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Vanderlei Luxemburgo na hora da “onça beber água”, agora no Grêmio

O futebol gaúcho é a nova casa de Vanderlei Luxemburgo que está em momento decisivo da carreira, pressionado pela conquista de grandes títulos e conclusão de um “projeto” em algum dos clubes que dirige.

Agora é a esperança do Grêmio, que mandou embora o falastrão Caio Jr.

Do site da ESPN:

* “Em novo centro, Luxemburgo busca vencer título grande depois de oito anos”

por ESPN.com.br

Um dos maiores técnicos da história do futebol brasileiro, Vanderlei Luxemburgo começará a partir desta quinta-feira um novo caminho ao assumir o comando do Grêmio. Pela primeira vez trabalhando no Sul do país, Luxemburgo busca quebrar um tabu de títulos grandes na sua carreira.

Desde o Campeonato Brasileiro de 2004, com o Santos, Vanderlei Luxemburgo não conquista um título de peso no futebol nacional. Depois daquela taça, o técnico foi trabalhar no Real Madrid e na volta comemorou apenas Estaduais em 2006 e 2007, novamente com o Santos, 2008 (Palmeiras), 2010 (Atlético-MG) e 2011 (Flamengo).

Títulos estaduais são pouco para um treinador que trabalha com salários altos para os padrões brasileiros, possui uma grife e conquistou inúmeros títulos grandes nas duas décadas anteriores.

Agora no Grêmio, Luxemburgo tentará não só quebrar um jejum pessoal como do próprio clube também. A equipe gaúcha não vence um título considerado importante no âmbito nacional desde a Copa do Brasil de 2001. De lá para cá, os tricolores comemoraram a conquista da Série B, em 2005, e os Estaduais de 2006, 2007 e 2010.

Nesta temporada, além do Campeonato Gaúcho, o Grêmio terá pela frente a disputa da Copa do Brasil, Copa Sul-Americana e Campeonato Brasileiro. Chances para o clube e Luxemburgo quebrarem seus respectivos jejuns. Em nota curta divulgada em seu blog, o treinador afirmou: “Estou muito feliz de ter acertado com o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense”.

* http://ht.ly/9dlkT


O ponta esquerda do Atlético de 1976

O leitor Davi Martins, que mora em Parauapebas/PA, escreveu perguntando quem é o primeiro da direita, agachado,. nesta foto do Atlético, campeão mineiro de 1976.

CAM

Sei que, da esquerda para a direita, em pé, estão: Ortiz, Cerezzo, Modesto, Dionizio, Alves e Vantuir; agachados: Cafuringa, Danival, Reinaldo, Paulo Isidoro, e este eu não sei e peço ajuda a quem souber. Escreveram-me dizendo que é o Marinho, mas estou na dúvida. Ou seria o Marcinho?

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Obrigado ao Guerra e ao Klang que responderam:

“È o Marcinho,
um jogador tipo o Berola, entrava sempre no segundo tempo, e incendiava o jogo, marcava uns gols salvadores.
Já gritei muito, nas arquibancadas, pedindo sua entrada, fazendo couro com a Massa.”

Guerra

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“Esse aí é o Marcinho.”

Klang

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Nem Marinho nem Marcinho.

O ponta em questão era  Paulo Moisés, que veio de Goiás para o futebol mineiro, segundo informam o Roberto Tibúrcio, Luiz César e o Ed, que inclusive indicou links para que nos livremos de mais dúvidas:

“Com certeza era o Paulo Moisés.

Ver:

http://www.rsssfbrasil.com/miscellaneous/matatl1976.htm

http://terceirotempo.bol.uol.com.br/quefimlevou_interna.php?id=3740&sessao=f

Ed”

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Mas o Klang voltou para dizer que tem certeza que é o Marcinho.

Vejam aí, e a discussão continua:

“É o Marcinho. Vejam-no na foto:
http://sosumulas.blogspot.com/2008/05/cr-atltico-mineiro.html

ou em:
http://webgalo.comze.com/1976.php

O Paulo Moisés não disputou o campeonato mineiro, como podem ver em

http://www.rsssfbrasil.com/miscellaneous/matatl1976.htm

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Dúvida desfeita: o jogador em questão é o Paulo Moisés.

Com a participação de outros comentaristas do blog, lembrei-me da fisionomia do Marcinho, que tinha a cara mais redonda.

Veja o que escreveram o Mauricio Souza, Adão Xavier e Marcio Luiz:

“Chico com certeza é o Paulo Moises, acontece que esta foto não é de fato a do time campeão, pois o Cafuringa está nela e ele não jogava naquele ano.

Mauricio Souza”

“Em 1976 o Paulo Moisés, jogador comum, tinha 26 anos. O Marcinho, recém lançado da base mais pelas infindas contusões do Rei do que pela qualidade técnica pois corria mais do que a bola, tinha cerca de 17 anos.

Agora reparem na cara do “bigodudo” em questão: tem cara de 17 ou de 26 anos???

Marcio Luiz”

“De fato, é o Paulo Moisés sim, quanto ele nao ter jogado a partida final do Campeonato, nao me lembro. Na época ganhei um poster deste belo time com esta formaçao onde todos os demais atletas sao estes e incluse o Paulo Moises. Nao acredito que a revista placar publicadora do poster tenha errado.
Um abraço Chico.

Adão Xavier”


Um Carnaval diferente e muito bem organizado em Belo Horizonte

Muito boas notícias enviadas pelo Luiz Souza em comentário enviado ontem ao blog.

É sobre o “Carnaviola”, criado pelo grande poeta e contador de histórias Tadeu Martins, referência da divulgação da arte e artistas do Vale do Jequitinhonha, ex-presidente da Belotur.

Veja que boa avaliação do Luiz sobre o evento realizado ontem:

“Chico Maia,

Aproveitando essa brecha do Carnaval, quero comentar sobre o mesmo em BH. Grata surpresa!
Acabo de chegar do Carnaviola, da sua 4a. edição. Maravilhoso show com Pereira da Viola e Chico Lobo, sob a batuta de Tadeu Martins.

Show ímpar com a participação de Ana Cristina e Sérgio Pererê (Tambolelê). Espetáculo absolutamente familiar, na Praça da Liberdade e o melhor, as pessoas respeitando os jardins.Voltei super feliz de lá.
Ontem fui ver a Velha Guarda da Portela, com Mônarco e amigos. Também ímpar esse espetáculo. Além da excepcional música, a segurança foi exemplar. Para ter acesso à area do show, todos era revistados. Não houve nada ..absolutamente nada que pudesse atrapalhar, pelo contrários as pessoas estavam super solícitas.

Grande show de Monarco e claro, da Banda do Bororó ( charanga do Galo). Depois quiz ver os desfiles e não haviam mais ingressos.

Arquibancadas lotadas!

A estrutura da Prefeitura foi super bem montada.Depois, ao sair, pude ver algumas fantasias e alegorias das escolas. Realmente, estão melhorando…e muito.Não ví uma confusão sequer.
Criticar quando é preciso, mas aplaudir quando é merecedor.

E nesse carnaval, aplaudo de pé os organizadores das escolas e da prefeitura.

Parabéns mesmo!”

Luiz Souza


Ser mineiro é bom demais, sô!

O nosso campeonato é dos poucos que param no Carnaval. Não sei se é bom para os times na sequência do ano, mas para quem cobre o mundo da bola é ótimo. Minha sexta-feira, por exemplo, foi em Santa Tereza, mais precisamente no “Minas ao Luar”; projeto espetacular do SESC-MG, agora turbinado pelo novo presidente da entidade, Rodrigo Duarte, cheio de gás e ideias, dentro da filosofia implantada pelo presidente da Fecomércio, Lázaro Gonzaga, de remoçar e inovar.

A terça-feira foi perto de Felixlândia, na região descrita, decantada e encantada pela obra de Guimarães Rosa, e comendo arroz com pequi, na Fazenda Moinho Velho, do Maurício Brion e Ângela Leão. Segunda-feira foi em minha roça, entre Capim Branco e Sete Lagoas, onde o vizinho e grande músico e poeta, Paulinho Pedra Azul, apareceu com uma “Cantagalo” de uns 30 anos; inigualável, lá do Vale do Jequitinhonha. Sobrou só uma dose.

Voltando ao “Minas ao Luar”; lá tive a satisfação de me encontrar com o Toninho Horta, este gênio da música instrumental, mais reconhecido no exterior do que no Brasil.

Aliás, em qualquer loja de discos pelos países do mundo, você verá ícones da Bossa Nova e MPB, como Tom Jobim, João Gilberto, Chico Buarque, Gilberto Gil, Milton Nascimento e também, instrumentistas como os mineiros Toninho Horta e Wagner Tiso.

Mas Minas Gerais não sabe disso. Assim como não sabe da força do Skank, Alexandre Pires e Jota Quest, na Europa e Estados Unidos. Ou o que representam Wilson Piazza, Tostão, Nelinho, Éder, Reinaldo, e Cerezo em grande parte do planeta, até hoje, pelo que jogaram em Copas do Mundo, pela seleção brasileira, ou por seus clubes.

Entro neste assunto porque estou me lembrando de uma entrevista coletiva da qual participei com o Secretário da Secopa-MG, Sérgio Barroso, quando ele disse que o estado aproveitaria a Copa das Confederações de 2013 e Copa do Mundo de 2014 para internacionalizar as nossas coisas, com destaque para a cultura, gastronomia e agropecuária, com destaque para a música, culinária, cachaça, o café e o leite com seus derivados; pão de queijo como carro chefe.

A ideia do Secretário é a melhor possível, e isso foi reafirmado no Seminário sobre a Copa, em Uberlândia, do qual participei a convite do Sebrae-MG. A figura principal era Cafú, o lateral capitão que levantou a taça do pentacampeonato no Japão em 2002. Com palavras diferentes, ele disse a mesma coisa que Sérgio Barroso, mas destacou que falta a Minas mostrar-se ao mundo com os seus atrativos, que são raros. Com a autoridade de quem tem raízes mineiras, já que seus pais são de Minas e a sua avó mora em Justinópolis, ao lado de Ribeirão das Neves. Ele que foi descartado de uma peneirada do Atlético.

E o caminho é o envolvimento direto desses personagens com a organização da Copa. São nossos principais cartões postais no exterior, mas até agora pouco ou nada acionados pelos órgãos oficiais que estão à frente dos preparativos.

É essa turma que pode fazer com que mais estrangeiros optem por Minas para se divertir durante os eventos, e a Copa das Confederações já será ano que vem, com o Mineirão como um dos principais palcos.

Cafú criticou o fato de Minas ser muito tímida em sua própria divulgação e promoção, diferente de São Paulo que parte para cima, e quer tudo para lá. Caracteristicamente nós, mineiros, somos assim, tímidos, e nem os talentos e gênios, como estes citados aqui, fogem à regra.

Em Tóquio e Osaka, em 2002, assustei-me com o tanto de discos de Toninho Horta que vi nas lojas. Durante a Copa das Confederações na Alemanha, em 2005, ouvi suas músicas num “Bier Garten”, no encerramento de um festival tipo “Comida de Buteco”; coisas raras de se ver aqui.

E ele simples, tímido, como sempre, do jeito que estava quase incógnito em Santa Tereza na sexta-feira de Carnaval.


O jogo do poder na CBF e o nível da turma

Quando sugeri que o Dr. Paulo Schettino deveria entrar de sola na sucessão do Ricardo Teixeira, caso o cartola realmente caia, muita gente contestou; alguns até acharam que eu estava de gozação.

Nada disso!

Sei das limitações do presidente da nossa Federação e os senhores são testemunhas que sou dos poucos a criticá-lo e cobrar ações eficazes e urgentes para melhorar o futebol mineiro.

Porém, quem decide na CBF são, principalmente, os presidentes das federações, e Minas Gerais poderia assumir uma posição corajosa neste momento, como já fez em situações da política nacional e do próprio esporte.

Questão de conjuntura e ocupação de espaços.

A maioria não se lembra, porém, a candidatura de Ricardo Teixeira foi lançada pelo Elmer Guilherme e o pai dele, Cel. José Guilherme, quando eles mandavam na FMF e em função da amizade que tinham com João Havelange.

O então todo poderoso da Fifa pediu esta “gentileza” para o então genro querido, e os parceiros das montanhas o atenderam.

O lançamento oficial foi em Belo Horizonte, com jantares e mordomias, com direito a escapadas pela New Sagitarius, Lidô e outras boates da moda na época, bancadas por aliados do Havelange e seu candidato.

Presidentes de federações do país inteiro vieram e a vitória do Teixeira foi barbada.

Queiram ou não, Minas ainda é emblemática e poderia ter papel importante nessa mudança.

Se Paulo Schettino seria o sucessor, não importa, mas ele poderia balançar mais ainda o atual chefão, e se juntar à vozes que pregam novas eleições na entidade ainda este ano.

Mas, o que estamos vendo é o Ricardo Teixeira reunindo forças novamente para uma sobrevida no poder, como fez em 2002, quando estava tão “morto” como agora.

Outro fato a favor do Schettino: a maioria dos colegas dele é suspeitíssima e se atraca publicamente, conforme relata a coluna “Painel FC”, da Folha de S. Paulo.

Veja o nível:

* “Painel FC”

Feridas abertas

Antes de o imbróglio envolvendo Ricardo Teixeira ter esfriado, Marco Polo Del Nero, presidente da FPF, já abrira fogo contra o colega do RS, Francisco Novelletto, um dos líderes das federações que exigem eleições se Teixeira deixar a CBF. “Ele compra e vende jogador e tem um clube de futebol, o São José. Será que ele tem credibilidade?”, questionou Del Nero, que defendia uma eventual posse de José Maria Marin.

Embate. Novelletto admite ser dono do São José, mas nega negociar jogadores. “O que é credibilidade para o Marco Polo?”, questiona.

Só ele. Novelletto afirma que o mais correto, caso Teixeira abandone o barco, é haver eleição. “Nós [presidentes de federação] elegemos o Ricardo Teixeira para presidente, não elegemos o Marin nem ninguém”, afirma o dirigente gaúcho.

Substituto. Em Porto Alegre, aliás, a candidatura de Novelletto para a presidência da CBF é dada como certa. Há, inclusive, nome para substituí-lo na federação gaúcha: Fernando Carvalho, ex-presidente do Inter.

De todos. Sobre o protesto das federações de que há concentração de poder nas mãos dos paulistas, Del Nero retruca que São Paulo já teve governador carioca, FHC, e até Jânio Quadros, do MS.

Afago. Citado como opositor à possível posse de Marin na CBF, o ex-presidente corintiano Andres Sanchez visitou anteontem, ao lado de seu sucessor, Mario Gobbi, a sede da FPF. A dupla conversou com Del Nero.


Todo ano é a mesma coisa!

Nessa época, falar da avacalhação do Campeonato Mineiro é tão repetitivo quanto os noticiários sobre o “Galo da Madrugada” e Bacalhau do Batata, em Recife; os desfiles da Marquês de Sapucaí no Rio; os Trios Elétricos da Bahia; Bloco dos Sujos em Nova Lima, Ouro Preto, ou da Batcaverna e Bartucada agitando Diamantina.

A diferença é que as bandas, blocos e escolas de samba apresentam novidades a cada temporada e a bagunça do nosso futebol é a mesma, imutável, “imexível”, devido a acomodação da Federação Mineira de Futebol e dos clubes que têm o poder de decisão. 

Nem falarei mais de jogos adiados desde a primeira rodada e do América penalizado absurdamente com 18 dias de balão, porque a cantilena da semana mudou para a outra vertente da esculhambação costumeira: as péssimas condições de muitos estádios do interior; de cidades pujantes, como Divinópolis, Governador Valadares e Téofilo Otoni, por exemplo.

O meia Roger, do Cruzeiro, é dos poucos atletas que têm coragem de cobrar melhores condições de trabalho, e botou a boca no trombone contra vestiários e a iluminação do “Farião”, onde o time goleou o “sem casa” Nacional de Nova Serrana. 

Interessante é que cerca de 10 anos atrás a FMF, então presidida por Elmer Guilherme deu prazo para todos os clubes que quisessem jogar a primeira divisão adequassem seus equipamentos a exigências, como capacidade mínima para 10 mil pagantes e iluminação condizente.

O único clube que cumpriu a determinação foi o Democrata de Sete Lagoas, que construiu a Arena do Jacaré. 

Caso a Federação e os clubes da capital exigissem que a norma fosse cumprida, hoje, todos que almejassem a primeira divisão em Minas teriam praças esportivas minimamente confortáveis para atletas, torcedores e imprensa. O Democrata foi parar na terceira divisão, mas não foi a construção da Arena que o levou a essa situação.

Deveria ser aplicada a velha frase popular: “quem não tem competência que não se estabeleça”.

Mas no Brasil, em Minas Gerais principalmente, prevalece a contemporização, o “jeitinho” e as vistas grossas, para não dizer coisas piores. Que poder é este que o caçula do futebol mineiro, o Nacional, tem, para ditar ordens à FMF na confecção da tabela? É o time do prefeito da cidade, Paulo César, e do senador Zezé Perrella, fundado por eles, quando o Zezé presidia o Cruzeiro.

A FMF funciona assim em todas as divisões. Da primeira à terceira. Sempre se dá um jeito para que haja mais clubes e as muitas taxas pagas por eles, que se somam a outras fontes de renda para engordar os cofres dela. Ano passado, terminado o prazo de inscrições para a disputa da terceirona, havia apenas cinco clubes que atendiam à regulamentação. Mas, sempre se dá um jeito! 

Sob a alegação que seria impossível realizar um campeonato “só com cinco”, a entidade deu mais um mês de prazo, e o número chegou a quase 20. 

Como sempre, clubes desistem no meio da disputa, jogos são remanejados de cidades, adiados ou disputados em horários absurdos, para espantar o público, a imprensa e eventuais patrocinadores.


Marco na história do jornalismo, Binômio completaria 60 anos

O jornal Hoje em Dia fez uma bela homenagem ao Jornal Binômio e aos seus fundadores José Maria Rabelo e Euro Arantes.

Este jornal revolucionou a comunicação em Minas e é uma referência obrigatória nas escolas de jornalismo, assim como o carioca Pasquim, teve importância história em determinado período da história do Brasil.

Tenho o privilégio de ser amigo do Zé Maria e de seus filhos e me junto àqueles que o homenageiam sempre.

Um dos melhores livros que já li, “Diáspora”, é de autoria dele.

Veja a reportagem do Hoje em Dia, publicada ontem:

* “Célebre “Binômio” completaria 60 anos nesta sexta-feira”

O informativo sem papas na língua foi dirigido por José Maria Rabêlo e Euro Arantes 

zemariaRabêlo está trabalhando com a digitalização da coleção impressa do tabloide

Há exatos 60 anos, um informativo sem papas na língua e com muito senso crítico e humorístico passa a circular pelas ruas da mais que tradicional Belo Horizonte: o Binômio, tabloide dirigido por José Maria Rabêlo e Euro Arantes. O jornal começa como brincadeira e chega a ser o informativo com maior tiragem de Minas Gerais.

Rabêlo (na foto desta página), hoje com 84 anos, vive em Belo Horizonte e diz que está trabalhando com a digitalização da coleção impressa do Binômio para disponibilizar na internet.

“Eu andava pela Rua da Bahia, que na época era o centro de tudo, só para ver as pessoas lendo o jornal. Era uma gargalhada só. E ninguém sabia que eu era um dos responsáveis por aquilo”, confessa.

Considerado espécie de “avô” do também extinto Pasquim, o Binômio dá voz a conhecidos nomes do jornalismo e da crônica brasileira da época, casos de Ziraldo, Afonso Romano de Sant’Anna e Wander Piroli.

O nome é inspirado no governador Juscelino Kubitschek, que adotara como lema a frase “Binômio Energia e Transporte”, exaustivamente divulgada nos meios de comunicação. Rabêlo e Arantes lançam seu próprio binômio, “Sombra e Água Fresca”, expressão destacada logo abaixo da marca do jornal. “O binômio do governo tinha aquela propaganda toda. Então, a palavra adquiriu autonomia e virou nome do jornal”.

O objetivo da publicação logo se revela: mostrar o lado promíscuo das relações de poder. Do primeiro número, destaca-se: “Temos 99% de independência e um por cento de ligações suspeitas. O oposto de nossos ilustres confrades, que têm um por cento de independência e noventa e nove por cento de ligações mais suspeitas que o mordomo de filme policial americano”.

O jornal toma corpo, aumenta a redação e investe nas grandes reportagens. “A reportagem é a chave do jornalismo”, defende Rabêlo. Em uma dessas, aborda o comércio de retirantes nordestinos, vendidos como escravos em Minas Gerais. A reportagem, de 1959, assinada por Roberto Drummond e Antônio Cocenza, “repercutiu em publicações do mundo todo, como as revistas Time e Paris Match”.

A redação do Binômio acaba pagando preço bem alto pela coragem e irreverência: é completamente destruída. O general-de-brigada João Punaro Bley tem a história da carreira militar registrada nas páginas do informativo. A manchete: “Afinal, quem é esse general Funaro Bley? – Democrata hoje, fascista ontem”.

Bley vai à redação para intimidar Rabêlo. O general o pega pelo pescoço mas leva um soco no olho. Pouco depois, 200 homens a mando do militar cercam o quarteirão e destroem o jornal.

O Binômio resiste por alguns meses, até 29 de março de 1964. Rabêlo acaba exilado, juntamente com a esposa Teresa e os sete filhos, e só volta ao Brasil com a Anistia, em 1979. “Nossa chegada foi uma das coisas mais emocionantes da minha vida. Viemos em cortejo desde o Aeroporto da Pampulha. O Dídimo ( Paiva, jornalista, sindicalista) me devolveu a carteira de jornalista que tinha ficado para trás. Nós chorávamos”.

Rabêlo diz que faria tudo igual. “Se voltasse no tempo, faria da mesma forma, não saberia fazer de outra maneira”, declara o jornalista, que ainda este ano deve lançar um livro-reportagem sobre a história de Belo Horizonte.

* http://www.hojeemdia.com.br/entretenimento/celebre-binomio-completaria-60-anos-nesta-sexta-feira-1.407886


Ricardo Teixeira vai morar em Miami, mas já comprou apartamento em Paris

Do portal do “Estadão”:

* “Teixeira preserva fortuna antes de deixar a CBF, afirma revista”

Reportagem diz que dirigente está com medo de ter seus bens bloquadores pela Justiça

estadão.com.br

SÃO PAULO – Perto de deixar a CBF após 23 anos, Ricardo Teixeira tratou de preservar todo o seu dinheiro, em uma fortuna avaliada em cerca de R$ 50 milhões, antes de abandonar o poder da entidade. É o que mostra a revista Veja desta semana.

De acordo com a reportagem, Teixeira resolveu se desfazer de todos os seus bens, enviando a grana para longe da Justiça Brasileira – ele teme por um possível pedido de bloqueio de bens.

O atual presidente da CBF, por exemplo, leiloou todo o seu gado que tinha em uma fazenda em Piraí (RJ), fechou uma boate e um restaurante que possuía no Rio e também colocou à venda a fazenda e o apartamento onde vivia, no Leblon. Sua ideia, agora, é viver com a mulher e a filha de 9 anos na Flórida. Além do apartamento nos EUA, ele ainda adquiriu uma outra moradia no ano passado, em Paris.

Além de garantir sua fortuna, Teixeira ainda armou uma estratégia para se manter – ao menos um pouco – no poder. E essa é a explicação para ele ter nomeado amigos em cargos na CBF, como Ronaldo e Andrés.

RICARDOT

* http://www.estadao.com.br/noticias/esportes,teixeira-preserva-fortuna-antes-de-deixar-a-cbf-afirma-revista,837236,0.htm


Embratel agora é a dona da Net

Do portal do Estadão:

Embratel assume controle da Net

Por Agências

Empresa exerceu opção de compra do controle indireto da operadora

RIO DE JANEIRO – A Embratel informou nesta sexta-feira, 17, ter exercido sua opção de compra do controle indireto da prestadora da operadora de telefonia fixa, banda larga e TV por assinatura Net Serviços.

De acordo com fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Embratel notificou a Globo Comunicação e Participações (Globopar) sobre exercício de compra de 5,5% do capital votante da GB Empreendimentos e Participações, controladora da Net.

Essa fatia corresponde a 1.077.520 ações ordinárias da GB, que possui 51% do capital votante da Net.

“Uma vez formalizada a transferência das ações objeto da opção, a Embrapar, juntamente com sua controlada… Embratel, passará a deter o controle direto da GB e, portanto, o controle indireto da Net”, segundo fato relevante.

A Embratel é controlada pela mexicana América Móvil, do bilionário Carlos Slim, através da Telmex. A companhia mexicana controla também operadora móvel Claro.

Atualmente, a Globo possui 51% da GB, enquanto a Telmex possui 49%, de acordo com o site da Net.

MOVIMENTO ESPERADO

Já era amplamente esperada pelo mercado a compra do controle da Net após a aprovação no Senado, e subsequente ratificação pela Presidência, do Projeto de Lei 116 (PL 116), no começo do segundo semestre do ano passado.

A lei, que trata principalmente o segmento de TV por assinatura, regula a participação de estrangeiros no capital de empresas de distribuição de conteúdo.

A Embratel havia pedido em outubro à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aval para assumir o controle da Net e subsequentes tratativas com a Globopar.

Mas as empresas de Slim no Brasil já haviam anunciado, também em outubro, pacotes combinados de serviços, dando início a esta união entre as empresas do grupo no país.

* http://blogs.estadao.com.br/link/embratel-assume-controle-da-net/


Revista Época põe mais lenha na fogueira do Ricardo Teixeira

* “ÉPOCA publica documentos que comprovam reativação de empresa irregular de Teixeira”

Documentos obtidos por ÉPOCA desta semana revelam que o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, pretende retomar e ampliar um negócio que, segundo o Ministério Público Federal, foi o meio utilizado por ele nos anos 1990 para receber U$9,5 milhões de propina de uma agência de marketing esportivo europeia. Depois de 17 anos sem alteração contratual da RLJ na Junta Comercial, Teixeira resolveu, em junho de 2011, retomar os negócios da empresa da qual é sócio. A primeira atitude tomada pelo presidente da CBF foi transferir as ações de sua ex-mulher para ele. Com isso, ele passou a ter como única sócia a Sanud, empresa sediada em Lichenstein. 

Em 2010, a BBC acusou Teixeira de receber, por intermédio da Sanud, propina de U$ 9, 5 milhôes da ISL, empresa de marketing suíça acusada de pagar a dirigentes para obter contratos lucrativos.  A segunda atitude tomada por Teixeira foi mudar o ramo da atividade da empresa para aumentar as possibilidades de atuação em áreas como consultoria e prestação de serviço.

Além disso, o presidente da CBF elevou o capital da RLJ para U$ 7,3 milhões.  A revista apurou que em todas as alterações realizadas na empresa não há registro de assinatura de sócios ou representantes da Sanud, constando apenas uma assinatura de Teixeira. Para o MPF, esse fato é um indicativo de que a Sanud pertenceria ao dirigente.

A revista ÉPOCA chega às bancas nesta sexta-feira (17/2).

Fonte: Imagem Corporativa – Assessoria de imprensa da Editora Globo