Blog do Chico Maia

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Fracasso técnico, de público e arrecadação do Mineiro, e falta de visão da maioria dos dirigentes

Ótima reportagem do Thiago Madureira, no Superesportes de sexta-feira, sobre o fracasso de público e arrecadação do Campeonato Mineiro, que continua atual, mesmo com a rodada do fim de semana.

Lamentável foram as explicações e justificativas dos dirigentes ouvidos, à exceção do Olímpio Naves, do América, que foi sensato e apresentou a melhor idéia para que a situação mude.

O presidente da FMF, Paulo Schettino foi o mais infeliz em sua fala. Diz que a culpa é a falta de estádios em Belo Horizonte, como se este fracasso fosse apenas este ano ou ano passado.

Disse também que a Federação está em dificuldades financeiras por causa das pequenas rendas dos jogos, como se a entidade tivesse bilheteria como única fonte de arrecadação. E as muitas e caras taxas cobradas de todos os clubes, de todas as divisões em todas as categorias?

Os demais dirigentes falam que a falta de dinheiro impede contratações de vulto. Ora, ora, se fossem dirigentes de clubes da Série do Brasileiro, vá lá, mas clubes do porte do Villa Nova, Tupi e demais, têm falar é em fabricação de jogadores em casa, revelar talentos e ganhar dinheiro com eles. E aí sim, depois de chegar à prateleira de cima, nacional, falar em adquirir jogadores de maior peso.

Deveriam é reclamar e agir contra a Lei Pelé, que complicou a vida dos clubes de formação, e presenteou aos empresários, que hoje mandam no futebol.

Veja a reportagem na íntegra:

* “Arquibancadas vazias: público de todos os jogos do Estadual não encheria o Mineirão”

Maior público do Campeonato Mineiro é de apenas 4.825 pagantes no jogo entre Cruzeiro e Guarani; dois jogos do América receberam menos de 500 pagantes

Thiago Madureira – Superesportes

PUBLICOMINEIROSolitário: torcedor assiste a vitória do América sobre a Caldense, na Arena do Jacaré

O mais tradicional campeonato de futebol do estado parece ser também o menos atraente para o torcedor. Mesmo no início, o Campeonato Mineiro, que está na 98ª edição, não empolga. Somado o público das 18 partidas realizadas, apenas 41.692 pessoas compareceram aos estádios (média de 2.316 por jogo) – número insuficiente para encher o Mineirão, cuja capacidade será de 64.500.

Em razão disso, a arrecadação com bilheteria também encolhe. Nas três rodadas disputadas, as equipes recolheram um total de R$ 608.836 (média de R$ 33.824 por partida). Pouco maior do que um único jogo do Campeonato Carioca, a semifinal da Taça Guanabara entre Vasco e Flamengo, no Engenhão, com renda de R$ 590.240.

Ouvido pelo Superesportes, o presidente da Federação Mineira de Futebol (FMF), Paulo Schettino, credita o afastamento do torcedor em função da ausência de um estádio em Belo Horizonte.

“O grande problema é a falta de uma arena na capital. Por mais que Sete Lagoas seja uma cidade próxima de BH e receptiva, lá não é a casa de Cruzeiro e Atlético”, avalia Schettino, desconsiderando os baixos números registrados também pelos clubes do interior. Apenas uma partida das equipes interioranas registrou público superior a três mil pagantes: na primeira rodada, derrota do Democrata-GV, em Valadares, para o América (3.627).

Questionado sobre uma nova forma de promover o torneio, Schettino elenca antigas estratégias que não saíram do papel: “Pensamos em deixar o campeonato mais atrativo resgatando as famosas rodadas duplas. Já tentei fazer, mas é muito difícil. Os clubes não aceitam. Outra ideia é realizar preliminares com jogos da base ou de clubes amadores. As equipes também recusam porque piora o estado do gramado”.

DRPAULOSchettino revela que teve de pedir empréstimo para pagar as contas da FMF

As arquibancadas vazias afetaram diretamente os cofres da FMF. “Como o rendimento com bilheteria caiu drasticamente depois que o Mineirão entrou em reforma, estamos com dificuldades financeiras, já que parte significativa de nossa renda vem de uma cota fixa dos jogos dos clubes do estado que temos direito”, relata o presidente da entidade. “Tivemos, inclusive, que pegar um empréstimo bancário para pagar o 13º salário dos funcionários da FMF”, revela.

A vitória do Guarani sobre o Cruzeiro, por 1 a 0, na Arena do Jacaré, em partida válida pela segunda rodada, obteve o maior público do campeonato: 4.825 pagantes. Além desse jogo, apenas a partida entre Atlético e Boa (4.419), na estreia do Estadual, superou a marca dos 4 mil.

Os dois confrontos com menor público tiveram o América em campo. Como mandante, o Coelho recebeu apenas 439 torcedores na vitória sobre a Caldense na Arena do Jacaré, em jogo válido pela segunda rodada. E na terceira rodada, nessa quarta-feira, no Farião, como visitante, contra o Nacional, com 309 pagantes.

Considerando anormal a ínfima presença do torcedor nos estádios mesmo em início de campeonato, Olímpio Naves, integrante do conselho administrativo do América, propõe que a fórmula seja alterada para se ter um campeonato revigorado. “Está claro que é preciso fazer adequações. Da forma como está será prejuízo técnico e financeiro permanecer por muito tempo. Acredito que a melhor forma é realizar um campeonato mineiro regionalizado, aproveitando as rivalidades locais. Depois, os melhores e os clubes da capital se enfrentariam em uma fase final. Dessa forma, o público vai ter mais estímulo para ir a campo”, sugere – embora não tenha feito de forma oficial à FMF.

Interior

A queda nas arrecadações das bilheterias prejudica em maior intensidade os clubes com menor poder financeiro. Em função disso e acrescido a ineficácia de outras fontes de renda, alguns dirigentes acreditam que a disparidade entre os grandes e pequenos do estádo deve crescer. Para o vice-diretor de futebol do Villa Nova, Nélio Aurélio de Souza, há um efeito cascata que atinge as finanças dos clubes.

“Existe um privilégio descomunal da televisão para com os grandes clubes. Enquanto Cruzeiro e Atlético recebem algo entorno de R$ 6 milhões, a gente (times do interior) consegue apenas R$ 300 mil. Com esse dinheiro não dá para contratar nenhum jogador de destaque que faça com que o torcedor saia de casa e gaste seu dinheiro com ingresso”, afirma o dirigente do Leão do Bonfim, que acredita em um futuro pouco promissor aos pequenos: “Se não houver um socorro financeiro, será difícil qualquer clube do interior de Minas Gerais conquistar um Campeonato Mineiro. Isso sem falar nos torneios nacionais, no qual a diferença financeira com os paulistas é muito grande”, completa.

Outro cartola que faz coro a esse discurso é o presidente do Tupi, Áureo Fortuna. Segundo ele, o Campeonato Mineiro só será atraente a partir do momento em que os clubes do interior conseguirem montar times que façam sombra aos da capital.

“Precisamos de mais recursos. Nós pagamos tudo: passagens, hospedagens, árbitros… Sobra pouco para contratar bons jogadores e pagar salários condizentes com os inflacionados valores de mercado. É preciso valorizar o interior para que o Campeonato Mineiro se valorize como um todo”, frisa o presidente do Galo Carijó. 

Campeonato Mineiro
1ª rodada 2ª rodada 3ª rodada
Cruzeiro x Nacional
Público: 3.120
Renda: R$ 82.600Atlético x Boa
Público: 4419
Renda: R$ 74.310

Uberaba x América-TO
Público: 2.232
Renda:R$ 26.420

Guarani x Villa Nova
Público: 1.631
Renda:R$ 27.795

Democrata x América
Público: 3.627
Renda: R$ 39.250

Caldense x Tupi
Público: 2.832
Renda: R$ 31.155

América x Caldense
Público: 439
Renda: R$ 6.890Boa x Democrata
Público:1.305
Renda: R$ 10.630

Tupi x Nacional
Público: 2.221
Renda: R$ 18.612,50

Villa Nova x Uberaba
Público: 1.522
Renda: R$ 11.990

América-TO x Atlético
Público: 2.875
Renda: R$ 35.450

Cruzeiro x Guarani
Público:4.825
Renda: R$ 85.033,25

Villa Nova x América-TO
Público: 1.339
Renda: R$ 9.895Atlético x Caldense
Público: 3.752
Renda: R$ 72.990

Uberaba x Democrata

Público: 1.879
Renda: R$ 22.080

Boa x Guarani
Público: 1.442
Renda: R$ 15.035

Cruzeiro x Tupi
Público: 1.923
Renda: R$ 33.540,25

Nacional x América
Público: 309
Renda: R$ 5.160

* http://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/interior/2012/02/24/noticia_interior,210151/arquibancadas-vazias-publico-de-todos-os-jogos-do-estadual-nao-encheria-o-mineirao.shtml#.T0jd8RbD3sE.twitter


Diretoria do Atlético fará visita ao Independência hoje

Às 15 horas, Alexandre Kalil estará com toda a sua diretoria visitando o Estádio Independência.

Estarão presentes, inclusive, a turma da gravata, ou seja, o corpo jurídico que o apoia desde o início do seu primeiro mandato, que encontrou a fórmula legal viável para esse acordo com a BWA.DUKEKALIL

No sábado o Duke mandou esta charge no Super Notícia


João Carlos retoma a carreira de treinador e dá um “até breve” ao Democrata Jacaré

Infelizmente para o Democrata Jacaré, mas muito legal para o João Carlos, ex-zagueiro, que vinha se destacando como diretor de futebol do clube, apesar do pouco tempo na função: sexta-feira recebeu proposta irrecusável para voltar ao Poços de Caldas, o “Vulcão”, que luta para subir para a primeira divisão estadual.

O João foi o primeiro treinador do jovem clube da bela cidade sulista, e muito querido lá.

JOAOCARLOS

Ele é dos raros casos de ex-jogador que não precisa mais ralar para sobreviver.

Soube aplicar o que ganhou e tem renda suficiente para manter o ótimo padrão de vida que leva, junto com a família.

Era diretor/colaborador do Democrata, e até gastava dinheiro com o time; porém, quer realizar seu sonho de ser treinador profissional, e que tenha sucesso no Vulcão.

Breve, o Jacaré o busca de volta para ser o treinador do profissional.

Interessante é que as coisas costumam acontecer de forma tão rápida no futebol, que quem me deu a informação foi o Francisco Barbosa, sempre presente com seus comentários no blog, que escreveu, na sexta-feira de manhã:

“Chico,

o diretor João Carlos agora é técnico do Poços de Caldas ( Vulcão ) no lugar de Vladimir de Jesus que foi ser preparador físico no Ceará, depois da vítoria em Coronel Fabriciano por 2×1 sobre o Tombense no sábado de Carnaval.”

Duvidei da informação dele, porque na quinta-feira à noite eu tinha conversado com o João.

Liguei para o presidente Flávio Reis, que confirmou, e também lamentou muito, mas, também desejando sucesso ao João e dando um “até breve”.

O sucessor dele no cargo de diretor de futebol do Democrata ainda não foi definido.


Não dá para avaliar nessa fase do Campeonato

Sobre a rodada do Mineiro, méritos para o Dr. Gilvan por ter segurado o Montillo, que evitou que o Cruzeiro perdesse pontos em Governador Valadares para o sofrível Democrata.

O Atlético passeou em Divinópolis, nos 4 x 0 sobre o Guarani, mas isso não quer dizer muita coisa.

Só mesmo na fase final do Campeonato é que teremos jogos de melhor nível.

Por enquanto, fico esperando a fase decisiva, entre os três da Capital e o do interior que briga pela quarta vaga.

O nível técnico do nosso campeonato é muito fraco para que se possa avaliar nossos principais clubes, que estão nos preparativos para disputar o Brasileiro.


A condenação de Paulo Henrique Amorim por ofender Heraldo Pereira

Paulo Henrique Amorim não devia estar normal quando escreveu essas maluquices que o levaram à condenação.

E quando jornalista resolve virar notícia ao invés de dar notícia, dá nisso aí.

E agradeço ao Venilson Fonseca, que enviou o seguinte comentário e links:

“Chico,

Como deve ser, em todas as questões que envolvam dois lados, aí está a versão do PHA:

http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2012/02/24/gilmar-heraldo-e-a-globo-quem-processa-pha/

http://www.conversaafiada.com.br/nao-me-calarao/2012/02/24/a-verdadeira-conciliacao-entre-pha-e-heraldo/

Abraço.

Venilson”.

 * “Jornalista é condenado por ofensa”paulohenrique

O jornalista Paulo Henrique Amorim, da Rede Record, terá de indenizar o colega Heraldo Pereira, da Rede Globo, em R$ 30 mil por ofensas proferidas contra ele em seu blog. Amorim terá de veicular nota de retratação em dois jornais – em São Paulo, onde mora, e em Brasília, onde vive Heraldo -, e tirar do ar o texto no qual chamou Heraldo de “negro de alma branca”, entre outras ofensas. Os R$ 30 mil serão doados ao Mosteiro de São Bento, em Brasília.

Amorim e Heraldo chegaram a um acordo numa audiência de conciliação em ação cível que tramitava no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) desde 2010. Paulo Henrique Amorim havia dito, em seu blog, que Heraldo estava a serviço do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes. Questionou a ética de Heraldo e disse que o jornalista apenas fazia “bico” na Rede Globo.

Pela decisão do TJ, Amorim terá de publicar um texto no qual afirma que “reconhece Heraldo Pereira como jornalista de mérito e ético; que Heraldo Pereira nunca foi empregado de Gilmar Mendes; que apesar de convidado pelo Supremo Tribunal Federal, Heraldo Pereira não aceitou participar do Conselho Estratégico da TV Justiça; que, como repórter, Heraldo Pereira não é e nunca foi submisso a quaisquer autoridades; que o jornalista Heraldo Pereira não faz bico na Globo, mas é empregado de destaque da Rede Globo; que a expressão ‘negro de alma branca’ foi dita num momento de infelicidade, do qual se retrata, e não quis ofender a moral do jornalista Heraldo Pereira ou atingir a conotação de ‘racismo’.”

Amorim corre o risco de também ser condenado criminalmente por racismo, em processo movido contra ele pelo Núcleo de Enfrentamento à Discriminação. No ano passado, a defesa de Amorim tentou trancar a ação, pedindo a absolvição dele, argumentando direito à liberdade de expressão e negando tom discriminatório. O juiz Marcio Evangelista Ferreira da Silva negou.

Para Heraldo, a decisão da Justiça é um freio à irresponsabilidade de alguns jornalistas.

– Nunca esperava ser atacado desta maneira. É absurdo fazer uma análise do meu trabalho a partir de questões raciais. Meu engajamento é com a notícia. Não sou um jornalista negro. Sou negro e jornalista.

HERALDO

Fonte: O Globo

Extraido do: http://www.amaerj.org.br/noticias/jornalista-e-condenado-por-ofensa


O América é o grande responsável por tudo e o maior beneficiado

É o mundo dos negócios, em um futebol que exige cada dia mais profissionalismo e competência administrativa. 

Nesse açodamento geral, onde andam misturando paixão com vaidade e falta razão, alguns fatos precisam ser lembrados, como: o América tem sido o grande vitorioso em toda a história, e é o grande responsável por tudo que está acontecendo.

Depois de um racha histórico que levou o clube ao fundo do poço em 2008, os dirigentes que o comandam hoje puseram fim às diferenças e o estão recolocando no topo.

Trata-se do mesmo grupo que nos anos 1980 tornou o Independência propriedade do Coelho, aproveitando-se de influências pessoais, políticas e cochilo de Atlético e Cruzeiro.

O governo Hélio Garcia reformou o antigo estádio do Sete de Setembro F. Clube.

No governo seguinte, de Newton Cardoso, o Coelho fez um ótimo acordo, inclusive com o Sete de Setembro, e ficou com o estádio.

Três anos atrás, quando começaram as negociações com o governo para a utilização do Independência e uma reforma que custaria R$ 25 milhões, essa diretoria americana foi brilhante de novo nos bastidores e conseguiu um novo estádio, ao custo em torno de R$ 150 milhões.

Começou com o deputado Alencar Silveira Junior, um dos presidentes do atual Conselho Administrativo, negociando com Luiz Soares Dulci, então Secretário-Geral da presidência da república, americano apaixonado, e uma das pessoas mais próximas do presidente Lula.

O governo federal disse que mandaria R$ 30 milhões, através da Caixa Econômica Federal, mas os desdobramentos políticos impediram que o dinheiro viesse.

O governador Aécio Neves já tinha começado a obra, que parou, porque a verba não chegava, e depois teve que recomeçá-la com recursos do próprio estado.

Aliás, este foi o maior motivo do atraso da entrega do novo Independência, mas nenhum dirigente tem coragem de dizer publicamente.

Fundamental lembrar que Marcus Salum, era presidente do Sicepot-MG o poderoso sindicato das maiores empreiteiras do estado, e foi sucedido pelo irmão, Alberto, outro americano apaixonado.


Neste lance do Independência, Alexandre Kalil teve atuação digna do pai, Elias!

Era o Atlético acima de qualquer coisa!

Essa história do Estádio Independência foi digna do oportunismo dos grandes artilheiros por parte de Alexandre Kalil e sua diretoria. Fez lembrar o gênio que era o pai dele, Elias, no comando do Galo de 1980 a 1985.

Vamos ver se ele vai conseguir a parte mais importante que é fazer o time voltar a brigar na parte de cima da tabela do Brasileiro e outras competições que a massa aguarda; o que não é fácil.

Mexendo em meus alfarrábios (Ave Mestre Kafunga!), deparei-me com uma reportagem do “Estado de Minas”, página inteira, escrita pelo grande jornalista Paulo Celso na edição do dia 30 de junho de 1980, onde o então presidente do Atlético, Elias Kalil, explicava como fez para sair de R$ 40 milhões de dívidas para R$ 30 milhões de lucro em apenas seis meses de gestão à frente do clube: “… tenho uma equipe fabulosa de vice-presidentes e diretores…”

ELIASEm foto do Estado de Minas, o saudoso Elias Kalil

O Galo, que estava dormindo no ponto até a volta de um Kalil ao poder no clube, abriu os olhos desde fins de 2008 e agora voltou a bicar forte, usando o seu corpo jurídico de reconhecida competência.

Alexandre Kalil pode repetir a frase do pai, no que se refere à competência dos seus companheiros de comando; os “engravatados” que diariamente estão com ele na sede de Lourdes.

Agora falta o time corresponder, missão tão difícil quanto organizar a administração, finanças e pagar dívidas.


Aprovado o contrato do Atlético com a BWA no Estádio Independência

Do superesportes:

* “Legislação civil preserva direito do Atlético de firmar contrato de exploração comercial”

Bruno Furtado – Superesportes

Thiago de Castro – Superesportes

Depois de avaliação da Advocacia Geral do Estado de Minas Gerais, ficou definido nesta sexta-feira, em reunião na sede do Ministério Público Estadual, que o contrato firmado entre a Arena Independência (BWA) e o Atlético, em janeiro, para exploração comercial do Estádio Independência, não fere o processo licitatório feito pelo governo de Minas.

A pedido da Advocacia Geral, serão feitos apenas ajustes em algumas cláusulas do documento que davam a entender que o Atlético teria interferência direta na administração do estádio, o que caberá exclusivamente à Arena Independência (BWA), vencedora da licitação em dezembro de 2011.

”São pequenos ajustes de redação de cláusulas que poderiam dar interpretação diferente. Existiam algumas coisas que se contrapunham ao interesse público, ao contrato de concessão entre o estado e o América, e esses ajustes vão ser feitos pelo Atlético e a Arena Independência, para que seja um contrato puramente comercial”, explicou o advogado geral do estado, Marco Antônio Romanelli, ao fim da reunião que durou mais de quatro horas.

O advogado geral admitiu que a redação original do contrato gerava dúvidas sobre a interferência do Atlético na administração. No entanto, com as alterações, ficará clara a natureza comercial do documento. “Uma cláusula afrontava o edital de licitação. Uma cláusula que dava a entender que passava a administração para o Atlético foi retirada. Na verdade, estava mal colocado no contrato, poderia dar essa impressão. Na verdade, não se quis nunca passar a administração para o Atlético”, acrescentou Romanelli.

Segundo o advogado geral do estado, a legislação civil brasileira prevê acordos comerciais como esse fechado entre o Atlético e a Arena Independência (BWA). “O Atlético não terá nenhuma administração, interferência na administração do estádio, preservando todo o direito do América. Esse acordo comercial firmado pelo Atlético é previsto na legislação civil e ele não interfere no edital, na licitação e nos direitos do América”.

Leia também: Caminhos do Galo para fazer do ‘Novo Independência’ fonte significativa de renda

Kalil sai satisfeito

O presidente do Atlético, Alexandre Kalil, saiu da reunião tranquilo com as exigências feitas da Advocacia Geral do Estado. “Nós nunca fizemos nada de orelhada. Vamos fazer mudanças, mas que não alteram em nada o acordo comercial, são palavras. Os direitos do América estão preservados. O Atlético fez um bom negócio e estou satisfeito de ter feito um bom negócio para que o Atlético tenha mais dinheiro, seja mais rentável, mais competitivo. Agora, o torcedor do Atlético tem um lugar fixo para frequentar, está tudo certinho, tudo tranquilo, por isso ficamos horas e horas debatendo o assunto, que é comercial. Em momento algum o Atlético quis tomar o estádio do América, até porque o América tem 5% da receita bruta. A BWA tem 45% e o Atlético, 45% (da receita líquida)”, disse.

Mesmo com as mudanças contratuais, Kalil ressaltou que os interesses comerciais do Atlético seguem preservados. “A parte comercial do Atlético ficou intocada. O Atlético tem 45% de tudo que for explorado no estádio. São palavras que vão mudar. O Atlético não administra nada, só vai pôr uma consultoria para tratar do direito comercial e acho que fizemos um bom negócio, demos um passo à frente, e o Atlético está muito satisfeito com tudo que fez, e tinha certeza do resultado dessa reunião. Não fazemos nada de orelhada, só fizemos em silêncio. Eu estou preocupado em preservar o que o edital manda”.

O presidente do Atlético não quis comentar a postura dos representantes do Cruzeiro – Gilvan de Pinho Tavares (presidente), Fabiano de Oliveira Costa (advogado) e Robson Pires (diretor comercial) -, que deixaram o encontro em silêncio e pelas portas dos fundos, sem qualquer contato com os jornalistas.

Kalil só lembrou que o Cruzeiro terá os mesmos direitos que Atlético e América no uso do novo Independência em seus jogos. “Ninguém vai explorar Cruzeiro, não vai fazer nada com o Cruzeiro. O Cruzeiro vai lá, vai jogar, vai ter seu ingresso preservado, seu sócio-torcedor, mas tudo que for explorado, bar, nome, vai ser 45% do Atlético e ponto final”.

INDEPEN

* América assegura seus direitos e não vê problema no acordo Atlético/BWA

América cedeu o Independência ao governo de Minas por 20 anos

O América saiu satisfeito da reunião no Ministério Público Estadual, que aprovou o contrato comercial entre o Atlético e a empresa BWA, vencedora da licitação para administrar o Independência.

Segundo Marcus Salum, integrante do Conselho Administrativo do Coelho, os direitos do clube foram preservados: “O América cedeu o estádio com essas condições, direitos de marcar jogos, preferência de vestiário, identidade visual. Qualquer empresa que administrar o estádio, tem que seguir o edital. Tudo que o América acertou será preservado. Cumprimos nossa missão de vir aqui resguardar os direitos do clube”, disse Salum.

Proprietário do estádio, o América cedeu o Independência ao governo de Minas por 20 anos, em troca da reconstrução do estádio. A BWA venceu a licitação e vai administrar o local por 10 anos. A empresa fechou um contrato com o Atlético para explorar comercialmente a nova arena. Cada parte tem direito a 45% do lucro. O América e o governo do Estado levam, cada, 5% da renda bruta.

Já renda de bilheteria das partidas é do clube mandante: “Ela é do time que joga. O Cruzeiro vai pegar a renda, vai pagar a despesa que o estádio cobra (aluguel). A parte comercial do Atlético é em cima de toda despesa e em cima de todo lucro. O América e o governo têm 10% da receita bruta do estádio. O Atlético receberá 45% sobre os lucros do estádio. É uma coisa diferente”, ressalta Marcus Salum.

O dirigente do América não acredita que o Atlético vá criar obstáculos para que os rivais mandem seus jogos no Independência: “A motivação do administrador do estádio não é cobrar para a pessoa jogar, é levar o clube para jogar, pois o bar funciona, tudo funciona.”

* http://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/interior/1,17,1,9/2012/02/24/noticia_atletico_mg,210172/advocacia-geral-do-estado-pede-alteracoes-mas-aprova-contrato-entre-atletico-e-bwa.shtml


A heresia ou sacrilégio que eu jamais cometeria

A troca de idéias com leitores é muito salutar,
principalmente quando alguém discorda do que eu escrevo ou falo, porém é
educado no diálogo e apresenta argumentos que merecem consideração e resposta.

Como nem tudo são flores, de vez em quando aparece um
troglodita, que nos mata de rir com as imbecilidades e impropérios que diz,
porém vai pro “spam” e dá sossego.

Hoje recebi e-mail legal demais da conta do José Emilio
Guedes Lages, que vale a pena mostrar os senhores do blog, e me dá a
oportunidade de me aprofundar num assunto importante, abordado por mim esta
semana.

Confira:

Caro Chico Maia,

Ao ler a sua crônica de ontem, Quinta Feira 23 de Fevereiro,
ficamos orgulhosos quando você cita alguns músicos mineiros que brilham, merecidamente,
no cenário musical mundial pois são do mesmo nível dos melhores do mundo
como:Toninho Horta, Wagner Tiso, Milton…, e tantos outros que, no paralelo
com o futebol, têm a mesma grandeza de um Tostão, Nelinho,Reinaldo, Cerezo…

Agora: Alexandre Pires, Skank, Jota Quest, com todo o
respeito que merecem, são de um escalão muito inferior aos nobres músicos citados
e outros que não foram. Comparando com o futebol, também com todo o respeito, é
como se você colocasse o Dario Peito de Aço, Alemão, Gomes, Dida, Fred, ou
mesmo o Genuíno do caminhão, que são ou foram de um escalão bem inferior aos
nobres craques que você citou. Não se trata de preconceito e sim de um pós
conceito.

E viva a Música Popular Brasileira de qualidade, bem como os
grandes craques do nosso futebol que, apesar do lixo que é a classe que os
dirige (?), nessa terra arrasada, de vez em quando, ainda brota um Neymar,
Ganso, Lucas…!

José Emílio Guedes Lages”.

 

Preferências musicais à parte, eu não quis colocar na mesma
prateleira os músicos citados. São estilos diferentes, públicos totalmente
distintos. Reconheço que errei em não explicar na coluna o motivo da citação de
cada um.

E deixei de citar vários, excelentes, como o 14 Bis, por
exemplo, banda que enaltece Minas e mineiros, que marcou e continua marcando
gerações Brasil afora.

Então vamos às justificativas: o Skank foi a banda mais
tocada em todos os estádios da Copa da França em 1998, principalmente a música “Uma
partida de futebol”. Foi uma das principais atrações do festival promovido pelo
ex-jogador Raí, até hoje ídolo do Paris Saint Germain, que reuniu algumas das
principais bandas e cantores do mundo, no Parque dos Príncipes, na primeira
fase da Copa.

O Alexandre Pires também cantou neste festival, e não me
esqueço da primeira frase dele para o estádio lotado: “Agora nós vamos mostrar
a vocês um pouquinho da minha Minas Gerais e do Brasil…”.

Foi muito legal, principalmente porque na época havia até
movimento separatista no Triângulo Mineiro, e ele é de Uberlândia.

O Jota Quest foi tocado durante jogos do Brasil na Copa da
Alemanha.

Com o devido respeito a quem gosta de pagode e outros
gêneros, jamais eu colocaria a qualidade musical de um Toninho Horta, Wagner
Tiso ou Milton Nascimento no mesmo balaio.

Alexandre Pires é ídolo daquele cruz credo do George Bush, que
breve estará ajustando contas com o capeta, e até tocou pra ele na Casa Branca.

Prefiro Barack Obama, que recebeu Mick Jager esta semana, mas
gosto não se discute; lamenta-se.

O que eu quis dizer é que em termos de divulgação e atração
de turistas estrangeiros, esta turma toda é importante para Minas e precisa ser
mais acionada e envolvida na realização da Copa das Confederações e Copa do
Mundo.

Cada um tem o seu público e como diz a música do Beto Guedes,
outro grande gênio da música mineira, “vamos precisar de todo mundo”, pois
dinheiro não tem cor nem credo religioso, e quando mais gringos vierem para
gastar, conhecer nossas belezas e voltar futuramente, melhor.

É isso.

Espero que o José Emilio e demais leitores que não tenham me
entendido antes, estejam satisfeitos com essa explicação e não pensem que eu
cometeria o sacrilégio de misturar as marchas musicais.


Alexandre Matos, discreto e competente; Dimas Fonseca, injustiçado e bode expiatório

O Dr. Gilvan estava apenas aguardando o momento certo para anunciar, aquilo que se sabe no meio futebolístico mineiro há alguns dias, mas agora chegou a hora, e amanhã ou depois ele confirmará que Alexandre Matos será o sucessor do Dimas Fonseca no Cruzeiro.

É competente, discreto e teve participação fundamental neste processo de soerguimento pelo qual vem passando o América há alguns anos.

Aliás, a sua saída do Coelho, para dar lugar ao Alexandre Faria no comando do futebol do clube, desagradou a membros do Conselho de Administração, que não se manifestaram publicamente para não provocar marolas no atual excelente momento do mundo verde.

Vejo como exagero absurdo esta importância que está se dando para a função de diretor de futebol nos grandes clubes.

Tem a sua importância, mas quem manda e decide é sempre o presidente, em todos os clubes.

O Dimas Fonseca saiu quase que escorraçado do Cruzeiro, de forma injusta. Foi bode expiatório das decisões tomadas pelo Zezé Perrella nos seus últimos meses na presidência.

Foi contra a saída de vários jogadores, porém, calou-se publicamente para evitar problemas com o então comandante, que além de chefe no clube, é sócio em negócios em Contagem.

A contratação do Cuca e Montillo e vários outros acertos, logo no seu início em substituição ao Eduardo Maluf, foram “esquecidos”, por grande parte da imprensa belorizontina, quando o time despencou no Brasileiro, porque o Perrella precisava ser preservado.

E tudo de ruim do time passou a ser culpa do Dimas, que jogou a toalha porque realmente não dava mais. Por todo canto que ele ia enfrentava torcedores, nem sempre educados nas cobranças e reclamações.

Coisas do futebol.