no futuro novo estádio do Palmeiras.
O jogo de empurra entre empreiteiras, prestadores de serviço e autoridades já começou e no frigir dos ovos, ninguém pagará por nada.
O Rio de Janeiro continua nas manchetes mundiais por causa do estupro de uma jovem norte-americana numa van, enquanto o seu namorado, um francês, era espancado.
Este é o ambiente no país que espera passar boa imagem e faturar com o turismo como legado da Copa das Confederações e Copa do Mundo!
Que a imprensa internacional que começará a chegar em grande número daqui a alguns dias, denuncie para o mundo como se vive no Brasil!