Blog do Chico Maia

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Espírito Santo de Minas

Fernando Rocha escreveu na coluna dele no Diário do Aço, de Ipatinga:

* “Os mineiros que escolheram o litoral capixaba para curtir este verão estão tendo uma surpresa agradável. “A Tribuna”, o jornal de maior circulação no estado vem dedicando diáriamente uma página inteira às notícias de Atlético e Cruzeiro. Antes só dava informações dos clubes cariocas e pouquinho dos paulistas.”

 

Também gostei de ver isso quando estive lá dias atrás. O jornal Gazeta também dá grande destaque ao noticiário do futebol mineiro, diariamente.

Para tranquilizar ao mineiro da gema João Chiabi Duarte, que mora em Vitória há 30 anos, e gosta muito do estado.

Ele costuma dizer: “Se não abrirmos os olhos, estes capixabas vão acabar tomando o Espírito Santo de nós”.


Contagem regressiva!

Pegando carona com o Duke, desejo a todos um ótimo ano novo! 

DUKETEMPO

No O Tempo, hoje!


As últimas colunas do ano! Pau na enganação, pública e privada!

* “Festas caras com chapéu de quem paga impostos!” 

Nessa última coluna do ano, venho agradecer aos senhores pela companhia e dizer que 2012 foi especial, pois realizei uma aspiração antiga de cobrir a Eurocopa e Olimpíada. São coberturas caras, em um mesmo ano, separadas por menos de 30 dias de diferença. Gosto muito da minha profissão, onde ganha-se pouco, mas diverte-se.

Em entrevista ao canal Globo News, o norte-americano Gay Talese disse que, “jornalistas mentem menos que políticos, padres e intelectuais”. Acredito no que diz essa grande personalidade da mídia internacional, e consolidei este pensamento nos últimos anos. 

Falácias

O movimento em torno dos grandes eventos que o país vai receber nos próximos anos, me fez lembrar de situações que fazem lembrar a frase do Talese. Por exemplo, a cada dia fica mais difícil acreditar nas autoridades políticas do Brasil. Mas, vale a frase: “infelizmente ainda não encontraram regime de governo melhor que a democracia; que é bom, mas custa muito caro”.

E tudo em nosso país gira em torno da politica, onde tudo se resolve, aproveitando-se da alienação da maioria da população e da esperteza de quem detém o poder.

Não é diferente

No futebol, por exemplo, o Brasil está gastando mais dinheiro do que deveria com estádios. Os políticos estão se aproveitando da Copa do Mundo e o que a envolve. Usam argumentos mentirosos para justificar gastos ou tentar desviar verbas, legalmente, através de brechas das leis.

Nosso caso

Aqui, alardeiam que o Mineirão ficou pronto “dentro do prazo” e do “orçamento”. Só o tempo mostrará a verdade, já que o Ministério Público investiga, dos custos à necessidade de determinadas obras e contratações de serviços.

Minas cumpriu a cartilha da FIFA para tentar ser sede da abertura ou encerramento da Copa; sede do centro principal de imprensa e se não desse, que o Mineirão fosse palco da abertura e ou encerramento da Copa das Confederações; o que seria um bom prêmio de consolação.

Nada a ver

Além dos quase R$ 700 milhões com o Mineirão, gastamos mais de R$ 15 milhões na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas; e em torno de R$ 150 milhões no Independência. Estádios particulares.

Não conseguimos nem uma coisa nem outra, e também não berramos, aceitando tudo cordeiramente, sob incontáveis alegações. Nossas autoridades se esquecem do ditado popular que diz: quem abaixa demais a bunda aparece.

Por fora

Nessa toada, Belo Horizonte ficou inferiorizada a Rio, São Paulo, Fortaleza e até a Brasília, onde o futebol profissional não consta no mapa. Falam em “legado” para os mineiros com a Copa. Pura enganação, pois estádios são as heranças de menor importância para qualquer país que sedia um Mundial. Importante mesmo seriam rodovias decentes, aeroportos, rodoviárias, e no nosso caso específico, metrô e anel rodoviário de Belo Horizonte, duplicação de rodovias como as BRs-040, 381 e 262; telecomunicações ao menos razoáveis, apesar de tantas operadoras, que prometem tudo, mas prestam péssimos serviços.

Infra estrutura

No Brasileiro deste ano tivemos jogos paralisados em Belo Horizonte, Rio, São Paulo e outras grandes cidades por falta de energia elétrica.

Segurança não existe. De Norte a Sul, Leste a Oeste, no Brasil, polícias militar e civil não têm efetivos nem equipamentos à altura. Mas gasta-se e tolera-se quase tudo em nome da Copa do Mundo 2014, das Olimpíadas 2016 e suas instâncias agregadas.

E viva os estádios milionários, cuja maioria da população não terá acesso!

* Essas e outras notas estarão em minhas colunas de amanhã, nos jornais O Tempo e Super Notícia!


Obrigado Paíca!

Senhoras e senhores, estou feliz demais da conta, nestas últimas horas de 2012.

Acabei de ganhar uma montanha de discos de vinil, da melhor qualidade, do Paíca (Paulo Henrique Carneiro Motta), o famoso “Paíca – Bola e Gol”, aqui em Conceição do Mato Dentro.

E graças à patroa dele, a quem agradeço, tanto quanto a ele, Gilda, que o fez “desentulhar” o ap deles em Beagá.

A radiola estava incomodando e ela o mandou despachar aquela “coiserada toda”.

Bem mandado, Paíca, trouxe tudo para Conceição, pra casa da mãe dele, a querida D. Elza.

Chamado para um “chá com torradas”, hoje, em companhia do cunhado do Paíca, Barbosa, mais conhecido em Diamantina como “Tonho Capelinha”, e do Nilo Costa, grande presidente do Clube Social, ganhei relíquias da MPB, como Juarez Moreira (nosso conterrâneo, já que é de Guanhães, da Grande Conceição); Chico, Caetano, Gil, João Gilberto, Vinícius & Toquinho, Quinteto Violado e tantas coisas mais.

Estou doido pra voltar pra casa na “Macrosete”, para ligar minha nova radiola, meu melhor presente de Natal, e ouvir tudo isso.


Nilton Santos chuta Armando Marques: Prêmio Esso de fotografia 1972

Há meses estou para postar esta foto, em homenagem a alguns dos meus grandes amigos repórteres fotográficos de Minas, como o Eugênio Sávio, Valdez Maranhão, Nélio Rodrigues, Auremar de Castro, Cebolinha, Carlos Roberto, Marcelo e Lucas Prates, André Brant, Jorge Gontijo, Célio Apolinário, Alberto Scalda, Washington Alves, Carlos Rienck e vários outros, que não dá tempo de citar agora, porque a conexão da internet pode cair a qualquer momento, aqui em Conceição do Mato Dentro.

Peguei no site do O Globo; hiostórica, vale a pena:

* “Prêmio esso de fotografia 1972”

niltin-santos-e-armando-marquesNilton Santos agride Armando Marques

Autor: José Santos, O Globo

O ex-zagueiro da seleção brasileira de futebol, Nilton Santos, insatisfeito com a atuação do árbitro Armando Marques no jogo entre o Atlético e Botafogo, o agride e o empurra na boca do túnel, fazendo-o rolar escada abaixo.

Nilton Santos era o técnico do Botafogo.


Obrigado a todos, e algumas saideiras de 2012

Agradeço a todos os amigos que enviaram felicitações pelo meu aniversário, ontem, e retribuo os votos de feliz 2013.

Hoje à noite tem Democrata x Minas na Arena do Jacaré, final da Terceira Divisão, para onde espero que o Jacaré não volte nunca mais.

O Minas venceu o primeiro jogo por 2 a 0 e pode até perder por 1 a 0 que fica com o título.

Sem problemas; o mais importante já foi conquistado, o acesso à segundona 2013.

Estou em Conceição do Mato Dentro, curtindo cenários como este, da Cachoeira do Tabuleiro.

TABULEIRO

Sol total; até agora não choveu por aqui.

Por falar em Democrata, publiquei em minha coluna de ontem no jornal SETE DIAS, fotos da presença do Dr. Lucas Ottoni, entre o seu pai, senhor Luiz Camilo Ottoni (direita) e o presidente do Democrata, Flávio Reis.

Este é o advogado que garantiu o Democrata na segunda divisão mineira de 2013.

FLAVINLUCASOTONPAI

Foi recebido com tapete vermelho sexta-feira, 21, no Recanto do Jacaré para uma entrevista coletiva e depois, na Fiorenza, para uma picanha e um chope, porque ninguém é de ferro.

RPAIVACMFLAVLUCASPAIBEIÇO

Da esquerda para a direita, Renato Paiva, “este locutor”, Dr. Lucas, Flávio Reis, Luiz Camilo e Marco Túlio Nogueira.

ARISIOGARÇONJERRY

Nesta recepção ao Dr. Lucas Otoni, o diretor democratense Arísio França Junior (esquerda) aproveitou para tentar uma contratação bombástica para reforçar o seu Vila Serrana em 2013: o garçom Jerry, uma das figuras mais queridas da cidade. Estava quase acertando “luvas”, “tempo de contrato” e “salário”, mas não conseguiu o mais importante: negociar os “direitos federativos” com Carlão, Afonso e Marta, os comandantes da Fiorenza.

Mais uma vez, obrigado a todos; boas festas e ótimo 2013.

ESPINHACO

Mais uma imagem dos caminhos por onde tenho andado estes dias, na Serra do Espinhaço, nessa nossa Minas Gerais!

Bom demais da conta, sô!.


Verdades verdadeiras do Duke e do Ricardo Lemos

Duke, hoje no Super …DUKE

… sobre o ex-piloto em atividade…

… e do participante do blog Ricardo Lemos, com providenciais lembranças, e a quem agradeço em nome de todos:

“Prezado Chico, bom dia!

Com mais um feriado prolongado chegando, queria te pedir para fazer um alerta aos frequentadores do blog sobre os perigos das estradas.

Nesta época de muito movimento, aumentam também os acidentes. Famílias têm sido exterminadas nas estradas e ninguém faz nada para resolver a situação. Então, pelo menos nós motoristas precisamos fazer a nossa parte dirigindo com prudência e respeitando todas as regras.

Na minha opinião, o Governo é o único que pode fazer algo para praticamente eliminar o problema. Estatisticamente quase 100% dos acidentes com vítimas fatais nas estradas estão nas batidas de frente, onde um dos veículos invade a contramão. E em praticamente todos estes acidentes, há caminhão (ou equivalente) ou ônibus envolvido.

Para resolver de imediato o problema, só com duplicação das estradas. Campanhas educativas e penalização para motoristas desobedientes levam mais tempo para surtirem efeito e “gastam” muitas vidas. Apesar disto, precisam ocorrer também (em paralelo) pois são as medidas mais eficientes para o longo prazo.

Desejo um 2013 de muita paz, saúde, alegria, realizações, discussões saudáveis aqui no blog e muita sorte para os que vão pegar estrada!”

Ricardo Lemos


Quase férias!

Desde ontem meu ritmo é de folga do futebol. Não dá pra chamar de férias, porque são apenas uns poucos dias, mas já estou nos lugares onde mais gosto: Serra do Cipó, Conceição e adjacências! 

Nem vi o Democrata Jacaré perder de 2 a 0 o primeiro jogo da final da terceirona ontem. Os dois times desfigurados, já que os elencos estavam liberados, e esta final é apenas para cumprir o regulamento. 

O que importava era o acesso à segundona e isso o Jacaré já conseguiu. Agora é montar time porque o campeonato começa em fevereiro. 

Estou saindo agora da Pousada Chão da Serra, e dentro de uns 50 minutos paro no Clube Social de Conceição do Mato Dentro, onde “os trabalhos” já foram iniciados pelo João Bosco, Betânia, Dr. Renilson e outros companheiros que estão, estes sim, de férias, quase 30 dias à toa.

Merecidamente, diga-se.

Aguardamos a chegada do João Chiabi Duarte, que está vindo de Vitória, com essa cara larga dele, da foto abaixo (no ap dele na capital capixaba), e cheio de piadas para sacanear o Galo! Mas sabe que o Cecé Mascarenhas está com o troco devidamente pronto e contra-ataques fulminantes.

JOAO

Enquanto isso, deixo com os senhores essa reportagem do Globo, de segunda-feira, que fala sobre o Vasco, que está abastecendo Atlético e Cruzeiro, e sendo abastecido por eles. 

Olho vivo neste novo Vasco que está sendo montado. Apesar da crise pela qual atravessa, tem Roberto Dinamite, Renê Simões e Ricardo Gomes no comando. São competentes, conhecem bem o futebol e estão montando, com pouquíssimo dinheiro, um time que pode surpreender. Aliando os poucos que estão ficando do time deste ano com boas promessas dos juniores e bons jogadores que estão precisando deslanchar, como Filipe Souto, Pedro Ken e outros.

Sem falar que tem uma das maiores e mais apaixonadas torcidas do Brasil.

 * “Vasco de cara nova e humilde”

Time remonta quase todo o elenco com jogadores de baixo custo

RENEDINAMITE

A dez dias da reapresentação, o Vasco tenta se reerguer rapidamente a fim de ter o elenco completo que irá viajar para a pré-temporada em Pinheiral a partir do dia 4 de janeiro. Por causa da crise financeira, o clube viu parte de seus principais jogadores partir e, sem poder de compra, teve suas negociações limitadas a jogadores que se destacaram na Série B ou que não estavam nos planos dos seus clubes para 2013.

Até o momento, entre dispensas e saídas voluntárias já são 13 jogadores, mais de um time completo. Ainda não houve anúncios oficiais, porém os dirigentes já têm pelo menos oito acordos fechados. Entre as principais perdas estão Fernando Prass, Juninho Pernambucano, Rodolfo, Alecsandro e Nílton. Nas negociações do atacante para o Atlético-MG e do volante para o Cruzeiro, respectivamente, o Vasco ficará com o volante Fillipe Soutto e o atacante Leonardo, e os meio-campistas Sandro Silva e Pedro Ken.

O atacante Zé Love, sem espaço no Genoa, da Itália, também vem por empréstimo. O goleiro Michel Alves, que estava no Criciúma, assume a posição de camisa 1 deixada por Prass. O lateral-direito Elsinho, do Figueirense, e o meio-campo Thiaguinho, do Cruzeiro, também serão anunciados. O clube ainda negocia com o volante Willians, que pouco tem jogado no Udinese, da Itália, e o lateral-direito Nei, ex-Internacional.

Além disso, a cada abertura da janela de transferência, vê ameaçada a permanência de Dedé. O zagueiro é cobiçado por times europeus e pelo Corinthians. Como o clube detém 45% dos direitos econômicos do jogador (45% pertencem a um fundo de investimento e 10% ao Villa Rio, clube ligado à empresa Ability Sports), a decisão da venda não é apenas do Vasco.

Fora os problemas financeiros, que dificultam tanto a permanência como a contratação de jogadores, a diretoria já deu sinais de que não fala a mesma língua. No fim da última semana, o novo diretor executivo René Simões havia confirmado a rescisão do contrato de Felipe. A notícia pegou de surpresa o diretor técnico Ricardo Gomes, que contava com o jogador. Logo depois, o presidente Roberto Dinamite desmentiu a saída de Felipe e René amenizou o discurso. De qualquer forma, a permanência do meio-campo será discutida entre a diretoria e o jogador, que tem contrato até o fim de 2014.

* http://oglobo.globo.com/esportes/vasco-de-cara-nova-humilde-7127224#ixzz2GGFQeI1p


Mais péssimas notícias para quem não gosta do Alexandre Kalil

Já escrevi várias vezes sobre essa volta por cima administrativa que o Atlético está tendo, com a chegada do Alexandre Kalil à presidência.

Até muitos atleticanos costumam perguntar como ele está conseguindo este “milagre”, ou “onde ele está arrumando tanto dinheiro”, e por aí vai.

Quem não gosta dele chuta mil bobagens ao vento, tipo “dá calote”, está aumentando a dívida do Atlético, “sustou cheques”; “arruma dinheiro com o Ricardo Guimarães” e outra idiotices do gênero.

Pois ele põe em prática aquilo que disse quando assumiu o Galo: “no futebol, nos grandes clubes, se você não roubar e não deixar roubar, o dinheiro dá e sobra; porque os clubes têm fontes demais de arrecadação”.

E para isso, a maior virtude do Kalil foi conseguir reunir essa turma, quase anônima, desprovida de vaidades acima do normal.

Competências raras em suas respectivas áreas de atuação, onde o Atlético mais precisava para sair do buraco: tributária, contábil, comercial, gestão…

Advogados, engenheiros e empresários que viabilizam o que o presidente pensa em fazer.

E pouco a pouco vão possibilitando ao Atlético ter novamente um grande time.

Nesta excelente reportagem da Valeska Silva para o Globoesporte.com de hoje, conheça um pouco dessa turma e dos bastidores do Galo. * “Homens fortes do Galo: saiba quem ajuda Kalil mudar a história do clube”

Conheça todos os ‘escudeiros’ e a ‘escudeira’ do presidente atleticano,
que ajudaram o clube alvinegro a triplicar o orçamento nos últimos anos

Por Valeska Silva Belo Horizonte

De clube sem crédito no mercado, com mais de mil cheques pré-datados e sem fundos espalhados por Belo Horizonte, a nova casa da estrela Ronaldinho Gaúcho. Dono de uma dívida de quase R$ 310 milhões, mas com dinheiro para tirar o goleiro Victor do Grêmio. Que milagre financeiro é este que acontece no Atlético-MG? É o que se perguntam pessoas que conhecem a história do clube. Muitas se assustaram com o rápido ressurgimento atleticano.

GRAVATAS

Gropen, Lásaro, Sette Câmara, Adriana Branco, Fadel, Luiz César Vilamarim e João Avellar

À frente, o presidente Alexandre Kalil.

É dele a palavra final, a assinatura em cheques, o trabalho de colocar a cara a tapa, como definem os fiéis escudeiros do dirigente. Os escudeiros são um grupo de torcedores que trabalha nos bastidores. Remunerados ou não, estão praticamente todos os dias junto ao presidente, deliberando em prol do Atlético-MG.

Alguns são mais conhecidos, como o vice-presidente Daniel Nepomuceno, a diretora-executiva Adriana Branco e o diretor de futebol Eduardo Maluf. Além deles, trabalham para o Atlético-MG outros seis abnegados, cujo único objetivo é recolocar o clube na prateleira de cima do futebol nacional, na disputa de títulos e competições de expressão. O GLOBOESPORTE.COM reuniu os homens-fortes da retaguarda atleticana para uma conversa reveladora, para que pudessem explicar como ocorreu o ‘pulo do gato’ que recolocou o Atlético-MG na vitrine, depois de anos como motivo de críticas, de menosprezo. Tudo começou no fim de 2008. Eleito presidente, Alexandre Kalil montou um grupo com pessoas que já circularam pelos bastidores do clube em outras gestões, casos de Adriana Branco, do assessor Sérgio Sette Câmara, que já foi vice-presidente, e do também assessor Luis César Vilamarim, engenheiro e primo de Kalil, que participou da reformulação da Cidade do Galo, que, na década de 1990, tinha apenas um campo e um acanhado vestiário e, em 2010, foi eleito o melhor do país

Convidou também o advogado e professor de direito tributário Rodolfo Gropen, um torcedor apaixonado pelo Galo e que, na época da eleição de 2008, formulou um projeto tributário e ofereceu aos dois candidatos que disputavam o posto. Kalil venceu e, pouco mais de dois meses depois, chamou Gropen para assumir a função de diretor de gestão do clube.

E Gropen convidou outros atleticanos para trabalhar com ele. Todos “remunerados pela paixão”, como ele mesmo definiu: os também advogados Lásaro Cândido, hoje diretor jurídico, e João Avellar, atual assessor jurídico. Pouco tempo depois, o grupo ganhou mais um integrante: Carlos Fabel, administrador de empresas e contabilista, com 33 anos de experiência no mercado financeiro, que trabalhou em seis bancos antes de aceitar o convite de ajudar o clube para o qual torce. Ele, Adriana Branco e Eduardo Maluf são os únicos integrantes remunerados deste “staff vip”, que participa das decisões mais importantes do clube nestes últimos quatro anos, principalmente nas contratações. E que se comprometeram ao presidente nunca revelar os assuntos discutidos na sala da presidência.

– Um dos segredos da administração do Kalil é que nunca vazou nada, destacou Rodolfo Gropen, que acompanhou o presidente na viagem a Porto Alegre, onde fecharam o negócio com Ronaldinho Gaúcho. Nem para os filhos atleticanos ele contou.

– As pessoas na academia me perguntam, já rindo: “E, aí, Sérgio? Quem vem?” Elas sabem que eu não falo nada. O segredo não é a alma do negócio? Pois é assim que aqui acontece agora, define Sérgio Sette Câmara, que tem história no Atlético-MG.

Entre idas e vindas, participa da vida do clube desde 1999. Pode falar, “de carteirinha”, de erros cometidos no passado, em outras gestões. Sem citar nomes, lembra de histórias que fizeram o nome do clube ficar “queimado” no mercado.

– A forma amadora com que o Atlético-MG era conduzido não é novidade. Na minha época, como vice-presidente, fizemos um levantamento patrimonial e descobrimos imóveis que ninguém sabia que existiam. E o que mudou? Falo com toda sinceridade: o Alexandre assumiu e se cercou de pessoas dedicadas. Trouxe o Maluf, que é um cara extremamente competente para cuidar de futebol. E trouxe o Rodolfo, um sustentáculo muito grande na escolha das outras pessoas. Aí veio o Lásaro, o Luis César, que sempre foi um cara muito presente, pau para toda obra, destacou Sette Câmara.

As histórias contadas por estas pessoas podem virar um manual de autoajuda para clubes endividados e com o “filme queimado” no mercado, como foi o Atlético-MG por muitos anos. Um clube que chegou a ficar cerca de dois meses sem presidente, na época da renúncia de Ziza Valadares. Que já atrasou salários por três meses seguidos e fazia contratos únicos para jogadores, o que significava que a multa rescisória dos atacantes Marques e Guilherme era a mesma que de atletas de menor expressão. Que triplicou o orçamento nos últimos anos, de R$ 60 milhões, em 2008, para R$ 180 milhões, que é o montante previsto para 2013.

De uma coisa, no entanto, todos fazem questão. Mesmo cientes que herdaram um clube com muitos problemas, o “staff vip” atleticano não aponta culpados, não destaca erros em administrações anteriores. Por ordem expressa do presidente, o trabalho é olhar para frente.

– O grande desafio foi esse: criar um muro, deixar para trás o que passou e estabelecer um novo conceito empresarial, explica o diretor financeiro Carlos Fabel.

– E não teve milagre. O Atlético-MG estava chegando ao fim. O Alexandre deu um murro na mesa, de basta, se cercou de gente que resolveu se doar para ajudar o Atlético-MG. Não existia isso no retrospecto do clube. Saímos do caos e hoje temos controle, destaca o diretor jurídico Lásaro Cândido.

– O Atlético-MG tem sido mal administrado há 20 anos, com alguns intervalos de suspiro. Se você plantar esse trabalho para os próximos 20 anos, o problema estará resolvido. Você tem que ter um grupo que pensa igual. É assim hoje. Por isso está funcionando, avalia o assessor jurídico João Avellar.

O começo de tudo

O ano era 2009. O primeiro da gestão Alexandre Kalil. Na época, estava em pauta a renovação do contrato master de patrocínio da camisa. O clube recebeu R$ 3 milhões em 2008, e o presidente pediu R$ 9 milhões para o ano seguinte. A empresa, fabricante de automóveis, que estampava o nome, não aceitou aumentar. Kalil não aceitou receber menos, queria valorizar o nome do clube. E o Galo jogou a temporada inteira sem patrocinador. Deu certo. Em 2010, com a chegada de novos parceiros, foi para os R$ 9 milhões que o presidente queria.

Está aí a explicação para o “surgimento” do dinheiro do Atlético-MG: valorização da marca. Os contratos foram melhorados, como também o dinheiro repassado pelo Clube dos 13. Mas não foi fácil ficar uma temporada sem patrocínio. As consequências perduraram por dois anos.

– Tivemos dois anos que sofremos demais, lembra Gropen.

– As receitas caíram, o pay-per-view também. Ficamos sem estádio em Belo Horizonte e tivemos de fazer jogos na Arena do Jacaré a R$ 5, R$ 3, R$ 2. Hoje, você põe ingresso a R$ 300 e vende, destaca Sérgio Sette Câmara.

– Mostramos a todos essa nova postura. Queira ou não, o Atlético-MG já teve três meses de salários vencidos, poderia perder passe de jogadores. Houve um choque de gestão: enxuga tudo, zera tudo, vamos correr contra o tempo. O dinheiro que tinha era para colocar a folha em dia, lembra Luis César Vilamarim.

– No ano que ficamos sem patrocínio, vieram várias empresas, mas para pagar valores baixos ou por determinados jogos. O Kalil não aceitou, lembra Fabel.

– Porque se você aceita isso, posteriormente, não consegue fazer um bom contrato. Se você está com anúncio de uma bala na camisa pagando R$ 5 mil, no ano seguinte, não consegue convencer uma empresa a pagar R$ 50 mil, complementa Vilamarim.

– Essa história de valorizar a marca foi muito importante. Em 2008, a receita do Atlético-MG era de R$ 57 milhões. Neste ano, vamos fechar com aproximadamente R$ 75 milhões, contabiliza Fabel.

TRIO

BMG

Assim como quase 30 times do futebol brasileiro, o Atlético-MG carrega a marca do BMG estampada no uniforme. A ligação com o banco é antiga, já que Ricardo Guimarães, presidente da instituição, já foi o principal mandatário alvinegro. Torcedor atleticano, colocou dinheiro do próprio bolso no clube. Os valores não são revelados.

– A primeira grande demanda que o Alexandre me passou foi organizar essa dívida com o Ricardo Guimarães. É uma dívida com ele, e não com o banco. O BMG faz no Atlético-MG o que faz em todos os clubes que patrocina: tem alguns investimentos. O conselho fez uma auditoria e apurou o valor que o clube deve ao Ricardo, que emprestava como pessoa jurídica. Hoje, temos um contrato em que o Galo paga uma mensalidade ao Ricardo para quitar essa dívida, informa Gropen.

Dívidas

Os números são assustadores. O clube já teve a taça de campeão brasileiro de 1971 e a sede administrativa penhoradas como garantia de pagamento de dívidas. Pagou mais de R$ 80 milhões, mas ainda falta muito. Muito mesmo. O valor exato não é revelado, mas o diretor financeiro do clube, Carlos Fabel, confirma que a dívida ultrapassa os R$ 310 milhões.

São aproximadamente R$ 60 milhões de dívidas bancárias, mais R$ 145 milhões herdados da Timemania (loteria criada em 2007 cujo objetivo é arrecadar dinheiro na forma de apostas em partidas de futebol para liquidar a dívida dos times brasileiros), mais R$ 6 milhões do Refis (que um é programa de recuperação fiscal para parcelamento de débitos fiscais). Além disso, o clube ainda deve R$ 94 milhões ao ex-presidente Ricardo Guimarães e R$ 5 milhões de passivo trabalhista.

Dívidas que têm sido equacionadas em parcelas mensais: R$ 800 mil vão para Timemania, Refis e Ricardo Guimarães. São feitos depósitos mensais no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de R$ 700 mil para o passivo trabalhista. E a dívida bancária, de acordo com Fabel, ‘é equacionada com recebíveis futuros’.

– Temos um débito bancário de, aproximadamente, R$ 60 milhões, todo calçado com recebível. Não existe dívida não-liquidável, não existe bola de neve. Toda dívida que é administrável, desde que se recupere o crédito. E foi o que fizemos.

– Teve muita conversa, muita presença do presidente, colocando a cara, chamando credores, um por um: “Vem cá, estou te devendo”. Tinha um mar de cheques pré-datados, mais de mil espalhados pela cidade. E sem fundos! Kalil recolheu, sustou todos e chamou os credores para negociar as dívidas, conta Vilamarim.

– Eram fornecedores de gêneros alimentícios, ações cíveis que o clube fez acordo e não pagou. Usamos as receitas de televisão para pagar, destaca Fabel.

Mais de R$ 80 milhões de dívidas do passado já foram pagos. O grupo de retaguarda garante que está tudo organizado, sendo renegociado. Impossível determinar um prazo para que não haja mais credores. E calcula-se que, até o fim de 2013, o clube encerre o passivo trabalhista.

– Quando cheguei, tinha R$ 27 milhões, além de outras ações que estavam rodando no TRT e que não estavam definidas. Esse montante virou R$ 45 milhões, de ações que estavam para ser julgadas de gestões anteriores. E destes R$ 45 milhões, já pagamos R$ 40 milhões.

Por mais incrível que possa parecer, apesar do valor astronômico que ultrapassa os R$ 310 milhões, a situação do Atlético-MG é definida como tranquila pelos homens-fortes de Alexandre Kalil.

– Nenhum clube tem um shopping que vale R$ 1 bilhão e que, daqui a 14 anos, será do Atlético-MG. O importante é saber que o Atlético-MG dá lucro. A diferença entre a receita e a despesa é positiva. Está projetado um lucro de R$ 50 milhões para o ano que vem, contabiliza Fabel.

TRIO2

Pulo do gato

A mudança interna é chamada pelos homens-fortes do Atlético-MG de “choque de gestão”. E ocorreu de 2008 para 2009. O trabalho no início da gestão Kalil foi pesado. O orçamento do clube era praticamente a metade do Cruzeiro, o principal rival. Carlos Fabel, contratado para administrar a parte financeira do Atlético-MG, se assustou quando assumiu a função.

– Quando cheguei, achei que ficaria três meses. Fiquei três meses, três anos! Me assustei, porque vim do mercado financeiro, onde as coisas são bem estruturadas. E o Atlético-MG tinha dívida, falta de crédito. Quando cheguei, eram 180 protestos no Serasa, 254 ações executivas no Fórum. Encontramos conta de Correio e Copasa atrasada, acordo com o Ministério do Trabalho rompido. O Atlético-MG não tinha crédito para comprar gênero alimentício. A primeira coisa que fizemos foi para de atrasar, lembra Fabel.

– Tínhamos um problema sério: o clube fazia acordo na Justiça do Trabalho e não pagava, conta Sérgio Sette Câmara.

Cerca de 200 funcionários foram mandados embora.

– Existia muito cargo. Não adianta você mandar embora um cara que ganha um salário mínimo. Você enxugou área que tinha diretorias, cargos, gente que era diretor internacional, e o cara ficava viajando pelo mundo sem gerar resultado, lembra Luis César Vilamarim.

– A máquina trabalhava com déficit muito grande. O Kalil fez esse enxugamento para diminuir esse déficit mensal que tinha, explica Fabel.

Os clubes campestres, Labareda e Vila Olímpica, eram deficitários e estavam sucateados. Fabel lembra que chegaram a dar R$ 100 mil de prejuízo. Foram modernizados e hoje contam com seis mil sócios. Passaram a dar receita e geram R$ 7 milhões por ano. Superávit que é investido nos dois clubes.

Todos são unânimes em afirmar que o trabalho, árduo e dispendioso, é gratificante, mas que falta algo para premiar tanta dedicação: um título. Foi como definiu o diretor financeiro, Carlos Fabel.

– Não adianta estar tudo organizado aqui dentro, pagar todo mundo em dia, sem títulos. Nos últimos anos, o Atlético-MG tem recuperado muita torcida. Isso não tem preço. Mas precisa de um título. Até como um prêmio para a gente que trabalhou, que se dedicou tanto. Só nós sabemos como nos dedicamos.

– Têm aqueles que reclamam do vento, aqueles que esperam o vento passar e os que ajustam as velas de acordo com a mudança do vento, para aproveitá-lo. O grupo que o Alexandre formou não reclama e nem espera o vento mudar de curso. É um grupo que ajusta as velas a cada vento para caminhar, define João Avellar.

– Consigo imaginar o Atlético-MG igual ao Barcelona. Não consigo pensar diferente. Enquanto isso não acontecer, não vou estar satisfeito. E isso é trabalho para mais de dez anos, calcula João Avellar.

Serviço nos bastidores sendo feito, agora é a vez dos jogadores em campo.

* http://globoesporte.globo.com/futebol/times/atletico-mg/noticia/2012/12/homens-fortes-do-galo-saiba-quem-mudou-historia-do-atletico-mg.html?utm_medium=twitter&utm_source=13galonews


De trem, pela Vitória/Minas! Sonho antigo – Parte dois

Prometi e cumpro agora, mesmo com duas semanas de atraso.

Mais fotos da minha viagem de trem, o segundo trecho, pela “Vitória a Minas”, de Belo Horizonte a Vitória-ES.

Essa estrada de ferro passa por 51 localidades, parando em 18 estações e mais 12 pontos especiais.

Fundada em 1904.

Mais detalhes no www.vale.com/tremdepassageiros

ou pelo 0300 313 6580

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Paisagens inesquecíveis, como essa casa no meio da montanha, perto de Cel. Fabriciano.

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Em compensação, olhemos bem essas montanhas, porque elas estão indo embora nos trens de carga da Vale, em forma de minério.

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 E o trem vai serpenteando Minas Gerais. . .

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… com cachoeiras que se formam nessa época de chuvas, por grande parte do trecho.

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A perigosa BR-381 segue paralela à estrada de ferro em muitos lugares . . .

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. .  . com o intenso movimento de carretas principalmente.

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Essas bobinas fabricadas pela Usiminas, que constantemente caem de caminhões provocando graves acidentes, aí estão no transporte ideal, que deveria cobrir todo o Brasil: trem.

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A estação de Ipatinga, uma cidade que vale a pena ir de trem, para quem sai de Belo Horizonte.

Mais garantia de preservação da própria vida. O trem leva em torno de quatro horas até lá, com segurança e conforto.

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O Rio Doce segue paralelo aos trilhos durante grande parte da viagem.

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Raquel e Luciana, mãe e filha, de Pitangui, do Centro-Oeste mineiro a caminho de Vitória e depois Guarapari.

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O carro-restaurante serve três opções de almoço. Quebra bem o galho, por R$ 9,00 o prato.

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Olha o Ibituruna aí gente! O famoso pico que mantém Governador Valadares quente o ano inteiro.

A estação de Valadares, onde a parada do trem dura mais: 10 minutos e onde desce e sobe muita gente.

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O carro para pessoas que têm necessidades especiais. Ficou vazio em “Goval”.

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Mesmo sem foco da câmera, aí está a parte interna da Estação de Governador Valadares.

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Logo adiante, em Tumiritinga, uma atração especial: vendedoras de cocada e pé de moleque, da melhor qualidade. Dá tempo de comprar, nos três minutos da parada. A R$ 2,00 cada.

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A jovem também trabalhando e vendendo seus doces. Uma imagem marcante nos trilhos de Tumiritinga.

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Campos de futebol não faltam em todo o percurso.

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A pobreza também não falta. Entre Barra do Cuité e Krenak, acampamento do MST.

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Aí está um pedaço de Galiléia, onde me lembrei de um grande ex-dirigente do Atlético, Leone Modesto Valadares, nascido lá.

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Muita chuva e muito vento, que não atrapalham as belas imagens da viagem, perto de Resplendor.

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 Chegando à Usina de Aimorés, parecia que já era noite, com a mudança do clima.

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Imagens de rara beleza perto de Aimorés.

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O fim da chuva, montanha ao lado e o sol de volta, quase chegando na divisa com o Espírito Santo.

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Faz lembrar o Pão de Açucar, né? Pois é o trecho final da represa da Usina de Aimorés, chegando à Estação da cidade.

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As últimas imagens em território mineiro e uma das marcas de Minas: o gado.

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Chegando em Baixo Gandú, no Espírito Santo.

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E viva o mar, que também é bom demais da conta, né não!?

Já no dia seguinte, manhã em Vila Velha.

O trem saiu de Beagá às 7h30 e deveria ter chegado às 20h30, mas houve um atraso de 50 minutos.

O desembarque foi tranqüilo na Estação de Pedro Nolasco, em Cariacica (Grande Vitória), a 15 minutos de táxi, até Vila Velha.

Porém, quando começamos a nos aproximar de Vitória, uma recomendação preocupante e incômoda, do chefe do trem, que mostra a realidade brasileira, onde os governantes gostam de alardear que somos a “quinta economia do mundo”:

“Por favor, pedimos que os senhores passageiros fechem as cortinas a partir de agora, até o desembarque, pois infelizmente os nossos trens têm sido alvo de pedradas neste trecho”.

Felizmente não houve nenhum problema neste dia. 

Nos próximos dias mostro fotos do restante da viagem e do aniversário do Dr. Marcelo Godinho, que reuniu os amigos da velha guarda de Governador Valadares em Vila Velha, onde ele reside há 15 anos.

Também do João Chiabi Duarte, conterrâneo de Conceição do Mato, que faz a melhor moqueca da capital caipxaba!