Blog do Chico Maia

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Grande abertura, com cambista e com cerveja

Poucos dias antes de viajar para cá vi reportagem mostrando que várias obras de infra-estrutura não ficariam prontas a tempo. Realmente, um bom trecho da linha do metrô de superfície está ainda em execução, e pode levar mais de dois anos para ser concluída. Pois é! Mas os poloneses fizeram muito bem feito o trecho que atende o Estádio Nacional, palco da abertura da Eurocopa, ontem.

Impressionante a facilidade para se chegar a este “teatro”, usado também para o futebol, com capacidade normal para 58.300 pagantes; 50 mil durante a Euro.

Chegada fácil, rápida e sem atropelos. Infinitamente melhor que para se chegar ao Soccer City, na Copa da África do Sul em 2010. Lá as obras do metrô e BRT só ficaram prontas do aeroporto até os hotéis chics da Mandela Square, longe do estádio.

O nosso tão aguardado metrô em Belo Horizonte nem começou a ser construído, mas ouvi uma autoridade respeitável dizer que está previsto para 2023!  Fazer o quê, né!? Como diria o Adilson Batista: “Vamos aguardar!”

Para quem reclama da ação dos cambistas em nossas bandas, um consolo: eles estão em todos os lugares e em todo evento que possa manter essa atividade profissional viva.

Os cambistas estão à margem da lei, mas costumam quebrar um galho danado; como nesse Polônia 1 x 1 Grécia. E como a tecnologia evolui dia a dia, a novidade é que havia um deles até com um tablet, dizendo com letras garrafais que tinha ingressos. E sem ninguém para incomodá-los. O preço oficial nessa primeira fase da disputa varia de 30 a 70 euros.

Apesar da chuva forte na chegada do público, nenhum atropelo, pois tudo vira festa.

Outro fator que provoca saudosismo, e uma certa inveja em quem gostava de tomar uma cerveja nos estádios brasileiros, é que aqui é liberado, dentro e fora; antes, durante e depois dos jogos.

Além da facilidade de acesso ao Estádio os poloneses também se preocuparam com os adeptos por viajar de moto-home, uma prática comum na Europa.  Com o apoio da UEFA, foi montada uma área de camping próxima ao estádio. Dá para os “hóspedes” do veículo se deslocar a pé para assistir a partida.

Uma novidade que ainda dá tempo de os organizadores da Copa de 2014 aproveitarem se refere aos ingressos dos jornalistas credenciados. Em Varsóvia, ao invés do profissional receber um envelope previamente preparado com o seu ticket, a impressão é na hora. Numa rapidez impressionante. Economia de tempo, papel e dinheiro.

A Carlsberg, cerveja patrocinadora oficial, faz graça para os jornalistas, no centro de imprensa, porém, só depois da coletiva dos treinadores e jogadores após dos jogos.

Quanto ao jogo, o mais interessante foi o goleiro, segundo suplente, Tyton, que entrou com a missão de pegar o pênalti cometido pelo titular Szczesny e expulso. Quando se aquecia, foi alertado por um colega de banco, do canto em que o grego, capitão do time, Karagounis bate usualmente. Não deu outra: chute bem colocado no canto esquerdo, mas sem a devida força, e o gigante polonês pegou.

Pênalti é competência e acima de tudo controle emocional. O melhor batedor que já vi, Nelinho, diz que em momentos decisivos as pernas de quem vai para a cobrança passam a impressão de estar pesando 100 quilos cada uma. O capitão grego não conseguiu carregar todo este peso.

Cambistas

CAMBISTAABERTURA

Assim como nas Copas do Mundo ou qualquer campeonato estadual ou Brasileiro, os cambistas são como uma instituição do futebol e estão sempre presentes. Também na abertura da Eurocopa eles estavam na porta do Estádio Nacional de Varsóvia, agindo à vontade, sem serem importunados.

Cerveja

CERVEJANABERTURA

Se no Brasil ela está proibida nos estádios de futebol, na Eurocopa a cerveja continua soberana, assim como na Copa do Mundo. A única restrição é que, dentro do estádio, só a patrocinadora oficial. Fifa e Uefa são apoiadas por marcas distintas: Budweiser e Carslberg, respectivamente.


A copiar: estrutura, estádio, facilidades e simpatia!

A Eurocopa começa amanhã e Varsóvia está lotada de estrangeiros. Mas, parece que a Polônia inteira está aqui torcendo por sua seleção também.

Certamente, à exceção dos gregos, é raro um estrangeiro que não torcerá pelos poloneses, que estão dando um show de competência e simpatia nestes primeiros dias.

A preparação para receber a Eurocopa foi brilhante. A cidade é uma das mais belas do mundo e está muitíssimo bem cuidada. Respira-se alegria, cordialidade e fraternidade em todos os ambientes.

Tudo funciona

O sistema de transportes beira a perfeição; as comunicações funcionam com eficiência e agilidade; hotéis, restaurantes e demais serviços não abusaram no aumento de preços e a segurança é impecável.

Não há aquela neura de todo evento como este, de efetivos militares gigantescos, cães por todos os lados, revistas ao estilo “pente fino” e coisas tais. Estou completamente surpreso com tudo, pois a idéia que eu tinha da Polônia era a de “Paraguai da Europa”, como os companheiros mais rodados diziam antigamente.

A copiar

O estádio Nacional é uma obra prima. Bonito, prático e luxuoso, por dentro e por fora. Todas os 50 mil lugares são servidos por cadeiras que fazem lembrar as do Palácio das Artes ou do Sesc Palladium, nossos teatros mais requintados. Tomara que o Mineirão esteja sendo reconstruído em padrões semelhantes.

O acesso ao estádio aqui se dá por metrô de surperfície, ônibus e taxis. Em grande quantidade e qualidade.

Mineiramente

O fuso horário em relação a Belo Horizonte é de cinco horas adiante. Nessa época, um dos invernos mais tenebrosos da terra dá lugar a sol e temperaturas semelhantes à nossa no início do verão. A capital polonesa amanhece paulistana, cinzenta; porém, o tempo vai melhorando e por volta das 10 horas o clima fica belorizontino, com muito sol, pessoas gentis e simpatia nas ruas.

E imaginar o que esse povo sofreu com invasões e guerras ao longo dos anos.

VISTAPOLONIA

Uma Polônia alegre e moderna recebe o mundo com a realização da Eurocopa em parceria com a vizinha Ucrânia. A imprensa chama a competição de “Copa do Mundo sem Brasil e Argentina, e a abertura será hoje às 18 horas (13 horas no Brasil), e a organização só tem recebido elogios até agora.

GREGOS

Alheios à crise econômica, uma das maiores da história do país, os gregos tomam conta das ruas, bares, restaurantes e hotéis de Varsóvia. A seleção deles foi campeã em 2004, conquista considerada uma das grandes zebras do futebol mundial. Eles enfrentam os anfitriões na abertura, hoje.


Bipolaridade, festa e o país onde o futebol supera qualquer crise

Varsóvia amanheceu paulistana, cinzenta, porém, o tempo foi melhorando e a partir das 10 horas o clima ficou  belorizontino, com muito sol e gente nas ruas.

Amanhã será a abertura da Eurocopa e a cidade está lotada de estrangeiros, especialmente gregos, que não aparentam estar vivendo uma das maiores crises econômicas da sua história.

Estão em milhares, andam aos bandos, alegres, sorridentes, embandeirados, vestidos com as cores nacionais, azul e branco e lotam bares, restaurantes e áreas de lazer.

Famílias inteiras de gregos vieram prestigiar a seleção “hellênica”, que apareceu como uma das grandes zebras da história dessa competição, conquistando o título de 2004, disputado em Portugal.

Enfrentam justamente a Polônia na abertura. Se só motivação resolvesse no futebol eu diria que os poloneses vão dar uma g oleada nos gregos na estreia.

Parece que o país inteiro está aqui torcendo.

Agora são 16h05 aqui, e a festa só está começando entre eles.

Depois de uma lida nos jornais e imagens de Belo Horizonte para ver o que anda acontecendo por aí, passei a ler os e-mail e comentários no blog.

Vi que o América cedeu o empate aos 49 ao São Cateano, terça-feira, e o Galo, também no apagar das luzes ao Bahia.

O Cruzeiro tenta vencer pela primeira vez no Engenhão e acabar com a sequência própria de empates e derrotas, esta noite contra o Botafogo.

Lamentável que o goleiro Giovani tenha dado razão mais uma vez a quem entende que o Atlético vai se ferrar, sem um goleiro de mais estável, que passe mais segurança. Urgente!

E para resumir o resto do jogo, destaco o e-mail que recebi da Luciana Jory, com que concordo com tudo, especialmente em um tem: boa parte da torcida atleticana tem tradição em pegar no pé de jogadores da casa, sem ter com eles a mesma paciência que tem com “come-dormes” que chegam de outros estados, muitas vezes “ex-jogadores em atividade”.

Já pôs pra fora muitos, que fizeram sucesso em outros grandes clubes depois.

O mesmo acontece com colegas de imprensa, que vez por outra resolvem pegar no pé de um recém promovido, jogando o coitado às feras.

Pelo que disse a Luciana, a bola da vez é o Bernard:

“Bom dia Chico,

Hoje cedo levantei e a primeira pessoa que me veio a cabeça foi você…rsrs

Pensei assim:  vou escreve um email ao Chico Maia.

E o motivo deste email é que estou profundamente chateada com a torcida atleticana que tem ido aos estádios. Se o time faz gol, torcem como se fosse o Barcelona e se toma um gol, mesmo que o time tenha lutado todo o jogo, vaiam como se o time não prestasse.

Poxa, vaiar o Bernard aquela altura do jogo? Pra mim é uma covardia sem tamanho. Vaiem ao fim do jogo, mas não vaiem durante a partida. Não percebem que são seres humanos que estão em campo e vaias destabilizam o emocional de qualquer um?

Hora, sou do tempo em que meu pai me levava ao Mineirão na década de 90 e vc não sabia se olhava para o campo ou para a torcida na arquibancada, era hipnotizante o amor lindo e incondicional. Agora se transformou numa torcida comum e, pior, amarga.

A Arena Independência se transformará num caldeirão com a torcida atleticana. Porém, do jeito que vamos, é o GALO que será cozido neste CALDEIRÃO.

Chico, se puder, fale sobre isso em sua coluna.

Abraços

Luciana Jory”


Já em Varsóvia

Já estou em Varsóvia, onde, depois de quase uma hora no skype com a Juliana, este anjo da guarda da Paranet, espero ter resolvido o problema do sistema do blog.

Daqui a pouco eu volto, contando mais coisas.


A Eurocopa e Belo Horizonte

A Eurocopa e Belo Horizonte

Neste momento estou em Lisboa, aguardando a conexão para Varsóvia, aonde será a abertura da Eurocopa, sexta-feira, com Polônia x Grécia.

Nessa época o fuso horário de Portugal em relação a Belo Horizonte é de quatro horas; da Polônia, cinco, e da Ucrânia, que realiza a Euro junto com os poloneses, seis horas.

Na capital portuguesa os jornais também destacam a contratação de Ronaldinho Gaúcho pelo Atlético.

Dentro de campo, só o Ronaldinho poderá mostrar a validade do investimento alvinegro; fora, foi um gol de placa em marketing do presidente Alexandre Kalil, como definiu Cacá Moreno, da Perfil Propaganda, um dos maiores especialistas do assunto no país.

Outro gol de placa foi da aérea portuguesa TAP, agora com vôos diários ligando Belo Horizonte a Lisboa, e de lá, conexões para todos os cantos. Antes eram cinco vôos por semana.

Ainda que tardiamente, o aeroporto de Confins passa por obras de ampliação necessárias há muitos anos.

No momento em que embarquei, o vôo da TAP, e um da Pluna, para Montevideo, transformaram a sala de embarque em uma lata de sardinha.

Gente amontoada; sentada no chão, e um único bebedouro que não dá conta da demanda.

O desconforto de Confins é incompatível com as pretensões de Minas Gerais para receber a Copa das Confederações em 2013 e Mundial em 2014. Tomara que as obras andem rápido.

Aproveito a viagem para ler “A bola não entra por acaso”, de Ferran Soriano, o mestre em gestão, que, com os seus métodos, ajudou o Barcelona a sair da quase falência, de 2003 a 2008, como vice-presidente.

Cruzeiro e Internacional estão presentes nessa obra de Soriano, publicada no Brasil pela Larousse, em 2010. De cara ele aponta um dos motivos da decadência do Barça na época: a falta de critério nas contratações. Cita o golpe de mestre do Zezé Perrela, então presidente azul, que empurrou neles o Geovanni, por 18 milhões de euros. Também o Fábio Rochemback, empurrado pelo Inter, por 12 milhões.

Nesse trecho do livro, Soriano diz: “…perguntei a um diretor do Barcelona que exercia o cargo na época em que os dois muito jovens foram contratados; eles eram praticamente desconhecidos e sem experiência no futebol europeu. …e por que pagaram por eles uma soma tão elevada. A resposta foi: “Me disseram que Rochemback era igual ao Neeskens e que Geovanni era o novo Garrincha…”

Espanha, Alemanha e Holanda são as principais favoritas ao título dessa Euro2012, e a seleção campeã garantirá presença na Copa das Confederações ano que vem e poderá, inclusive, se hospedar e jogar em Belo Horizonte.


Hoje está difícil postar alguma coisa. O sistema está falhando no aeroporto de Lisboa. Tentarei de novo quando chegar a Varsóvia


Embarcando para a Eurocopa

Estou embarcando daqui a pouco para a cobrir a Eurocopa, para os jornais O Tempo e Super Notícia.

Durante todo o período de realização da competição, que começa sexta-feira, até o dia primeiro de julho, escreverei direto da Polônia e Ucrânia.

Os dois países realizam conjuntamente o evento, chamado pela imprensa europeia de uma “Copa do Mundo” sem o Brasil e a Argentina.

Exagero à parte, realmente a maioria das melhores seleções do futebol mundial está na disputa, que tem eliminatórias tão difíceis quanto à de uma Copa mesmo.

Além da observação das futuras seleções que estarão aqui em 2013 e 2014, tenho grande curiosidade em saber como a imprensa estrangeira está avaliando a realização da Copa das Confederações e Copa do Mundo no Brasil.

O que dizem de nós em relação aos preparativos; se há muito interesse ou não de torcedores e jornalistas em vir ao nosso país, aproveitando estes grandes eventos, e principalmente: se Belo Horizonte e Minas Gerais estão figurando no mapa do mundo esportivo, já que a nossa capital terá papel importante tanto em 2013 quanto em 2014, e o Mineirão será o primeiro estádio a ficar pronto.

Um evento deste nos dá a oportunidade de conversar com jornalistas do mundo todo, além dos poloneses, ucranianos e todas as nacionalidades de visitantes que estiverem lá.

Os anfitriões são países que, assim como o Brasil, lutam para sair do subdesenvolvimento, e têm progredido bastante em todos os aspectos nos últimos anos.


Em busca da 5a vitória consecutiva

Toda força ao América na luta para se manter 100%, hoje, contra o São Caetano.

Do Super Notícia:

* “Coelho quer a 5ª vitória”

Equipe alviverde encara o São Caetano fora de casa tentando manter 100% de aproveitamento

ANTÔNIO ANDERSON 

Em partida válida pela quinta rodada da Série B, o América defende hoje, contra o São Caetano, às 21h, no estádio Anacleto Campanella, no ABC Paulista, a liderança isolada da competição. Com 100% de aproveitamento – são quatro vitórias em quatro jogos -, o Coelho tenta, contra o Azulão, conquistar seu terceiro triunfo como visitante.
Antes, o clube alviverde já havia derrotado o Ceará (2 a 1) e o Paraná (1 a 0), resultados que ajudaram o time a ter a condição de melhor ataque da Série B (tem dez gols, assim como o Criciúma) e a melhor defesa (sofreu apenas um).
Desempenho
Contra o São Caetano, que começa a rodada em oitavo lugar, o América tenta repetir o desempenho obtido na Série C de 2006, quando o clube conquistou cinco vitórias seguidas. O Coelho venceu o Barueri uma vez e América-RJ e Vitória, duas.
Recentemente, na campanha do título da Série C de 2009, o alviverde havia vencido quatro partidas (Gama, Guaratinguetá, Mixto-MT e Ituiutaba) e empatado uma (Ituiutaba) em seus cinco primeiros jogos. “O América está muito bem, tanto na parte defensiva quanto na ofensiva. Estamos conseguindo um equilíbrio grande entre defesa, meio-campo e ataque, e precisamos tentar manter isso até o fim. Não adianta apenas começar bem, é preciso manter a regularidade”, destacou o meia Gilberto.
Experiente, o jogador afirma que o América tem que procurar a vitória também fora de casa, mas que não pode desconsiderar a possibilidade de conseguir um empate e somar pontos. “É uma competição bastante difícil, mas estamos focados no nosso objetivo de conseguir as vitórias e o acesso”, ressaltou o meio-campista.

Volante Dudu volta ao time

Ausente na vitória por 3 a 0 sobre o Criciúma, por cumprir suspensão automática, o volante Dudu retorna hoje ao time do América no jogo contra o São Caetano. O técnico Givanildo Oliveira voltará a repetir a formação dos três primeiros jogos. “Não tem muito tempo para treinar. Mas todos os times passam por isso. Felizmente, o América tem uma base que vem conseguindo manter as boas apresentações para conseguir os resultados positivos.”
Após a partida contra o Azulão, o Coelho terá um prazo de nove dias para treinar até seu próximo compromisso pelo Nacional. O time só voltará a campo no dia 15 de maio, em Florianópolis, contra o Avaí. (AA)

http://www.otempo.com.br/supernoticia/noticias/?IdNoticia=72217,SUP&IdCanal=6


BMG não entrou no negócio; camisa de Ronaldinho será a 49, dedicada à mãe

A repercussão e mais informações de bastidores da contratação de Ronaldinho Gaúcho pelo Atlético, na Folha de S. Paulo e no O Globo:

* “Rapidinho”

Em apenas 4 dias, Atlético-MG fecha com Ronaldinho contrato de 6 meses e com salário ‘pagável’

Quatro dias depois de surpreender com a notícia da rescisão de contrato com o Flamengo, Ronaldinho já acertou com um novo clube.

A pedido do técnico Cuca, o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, encontrou Ronaldinho e firmou acordo para ter o meia-atacante. Ontem mesmo, o atleta treinou, assinou contrato -bem menor do que tinha no Flamengo- e foi apresentado.

“Eu me sinto um jogador que tem bastante tempo de carreira ainda. Estou tendo uma nova oportunidade num time com uma grande torcida. Tenho seis meses para fazer meu melhor”, disse, ao vestir sua nova camisa.

Embora aposte em um jogador questionado, o Atlético-MG tentou se precaver ao máximo. Fez o vínculo de Ronaldinho com o clube apenas até o fim deste ano. E um contrato com cláusula de suspensão sem danos ao Atlético-MG caso a decisão judicial que desligou o jogador do Flamengo seja derrubada.

“Se cassou [a liminar que permitiu o desligamento], está suspenso o contrato. Pelo período que ficar cassada, o contrato está suspenso”, afirmou o presidente atleticano.

Ele afirmou que o clube não contará com parceiro financeiro para pagar o salário do atleta, que, segundo ele, ficará no mesmo patamar do do restante do time. No Flamengo, Ronaldinho recebia R$ 1,25 milhão por mês.

“O capitão do Atlético terá acesso ao contrato do Ronaldinho. Farei isso para ele e os outros jogadores saberem que o Ronaldinho não terá que correr para os outros nem os outros correrem por ele.”

Alexandre Kalil não quis revelar o valor do salário, mas afirmou que o clube terá condições de pagá-lo. “Temos que pagar salários e fundo de garantia. E acabou. Não vou jogar a minha administração no lixo, fazer coisa que o Atlético não aguenta”, afirmou.

O clube reconheceu que terá dificuldade em renovar o contrato caso Ronaldinho tenha bom desempenho.

“Teremos dificuldade muito grande, o próprio procurador dele [o irmão, Assis] já nos avisou”, disse Kalil.

O presidente do Atlético-MG afirmou que Ronaldinho deve estrear já na próxima quarta-feira, em partida em casa contra o Bahia pelo Brasileiro. Referiu-se ao jogador como “menino de 32 anos que está muito machucado e com sangue no olho”.

Ronaldinho seguiu a linha de Kalil para garantir que dará a volta por cima no Atlético-MG e que o Flamengo é passado. “Quando a gente recebe críticas tem vontade de dar a volta por cima. O que aconteceu no Flamengo faz parte do passado, estou almejando somente coisas boas com o Atlético”, disse.

 * Coluna Painel FC

Promessa é dívida

Antes de fechar contrato com Ronaldinho, Alexandre Kalil, presidente do Atlético-MG, ouviu do meia-atacante que seu objetivo agora não era ganhar dinheiro, mas voltar a jogar em alto nível. A conversa foi determinante para Kalil viabilizar a contratação do jogador. Ronaldinho baixou e muito sua pedida salarial, e a diretoria do Atlético-MG nem sequer precisou procurar um investidor para financiar a chegada do atleta.

Até tu? O BMG, principal patrocinador do Atlético-MG, não foi procurado para participar da contratação de Ronaldinho. Dentro do banco, executivos garantem que, caso fossem acionados, não entrariam no negócio.

Filme repetido. Questionado sobre o Atlético-MG estar contratando um jogador que não foi bem em um ano e meio de Flamengo, Kalil argumenta: “Nós somos especialistas em contratar jogadores que fracassaram lá. Obina e [Diego] Tardelli. Um vendemos por € 3 milhões, o outro, por € 8 milhões”.

* Ronaldinho Gaúcho: ‘O Flamengo faz parte do passado’

Presidente do Atlético-MG diz que pede a Deus para que a passagem seja bem sucedida

RIO – Ronaldinho Gaúcho não ficou muito tempo desempregado. Quatro dias depois de deixar o Flamengo, o meia já treinou na tarde desta segunda-feira na Cidade do Galo, centro de treinamento do Atlético-MG. O jogador acertou com o clube até o final do ano e, já vestido com a camisa do clube, concedeu entrevista curta coletiva ao fim da atividade, em que demostrou tensão no contato com os jornalistas e só sorriu ao posar para os fotógrafos.

– O que aconteceu no Flamengo faz parte do passado. Meus advogados vão resolver e agora só penso no Atlético. Agora é uma nova etapa – disse Ronaldinho.

Eleito duas vezes o melhor jogador do mundo, ele espera ser regularizado para estrear pelo Atlético já na quarta-feira, contra o Bahia, no Estádio Independência, em Belo Horizonte:

– Estou recebendo mais uma oportunidade e tenho seis meses para ajudar o Atlético.

Conduzir o Atlético ao título

Ele explicou como pretender recuperar a confiança dentro de campo.

– Na minha cabeça, eu só quero jogar, jogar bem e ajudar o Atlético a conseguir vitórias pouco a pouco. Se tudo der certo, fazer o Atlético ser campeão. Minha confiança vai ser recuperada jogando bem.

Segundo presidente Alexandre Kalil, o clube não precisou formar uma parceria para viabilizar a contratação.

– Ele é um garoto de 32 anos, quase da idade do meu fiiho. Como atleticano, estou muito feliz de trazer um jogador desse quilate para o Atlético. Estou muito orgulhoso e rezo e peço a Deus que tudo dê certo – disse.

Kalil explicou o motivo do jogador não ter sido apresentado com festa. Ronaldinho treinou antes mesmo de ser oficialmente anunciado como a nova contratação do clube.

– Nós não estamos no Rio, estamos em Minas Geiras. Queremos fazer festa é dentro de campo. E de festa fora de campo, acho que o saco dele já está cheio.

“Não estamos fazendo birutice’

Em longa entrevista, o presidente do Atlético-MG afirmou que a contratação dá destaque ao futebol mineiro e disse ter sentido em Ronaldinho – a quem chamou de “menino simples” – o desejo de voltar a brilhar. Apesar de evitar falar sobre o Flamengo, Kalil alfinetou o ex-clube do meia:

– Não vamos trazer ninguém para viabilizar depois. Se não, dá no que deu – afirmou, em referência o imbróglio entre o Flamengo e a Traffic. – Não estamos fazendo birutice e sabemos da oportunidade do negócio. Foi um trabalho muito grande que começou na sexta-feira e desaguou hoje, aqui.

O meia saiu do Flamengo na quinta-feira passada depois de uma decisão judicial que o fez ficar livre do contrato. O craque também cobra R$ 40 milhões do clube rubro-negro, que já prometeu recorrer e ser “implacável” com o jogador nos tribunais.

Em entrevista ao “Fantástico”, da TV Globo, o craque negou neste domingo as acusações feitas pela diretoria rubro-negra de indisciplina e postura inadequada.

Antes do Atlético, Ronaldinho teria despertado o interesse do Palmeiras. O clube negou, enquanto o Flamengo acusou os paulistas de terem coagido o craque. O rubro-negro chegou a prometer entrar na Justiça contra o clube de São Paulo.

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O Globo


Os “com casa” de Curitiba se aproveitam da falta de teto do Atlético-PR

Situação dos três grandes do Paraná faz lembrar o que está acontecendo em Minas gerais no que se refere a estádios para mandar os jogos.

O Atlético-PR está temporariamente sem casa, por causa das obras na Arena da Baixada; Coritiba e Paraná tiram proveito das “leis de mercado”.

Veja essas nota da coluna Painel FC, da Folha de S. Paulo:

“Casa própria”

Aumentou a pressão dos rivais do Atlético-PR para a equipe mandar suas partidas longe de Curitiba. A diretoria do time acusa Paraná e Coritiba de aumentarem os aluguéis de suas arenas só para evitar que o time jogue na capital.

Salgado. Segundo o Atlético-PR, o Coritiba cobra R$ 200 mil de aluguel, e o Paraná, R$ 75 mil. O segundo clube chegou a cobrar durante o Estadual R$ 50 mil por jogo, mas decidiu aumentar para a disputa da segunda divisão.