Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

Empresa mineira desenvolve marketing de relacionamento para o Atlético-PR

Recebi release muito interessante da Serápis Bey Sports, empresa do Antônio Claret Nametala, ex-diretor de marketing do Cruzeiro, que presta serviços para vários clubes do Brasil.

Um projeto desenvolvido para o Atlético-PR, de relacionamento com a torcida.

Confira:

* “SERÁPIS BEY SPORTS & MARKETING E VEJA7 LANÇAM CLUB MAIL PARA TORCEDORES DO ATLÉTICO PARANAENSE”

Ferramenta projetada e idealizada pela VEJA7 Distribuição e customizada pela Linux Place garante aos apaixonados por futebol endereço de e-mail exclusivo, redes sociais e informações em primeira mão, além de envio e recebimento de e-mail ilimitados.

No dia 30 de janeiro, a Serápis Bey Sports & Marketing e a VEJA7 Distribuição, promovem o lançamento no mercado brasileiro do Club Mail, uma ferramenta que promoverá maior integração entre os torcedores, além da vantagem de receber com exclusividade as notícias do time do coração. Com nome do clube estampado na extensão do endereço eletrônico e alta tecnologia, o CLUB MAIL chega, a princípio, para o clube Atlético Paranaense, e já tem previsão de expansão para o Coritiba, do Paraná. A coletiva de imprensa para apresentação da ferramenta acontecerá no Centro de Treinamento do Atlético-PR, na cidade de Curitiba.

A Serápis e a VEJA7 idealizaram um clube de torcedores online e conseguiram desenvolver um e-mail que permite envio e recebimento ilimitados de correspondências pelos usuários, com 25 GB de espaço de armazenamento, porta-arquivo para trocar com outros sócios qualquer tipo de informação (em vídeos, imagens, etc) e integração total com mídias sociais, como Facebook, Twitter e Linkedin. Isso possibilita compartilhar e twittar mensagens de e-mails direto do ClubMail, além do uso do Google Talk, Yahoo Messenger e similares, dentro da própria ferramenta. O sistema é integrado com SmartPhones e Tablets, e permite integração com o portal do clube e o recebimento de informações em primeira mão sobre o time do torcedor, além de identificar facilmente o time do coração, uma vez que o amor esportivo vem logo após o @. 

Uma das maiores empresas do Sul para distribuição de equipamentos corporativos, com filial em Minas Gerais, como servidores, storages e soluções tecnológicas diversas como monitoramento, mobilidade corporativa, anti-vírus, serviços em Cloud Computing entre outros, a VEJA 7 Distribuição promove soluções para atender as necessidades da Tecnologia da Informação. Contando ainda com o expertise da Linux Place, uma das empresas lideres do mercado em soluções de software livre e, unida à expertise em marketing esportivo da Serápis Bey Sports & Marketing, que está há mais de 20 anos no mercado, comandada pelos sócios Antônio Claret Nametala e Carlos Humberto Guimarães Jr, o Club Mail chega com a proposta de imprimir mais tecnologia e interação entre os diversos clubes de torcedores brasileiros, começando pelo Paraná.


Marcelo Oliveira acredita na presença de Dagoberto no clássico

Na contagem regressiva para a bola rolar oficialmente, expectativa em torno das novidades que estarão em campo desde o primeiro jogo.

Do portal do O Tempo: 

“CONFIANÇA”

Marcelo Oliveira acredita em rápida recuperação de Dagoberto visando o clássico

A presença de Dagoberto no clássico de reabertura do Mineirão ainda é uma incógnita, mas o técnico Marcelo Oliveira mostra confiança ao falar sobre a possibilidade de ter uma das principais contratações celestes para a temporada iniciando o duelo no próximo dia 3. O comandante elogia a vontade demonstrada pelo atacante e deixa no ar a chance de contar com Dagol na estreia oficial do Cruzeiro em 2013.

“Posso passar para a torcida que é muito bom quando um técnico aproxima de um jogador e ele diz que está à disposição. Toda vez que conversei com ele, o Dagoberto mostrou essa vontade de participar”, afirmou Marcelo Oliveira.

“As lesões foram uma coincidência. Ele apenas não jogou o fim de ano e teve um tempo maior de paralisação. Com essa disposição, essa alegria, certamente, a recuperação será mais rápida”, completou.

Dagoberto segue com treinos físicos específicos na Toca da Raposa II, ficando fora dos coletivos e amistosos disputados pela equipe cinco estrelas. Para o ataque, Marcelo Oliveira vem usando na equipe titular Martinuccio, Everton Ribeiro e Anselmo Ramon.

* http://www.otempo.com.br/esportes/ultimas/marcelo-oliveira-acredita-em-rapida-recuperacao-de-dagoberto-visando-o-classico?utm_medium=twitter&utm_source=twitterfeed


Esperando que o América aproveite a sua base

* Nesta coluna completo a avaliação das perspectivas dos três maiores clubes do estado para 2013. O América é o time mais difícil para se palpitar em relação ao seu futuro em toda temporada. Forma todos os anos, jogadores de excelente potencial, mas não os utiliza devidamente. Este ano dá oportunidade a um treinador 100% identificado com o clube, ex-jogador e torcedor assumido, desses cujo chaveiro da chave do carro é o Coelho “Deca-Campeão”.  Vinícius Eutrópio tem um bom histórico como auxiliar e treinador, e também está na hora de deslanchar na profissão.

A aposta é mútua, porque o América também precisa se firmar; no cenário nacional, na Série A. Teve um começo empolgante na B, ano passado e parecia que voltaria à A, sem problemas. Mas o elenco era insuficiente. As contusões e suspensões mostraram isso e quando perdeu Rodriguinho, tornou-se um time comum. Os contratados como “reforços”, muito fracos, o que nos faz voltar à estranheza do que ocorre com o não aproveitamento da prata da casa.

Numa sequência de três Taças São Paulo de juniores, o maior torneio da categoria, o América sempre esteve entre os três ou quatro primeiros colocados, enquanto os demais mineiros saíam na primeira fase.

Coroando esta estranheza, o time sub-20 conseguiu o maior título nacional da base, adquirindo o direito de representar o Brasil na recém-criada Libertadores da América, terminando invicto, de forma brilhante, eliminado nos pênaltis. E estes jovens, como os anteriores, são sistematicamente preteridos por atletas em final de carreira, ou jamais acrescentaram nada por onde passaram.

Este mistério envolveu até o comandante das categorias de base, o Marco Antônio Milagres, em quem a torcida e a imprensa depositaram a certeza de que colocaria os garotos, quando foi chamado para substituir o Givanildo Oliveira, em 2012. Frustrou a todos nós, e se deu mal. O que se espera do América este ano é que as lições, que se repetem a cada ano, sejam assimiladas e que os dirigentes abram os olhos para essa situação.

Agora, por exemplo, o América emprestou novamente o zagueiro Ciro, ex-júnior, dessa vez para o Tupi de Juiz de Fora. Um xerife, com talento. Foi o melhor jogador do Democrata de Sete Lagoas que subiu para a segunda divisão deste ano. Olho nele! Quero ver se os zagueiros escolhidos pelo Eutrópio, inclusive este Wallinson, contratado ao Goiás, jogam mais que ele.

 

Esfria-sol

Falei ontem no blog, sobre o meu começo como repórter cobrindo futebol amador e os campeonatos de aspirantes, chamados de “segundo quadro” e “cascudão”.

Meu cunhado Celso Gaguinho lembrou um outro apelido desses times aspirantes: “reborréia”.

Eram os times B, formados por jogadores bem jovens ou bem velhos, veteranos. Os jogos eram nas preliminares, às 13h30, com sol escaldante.

Aliás, começou ontem a Copa Africana de Nações, o torneio que vai apontar a poderosa seleção do continente que virá para Belo Horizonte na Copa das Confederações.

Enfrentará no Mineirão, a mais “poderosa” ainda seleção do Tahiti.


CBF programa um “esfria-sol” entre aspirantes de Brasil e Chile para Beagá

Comecei a minha vida de repórter cobrindo futebol amador, para o O Jornal Centro de Minas, em Sete Lagoas.

Naqueles tempos havia o campeonato principal e o de aspirantes, chamados de “segundo quadro”, ou “cascudão”.

Eram os times B, formados por jogadores bem jovens ou bem velhos, veteranos. Os jogos eram nas preliminares, às 13h30, com sol escaldante.

O público ia chegando para o jogo principal e a toda hora saía uma piada nova para sacanear os jogadores em campo, por causa de um lance engraçado, uma furada, um frango, gol perdido, jogada violenta e essas coisas.

Muita gente chamava estes jogos também de “esfria sol”, por causa da temperatura e do desgaste de quem estava em campo.

Lembrei dessas coisas ao ler no Uol a notícia de que Belo Horizonte vai receber um jogo desses, entre os “cascudões” das seleções do Brasil e Chile, em um “esfria sol” no novo Mineirão, no mês de abril.

Deve ser “prêmio consolação” da CBF que chegou anunciar que a capital mineira receberia um Brasil x França, dia 13 de junho.

José Maria Marin tinha prometido ao senador Aécio Neves um “grande jogo” no maior palco do futebol mineiro, que seguiu à risca a cartilha da Fifa, almejando papel de destaque na Copa das Confederações e Copa do Mundo.

Ficamos na prateleira de baixo, como este amistoso entre “aspirantes” chilenos e brasileiros.

* “Chile anuncia amistoso contra a seleção brasileira em Belo Horizonte em abril”

A seleção brasileira teve mais um amistoso no primeiro semestre de 2013 confirmado neste sábado, desta vez contra o Chile, em 24 de abril, no Mineirão, segundo informações divulgadas por fontes da Associação Nacional de Futebol Profissional do Chile (ANFP).

A partida será a primeira do Brasil no estádio após a reforma realizada no local para a Copa das Confederações deste ano e a Copa do Mundo de 2014.

O contrato entre a ANFP e a CBF foi assinado na última quinta-feira em Santiago. Segundo o jornal “La Tercera”, ficou determinado que só poderão ser utilizados jogadores que atuam nos dois países, já que não se trata de uma data Fifa.

O periódico lembrou que atletas chilenos importantes, como o zagueiro Marcos González (Flamengo), o meia Jorge Valdivia (Palmeiras) e o atacante Eduardo Vargas (recém contratado pelo Grêmio) jogam no Brasil.

A ANFP prevê ainda um novo amistoso contrata a equipe de Luiz Felipe Scolari, desta vez com equipes completas. A partida aconteceria em São Paulo no dia 10 de setembro, quando o Chile estará de folga nas Eliminatórias para a Copa.

Disputar o maior número de amistosos possível é um dos objetivos do argentino Jorge Sampaoli, contratado como técnico do Chile em dezembro.

Neste sábado, a equipe enfrentará o Haiti em Concepción, no segundo jogo com Sampaoli no comando. Na última terça-feira, a seleção chilena venceu Senegal por 2 a 1.

O Chile é apenas o sexto colocado das Eliminatórias, com 12 pontos. Os próximos jogos acontecem em 22 e 26 de março, contra Peru e Uruguai, respectivamente. Antes disso, em 6 de fevereiro, a seleção medirá forças com o Egito em Madri.

* http://esporte.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2013/01/19/chile-anuncia-amistoso-contra-a-selecao-brasileira-em-belo-horizonte-em-abril.htm


O novo horário do Jogada de Classe

O público gostou e o aumento da audiência já foi detectado.

Desde segunda-feira o programa Jogada de Classe, comandado pelo Orlando Augusto, está em novo horário.

Semana passada o próprio Orlando anunciou no facebook:

* “Prezados amigos e amigas….

nosso programa Jogada de Classe com 15 anos de exibição passa a ser apresentado a partir desta segunda feira de 13:00h as 14:00h.

A reprise, tradicional, continua a ser exibida no mesmo horário ou seja as 23:15h.
Nossa querida TV Horizonte pode ser sintonizada pelos canais 19 no sistema aberto, 22 na Net e 24 na OItv.
O programa Jogada de Classe continua sendo um programa que leva o esporte a sério e respeitando a opinião do torcedor, do telespectador. Pode ser visto também através da internet.

Basta você entrar no nosso site www.jogadadeclasse.com.br

orlandoaugusto

Por favor compartilhem.

Muito obrigado, Orlando Augusto”


Pra curtir no fim de semana, e todo dia!

Arisio França Junior, diretor do nosso Democrata Jacaré, enviou uma ótima novidade, que repasso aos amigos do blog.

Vale a pena demais da conta curtir o trabalho dessa turma indicada por ele.

Só fera do humor brasileiro!

Confira: 

* “Meus caros,
 
apresento-lhes abaixo alguns vídeos selecionados de um grupo de humor denominado “PORTA DOS FUNDOS”.

São humoristas cariocas e paulistas que criaram este canal independente com vídeos de 2 a 3 minutos de muita qualidade visual e impagáveis.

Todas as segundas e quintas lançam vídeos novos via Youtube.
 
1 – SPOLETTO: http://www.youtube.com/watch?v=Un4r52t-cuk
 
2 – SPOLETTO 2: http://www.youtube.com/watch?v=ebe-3s4TLfQ
 
3 – SETOR DE RH – JESUS: http://www.youtube.com/watch?v=LVYM6u_v52k
 
4 – SOBRE A MESA: http://www.youtube.com/watch?v=6EYmKAs7mzc
 
5 – GERENTE JUNIOR: http://www.youtube.com/watch?v=_FsgWrAJObM
 
6 – DE BÊBADO: http://www.youtube.com/watch?v=0nUPXWE3aBU
 
7 – BARATA NO BANHEIRO: http://www.youtube.com/watch?v=n7HKw5_h9bw
 
8 – CICLO DA VIDA: http://www.youtube.com/watch?v=FNwJdsuWOOk
 
9 – NA LATA: http://www.youtube.com/watch?v=NZb0XKHgtjo
 
10 – ASSEMBLÉIA GERAL: http://www.youtube.com/watch?v=MX0_ZvcVBco
 
 
No youtube tem muitos outros. Só pesquisar por Porta dos Fundos.
 
Abraço.”


Verdade verdadeira do Feliciano Abreu

Faço minhas as palavras do jornalista Feliciano Abreu

@felicianoabreu

“Pago o IPVA com a mesma sensação de ser assaltado a mão armada por um usuário de crack que jura que o dinheiro é pra satisfazer seu vício. “


Elza Soares, a eterna companheira de Garrincha

Senhoras e senhores, vale a pena ler essa entrevista da Elza Soares, no O Globo, de domingo passado.

Conta passagens muito interessantes da vida dela com o Garrincha e histórias do Brasil e do futebol.

Uma guerreira. 

Aliás, a vida do Garrincha foi muito bem relatada pelo Ruy Castro no livro “Estrela Solitária”, uma das melhores biografias que já li.

* “Elza Soares: ‘Vamos celebrar o Mané Garrincha’”

Pedro Motta Gueiros

  • Cantora quebra o silêncio e fala do maior amor de sua vida
  • Ídolo do botafogo e da seleção, Garrincha morreu há 30 anos
  • Jogador viveu tempestuoso romance com a artista

ELZA

RIO – Sem receber um centavo de Garrincha, Elza Soares é herdeira de seu bem mais valioso. A uma semana dos 30 anos de sua morte, em 20 de janeiro de 1983, o craque vive na capacidade da ex-mulher de usar a arte para driblar as pancadas da vida. Depois de perder três filhos e seu maior amor, Elza ainda solta a voz com otimismo e bom humor para sustentar um mito de rara grandeza.

Entre o apogeu e a derrocada, qual a imagem que fica do Garrincha?

Do futebol feliz, daquele homem alegre, que entrava em campo e acabava com qualquer tristeza e monotonia. Esquece o outro lado, já tem muita gente por aí fazendo besteira. Se soubesse por que ele foi esquecido já tinha corrido atrás como fiz para evitar que tirassem o nome dele do estádio de Brasília. E ganhei. Fui lá na Câmara e falei: “o que sobrou para ele foi isso”.

O Brasil não gosta de olhar para suas mazelas?

É como dizia o Cazuza: “Brasil, mostra a sua cara, quero ver quem paga para a gente ficar assim…” O espelho às vezes mostra coisas feias. Eu amo o espelho, mas tem gente que não gosta. Sou um ser humano, tive momentos de desespero mas você não pode sair gritando por aí. A dor é minha e me doeu. Melhor celebrar do que sofrer. Vamos celebrar o Mané Garrincha.

Já se passaram 40 anos da Copa de 1962, quando o Garricnha conquistou a madrinha da seleção como seu maior troféu…

Parece que foi tudo agora, ainda sinto o cheiro, o calor dele. Mané era muito limpo, cheiroso e asseado. Foi uma coisa de pele, de encostar, arrepiar. Alquimia total. Muito amor. Depois da Copa, ficamos fechados vários dias na minha casa na Urca. Na época, se deixava o pão e o leite na porta. Acumulou tudo. Eu saía devagarinho, pegava uma garrafa de leite, um pão, e entrava.

Consta que a paquera no início era com o Pelé…

Deus me livre. Não estou desfazendo, mas nunca fui esse tipo de mulher. Se fosse o Mané, seria o Mané e não o Pelé. Tenho respeito, mas para mim o rei é o Mané.

Como pintou o clima?

Negócio de Pelé?

Não, Mané. Pelo que você conta, o Pelé nem chegou perto…

Se alguém chegou, não fui eu. Tinha vinte e poucos anos, sempre tive corpo muito perfeito, mas para conquistar o Mané, o negócio era fazer uma boa comida. Gozado que ele era caçador mas gostava muito de peixe. Eu fazia uma peixada na panea de barro, com pirão, muito coentro, pimenta. Ele chegava em casa e só pelo cheiro já sabia que quem tinha feito era eu. Comia com muito gosto porque depois ele tinha outro peixe para comer. Prefiro falar assim com essa ironia que era dele.

Como vocês se conheceram?

Fui ver um treino da seleção em Friburgo antes da Copa. O Mané pediu para falar comigo, disse que tinha comprado um disco meu e estava espantado com a forma como eu cantava. Também falou que tinha ganhado um disco da cantora cubana Celiz Cruz e do músico J.J Johnson, que era o maior tombonista na época. Fiquei surpresa: “Cara, você conhece J. J. Johnson?”. Ficamos conversando e na hora de ir embora ele me deu um beijo. Eu correspondi, lógico. Receber um beijo e não retribuir seria falta de educação.

E no Chile?

Quem tomava conta dos jogadores era um cara muito bravo, o Paulo Amaral, mas ele gostava de mim e me levou para fazer uma visita à concentração. Foi um auê. Eu era uma menininha, custei muito a virar mulher. Na nossa conversa, eu falei para ele da minha preocupação porque estava faltando um monte de coisa lá no Brasil, arroz, feijão, soja, e sabe o que Mané disse? “Não se importa não, tenho um sítio e quando eu voltar vou abastecer vocês, desde que você faça uma feijoada para mim”. Essa foi nossa conversa, não dá para esquecer.

Em sua primeira aparição pública, no programa de calouros de Ary Barrosso, você disse que vinha do planeta fome, mas em 1962 a escassez que te preocupava era outra?

Estava falando do povo. Eu já tinha filé mignon na geladeira. Não precisava do Garrincha para nada. Na minha casa, só não tinha cerveja porque nunca gostei de bebida. Nem sabia que ele bebia, fui descobrindo aos poucos. Ele começou a chegar bêbado, dizia que tinha vindo de uma festa. Com o tempo, essa festa passou a ser todos os dias. Ele enterrava as garrafas de cachaça na beira da Lagoa, quando a gente morava lá. Saía para pescar e voltava embriagado. É triste demais para quem viu aquele garoto no auge virar aquele cara tão acabado.

E a separação?

Foi muito doída, tinha que fazer se não ele matava o meu filho. Pegava o menino pelos pés na beira da piscina e ficando gritando: “vou soltar”. Quando bebia ficava agressivo. É aquele negócio de o médico e o monstro. Depois, vinha cabisbaxo. Vivemos entre a dor e o desejo até o fim. Mané era um grande amante, um puta amante, só dizendo assim. Essa fama não é à toa. Era habilidoso até demais

Numa crônica, o Hermínio Bello de Carvalho tornou público o mito da virilidade ao revelar seu espanto diante da queda da toalha de Garrincha no vestiário do Botafogo…

Tudo que o povo queria era que o Mané deixasse cair a toalha. Todo mundo queria ver aquele índio criado a Toddy, livre, ao vento. O Mané tinha muito humor. Era uma pessoa linda de se lidar, que tem a cara do Brasil. Sumia para o mato, vivia sem camisa, com aquela sunga, as pernas tortas… Dizia: “Criola, tô indo”. Se enfiava no sítio do Chico Anysio e desaparecia. Trazia só passarinho. Era a paixão dele, conversar com os pássaros. Era gentil, sabia tirar a cadeira para uma mulher sentar, como já não se faz mais hoje. Se fizer, a mulher cai de bunda no chão. Nunca ouvi um palavrão da boca dele.

Em meio às dores, é preciso preservar a delicadeza.

Perdi três filhos, dois foram embora porque não tinham o que comer. Nem por isso, deixei de ser o que sou. Acordo todo dia com esperança de que vai ser melhor. Se está difícil, não briga. Brinca. Usei muita maquiagem, muito curativo para esconder as feridas. Tenho a minha medicina que é a música. Graças a Deus estou com um show maravilhoso, “Deixa a nega gingar”, vou para a Europa e muita gente por lá ainda pergunta por ele. As vezes, é preciso dar uma beliscada. Tudo que acontece hoje no futebol começou com ele. Gosto de passar naquele muro do Botafogo para ver a caricatura dele e apontar: olha lá o cara. Tenho camisas 7 que compro nas Copas do Mundo. É esquisito, você sofre dobrado, suspira fundo porque é muito frágil. Toda alegria do povo é sofrida, são momentos, um bom carnaval, um bom réveillon. Natal não sei se é muito bom, fica todo mundo contando dinheirinho para comprar presente. A gente não controla nada. Ninguém é de ninguém, fica tudo aí.

Para quem veio do planeta fome, a vida lhe ofereceu um rodízio completo de emoções.

Às vezes foi pesado, mas teve de tudo. Só quem veio do planeta fome sabe dar valor a um banquete. Tento sair e levar muita gente mas tem quem adore o planeta fome, quem não faça nada para sair dele, é pao e circo mesmo. Não adianta ficar de vítima. A vida dá chance e você tem que aproveitar. Cantando o espírito fica livre, lindo e maravilhoso, mas evito algumas músicas do passado, como “Se acaso você chegasse”, a primeira que gravei, porque me lembram muito dele.

Você sobreviveu literalmente a um tiroteio por ficar ao lado dele, não?

Em 1970, lembro que ele foi me buscar num show e o nosso carro foi cercado por homens armados. Como o trânsito parou e as pessoas começaram a nos reconhecer, eles foram para a porta da nossa casa, no Jardim Botãnico. A gente já tinha subido para o quarto quando os vidros começaram a pipocar. Tinha um piano na sala que foi partido ao meio. O segurança perdeu parte do braço. Nunca soubemos o motivo, apenas que tínhamos que sair do Brasil. Vimos a final da Copa de 1970 num quarto em Roma, com o Mané chorando.

Ficou na sua conta o fim do primeiro casamento e da carreira que o proprio Garrincha não conseguiu conservar…

Peguei ele já em declínio. Eu estava lá em cima e ainda era acusada de me aproveitar. Tinha uma coisa meio absurda, um falso moralismo, porque ninguém falava que eu saía para cantar pelo Brasil em cima de caminhão para dar de comer às meninas deles, porque ele não tinha como pagar a pensão. Quem ganhava dinheiro era eu. Abri minha vida para ele, engravidei para lhe dar um filho. Moramos na Urca, Ilha do Governador, Lagoa, Jardim Botânico e ainda mandei fazer a casa de Jacarepagua para trazer as filhas dele, sete meninas. Queria dar o melhor para ele, tínhamos mordomo, governanta. O Mané se incomodava com a presença do mordomo sempre atrás dele e mandava que fizesse um prato para sentar na mesa e comer com todo mundo.

Você tinha a ilusão de que poderia transformá-lo num homem da sociedade?

Eu achava que um dia ele ia ser isso. Um vez, fiz um jantar incrível para que não se falasse apenas da bebedeira. Consegui botar um blazer no Mané, comprei naquela casa mais chique de Copacabana. Quando desceu a escada, era um lorde, estava lindo. Eu achava que ele iria virar um lorde. Para mim, sempre foi. Depois, teve o bar naquela casa que comprei da família do Nelson Rodrigues em Vila Isabel. Minha intenção era o Mané receber times que viessem jogar no Rio, mas foi pior porque havia muita garrafa nas prateleiras. Quando procurava por ele, estava dormindo atrás dos sacos de feijão, completamente embriagado. Perdi o bar, tinha que perder.

Você também tentou completar a escolaridade dele?

Depois que parou de jogar, contratei um professor particular, o Sebastião Filgueiras, de uma família de advogados fortíssimos. Foi uma decepção logo na pimeira aula. O Mané não deu uma palavra e ainda ficou bravo comigo, que eu o estava chamando de analfabeto. Foi uma lição. Garrincha dificilmente lia um jornal, o negócio dele era caçar, era natureza. Também caçava muito rabo de saia. Sabia caçar muito bem, era macho, tinha essa necessidade. Eu sabia, mas a casa dele estava lá. Ele voltava.

 Garrincha fazia planos, tinha ambições?

Não. Mané era hoje. Gostava muito de olhar o céu, as estrelas e se espantava: “Meu Deus, como essa gente é boba, não sabe que vai viver por um tempo tão curto, para que ficar preso a tanta coisa, não vai levar nada..” Tinha uma filosofia de vida que também é a minha.

Espiritualmente, ainda tem alguma conexão com ele?

Tenho não. É muito dificil. Rezo muito, converso com ele, peço ajuda, mas não tenho esse poder. Nós nos separamos.

Você consegue rever o Garrincha no futebol de hoje?

Vejo o Neymar querendo fazer um pouco do Mané. Espero que um dia ele faça, rezo muito por ele, pode ficar tranquilo, como rezei muito para o Romário, para o Ronaldo. Tem que tomar conta do menino. Neymar usa a camisa 11 que o Garrincha usou em 58, tomara que chegue lá. É um menino leve, sem problemas, feliz. Torço para que não se machuque. Também gosto muito do Ronaldo e espero que agora como dirigente ele possa fazer da Copa uma homenagem ao Garrincha. Os jogadores de hoje não sabem quem ele foi. Nem citam. Quero fazer um museu para o Messi e o Cristiano Ronaldo conhecerem o Mané.

Pela sua capacidade de driblar a vida com arte, você é uma herdeira legitima de Garrincha.

A gente improvisa muito, Na vida e na musica também. Estrou sempre dando meu olé para cá e para lá. Mas com toda a brincadeira, levo a vida a sério, é linda demais, exige cuidado. Sou agradecida a tudo, até às criticas. Sem elas talvez não soubesse valorizar o que ganhei e o significado da palavra amor.

* http://oglobo.globo.com/esportes/elza-soares-vamos-celebrar-mane-garrincha-7279909


André Rizek e o turismo em Minas Gerais

Depois de duas semanas curtindo o resto das férias em um pedaço importante de Minas (que são muitas, como diz Guimarães Rosa), André Rizek e a namorada Rita Albano, estão de volta ao Rio, onde ele retornará a apresentar o Redação Sportv nos próximos dias.

SERRASerra do Espinhaço, entre São Gonçalo e Diamantina

Gostou de tudo que viu e curtiu; tornou-se mais um fã e defensor das nossas montanhas, da hospitalidade, das cachaças, cachoeiras, comidas, nosso barroco e o astral.

ANDRERITANo Bar do Ademil, em São Gonçalo do Rio das Pedras

Para a minha satisfação, seguiu roteiro que indiquei; e que faço sempre: de carro, pelo Vale do Jequitinhonha; Diamantina, Parque Estadual de São Gonçalo do Rio Preto, São Gonçalo do Rio das Pedras, Milho Verde . . .

SERRO

Vista do alto da Igreja de Santa Rita – Serro

. . . Serro, Conceição do Mato Dentro e Serra do Cipó.

Terminou a viagem ontem, em Inhotim.

PLACA

Já está programando a data pra voltar.

Quem vem a Minas, ama o nosso estado. Pena que não saibamos explorar economicamente o turismo, já que até hoje nunca houve sequência de trabalhos bem feitos em algumas oportunidades pelo governo mineiro.

ANDRETABULEIRO

Lembro-me de três grandes Secretários de Turismo: Antônio Henrique Borges de Paula, Manoel Costa e Érica Drumond, que implantaram ótimos programas de desenvolvimento sustentável.

Mas, a política partidária troca os titulares das pastas de acordo com os interesses e conchavos.

E nada de sequência ao trabalho que foi iniciado. Retorna-se à estaca zero!

E ficamos marcando passo.

Conheço muitos lugares do mundo que sabem faturar alto com o turismo, muitos não chegam nem perto de Minas em beleza, receptividade e gastronomia.

PARIPoço Pari – Distrito de Tabuleiro – Conceição

E todas as regiões de Minas têm seus atrativos peculiares, muito especiais, mas igualmente mal tratados e nada explorados turisticamente, de forma sustentável.

TRESBARRASÁguas da sequência da Cachoeira das Três Barras

Uma pena. Vida que segue!

JUQUINHAHomenagem ao Juquinha no alto da Serra do Cipó

COMIDA

Frango com quiabo, frango com ora-pro-nobis, couve, mamão verde, carne moida e incontáveis opções do Antônio Brasinha – Coqueiro’s Bar – MG-010 – chegando em Cardeal Mota.

BIRIBIRI

Vila Biribiri – Diamantina

DIAMANTINADiamantina e seus becos


América vence segundo jogo-treino da temporada

Enviado pela Assessoria de Imprensa do América:

* O América venceu o Vitória-ES na tarde desta quinta-feira (17/01), por 1 a 0, em seu segundo jogo-treino de sua pré-temporada na cidade de Itaúna. O jogo foi no campo 1 do Complexo Esportivo da Universidade de Itaúna, que recebeu boa presença de público, apesar de uma forte chuva que caiu durante todo o primeiro tempo. 

O gol da vitória foi marcado pelo volante Juninho, aos 8 minutos do segundo tempo. O técnico Vinícius Eutrópio usou 23 jogadores no treino.

AMÉRICA_1_X_O_VITÓRIA-ES_-_04

1º tempo:  Neneca; Patrick, Vinícius Simon, Lula e Wanderson; Alan Mota, Doriva, Leandro Ferreira e Rodriguinho; Felipe e Fábio Júnior. 

2º tempo: Matheus; Gedeílson, Vinícius Simon, Lula (Alan Mota) e Bryan; Claudinei, Juninho, Thiago Alves (Bernardo) e Geovanni ; Laércio e Kaká. 

Os jogadores voltam a treinar nesta sexta-feira, pela manhã, encerrando a pré-temporada na cidade. Depois do almoço, no Hotel Fazenda Granja Glória, a delegação retorna a Belo Horizonte e os jogadores serão liberados. No sábado, o grupo se reapresenta no CT Lanna Drumond e treina em dois períodos. No domingo, o treino será apenas pela manhã.  

* Assessoria AFC/Carlos Cruz