Uma gritaria geral de ginastas, nadadores, outros atletas dos esportes especializados e muitos companheiros da imprensa contra a decisão do Flamengo de acabar com estes departamentos.
Ora, ora! O Flamengo é Flamengo por causa do futebol e a nova diretoria que assumiu o clube quer diminuir gastos e cortar tudo que não tenha cobertura de patrocínios.
O Diego Hypólito, um dos dispensados, disse que toda a equipe, e ainda comissão técnica, custam menos que o salário de qualquer jogador de futebol profissional do clube!
E eu pergunto: o rubro-negro tem a maior torcida do país é por causa de qual esporte?
Li jornalistas de prestígio do Rio reclamando que às vésperas dos Jogos Olímpicos, o Flamengo “faz uma coisa dessas!”
Gente, o futebol tem pagar esta conta também? E os bilhões de reais que os governos municipais, estaduais e federal jogam nas mãos dos dirigentes destes esportes e nas obras para o Pan-americano de 2007 e Rio’2016?
Tem muito nego rico com essas verbas, que não chegaram aonde deveriam ter chegado, que seriam os clubes formadores e atletas.
Caso parecido com os estádios para a Copa do Mundo. Flamengo, Vasco e Fluminense estão de olho no processo licitatório do “novo” Maracanã e já disseram que vão querer mais do que está sendo falado pelos políticos, para que possam mandar seus jogos lá.
Assim como em Minas, o Rio quer que os clubes paguem a conta e a parte do leão fique com as empreiteiras que estão reconstruindo o estádio.
Eike Batista já está com um pé lá dentro através da empresa, dele, que faz o estudo de viabilidade.
Informou semana passada que, caso pelo menos dois grandes clubes não mandem seus jogos lá, o novo Maracanã fica inviável para qualquer investidor.
Aí, restaria ao governo fazer o que está sendo feito em Minas: o governo cobre o prejuízo com dinheiro público, dos impostos que pagamos.
Sem falar que no caso mineiro, os clubes não tiveram nem direito a concorrer na licitação, e deixam de ganhar muito dinheiro, que ganhariam se tivessem o seu próprio estádio, ou se tivessem conseguido a concessão, dada à Minas Arena.
Pelo que a imprensa está dizendo 40 mil pessoas estiveram presentes, pagando de R$ 50 a R$ 700.
Se o estádio pertencesse a um dos clubes ou se eles o administrassem, conforme o então governador Aécio Neves tinha dito que seria, grande parte dessa grana estaria nos cofres celestes, alvinegros ou de ambos.
Mas o mais grave nessa história toda nem são essas questões, que interessam diretamente somente aos nossos dois maiores clubes, já que o América ganhou um estádio novo, que cabe toda a sua torcida, com folga. Dinheirão público também, incontáveis problemas ainda não solucionados e que dificilmente serão.
O transporte público, metrô principalmente, que seria o grande legado da Copa do Mundo para toda a população, continua sem solução.
Ouço na BandNews FM 89,5 o jornalista Luiz Fernando Rocha e equipe relatando problemas que tiveram para conseguir chegar e sair do Mineirão, sábado, para o show do Elton John.
Taxistas recusavam a viagem do centro até lá, sob várias alegações, nenhuma aceitável. O Luiz recorreu a um amigo taxista, que estava saindo do cinema e o socorreu, junto a outras pessoas que passavam pelo mesmo problema.
Para ir embora, de madrugada, nada de táxis na porta do Mineirão. Ele, a esposa e amigos, foram embora a pé, pois também não havia ônibus, e metrô é só sonho.
Quem foi de carro pagou R$ 50 de estacionamento à Minas Arena, já que nas ruas ao lado do estádio estavam ocupadas por vans “escolares” que ressuscitaram nesta noite o transporte dos perueiros.
Dentro do Mineirão, as mesmas reclamações de quem tem ido a jogos de futebol: estádio inacabado, banheiros com problemas e coisas tais.
E pelo que nos escreveu o Antonio Carlos Zocratto, que esteve no show, a surra que a Minas Arena está tomando nos jogos de futebol se estende a outros eventos.
Confira:
“Nota zero para a empresa que organizou o Show do Elton John. Chegamos ao Mineirão às 20:00 H e só conseguimos entrar às 21: 45h. Não havia ninguém para organizar as filas. Como no Brasil impera a triste “lei de Gerson”, as filas não andavam porque quem chegava depois furava as filas bem na frente. Não havia ninguém para controlar. Profundamente lamentável.”
Antonio Carlos Zocratto