Pois é!
Toda profissão tem os seus “calos”.
De jornalista não é diferente.
Segunda-feira, escrevi no blog que houve muitas reclamações de torcedores por causa de filas e demora no acesso ao Mineirão no clássico América x Cruzeiro.
O assessor de imprensa da Minas Arena, Rivelle Nunes, sempre atento, enviou nota contestando e contando várias medidas tomadas pela Minas Arena para impedir que isso ocorresse e que no domingo a situação foi tranqüila, sem filas e atropelos.
No mesmo dia publiquei a nota do Rivelle e ainda a reproduzi em minha coluna no Super Notícia de ontem.
Também no mesmo dia um leitor do blog escreveu me dando uma porrada, dizendo que eu deveria “checar” as informações antes de publicá-las, para não ficar recebendo notas de “desmentidos”; como se eu não fizesse isso.
Paciência!
Ontem, o também leitor do blog Lucas Ferreira, escreveu aqui:
* “Não foram constatadas filas gigantescas no Mineirão no jogo entre Cruzeiro e América? Sério? Esse mar de gente emaranhada na esplanada era o que? Fila do picolé, da pipoca, do sanduíche natural?
Cara de pau é mato, hein! Escrever release mentindo é fácil. Difícil é “meter a cara” na fila e pedir desculpa pra quem ficou um bom tempo em pé.
Veja a foto que está no corpo do texto.
http://www.otempo.com.br/esportes/ultimas/?IdNoticia=75807&busca=minas%20arena%20d%E1%20explica%E7%F5es&pagina=1
Minimizar o problema é uma coisa. Agora, fingir que ele não existe é outra. É fazer o torcedor, que é um cidadão e merece respeito, de palhaço.”
Lucas Ferreira
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Enviei esta reclamação ao Rivelle e antes que ele respondesse, recebi este e-mail de leitor do Super Notícia, João Carlos Lages, com quem travei o seguinte diálogo:
* “Chico, bom dia.
Lendo sua matéria hoje no Super, venho aqui discordar quando você afirma que
“o acesso ao estádio, sob a responsabilidade da BWA ocorreu de forma tranquila“.
Isso infelizmente não condiz em nada com o que aconteceu domingo.
Sou sócio torcedor, categoria Brasileiro com acesso pelo portão sul, conforme
pode ser atestado por um volume imenso de pessoas, a entrada ao estádio
foi um verdadeiro caos.
Para você ter uma ideia, cheguei ao Mineirão às 15:40 e quando consegui
entrar no estádio o Cruzeiro já tinha feito o primeiro gol, ou seja, demorei uns
40 minutos para conseguir apresentar meu cartão e passar por uma roleta,
Filas imensas se formavam sem que ninguém soubesse ao certo se
era para sócio torcedor ou ingresso comum. Ninguém conseguia dar informação.
Mais a frente as filas (que chegaram até a Escola de Veterinária) se juntavam
em uma só com grande parte de torcedores furando fila e, pasme, acabavam
todas juntas onde havia duas separações para os seguranças fazerem revista
para, a seguir, juntar todo mundo novamente nas roletas sem nenhuma placa
de indicação de quem deveria passar onde.
Sou seu grande admirador, mas dessa vez você fez uma afirmação que
infelizmente não condiz em nada do que foi vivido por mim e por milhares
de torcedores que tiveram no Mineirão domingo passado no setor sul.
Diminuíram a capacidade do Mineirão, triplicaram os custos, fizeram
propaganda pra todo lado, e na mesma proporção, aumentaram também
as dificuldades para o torcedor.
Ao fico sabendo hoje que quem desorganizou o jogo foi BWA.
Era só o que faltava!
Um grande abraço,
João Carlos Lages”
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Respondi:
Caro João,
eu apenas reproduzi comunicado que me foi enviado pelo Rivelle Nunes, assessor de imprensa da Minas Arena, a quem estou copiando esta conversa.
Inclusive na coluna eu disse que estava publicando os esclarecimentos dele, a quem peço agora, novas explicações.
Abraço,
obrigado,
e escreva sempre.
Chico Maia
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O João retornou:
* “Oi Chico, muito obrigado pelo retorno.
Deixo claro aqui minha crítica é construtiva, não to mandando ninguém pro paredão.
Procurei fazer essa correção pois, como bom mineiro que sou, o que mais quero
é que o Mineirão funcione em consonância com a grandiosidade da obra que
hoje temos em BH. E desencontro de informação como esse, seguramente
não vai contribuir para isso aconteça.
Sou de Dom Joaquim, amigo do Didão, da Flávia e mais um monte de gente
que você deve conhecer praquelas bandas de CMD e, apesar de seguirmos
religiões esportivas distintas, admiro e acompanho muito seu trabalho.
Um grande abraço.
João Carlos Lages”
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E respondi de novo:
Grande João,
sabendo que você é da GRANDE Conceição, aí é que a conversa fica melhor ainda, principalmente quando se tem amigos comuns como o Geraldo Maia Didão, que apesar da amizade e grande figura humana, não é parente.
Abraço, e escreva sempre.
A Minas Arena respondeu e depois te passo o retorno deles.
Abraço,
obrigado,
Chico Maia
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Também enviei esta reclamação do João ao Rivelle, que ontem mesmo enviou as novas explicações da Minas Arena:
* “Prezado Chico,
o Portão C, por onde acessam os Sócios do Futebol do Cruzeiro, conta com 20 catracas. Foi registrada a entrada de 3.767 torcedores em apenas 10 minutos. Um número considerado elevado no curto espaço de tempo. Mesmo com esse alto fluxo concentrado pouquíssimos minutos antes da partida, as catracas não apresentaram problemas.
Entendemos que o torcedor tem o direito de se dirigir às catracas do estádio no momento que achar mais oportuno, porém com o grande número de pessoas se deslocando em um mesmo momento (10 minutos antes do início do jogo) para um mesmo local, seja em teatros, cinemas ou estádios de futebol, encontrará certa aglomeração, que foi solucionada em 15min.
De qualquer forma, foi registrada a reclamação dos torcedores e a empresa sempre trabalhará com o objetivo de aperfeiçoar, dentro de nossas possibilidades, o máximo possível o serviço prestado.
Continuamos abertos aos questionamentos dos torcedores e trabalhamos para sempre responder com clareza e baseado em dados às demandas recebidas.
Um abraço,
Rivelle Nunes Carlos”
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No mais, agradeço a todos; leitores, e ao jornalista Rivelle Nunes, da Minas Arena.
Espero que tudo se resolva o mais rápido possível!
Maquete do novo Mineirão, exposta no museu do estádio.
E aqui os horários de visitação do Museu, que vale a pena ser visto, com duas vantagens: o ingresso é barato e não há filas nem atropelos