América e Atlético farão uma final imprevisível e tomara que o campeão, seja quem for, não se esqueça que ainda está muito frágil para as suas pretensões nacionais.
Chegamos ao fim, e depois de tantos jogos meia-boca, tenho algumas certezas e dúvidas.
A certeza: o América é o que está mais perto do seu objetivo: tem time quase pronto para pensar em uma das quatro vagas da Série A para 2013. Mas ainda precisa se ajeitar em algumas posições e banco.
Atlético e Cruzeiro, do jeito que estão, só brigarão na cabeça, se tivermos uma dessas surpresas raras, mas possíveis, no mundo do futebol.
Que não nos façam passar o aperto que passamos ano passado, brigando para não cair.
O Campeonato Mineiro, assim como a maioria dos estaduais, chega ao fim com a Globo, dona do evento, tentando encontrar assunto para motivar o público.
O MG TV 2ª Edição encomendou “encontros” distintos, de torcedores do Atlético, uniformizados, em um bar; e do América, idem, porém, em uma residência.
Valeu pela tentativa, mas ficou fraquinho, fraquinho, sem nada a ver com o tradicional “padrão Globo de qualidade”.
Alguns colegas tentam encontrar motivação “especial” para o André, que tem chance de alcançar ou ultrapassar Welington Paulista na artilharia! Que motivação, hein!?
O torcedor atleticano trocaria todos estes gols dele no Mineiro por aquele que ele errou contra o Goiás, quanto o jogo estava 1 x 0.
Perguntado sobre isso, numa entrevista hoje, o André respondeu, dando de ombros: “é assim mesmo; já marquei gols que classificaram o time para a final”, do Mineiro.
A maioria dos jogadores de futebol é “assim mesmo”, de quase todos os clubes profissionais: nem aí! O que importa é que o gordo salário esteja na conta bancária no dia certo.
Vi hoje, no Canal Brasil, um documentário sobre o Paulo Francis, lembram dele? Jornalista marcado por polêmicas gigantescas com os mais variados segmentos e sempre batendo boca com “pesos pesados”, da política, da cultura e dos meios empresariais.
Mas se ferrou numa delas: no programa Manhatann Connection da Globo News/GNT, escrachou com toda a diretoria da Petrobras, dizendo com todas as letras que eles “roubavam descaradamente” e que faziam a alegria dos donos dos bancos suíços, depositando fortunas lá, maiores até que as de muitos xeiques árabes.
O então presidente da estatal, Joel Rennó botou todo o peso jurídico da empresa, no Brasil e no exterior, pedindo uma indenização de 100 milhões de dólares a ele.
Paulo Francis perdeu o rumo e como conhecia bem a justiça norte-americana, confessou a amigos que aquilo estava tirando o sono dele e que ele não agüentaria o ritual de comparecimento ao tribunal. Amigos comuns tentaram por panos quentes e até o José Serra pediu ao presidente da república da época, Fernando Henrique Cardoso, que demovesse o sujeito da Petrobras da idéia.
Mas Rennó se manteve irredutível e quando o jornalista ficou sabendo que a ação judicial teria sequência, enfartou e morreu!
Fazer o quê!? Cadê as provas do que ele havia dito?
Enfrentou as conseqüências!
Montillo passou ontem e hoje esclarecendo que não está “bichado”, já que alguém escreveu isso em um blog e alguns veículos de comunicação entraram na onda e divulgaram também.
Uma sacanagem e tanto. Mas, é lamentável que o Montillo ainda esteja pensando se vai ou não processar o autor da nota. Ainda que o cara tenha pedido desculpas, o dano está causado. Agora, toda vez que o argentino ficar de fora por causa de alguma contusão, as dúvidas voltarão e ele e médicos terão que explicar tudo de novo.
O Cruzeiro também deveria agir, já que um dos seus mais valiosos patrimônios sofreu uma grave avaria na imagem.
E breve, outros blogueiros ou jornalistas, ou veículos de comunicação cometerão erros da mesma gravidade, envolvendo outras pessoas e a vida vai seguindo.
Quem escreve ou fala publicamente precisa ser responsabilizado, e há coisas que você não escrever ou falar, porque não tem provas.
E se for argüido judicialmente vai se ferrar!
Há fatos que só se comprovam através de escutas telefônicas, mas no Brasil, nem elas costumam valer nos julgamentos, mesmo quando feitas com autorização judicial.
Um de tantos absurdos do sistema judicial verde e amarelo.
Os advogados do Carlinhos Cachoeira e do Senador Demóstenes vão tentar anular todas as provas contras elas, usando desse artifício.
O mesmo usado pelos advogados do banqueiro Daniel Dantas, que se deu bem!