Blog do Chico Maia

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Fernandão demitido; Celso Roth volta amanhã; meias verdades do Cuca e boas perguntas

Mais um grande clube faz nestas duas semanas finais de Brasileiro o que o Cruzeiro já deveria ter feito: agradecer ao treinador e iniciar a preparação para a próxima temporada.

Pressionado por torcida e conselheiros o presidente do Internacional, Giovanni Luigi, anunciou a demissão do Fernandão, que foi ídolo da torcida como jogador.

A contragosto porque tinha anunciado que o técnico comandaria o time até o fim. Mas como tem clássico contra o Grêmio na última rodada, que estará valendo o vice-campeonato para o arquirival, o Colorado preferiu não arriscar ter um time desmobilizado em campo.

O nome de Dunga é o mais cotado para a vaga.

Fernandão entrou no lugar de Dorival Júnior, que deixou o time em sexto lugar, na 10ª rodada. Agora o time está em oitavo.

Com ele, foram 26 jogos, nove vitórias, oito empates e nove derrotas, aproveitamento de 44,9. O auxiliar Osmar Loss deverá dirigir o time nos dois jogos finais.

Enquanto isso no Cruzeiro Celso Roth viajou novamente depois de um jogo para Porto Alegre, domingo, e se reapresenta amanhã.

 

No Galo, Cuca continua dando explicações pela queda de rendimento do time no returno. Disse na entrevista coletiva:

__Não é um fator que acontece. São vários. Primeiro, que nosso primeiro turno foi atípico, com 80% de aproveitamento, como o segundo turno também não é o que a gente pode, a gente pode mais que isso. Mas existem lesões, existe mau momento do jogador, jogador com autoconfiança em baixa, e isso tudo faz com que um, dois ou três diminuam a intensidade como ocorre em qualquer grande equipe. E isso ocorreu. E, principalmente, fora de casa, nós pecamos. No primeiro turno, acho que vencemos cinco e no segundo turno não”, destacou Cuca, para quem a história poderia ter sido diferente caso a campanha fora de casa tivesse sido um pouco melhor.”

Nenhum treinador, no cargo, pode falar o que realmente gostaria, para não se desgastar com seus próprios jogadores e diretoria. Mas daqui uns dias sai a lista de dispensa e depois de mais alguns dias começam a ser anunciadas aquisições.

Aí a verdade do técnico aparecerá; nas posições onde ele sabe que o time não teve jogadores à altura. Ele defende o Guilherme em todas as entrevistas, e está no papel dele. Mas já falou várias vezes que falta “um pouco mais” de vibração ao jogador. Ou seja: Guilherme não encarna o espírito do Atlético, mas é um jogador que não pode ser desvalorizado porque tem apenas 22 anos e o mercado está aí, atrás de bons jogadores. Trata-se de uma boa moeda de troca.

Se vibrasse mais, se fosse mais esperto, Guilherme teria dado um bico naquela bola que ele tomou do Montillo, ao invés de tentar sair jogando. Foi falta nele sim, porém o árbitro não deu e não adiantaria chorar. Ali saiu o empate do Cruzeiro, aos 47 do segundo tempo. Se a bola estivesse lá na área do Cruzeiro ou ido para fora, sairia o apito final e o jogo acabaria.

Contra o Corinthians, em São Paulo, foi parecido. A bola era dele, que quando acordou, já tinha perdido para o jogador do clube paulista que iniciou a jogada do 1 a 0, pegando a defesa desarrumada.

Perguntaram-me sobre a falta que o Danilinho fez no returno. Sim, porém, este é o risco que todo clube corre quando contrata um jogador problemático, que pode deixá-lo na mão a qualquer hora, por motivos extra-campo.  Desempenhava função fundamental no esquema do Cuca. Azucrinava as defesas adversárias pela direita e meio, além de voltar para marcar e impedir os contra ataques. Bernard fazia a mesma coisa pela esquerda.

Para agüentar um ritmo desses o jogador tem que ter condição física invejável, o que exige cuidados totais dentro e fora de campo. Danilinho deu uma relaxada, caiu de produção e ainda por cima começou a faltar a treinos, extrapolando a tolerância mínima que se exige de um profissional.

 

Mas não é só treinador que costuma falar “meias verdades” em seus pronunciamentos públicos. Li uma frase do Neto, agora comentarista da Band, onde ele comete um excesso de amizade com o seu compadre Ronaldo.

Veja:

 Craque Neto 10@10neto

“Hoje o maior goleiro do Corinthians que eu vi jogar completa 45 anos! Parabéns @Ronaldo601!!! Meu cumpadre e irmão! http://fb.me/20rkMUopo  ”

 

Só mesmo sendo amigo e compadre para dizer que o Ronaldo jogou mais que um Dida, ainda por cima no auge, por exemplo.

 

Mais duas twittadas interessantes de hoje:

 

O americano Jotapê Saraiva@jotapesaraiva  questiona:

“O Corinthians anunciou a Caixa Econômica Federal como patrocinadora máster até 2014. Estatais que patrocinam clubes: O que acham disso?”

 

Pura força política com o PT de Lula, assim como o Flamengo mostrava com o PSDB ao ter a Petrobras, o Botafogo a Liquigás, o Vasco com a Eletrobrás, ambos na era PT, com ajuda do governador Sérgio Cabral (PMDB); e Inter e Grêmio com o Banrisul.

Em Minas Gerais os tucanos venderam (ou deram?) os nossos bancos Bemge, Credireal e Agrimisa para a iniciativa privada. Mesmos bancos que nos anos 1980, no governo Hélio Garcia, patrocinaram Atlético, Cruzeiro e América.

 

O apresentador da Record, Marcos Maracanã, escreveu:

maracana@marcosmaracana

“Bruno destituiu ambos os advogados e com isso o julgamento deve ser adiado.Nao tem como continuar sem advogados de defesa. Seria manobra?”

 

Ele sabe melhor que eu e que qualquer um de nós a resposta: é claro!


O fim do Estatuto do Torcedor, que nem a FMF está sabendo

Dia desses perguntei qual a utilidade do Estatuto do Torcedor. Em conversa hoje com o Waldir de castro, ex-presidente da Associação Mineira de Cronistas Esportivos – AMCE, também ex-árbitro de basquete, ele respondeu na hora:

__ Este “Estatuto” não existe mais, pois foi substituído pela “Lei do Torcedor”.

 

Só que a maioria das pessoas não sabe, e pior: até a Federação Mineira de Futebol está comendo essa mosca e ainda usa em seus editais a antiga lei 10.671, de maio de 2003, que caducou e que tem como substituta a 12.299 de julho de 2010.

Para entender melhor, sugiro o artigo escrito pelo Waldir no blog dele.

De quebra, dá uma chamada à responsabilidade na FMF que está descumprindo a nova lei no que se refere a alguns aspectos, inclusive nas funções de credenciamento da imprensa:

http://caswal.blogspot.com.br/?zx=b9243c2ebf956231 

* “Aqui Estou… Chutando até a Lei Federal.


Com todo cuidado e respeito que merece a atual diretoria da Federação Mineira de futebol, não há como calar diante de tantos equívocos. Para iniciar a série deles, no ano de 2003 o então Presidente da República- Sr. Luis Inácio Lula da Silva-assinou a Lei 10.671, em 15 de maio, que ficou conhecida como “Estatuto de Torcedor.”
No dia27 de julho de 2010, o mesmo Presidente atendendo proposta encaminhada pelo Congresso Nacional, assinou a Lei 12.299 – “Lei do Torcedor”- alterando a Lei anterior. No seu Art. 5º inciso 1º e está assim escrito: As entidades de que trata o caput farão publicar na internet, em sítio da entidade responsável pela organização do evento:
1-a íntegra do regulamento da competição. Na FMF parece que ninguém sabedas mudanças…

Como os afazeres de todos na FMF devem tomar a maior parte do tempo, publicaram sim algumas partes do regulamento para o campeonato de 2013, mas se omitiram quanto a outras e que poderão representar problemas sérios até mesmo quanto ao início do campeonato..

Mas a coisa não fica só nesse pequeno descuido. Fruto da CPI instalada no Senado Federal e sob a presidência do Senador Álvaro Dias, surgiu e foi assinada pela atual Presidenta Dilma Roussef no ano de 2011, a Lei nº. 12.395, que no seu Art. 90-F consta o seguinte: “Os profissionais credenciados pelas Associações de Cronistas Esportivos quando em serviço têm acesso a praças, estádios e ginásios desportivos em todo o território nacional, obrigando-se a ocuparem locais a eles reservados pelas respectivas entidades de administração do desporto”.
Não diz, portanto que, a Federação possa querer assumir o lugar no caso de Minas Gerais, da AMCE. Mas pelo o que se sabe, está! Tanto é verdade que, o regulamento não está publicado na íntegra no sitio daquela entidade, bem como o nome do Ouvidor também não o foi. Qual será a razão?

Fica difícil entender que o atual presidente- Dr. Paulo Schetino- saiba dos detalhes que cuidam de coisas aparentemente de pouca importância, mas no caso dessa tentativa de determinado setor da federação querer assumir o papel de outra entidade, poderá lhe trazer enormes dificuldades, pois se houver resistência para mudar, uma ação judicial poderá ser buscada para que se cumpra a Lei.

Claro que aqui se trata de uma tese, mas que poderá progredir a partir do momento caso seja negado o reconhecimento da invasão de deveres e direitos de cada uma das partes. A coisa pode inclusive partir para o impedimento do início da competição, sendo que os clubes que participaram do Conselho Arbitral e aprovaram as propostas apresentadas pela entidade maior, passam a responder como parceiros

A federação Mineira de Futebol e os clubes na sua maioria, dispõem de juristas do mais alto gabarito e que deveriam ser consultados a fim de evitar certos constrangimentos. Citam-se aqui entre outras, a Lei nº. 12.299 do ano de 2010 em seu Capítulo III (Do regulamento da Competição), quando aparece a figura do Ouvidor e os prazos.. Se todos soubessem usar o que ali está determinado, certamente a maioria dos problemas estaria afastado do nosso rico futebol em emoções, porém, pobre de conhecimento das obrigações.

E fim de papo!


Os clubes itinerantes pipocam país afora, e em Minas também!

Vejam essas notas da coluna do Fernando Rocha, no Diário do Aço de Ipatinga:

* “Na reunião do Conselho Arbitral da 1ª Divisão para definir questões relativas ao Campeonato Estadual/2013, um dos assuntos mais comentados entre os dirigentes, foi a troca de cidades-sedes por alguns clubes do interior. O Nacional, presidido por Amarildo Ribeiro, ex-vice-presidente do Ipatinga, está de malas prontas para deixar Nova Serrana e se transferir para Pouso Alegre no sul de Minas.

 

  • · Se o Ipatinga, que vai disputar a 2ª Divisão mineira e Série C nacional em 2013, for mesmo embora para Betim, o Ipatingão não ficará sem receber jogos. Além do Social, que deve jogar os “clássicos regionais” em que for o mandante, contra o próprio Ipatinga ou Betim Esporte Clube, além do Democrata de Valadares,m no gigante do Parque Ipanema, a Tombense, da cidade de Tombos na Zona da Mata, que vai disputar a 1ª Divisão estadual, sinalizou que pretende fazer seus jogos de maior expressão contra os times da capital, Atlético ou Cruzeiro e América, no Ipatingão.”

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Mostram um pouco a zona que está virando essa história de clubes itinerantes, como bem batizou o Emerson Romano, da Itatiaia.

Em São Paulo é Grêmio Prudente, Barueri ou qualquer cidade que tope abrir os cofres da prefeitura; ou Guaratinguetá alguma coisa.

Num belo dia, acaba e ninguém sente falta, muito pelo contrário. 

Quando a política local muda e o prefeito eleito não é da mesma linhagem, a tendência é o itinerante buscar outra freguesia. 

É o caso do Nacional de Nova Serrana, por exemplo. O Boa também ficou em situação delicada em Varginha e a cidade de Frutal é uma das opções, caso Varginha fique inviável.

Me disseram que Frutal tem um estádio com capacidade para 20 pessoas! Que beleza, hein!?

Quase todo dia sai em algum veículo de comunicação que o “itinerante tal deverá mandar seus jogos na Arena do Jacaré”.

Tomara que nenhum papo desses seja verdade, pois nenhum itinerante desses seria bem recebido em Sete Lagoas, assim como não é em nenhuma cidade que não tenha nenhum tipo de ligação com o time. Nem geográfica, nem de pessoas e por aí vai.

A realidade nua e crua é que todos os itinerantes pertencem a empresários e ou políticos que

têm interesses localizados, com data de validade determinada.


Governo brasileiro pede, e sauditas vão liberar Diego Souza

Da coluna Painel FC, da Folha de S. Paulo, hoje:

* “Indulto…”

 Após intervenção do governo brasileiro em sua embaixada em Riad (Arábia Saudita), Diego Souza obteve liberação do Al Ittihad para passar o Natal com sua família no Brasil. O meia, que enfrenta sérios problemas no país, corria o risco de ficar preso na Arábia Saudita durante as festas de fim de ano.

…de Natal. A Fifa havia enviado dois ofícios à federação saudita pedindo que o Al Ittihad liberasse o atleta, mas o visto de saída só foi concedido após ação do consultor jurídico do Ministério do Esporte, Wladimyr Camargos, na embaixada local.

Histórico. Não é a primeira vez que há esse tipo de problema com o clube saudita. Obina, em 2005, também passou por muita dificuldade para voltar para casa. Agora, para Diego Souza, o desafio é conseguir sua liberação para jogar no Brasil ou em outro país.


“Mui amigo”, Roger sugere Montillo ao Fluminense

Com essas dicas ao Fluminense, Roger quer aumentar as dores de cabeça do Cruzeiro em 2013

Do site do Sportv 

* “Para Roger Flores, Montillo é o meia ideal para o Fluminense em 2013”

Comentarista ‘indica’ ex-companheiro de Cruzeiro para o Tricolor das Laranjeiras para substituir Deco, quando camisa 20 estiver fora do time

MONTILLO

Após a conquista do quarto título do Campeonato Brasileiro, o Fluminense busca em 2013 sua primeira Taça Libertadores. Se os dirigentes tricolores ainda não falam de reforços, um ex-jogador do clube dá os seus palpites. Formado no clube das Laranjeiras, o comentarista do SporTV Roger Flores acredita que o Tricolor precisa de mais um grande meia, para substituir Deco, em caso de lesão, e um zagueiro. Para a armação das jogadas, o analisa “indica” um ex-companheiro de Cruzeiro: o argentino Montillo.

– O Fluminense precisa de um bom zagueiro e de um jogador para revezar com o Deco, que já mostrou que não tem capacidade física para aguentar uma grande quantidade de jogos. Contra o Cruzeiro, ele não foi bem, esteve muito lento. O Montillo é um jogador que faz essa função de maneira diferente. É um jogador que dribla mais, que chega mais na frente, mas que não tem não um passe como o Deco – afirmou o comentarista, no “Troca de Passes”.

Para André Rizek, Montillo é um grande jogador e tem vaga em qualquer time do futebol brasileiro.

– Eu adoro o futebol do Montillo. Ele serve para o Fluminense e para qualquer time do futebol brasileiro.

O Fluminense ainda faz mais duas partidas no Campeonato Brasileiro antes de encerrar a temporada 2012. Na próxima rodada, encara o Sport na Ilha do Retiro e, fechando o ano, faz clássico contra o Vasco.

* http://sportv.globo.com/site/programas/troca-de-passes/noticia/2012/11/para-roger-flores-flu-precisa-de-um-zagueiro-e-um-meia-para-2013.html


A Taça e a trave: verdade verdadeira do Duke!

Hoje . . .

DUKE

. . . no Super Notícia


Palmeiras rebaixado, de novo: e pro Scolari, nada?

Lamentável ver um dos maiores clubes do país rebaixado para a segunda divisão, e pela segunda vez em sua rica história.

Mas é o preço que se paga pela incompetência.

Interessante é que não tenho visto muitas críticas a um dos responsáveis diretos pela queda, que é o Luiz Felipe Scolari.

Foi ele quem montou este time e mandava em tudo no clube, com mão de ferro.

Não se discute que é um dos bons treinadores do futebol mundial, mas errou demais e esse rebaixamento do Palmeiras tem grande cota de culpa dele, que atuava mais como cartola do que como técnico nessa sua passagem pelo clube paulista.


Julgamento, circo e tudo pelas vendas!

A semana começou com este circo no qual foi transformado o julgamento do Bruno e demais acusados da morte da mãe do filho dele.

Não era de esperar outra coisa, já que no Brasil e grande parte do mundo o que importa mesmo é a audiência, a venda de jornais, revistas e quantidade de acessos dos sites, portais e etecetera e tal.

Ainda mais quando há gente famosa do futebol envolvida: crime, futebol, drama familiar…

E segundo os especialistas este julgamento poderá durar quase um mês!

Haja paciência!


Torcida do Cruzeiro foi impedida de entrar no Engenhão

No site Guerreiro dos Gramados, uma grave denúncia de mais um desrespeito ao Estatuto do Torcedor, que na prática, pouco ou nada funciona para facilitar a vida de quem quer freqüentar estádios de futebol.

Escrito por João Henrique, que vítima e testemunha dos acontecimentos no Rio, ontem: 

* “Em dia de show do Cruzeiro em campo, torcida cinco estrelas foi proibida de ir ao estádio”

TORCIDA

Prezado leitor. O que faço aqui é um desabafo. Falo em nome de centenas que foram feitos de palhaços no dia de hoje e simplesmente proibidos de exercer o direito de acompanhar seu clube dentro do estádio porque os ingressos que lhes eram destinados não foram postos à venda.

Quem viu Fluminense X Cruzeiro pela TV neste domingo deve ter se espantado com a ausência do torcedor cruzeirense, tradicional frequentador do espaço que lhe é reservado no Engenhão. Explico neste texto o que ocorreu e narro quão absurda foi a situação.

Para começo de conversa, os ingressos não foram postos à venda com antecedência, embora a situação não tenha sido avisada. Alguns torcedores do Cruzeiro relataram que foram aos locais de comercialização de entradas na quinta-feira, encararam filas e ao chegar diante das bilheterias ouviram que as entradas só seriam vendidas no domingo a partir das 15 horas.

Pois bem, cheguei ao Engenhão às 14:45 pois estava interessado em ver a preliminar entre Amigos do Djokovic X Amigos do Petkovic que começaria às 15 horas, ou seja, na hora do início da venda de ingressos. Não adiantava chegar cedo, pois ao menos uma parte da partida seria perdida na compra do ingresso.

Quando cheguei, já havia uma fila com cerca de 100 a 200 pessoas na minha frente. Muitas delas, com camisas e outros símbolos do Fluminense. Os cruzeirenses pediam ao policiamento que uma fila só com torcedores com uniforme do Cruzeiro ou RG de Minas Gerais fosse organizada e que depois que tivéssemos nossas entradas garantidas, fossem liberados ingressos aos tricolores, pois não havia clima de rivalidade. A ideia, posta também aos organizadores da bilheteria, era recusada, mas sem uma justificativa para tal. A bilheteria abriu e, durante 15 minutos, cruzeirenses ou tricolores compraram entradas normalmente.

Passado este tempo, a bilheteria foi encerrada, mesmo com o último torcedor que saiu dizendo que haviam acabado de imprimir uma quantia considerável de entradas. De fato, a fila tinha andado muito pouco e ainda restavam ao menos 50 pessoas à minha frente. Diante do fechamento da bilheteria, porém, a organização se desfez e torcedores mais oportunistas buscavam um lugar próximo ao ponto de vendas, deixando tudo uma bagunça.

O mais surpreendente, porém, é que depois disso já haviam cambistas vendendo entradas a 200 reais. Em tão pouco tempo de bilheteria, estes sanguessugas do futebol brasileiro já tinham entradas aos montes. Os cruzeirenses não se interessaram, mas alguns tricolores, no desespero de ver o jogo da taça, adquiriram nossas entradas.

Neste momento, o policiamento fazia sua parte e impedia a entrada de torcedores com a camisa do Fluminense. Eles, porém, saíam, trocavam de camisa ou apenas ficavam sem nenhuma e entravam normalmente. Os mais abusados, ainda gritavam cantos de apoio ao time carioca ou de provocação ao Cruzeiro assim que passavam as catracas.

A partir de então, a organização começou a fazer hora com a torcida cruzeirense, que insistia na ideia de organizar uma fila só com torcedores uniformizados (e por livre e espontânea vontade o fez por várias vezes). Mesmo assim, a bilheteria não abria e nenhuma resposta era dada até que um responsável pela venda de ingressos informou que seria necessário esperar 6 ônibus da Máfia Azul chegarem para que, com a truculência comum às organizadas, assustassem os tricolores que insistiam em tentar nossos ingressos e, aí sim, comercializar novamente nossos ingressos.

Este argumento patético foi repetido insistentemente até o início do segundo tempo, quando a torcida organizada celeste chegou ao estádio, já com ingressos trazidos de Belo Horizonte, o que é normal, afinal era possível adquirí-los na capital mineira. Anormal, porém (ou não), era o fato de alguns integrantes oferecerem entradas por valores entre 80 e 100 reais, diante da polícia, que apenas repetia que só entraria quem tinha ingresso. (A propósito, Gilvan disse que havia cortado a regalia dos ingressos de torcida organizada. Eles compraram bolos e bolos de ingresso em Belo Horizonte sem garantia de venda?)

Neste momento, procurei uma policial e o diálogo a seguir, verdadeiro, parece situação de terra da fantasia. Perguntei: “Agora vão vender nossos ingressos?” E ela me disse: “Já está vendendo. Olha o rapaz ali”, apontando para o cambista a 5 metros de distância. De imediato, respondi. “Ele é cambista! Tá pedindo 80 reais no ingresso”. A policial, sem argumento, pois a organização não passava mais informações, falou. “O que eu posso fazer?”

Em seguida, o organizador da bilheteria disse que não venderiam novos ingressos, ao contrário do que nos disseram durante toda a tarde. Clamei pelo ouvidor do jogo, o que fiz desde às 15 horas, mas ninguém o chamava. Um policial, solítico, me falou para procurar o JECRIM, Juizado Especial Criminal, dentro do Engenhão, para prestar queixa.

Imediatamente, segui até o local indicado, mas lá os agentes me informaram que não havia delegado para registrar queixa! Solicitei novamente o ouvidor do jogo, mas os funcionários da federação carioca, incluindo um que ria diante de tudo que acontecia durante todo o tempo, se recusavam a chamá-lo. Bati o pé até ele ser localizado e, finalmente, quando o relógio da partida já marcava 47 do segundo tempo, consegui falar com ele.

Nossa queixa foi finalmente registrada, mas de nada adiantava. O prejuízo de perder o que certamente foi um dos melhores momentos do nosso clube no ano, já havia acontecido. Com ingressos guardados na bilheteria ou nas mãos de cambistas, a Ala Norte do Engenhão, como os próprios funcionários da ouvidoria registraram e concordaram no processo, e mesmo com tricolores infiltrados, ficou vazia como jamais havia ocorrido em um jogo do Cruzeiro no estádio.

* http://www.guerreirodosgramados.com.br/index.php/colunas-cruzeiro/tiro-livre/5224-em-dia-de-show-do-cruzeiro-em-campo-torcida-cinco-estrelas-foi-proibida-de-ir-ao-campo


Momento de recomeçar e corrigir rumos

A partir dos 30 minutos do segundo tempo a torcida começou pedir a volta do Diego Tardelli. A falta de um finalizador como ele foi um dos fatores que pesaram para que o Galo não chegasse ao título deste ano. Isso ficou mais evidente nesta partida contra o Atlético-GO, onde Jô desperdiçou oportunidades que um jogador com a responsabilidade dele não pode falhar tanto.

 

Diferencial

Equipe que tem um armador de jogadas como o Ronaldinho Gaúcho precisa de um centroavante que aproveite as tantas chances criadas.

Nessas mexidas de virada de ano, além de um finalizador de melhor índice de aproveitamento o Atlético precisa melhorar o seu banco. As peças de reposição falharam no decorrer da disputa, quando o Cuca precisou acioná-las, especialmente quando três titulares ficavam de fora ao mesmo tempo.

 

Valeu pelo Élber

O Cruzeiro jogou contra um festivo Fluminense, mas o gol do Élber valeu o ingresso e gera uma expectativa positiva para ele e para o clube para 2013.

 

Recomeço

As esperanças se renovam para o América cujo treinador Vinícius Eutrópio, de 2013 já estreou no sábado contra o América de Natal. Mesma coisa que o Cruzeiro deveria ter feito há duas rodadas. Se o problema era multa rescisória, poderia ter colocado o Celso Roth para “trabalhar em separado”, até terminar o Campeonato e anunciado o futuro técnico.

Jogador que não é colocado para treinar fora do grupo principal.

 

Motivações

A conquista do Fluminense com três rodadas de antecedência diminuiu a motivação da reta de chegada do Brasileiro. A luta contra o rebaixamento é que interessa mais, já que a definição de todos os degolados deverá ocorrer somente na última rodada. A luta pelo vice-campeonato interessa pelo fato de dar vaga na fase de grupos da Libertadores, mas a garantia de fase preliminar já é um objetivo alcançado.

 

Efeito Tolima

A discussão em torno de fase de grupos e pré-Libertadores toma conta dos noticiários principalmente porque o Corinthians foi eliminado pelo inexpressivo Tolima em fevereiro do ano passado. Mas a competição é difícil do primeiro ao último jogo e qualquer time que consegue vaga para essa disputa tem de estar bem preparado, com qualidade e quantidade de jogadores do grupo.