Blog do Chico Maia

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Manobra sem efeito; frangos acontecem; mudanças no Coelho e o gramado do Independência

Mesmo não jogando a pouca gordura que o Atlético tinha serviu para mantê-lo na liderança, mesmo com a manobra da CBF de adiar seu jogo contra o Flamengo.

Quando o Cruzeiro perdeu em casa para adversários da prateleira de cima era compreensível, pois foram clássicos nacionais onde tudo pode acontecer com qualquer mando de campo. Mas perder para a Ponte Preta, quando poderia voltar ao grupo dos quatro primeiros, foi “terrível”, como diz o grande Alberto Rodrigues.

Fábio tomou um frango, coisa que acontece com todo goleiro, inclusive os muito bons como ele.

A próxima rodada, será muito especial para a Raposa, na quarta, e Galo, na quinta-feira.

Para manter a liderança isolada os comandados do Cuca precisam vencer o Coritiba, no Independência, adversário que vem mal no Campeonato e por isso mesmo é perigosíssimo, pois tem um bom time, bom treinador e a qualquer hora reage na competição.

O Atlético não pode permitir que isso aconteça neste momento em que ele próprio precisa se afirmar e impor a cada jogo e está com a faca e o queijo nas mãos.

O Cruzeiro vai a Santos, pegar um time igual ao Coritiba, em situação delicada na classificação, precisando se reabilitar.

Pedreiras!

E o gramado do Independência, hein!? O que é aquilo senhores?

Li no Superesportes que foram três horas seguidas de jogos das finais das Olimpíadas “Fica Vivo”!

Uai, de que se trata?

Interesse de algum político? De alguma campanha eleitoral?

Depois de dois anos afastados de Belo Horizonte Atlético, Cruzeiro e América vão ter que se ausentar de novo?

E numa obra cara, cheia de problemas, do projeto à execução final?

Futebol amador num gramado caro e importante para o nosso futebol como esse?

De longe, não sei de detalhes, mas isso é um escândalo.

Será que o Ministério Público ou algum vereador ou deputado não vai meter o dedo nessa ferida não?

Dureza! 

* CLASSIFICAÇÃO P J V E D GP GC SG %
1 Atlético-MG 32 13 10 2 1 25 8 17 82.1
2 Vasco 31 14 9 4 1 20 11 9 73.8
3 Fluminense 29 14 8 5 1 24 8 16 69
4 Grêmio 27 14 9 0 5 21 13 8 64.3
5 Internacional 26 14 7 5 2 19 11 8 61.9
6 São Paulo 25 14 8 1 5 22 16 6 59.5
7 Botafogo 23 14 7 2 5 24 18 6 54.8
8 Cruzeiro 23 14 7 2 5 18 16 2 54.8
9 Ponte Preta 19 14 5 4 5 18 18 0 45.2
10 Corinthians 17 14 4 5 5 13 13 0 40.5
11 Náutico 16 14 5 1 8 20 27 -7 38.1
12 Portuguesa 16 14 4 4 6 12 16 -4 38.1
13 Flamengo 16 13 4 4 5 16 21 -5 41
14 Coritiba 15 14 4 3 7 23 29 -6 35.7
15 Sport 14 14 3 5 6 13 20 -7 33.3
16 Santos 13 14 2 7 5 9 15 -6 31
17 Bahia 12 14 2 6 6 12 21 -9 28.6
18 Palmeiras 10 14 2 4 8 13 17 -4 23.8
19 Atlético-GO 9 14 2 3 9 13 27 -14 21.4
20 Figueirense 8 14 1 5 8 13 23 -10 19

Na Série B, lamentável que o América tenha caído tanto de produção e que tenha sido obrigado a mudar de treinador neste momento. Sábado recebe o Vitória, concorrente direto à volta à Série A e não pode deixar a chance de reagir e entrar de novo na briga entre os primeiros.

Li a avaliação da situação do time e o que levou à demissão do técnico Givanildo na coluna do Marco Antônio, da Avacoelhada, no portal do jornal O Tempo.

Não seria a hora de lançar o Milagres?

Ele dá detalhes interessantes:

* “Conservadorismo do Givanildo. “

O conservadorismo do Givanildo criou dificuldades nas mudanças devido ao afastamento de vários jogadores por motivo de contusões.

O coletivo é uma das ferramentas estratégicas de treinamentos que mais se aproxima da situação real de jogo. Independentemente do adversário e do local da partida, o modo de treinar do América praticamente sempre foi o mesmo.

Em várias oportunidades anteriores deveria ter treinado alternativas diferentes para serem implantadas durante os jogos, de acordo com as situações adversas.

Três atacantes ou três zagueiros ou outras opções.

Promover mudanças nos times titular e reserva e aperfeiçoamento técnico través da repetição de jogadas.

Motivação e qualificação fazem parte do aprimoramento profissional. Assim todos estariam mais bem preparados pelo treinador para quando houvesse a necessidade de troca.

A obrigatoriedade da mudança comprovou que o América não se preparou da melhor maneira para mudar.

Faltou variação tática na rotina dos treinamentos.

Faltou qualidade técnica nas peças de reposição.

Agenor nem esforço demonstrou. Falhou na marcação e escondeu do jogo.

Os esforçados Pará e Thiaguinho deixaram a desejar na parte defensiva e ofensiva. Pará foi ineficiente na bola parada e improdutivo nos cruzamentos. Thiaguinho correu muito e produziu pouco.

Vincíus Simon foi envolvido em várias jogadas que resultaram em gols.

Sebástian foi até dispensado. Timbó só entrou quando o jogo já estava perdido. Romão não convenceu.

Para ocupar o lugar de um jogador da base, o jogador que entrar precisa ser bem superior tecnicamente.

* http://www.otempo.com.br/blogs/?IdBlog=65 

* CLASSIFICAÇÃO P J V E D GP GC SG %
1 Criciúma 35 15 11 2 2 37 24 13 77.8
2 Vitória 32 15 10 2 3 26 15 11 71.1
3 Goiás 29 15 8 5 2 29 19 10 64.4
4 São Caetano 29 15 8 5 2 20 11 9 64.4
5 Joinville 27 15 8 3 4 26 14 12 60
6 América-RN 27 15 8 3 4 25 18 7 60
7 América-MG 26 15 8 2 5 24 19 5 57.8
8 Paraná 22 15 6 4 5 21 20 1 48.9
9 CRB 21 15 6 3 6 21 22 -1 46.7
10 Avaí 21 15 6 3 6 16 17 -1 46.7
11 Atlético-PR 20 15 6 2 7 17 15 2 44.4
12 ABC 20 15 5 5 5 23 19 4 44.4
13 Boa Esporte 19 15 4 7 4 20 19 1 42.2
14 Guarani 18 15 4 6 5 16 16 0 40
15 Ceará 18 15 4 6 5 23 25 -2 40
16 Bragantino 15 15 3 6 6 19 22 -3 33.3
17 ASA 14 15 4 2 9 19 25 -6 31.1
18 Guaratinguetá 9 15 2 3 10 12 26 -14 20
19 Barueri 7 15 1 4 10 10 30 -20 15.6
20 Ipatinga 4 15 1 1 13 9 37 -28 8.9

* Tabelas de classificação do Globoesporte.com


A simplicidade de muitas feras e a Pampulha como alvo preferencial

Faltando seis dias para acabar essa Olimpíada, a única medalha de ouro que o Brasil tem é responsabilidade da piauiense Sarah Menezes. Importante destacar o estado, porque ela está fora das benesses das verbas públicas e privadas da região sudeste, Rio e São Paulo principalmente.

Perguntada sobre o que fará com os R$ 100 mil de prêmio pela conquista, respondeu sem pestanejar: “comprar a minha casa própria”.

A mesma simplicidade da brasileira tem sido demonstrada por outros grandes nomes do esporte mundial, destacados nesses Jogos. Andy Murrai, o primeiro britânico a chegar à final de Wimbledon, depois de 74 anos, chorou copiosamente por não ter conquistado o título, mas agradeceu a todos pelo momento que estava vivendo. Um mês depois, ganhou a medalha de ouro, no mesmo palco contra o mesmo adversário, o suíço Roger Federer.

Agradeceu a todos de novo e manteve a mesma simplicidade.

Aposentado

O norte-americano Michael Phelps entrou para a história, em Londres, como o maior conquistador de medalhas olímpicas: 22. Só aqui, foram seis, em sete provas disputadas, sendo quatro de ouro e duas de prata.

Na primeira entrevista concedida após a derradeira conquista, disse que era também a última conversa com a imprensa como atleta olímpico, pois estava se “aposentando” ali, aos 27 anos de idade.

Agora vai curtir a vida e fazer o que a vida de atleta de alto rendimento o proibia: tomar suas cervejas, fumar os seus cigarros, varar as noites; coisas da juventude, pois ninguém é de ferro.

Subcelebridades

O comportamento da maioria das grandes estrelas do esporte mundial se confronta com o jeito de muitos brasileiros que chegam ao estrelato. Essa é uma realidade que conhecemos, mas que ganha reforço quando é comentada por alguém que está acostumado a conviver com subcelebridades verde e amarelas, e estrelas de primeira grandeza do mundo.

É o caso do jornalista Sérgio Utsch, mineiro de Lagoa Santa, formado no Uni-Bh, ex-Itatiaia, Band, CBN, Record e Globo, hoje correspondente internacional do SBT.

Sem moleza

Morando há um ano em Londres, depois de sete anos em São Paulo, Sérgio Ustch vive a experiência sonhada pela maioria dos colegas, mas que uma minoria consegue, de ser repórter internacional, especialmente numa megalópole, como a capital britânica. Mas a vida de correspondente não é fácil e o dia a dia, com muito trabalho e coisas pessoais é intenso e duro como de qualquer cidadão em qualquer atividade profissional.

BH no mundo

Com tantos deslocamentos pela Europa, Oriente Médio, Ásia e e missões esporádicas na África, Ultsch, destaca Belo Horizonte como uma das melhores cidades do mundo para se viver, e que voltará a morar na capital mineira algum dia. Em suas poucas voltas à cidade a cada ano, vê evolução em todos os aspectos, especialmente na população belorizontina, que fazem a cidade pulsar, com nascidos na cidade e no interior.

A cidade não é conhecida no exterior, mas todo estrangeiro que a conhece, é apaixonado e se torna relações públicas dela.

Visão de fora

Um belga, que vive em Londres; e um alemão que mora em Berlim, falam para todo mundo que Belo Horizonte é a referência positiva deles no Brasil. É o que conta Sérgio Ultsch, de amigos que fez aqui, que conheceram a cidade.

Com a visão internacional que tem, inclusive de grandes eventos, ele acha que a região da Pampulha será a menina dos olhos da mídia e dos estrangeiros em geral na Copa de 2014.

E que o local precisa ser bem trabalhado pois será descoberto naturalmente pelos estrangeiros.

Destino Pampulha

Sérgio Utsch destaca uma realidade que sinto em toda cidade que recebe eventos como Copa e Olimpíada: o “boca a boca” de quem chega é que define a região que será mais frequentada. A Pampulha tem tudo para se tornar este alvo em 2014 e 2016, não só pelo que já é, mas pelo Mineirão, um dos principais palcos tanto da Copa como do futebol dos Jogos Olímpicos do Rio’2016.

E esse público vai precisar de hotéis, restaurantes e outros receptivos e atrativos que façam valer a opção por ficar na região.

UTSCH

Sérgio Utsch com o também mineiro, de Caratinga, Ziraldo, na visita da presidente Dilma Roussef à Bulgária


Fenônemo é isso aí, gente!

Ouro no heptatlo …

JESSICA3

… de prestigio popular igual a muitos astros do futebol na Ingleterra …

JESSICA

… inteligente; sabe dos seus limites e não quer disputar os 100 m do atletismo, apesar de estar inscrita…

JESSICA2

… se ganha, “era previsto”, se perde, “pretensiosa demais”…

JESSICA6

… vai curtir a glória do ouro, até o Rio’2016. Modelo de atleta…

JESSICA5

… Jessica Ennis, atleta modelo!

JESSICA4

http://wizbangblog.com/2012/08/03/olympic-babe-of-the-day-jessica-ennis/jessica-ennis-e1343889503169/


Os jogos esquentaram para os ingleses só sexta-feira

Aqui, hoje, começo as colunas de amanhã  no O Tempo e Super Notícia, pelas fotos:

CASILERO

Vinho chileno em promoção em Londres: duas garrafas pelo preço de uma no Brasil, graças aos impostos brasileiros. Pode um negócio desses? Dois Casileros por R$ 34 é sacanagem!

MIDIAGOVERNO

Governo federal investe forte em publicidade na mídia impressa de Londres. Mas com essa justa fama de país violento e perigoso, pode investir todo o dinheiro do mundo que não funciona.

ROLLINGSTONES

Os 50 anos dos Rolling Stones em exposição de fotos no Sommerset House, ao lado da Casa Brasil. Os Jogos vão acabar, a Casa Brasil, idem; porém, a exposição vai continuar.

Com o início das provas de atletismo finalmente os Jogos Olímpicos ganharam a esperada atenção da população de Londres. TVs ligadas em bares, restaurantes e locais de grande concentração, além de pessoas se reunindo em residências para torcer junto.

Ontem foi um dia especial porque estava em ação Jessica Ennis, a super campeã do heptatlo, de prestígio semelhante aos grandes astros do futebol para os ingleses. Ela não frustrou as expectativas dos seus fãs e faturou o ouro, com direito a quebra de recorde nos 100 metros com barreira.

Enquanto isso, mais uma esperança brasileira de medalha, deu adeus precoce: Fabiana Murer, do salto com vara, foi eliminada na fase de classificação. Duro foi a justificativa dela: culpa do vento. Mesma desculpa do ano passado no Pan de Guadalajara, quando perdeu a medalha de ouro para a cubana Yarisley Silva, que está em Londres e se classificou ontem na mesma prova da brasileira.

Fabiana tem fama de gênio difícil. Em Pequim também teve desempenho fraco e culpou o sumiço de uma de suas varas para saltar. 

O futebol é “prateleira de baixo” nas Olimpíadas; em todas elas. Os distintos interesses financeiros envolvendo a FIFA e o COI impedem que os principais jogadores de cada país estejam presentes. Não é interessante para a FIFA valorizar o torneio nos Jogos Olímpicos já que dois anos depois há uma Copa do Mundo pela frente, onde o faturamento é todo seu. Só seu.

Apaixonados por futebol, os britânicos não dão muita bola para a sua seleção, principalmente depois que David Beckham foi deixado de fora.

Ontem lotaram o estádio de Cardiff contra a Coréia do Sul, justamente na eliminação da disputa que os colocaria contra o Brasil. 

Para o Brasil o futebol nunca valeu tanto como nessa disputa de Londres. É a chance de, finalmente, conquistar o título que o país ainda não tem. O time não é um primor, mas atropelou todos os adversários até agora, e ontem em jogo difícil, bateu Honduras por 3 a 2 e se garantiu na semifinal. Esteve duas vezes em desvantagem no placar.

Além de ter talentos como Neymar e Leandro Damião, enfrentou e vai continuar enfrentando adversários muito inferiores.

Só uma zebra gigante para segurar o time do Mano Menezes. 

Fala-se muito dos preços em Londres, que realmente são altos, mas há situações interessantes. Os mesmos vinhos chilenos e argentinos que custam de R$ 30 a R$ 40 nos supermercados de Minas Gerais, custam em torno de R$ 20 aqui. Em muitos casos há até promoções de duas garrafas pelo preço de uma. Também aqui os chilenos brigam no mercado com franceses, italianos, gregos, australianos e espanhóis. Assim como a tequila mexicana, que tem força e está presente entre as opções da maioria dos pubs e restaurantes. 

Do Brasil, raras coisas nas gôndolas dos supermercados e lojas de conveniência: vi até agora, cerveja Brahma e sandálias Havaianas. O preço da cerveja é pouco inferior ao das marcas preferidas deles, como a Fosters, ou Guiness, por exemplo, “latão”, que é vendida em promoção nas lojas a £5 (R$ 15) o pacote com quatro.

A sandália custa os olhos da cara para os nossos padrões: inacreditáveis £31 (R$ 100).

Em compensação uma lata de Red Bull, que custa em torno de R$ 12 nas boates do Brasil, aqui custa R$ 6. 

Paguei £35 (R$ 111) por um modem para transmissão via internet 4G, da O2, que pertence à espanhola Telefónica. Uso ilimitado em todo o Reino Unido durante 30 dias. O pacote básico da BT, operadora oficial dos Jogos, para 15 dias, custa £110 (R$ 350).

Detalhe: a BT bloqueia o sinal de todas as concorrentes em todas as instalações olímpicas e adjacências.

Só tomei conhecimento disso durante a abertura dos Jogos, no estádio Olímpico e quase entrei em desespero. Como iria enviar a coluna?

Salvou-me o companheiro de O TEMPO, Cândido Henrique, que tinha comprado o pacote da BT.


Aqui tá bom demais da conta, sô! Mas fim de semana aí é melhor!

Londres é espetacular e estou muito satisfeito aqui, porém, fim de semana bate uma vontade danada de estar aí.

Não há dinheiro que pague o prazer de estar em nosso ambiente, seja em família ou com amigos, em Belo Horizonte e interior do estado.

Num sábado como este, por exemplo, lembro-me dos lugares que gosto de frequentar, como a Serra do Cipó e adjacências.

Conceição do Mato Dentro!

Fazenda Velha, Boa Vista de Capim Branco…

Quando estou na Pousada Chão da Serra, escrevo para o blog nesse canto aí…

CIPONOTEBOOK

… com este visual aqui …

CIPOVISUAL

Em Londres é bom demais também, mas o movimento agora, na Oxford Street é esse …

CIPOLONDRESOSFORDCIRCUS

… e escrevo as colunas e para o blog, normalmente com visual como este …

CIPOOLDTRAFFORD

Mas daqui uns dias estarei de volta.

Fico imaginando o sofrimento de Juscelino Kubistcheck, apaixonado por Minas, pelo Brasil, por Diamantina … e foi obrigado a ficar tanto tempo fora do país pela ditadura militar.

Ele e tantos outros exilados!

Curtam muito o fim de semana aí gente!

Mais tarde escrevo mais aqui.


Lições de Londres: o esporte como ele é, mas como não deveria ser!

O título do post parafraseia Nelson Rodrigues, o “pai” da crônica esportiva brasileira. Ele criou uma máxima eterna, do “Sobrenatural de Almeida”, que entra em ação em determinadas competições, gerando resultados inesperados. Está valendo também para modalidades olímpicas nas quais o Brasil tradicionalmente se sai bem.

Quatro anos atrás, César Cielo chegou a Pequim como um ilustre desconhecido da natação e ganhou os holofotes mundiais ao surpreender e faturar o ouro nos 50 metros livres, onde reinou absoluto neste período olímpico, até hoje. 

O tempo passa

A nova surpresa dessa vez foi o francês Florent Manaudou, que deixou os maiores favoritos, Cielo e o norte-americano Cullen Jones, com o bronze e a prata respectivamente.

Quando um favorito, como Cielo, perde uma disputa como essa, surge todo tipo de teoria, na maioria das vezes, negativas, com especulações sobre mau condicionamento e relaxamento do atleta, nos casos individuais; ou do time, quando se trata de esporte coletivo.

Conversa 

Normalmente, chutes e informações furadas, que visam apenas repercussão para quem noticia. César Cielo se preparou e se cuidou muito; dedicou-se 100% a essa disputa, e só não venceu porque surgiu alguém melhor na prova. Poupou-se até de subir escadas, para não correr o risco de uma contusão.

Em sua própria avaliação, acha que errou ao tentar medalha também nos 100 metros e se desgastou muito para tal. Pode ser. O fato é que ele continua na prateleira de cima da natação mundial e que, assim é o esporte, onde de tempos em tempos surge um “fenômeno”, ou, o melhor perde para um azarão.

Vamos ver como o francês se comportará de agora em diante.

Aqui também

Os ingleses continuam discutindo o sumiço dos ingressos. Ginásios com pouco público e não há “tickets” nas bilheterias, nem na internet. Caso parecido com a Copa da França em 1998 quando algumas agências ligadas a dirigentes da FIFA e das confederações de cada país, monopolizaram as vendas e muita gente que os adquiriu ficou sem conseguir entrar nos estádios, além de não haver mais em nenhum posto de venda.

Se na Inglaterra está sendo assim, imaginem como será no Rio de Janeiro em 2016!

A diferença é que aqui haverá investigação de verdade.

Mistérios

O casal Clóvis e Mariane Carvalho chegou de Florianópolis sem ingressos porque achou que seria mais fácil e mais barato comprar aqui do que no Brasil. Em Santa Catarina, pela internet, além do custo normal dos bilhetes, ainda há um adicional de 20%, de “taxa de administração”, da Agência Tamoio, exclusiva nesse tipo de venda, mesmo sendo pela internet. Essa Tamoio é antiga no esquema; de amigos do presidente do COB, Carlos Nuzman.

Mesmo com milhões de verba pública envolvida em Jogos Pan-Americanos e Olímpicos, o governo finge que não sabe dessas coisas.

Enganação 

Infelizmente, entra governo, sai governo com os seus, pseudos esquerda; direita; centro-isso e centro-aquilo, o esporte continua sendo tratado como sempre foi: favorecimento a aliados políticos, na esfera pública; interesses pessoais na área privada.

Dos ministros que ocuparam a pasta até hoje, o único que merece respeito é o Zico, do governo Collor. Os demais, “fazedores de espuma”, como diz o Piazza, este sim, um nome talhado para um cargo desses.

Maior liderança do país na defesa dos interesses do esporte e dos atletas.

Paraquedistas

Mas Piazza é sério; nada político. Tanto que largou a vida partidária e não quis mais nenhum mandato como vereador ou outro cargo eletivo.

O atual ministro, Aldo Rebelo, gosta de futebol, mas não tem nenhuma credencial para estar onde está. Desceu de paraquedas no cargo, jogado pela presidente da república, que precisava estancar a dinheirama pública que estava indo pelo ladrão, mas não podia tirar a pasta do PC do B, partido do atual ministro.

É assim que o esporte brasileiro é tratado, e essa discussão fica restrita a pequenos espaços da mídia, porque dá pouca audiência.

Dor de cotovelo

Aqui em Londres a única manifestação pública de Aldo Rebelo foi na abertura dos Jogos, para demonstrar a sua dor de cotovelo por causa do destaque dado pela organização do evento à ex-senadora e ministra do meio-ambiente, Marina Silva. Reconhecida e homenageada pelos ingleses como um dos ícones na defesa da sustentabilidade do planeta, foi convidada para dar a volta olímpica no estádio segurando uma das pontas da bandeira do Comitê Olímpico Internacional.

Teve mais repercussão que a presença da chefe do Ministro, D. Dilma Roussef, presente à cerimônia.

LONDRESFIMDETARDE

Fim de tarde e os executivos param nos pubs londrinos para por a conversa em dia e ver os jogos

LONDRESFIMDETARDEEXTERNA2

Nessa época o sol se põe após as 21 horas e os pubs têm mais gente do lado de fora do que dentro

LONDRESFIMDETARDEINTERNA

Mas, dentro, os pubs também ficam cheios

LONDRESMETRO2

No metrô, leitura obrigatória nos longos deslocamentos por todas as regiões de Londres


Verdades verdadeiras do Duke, sobre política e sobre a CBF

Hoje…DUKESEXTA

… no Super Notícia

Também hoje…

DUKETEMPO

no O Tempo

Anteontem..

DUKE

no Super

E


Não acredito em teorias conspiratórias, mas que é preciso abrir olho, sim!

Mais tarde volto aqui para falar especificamente dos Jogos de Londres, porém, numa geral pela mídia através da internet e nos comentários do blog, faço algumas observações sobre o que li agora há pouco.

Sobre esse adiamento do Flamengo x Atlético, claro que é lamentável e absurdo, num país que vai sediar a Copa do Mundo daqui a dois anos.

Não entro nessa de teorias conspiratórias, porque quando um time está preparado para ser campeão supera todos os obstáculos, e também não sei se jogar num gramado ruim, pesado, esburacado seria bom negócio para o Galo. E jogar num daqueles campos que o Flamengo tem jogado? Macaé, por exemplo?

Volta Redonda?

Ofereceriam boas condições de segurança principalmente aos mineiros, especialmente ao Ronaldinho Gaúcho, cuja campanha carioca contra ele não para de jeito nenhum?

Inverter o mando de campo, seria uma boa? Mas isso dependeria do próprio Flamengo e da CBF, e aí, qualquer clube fora do Rio ou São Paulo, pode tirar o cavalo da chuva!

Não sei direito o que está acontecendo aí, mas é claro que a diretoria do Atlético está ligada.

Alguém duvida que Alexandre Kalil ficaria calado caso o Atlético estivesse sendo vítima de alguma armação?

A ideia mais interessante que li de todos os leitores que fizeram comentários no blog foi a de protestos com faixas e outros meios contra essa esculhambação da entidade que manda no futebol brasileiro, nos próximos jogos do Atlético e em através de outras formas que gerem visibilidade.

Entrar na Justiça? Que justiça?

Isso aí é Brasil, amigos!

Até o mensalão para ser julgado, tem Ministro suspeito pensando se participa ou não da votação.

Isso na mais alta corte da nação!

Na do futebol é do mesmo jeito ou pior!

Além do mais, a dona CBF é quem manda e li essa entrevista de um dos cartolas que dá cartas lá, hoje no Super Notícia:

* “CBF avisa que não irá consultar os clubes”

Existe a possibilidade de a partida contra o Flamengo ser remarcada para as vésperas do clássico contra o Cruzeiro

THIAGO NOGUEIRA

Adiado o jogo entre Atlético e Flamengo, que aconteceria amanhã, no Engenhão, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) avisa: não vai ceder aos interesses e, muito menos, abrir debate com os clubes para a escolha de data e local para o confronto. “Se eu for consultar todo mundo, não vou chegar a uma conclusão. Vou fazer sempre o melhor para os clubes. É claro que a gente conversa, tenho um respeito enorme pelos clubes, mas é a CBF que toma as decisões”, disse o diretor de competições da entidade, Virgílio Elísio.

A definição, segundo Elísio, ainda está sendo estudada, e ele garante a publicação de um ofício na segunda-feira. O certo mesmo é que a partida, antes marcada para um fim de semana, acontecerá numa quarta ou quinta-feira, em datas, hoje, separadas para a Sul-Americana. Se for no dia 22 de agosto, por exemplo, o duelo acontecerá a quatro dias dos clássicos regionais.

Por ironia da tabela, o Atlético vai pagar pelo excessivo número de jogos no estádio, que virou palco de Botafogo, Flamengo e Fluminense desde o fechamento do Maracanã. A própria empresa que cuida do gramado do Engenhão admite que já fez diversos pedidos para a redução da quantidade de partidas. “Estamos pedindo a redução da carga de jogos desde o ano passado. O problema é que não há estádio alternativo”, explicou Artur Melo, engenheiro agrônomo que assinou a solicitação de interdição.

Segundo ele, as chuvas no Rio de Janeiro no começo de julho agravaram a situação. A empresa pediu a redução imediata de jogos no dia 17, mas não foi atendida. No dia 29, logo após Fluminense e Atlético, houve nova solicitação, desta vez para a interdição. “O Botafogo vem reclamando, e não sabíamos da extensão do problema até chegarmos lá”, alegou Elísio.”

* http://www.otempo.com.br/supernoticia/noticias/?IdNoticia=73963,SUP


Histórias de dramas, superação, humildade e a falta que faz uma credencia!

Antes de viajar li uma entrevista do Galvão Bueno aonde ele dizia que estava pedindo a amigos credenciados na Olimpíada de Londres que lhe conseguissem ingressos para ele assistir como cidadão comum, já que apenas narraria a abertura oficial e apresentaria dois programas semanais no Sportv.

Pensei: uai, mas ele terá a credencial dele! 

Pois agora, li na coluna Painel FC, da Folha de S. Paulo, essa nota:

“Enviado sem credencial para Londres, Galvão Bueno já ganhou a antipatia do COI. Chegou ao comitê internacional a informação de que o apresentador do Sportv tem pegado pesado com as críticas em relação à Olimpíada. O teor negativo das declarações de Galvão aos brasileiros também é polêmica entre cartolas do país.” 

Ora, ora, a Globo não credenciou o Galvão Bueno? Não dá para entender. Se não tinha para ele como locutor, poderia dar a ele uma credencial de jornalista, do jornal O Globo, por exemplo!

O que pode ter ocorrido é que eles decidiram só na última hora que ele viria, e aí o prazo de credenciamento, encerrado quase um ano atrás, tenha passado.

Aí, dependeria da boa vontade da organização ou da detentora dos direitos de transmissão, que é a Record.

A Globo nem deve ter tentado, para não passar pelo constrangimento de ouvir um simples, porém sonoro: “não”!

Pois trabalhar numa Copa ou Olimpíada sem credencial é pior que chupar bala com papel. É o verdadeiro cão chupando manga!

O sujeito não passa nem perto de qualquer local onde haja alguma atividade olímpica com objetivo profissional. A não ser que esteja cobrindo apenas o cotidiano da cidade, o ambiente, ouvindo torcedores e essas coisas.

Acostumada a credenciar umas 500 pessoas em grandes eventos assim, a Globo teve apenas 36 credenciais para o pessoal do Sportv, entre jornalistas, técnicos, redatores e coordenadores.

Por essas e outras é que a emissora dos Marinho não vai perder mais a concorrência nem por disputas de cuspe à distância!

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Histórias de dramas humanos e força de vontade, que li hoje também, daqui de Londres e do futebol brasileiro.

A primeira no portal Uol, onde o goleiro Rodolfo, do Atlético-PR, assumiu que é dependente químico e que vai encarar a luta.

Parabéns e força a ele, que não é o primeiro e nem o último a entrar nessa roubada, e certamente sairá dele, com o seu próprio esforço e apoio de todo mundo que o cerca.

Tem a de um japonês de 71 anos de idade, o mais velho atleta competindo em Londres, eliminado ontem, mas já pensando no Rio’2016.

Força a ele e espero que esteja competindo no Brasil daqui a quatro anos.

Um incentivo a muita gente jovem de idade, que tem uma vida pela frente e fica “esmorecida”, reclamando da vida, vendo o tempo passar.

Selecionei outra notícia, do portal Terra, sobre a lição de humildade que o venezuelano que ganhou a medalha de ouro ontem deu a tanto atleta mascarado que existe mundo afora.

Ganhou a medalha, pôs no pescoço e foi embora na maior simplicidade, de metrô, como se tivesse sido a coisa mais normal do mundo.

Para completar, outro exemplo de luta e superação, do maior concorrente do César Cielo ao ouro nos 50 metros hoje: o norte-americano, negro, que contrariando a lógica vigente na sociedade norte-americana, optou pela natação e chegou ao topo.

* “O goleiro Rodolfo, do Atlético-PR, foi pego dopado semana passada e admitiu nesta quinta-feira ser viciado em cocaína. Ele anunciou que vai tratar em uma clínica de reabilitação, em pronunciamento em Curitiba.

“Eu realmente sou viciado, mas vou procurar me tratar. O Atlético está me ajudando bastante com o Domingos Moro, com o psicólogo e eu vou dar o meu máximo para sair desta situação. Vou passar um tempo em um lugar para me recuperar e esta recuperação, se Deus quiser, vai dar certo”, disse.

Neste período de tratamento, Rodolfo será acompanhado pelos psicólogos e pelos médicos do Atlético, além da própria família. Não há prazo para seu retorno.

O advogado do time paranaense, Domingos Moro, comentou que o caso será julgado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e ainda pode parar na corte arbitral da Fifa. O vice-presidente de futebol João Alfredo garantiu total apoio e acompanhamento. “O Atlético vai dar todo o respaldo ao jogador e temos certeza que ele vai se recuperar”, completou.”

* http://www1.folha.uol.com.br/esporte/1130635-goleiro-do-atletico-pr-admite-vicio-em-cocaina-e-vai-para-reabilitacao.shtml

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* “Aos 71, atleta mais velho dos Jogos é eliminado, mas mira Rio 2016”

JAPONES

O cavaleiro japonês Hiroshi Hoketsu, 71 anos, é o atleta mais velho dos Jogos Olímpicos de Londres. Sua primeira Olimpíada foi em Tóquio 1964, há quase 50 anos, e a segunda há apenas quatro anos, em Pequim. Segundo o jornal inglês The Guardian, ele ainda tem a intenção de competir nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016.

Nesta quinta-feira, Hoketsu e sua égua, Whisper, foram eliminados do torneio de adestramento individual após ficarem na 17ª posição entre 24 competidores. Apesar do resultado, o cavaleiro permaneceu tranquilo, assumiu a culpa por conta de alguns erros durante a prova e agradeceu o apoio do público.

Hoketsu explicou que o que ainda o motiva a competir é a sensação de que está melhorando, e que parará apenas quando sentir o contrário. Por isso, ele admite que, mesmo com 75 anos de idade, gostaria de estar presente nos Jogos de 2016, mas acredita que não será possível. Whisper, segundo ele, estará muito velha, e ele teria muita dificuldade para encontrar um novo cavalo para competir no Brasil.

Em comparação com a Olimpíada de 1964, em Tóquio, o japonês diz ter percebido mudanças significativas. Ele conta que, à época, a simples participação nos Jogos tinha muito mais importância para todos. Hoje, no entanto, ele pensa que as medalhas são mais importantes, não só para os atletas, mas também para a política.

http://esportes.terra.com.br/jogos-olimpicos/londres-2012/noticias/0,,OI6045737-EI19843,00-Aos+atleta+mais+velho+dos+Jogos+e+eliminado+mas+mira+Rio.html

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* “Após ouro inédito, venezuelano pega metrô com medalha no peito”

VENEZUELANO

Após vencer o norueguês Bartosz Piasecki na final da esgrima individual e conquistar o ouro inédito para a Venezuela na modalidade – o país sul-americano também não tinha uma conquista olímpica dourada desde 1968 -, Ruben Limardo, 26 anos, decidiu deixar a Arena Excel, onde competem os esgrimistas em Londres, de metrô. Mas o que chamou a atenção era o que ele tinha no pescoço: justamente a medalha dourada.

O venezuelano virou sensação no metrô de Londres quando simplesmente entrou em um dos trens com o ouro pendurado no pescoço. As informações são do jornal britânico Mirror.

Assediado com muitos pedidos de fotos e autógrafos, Ruben apenas dizia que tinha ido a Londres para conseguir uma medalha para seu país e que dedicava a conquista à Venezuela.

O comediante britânico Omid Djalili tirou uma foto da cena e postou em seu perfil no Twitter: “eu estava esperando uma imagem como essa nos Jogos Olímpicos de Londres. Campeão de esgrima da Venezuela no transporte público”.

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“De quase afogado a exemplo; veja a maior ameaça ao ouro de Cielo”

CIELONEGAO

A máxima de que dos piores momentos é possível tirar coisas boas pode definir a vida do nadador americano Cullen Jones, que nesta sexta-feira será a maior ameaça ao bicampeonato olímpico do brasileiro Cesar Cielo na prova dos 50 m livre, marcada para ocorrer às 16h09 (horário de Brasília). Isso porque bem antes de chegar à final dos 50 m livre Jones teve que superar um quase afogamento, fato que o levou às piscinas e a virar um exemplo para a comunidade negra americana.

Tudo começou quando Cullen Jones, nascido na cidade de Nova York em 29 de fevereiro de 1984, tinha oito anos de idade. Seus pais, Ronald e Debra Jones, resolveram fazer uma viagem a um parque aquático. A visita, que tinha tudo para ser comum, quase acabou em tragédia. Em um dos brinquedos, Jones ficou de ponta-cabeça e chegou a perder a consciência enquanto se afogava. Foi salvo pelo pai, que pulou na piscina para resgatá-lo, e por salva-vidas, que realizaram uma massagem cardíaca para reanimá-lo. A partir deste momento, resolveu aprender a nadar. E, como fica claro atualmente, não parou só no aprendizado básico.

“CJ”, como é chamado pelos amigos, conseguiu, com a natação – apesar da insistência do pai para praticar basquete -, o principal feito que um jovem americano persegue: entrar em uma faculdade, em seu caso a Universidade Estadual da Carolina do Norte. Pelo time da universidade, treinava e competia na natação e nos saltos ornamentais. Entretanto, foi só a natação que o levou ao sucesso e a virar exemplo para os afro-americanos.

A primeira vez que competiu com o time nacional dos Estados Unidos de natação foi no Pan-Pacífico de 2006, quando levou ouro no revezamento 4×100 m, ao lado da estrela Michael Phelps. O atleta só marcaria mesmo seu nome na história em 2008, na Olimpíada de Pequim: ao conseguir entrar no time olímpico americano, tornou-se apenas o terceiro nadador negro dos Estados Unidos a disputar os Jogos, após Anthony Ervin e Maritza Correia.

Tal sucesso lhe deu a imensa responsabilidade de se tornar uma inspiração para os afro-americanos. Em entrevistas antes dos Jogos de 2008, dava um exemplo básico sobre a situação da natação em sua comunidade: ao conversar com crianças, perguntava quem gostava de natação e todos levantavam as mãos, mas ao questionar quem praticava, todos abaixavam.

De fato, o pensamento de que negros não podem nadar é uma constante nos Estados Unidos: um estudo de 2007 da federação americana mostra que 60% das crianças afro-americanas não sabem nadar. Perspectiva que Jones luta para poder mudar não só através de palestras, mas com seu desempenho, que o levou a uma final individual olímpica.

Para chegar ao grande momento da carreira, foram muitas horas de treinamentos. Quase incontáveis: são de 5 a 6 horas diárias (que totalizam 8.000 m por dia) em 6 dias por semana. Com tanto tempo gasto dentro da piscina, quase não sobra espaço para viver fora dela. CJ, entretanto, diz que consegue jogar videogame e sair com os amigos, seus passatempos preferidos. É também fã de filmes, em geral os de ação: entre os favoritos, cita Snatch – Porcos e Diamantas e Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes.

No futuro, Cullen Jones espera escrever para uma revista masculina. O presente é, com certeza, muito mais interessante. Com o melhor tempo ao lado de Cesar Cielo na semifinal dos 50 m livre, tem a chance de ganhar a primeira medalha individual em uma Olimpíada – em 2008 e 2012, levou conquistas apenas no revezamento. Sem dúvida, o pódio olímpico ou até um possível ouro seria o feito da vida do nadador que chegou a ver a morte bem perto dentro de uma piscina.

* http://esportes.terra.com.br/jogos-olimpicos/londres-2012/noticias/0,,OI6045689-EI19855,00-De+quase+afogado+a+exemplo+veja+a+maior+ameaca+ao+ouro+de+Cielo.html


Futebol perto da medalha inédita e a visita ao monumento a Jean Charles

A pressão aumentou sobre Mano Menezes que está diante da possibilidade de conquistar a inédita medalha de ouro para o Brasil na história das Olimpíadas. José Maria Marin, o novo dono do poder do futebol brasileiro já disse que, se ganhar fica para 2014; em caso contrário, passa a bola para Muriciy Ramalho.

Zebras acontecem, mas dessa vez é difícil imaginar o Brasil perdendo outra oportunidade rara, quando vai enfrentar nas fase decisivas, adversários inexpressivos, com os principais concorrentes eliminados na primeira fase.

Espanha e Uruguai já voltaram para casa e a única sombra que restou foi o México, que também passou apertos nos jogos da primeira fase.

O próximo adversário do Brasil é Honduras, que derrotou a Espanha na primeira rodada, e que tem no curriculum uma vitória sobre a seleção brasileira principal nas eliminatórias da Copa de 2002.

Mas tudo indica que o gás dos hondurenhos chegou ao fim em Londres.

JEANCLOSE

Jean Charles

Visitei a estação de metrô onde o mineiro Jean Charles de Menezes, foi morto pela polícia de Londres no dia 22 de julho de 2005: Stockwell, quase no centro, cinco estações depois da London Bridge, que é uma das principais da cidade. Se os agentes policiais não foram punidos pela justiça britânica, a condenação veio através dos movimentos populares, de brasileiros e ingleses, numa manifestação de solidariedade internacional impressionante.

Natural de Gonzaga, perto de Governador Valadares, Jean tinha 27 anos de idade e estava indo trabalhar e foi confundido com terroristas.

Amigos e familiares do Jean, além de ingleses e estrangeiros de todas as partes que moram aqui passaram a fazer manifestações nessa estação exigindo justiça e levando flores diariamente ao local. Depois do julgamento e a não punição dos responsáveis pela morte dele, o movimento conseguiu autorização das autoridades locais para montar um painel na entrada da estação, lembrando o fato.

Virou ponto de peregrinação e muita gente para, fotografa e deixa flores, diariamente. Jean Charles está vivo na memória londrina.

Certamente a polícia inglesa passou a ser mais cautelosa a partir desse episódio, que manchou a imagem dela não só dentro, mas como fora do Reino Unido. O fato ocorreu em momento de muita tensão na época, um dia depois que foi desarticulada uma tentativa de atentado no metrô de Londres, que visava ter o mesmo efeito da derrubada das Torres Gêmeas, nos Estados Unidos.

A mistura de povos e a harmonia entre todos em Londres é fantástica, e a própria polícia é muito gentil no trato com as pessoas que recorrem a ela para informações e incontáveis outros serviços.

Não chega a ser como Buenos Aires, onde o português costuma ser ouvido tanto quanto o espanhol nos locais de maior movimento de turistas; mas Londres também é um reduto forte de brasileiros; muitos mineiros, inclusive, que estudam ou trabalham aqui.

Apesar de ser uma das capitais mais caras do mundo, trata-se de destino muito procurado por brasileiros, que podem ser vistos e ouvidos em todos os principais atrativos da cidade.

Quem conhece os preços de hotéis em Belo Horizonte e São Paulo não estranha nem um pouco os preços da rede hoteleira de Londres.

Apesar de apenas quatro medalhas no total até agora, o Brasil tem protagonizado belos espetáculos em alguns esportes. O basquete masculino fez um jogo emocionante com a Rússia hoje e perdeu quando faltavam 4 segundos, numa cesta de três; o vôlei comandado pelo Bernardinho, mesmo perdendo para os Estados Unidos, fez uma grande partida e continua na luta pelo ouro.

E amanhã César Cielo é esperança de mais uma medalha de ouro, nos 50 metros livres, a sua especialidade.

Com o Bruno Fratus também disputando essa final.

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Fachada da estação de metrô de Stockwell, onde o mineiro Jean Charles foi morto. 

O monumento a ele agora pertence à história de Londres, para que a injustiça não seja esquecida.

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Em frente à estação, estacionamento de bicicletas, onde trabalhadores as deixam de manhã e pegam à noite.