Blog do Chico Maia

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A troca de poder na CBF

A forma como se dá a troca de poder em importantes instituições do Brasil.

Do O Globo, de terça-feira:

* “CBF tem novo secretário-geral”

Júlio César Avelleda assume nesta terça-feira, interinamente, o posto de secretário-geral da CBF, em substituição a Marco Antônio Teixeira, demitido na última sexta-feira. A nomeação foi anunciada através de circular, enviada ontem aos funcionários, pelo presidente da entidade, Ricardo Teixeira. O posto, para a Fifa, só é menos importante numa associação nacional que o da presidência. Por isso, ao tomarem conhecimento da escolha, algumas federações estaduais foram tomadas de surpresa.

Diretor financeiro deve sair

Apesar da envergadura do cargo, Júlio Avelleda não é conhecido no meio do futebol. Carioca de 40 anos, ele é formado em administração de empresas. Entrou para a CBF em 1992, como estagiário, e $por áreas como processamento de dados, registro e tesouraria. Desde 2007, é assistente de orçamento e controle, área ligada à diretoria financeira da entidade. Ganhou a confiança do chefe. Todos os pagamentos da entidade são examinados por ele, que faz relatórios para o presidente.

Fonte da entidade acredita que o interinado de Avelleda não deverá ser longo. Ricardo Teixeira poderia confirmá-lo na função assim que concluir o projeto de mudanças em postos estratégicos da CBF.

O diretor financeiro Antônio Osório, o Zozó, deverá deixar a entidade. Até ontem, ele era chefe de Júlio Avelleda.

Em dezembro de 2010, Avelleda foi diplomado no curso Fifa Futuro III, para novos gestores, exatamente pelo ex-secretário-geral Marco Antônio Teixeira, tio de Ricardo, que o demitiu na última sexta-feira.

Marco Antônio Teixeira estava no limbo desde o encerramento da Copa do Mundo-2006, quando teria sido responsabilizado pelo sobrinho e ex-chefe de ter arranjado o contrato para que a seleção treinasse em Weggis, na Suíça, onde, em troca, teria passado o réveillon com a família.

Para se ter ideia da importância da secretaria-geral, até a Copa-2006, na Alemanha, Marco Antônio Teixeira cuidava da programação da seleção, de amistosos e toda a parte operacional da CBF.

As mudanças na entidade começaram com a nomeação de Andres Sanchez, presidente licenciado do Corinthians, para a diretoria de seleções.

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Marco Antônio Teixeira é o da esquerda.


Prefeito recua e paraíso ecológico da Serra do Cipó, está salvo, pelo menos por enquanto!

Reportagem do Celso Martinelli para o jornal Sete Dias que circulará nesta sexta-feira:

* “Construção de prédios é vetada na Serra do Cipó”

A mobilização popular surtiu efeito: na quarta-feira, 7, o prefeito de Santana do Riacho, sede do distrito da Serra do Cipó, Agnaldo José da Silva, vetou proposição de lei de própria autoria que permitia a construção de prédios de até cinco andares no município.  O texto havia sido aprovado pela Câmara Municipal no fim de dezembro – por sete votos contra dois – no apagar das luzes do ano legislativo e sem o conhecimento dos moradores. A possível verticalização ameaçava toda a Serra do Cipó, reduto das principais belezas naturais de Minas Gerais. O assunto foi destaque no SETE DIAS.

Na justificativa do veto à proposição de lei, o chefe do Executivo argumenta que houve “inconstitucionalidade e contrariedade ao interesse público”. Em declaração ao Jornal Estado de Minas o prefeito Agnaldo José afirmou que decidiu descartar a proposição “por ter tido uma imagem negativa e, de certa forma, não ter discutido o texto com a população”. Segundo ele, não há intenção de apresentar nenhum outro projeto para alterar a Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo de Santana do Riacho.

A reação contra a proposta foi imediata: a população conseguiu reunir mais de duas mil assinaturas de pessoas contrárias à medida, em um abaixo-assinado e uma petição virtual. A legislação municipal vigente, de 2001, limita a construção de edificações com mais de dois pavimentos. A rejeição à autorização para construir prédios no município partiu de moradores do distrito da Serra do Cipó, conhecido também como Cardeal Mota. A localidade concentra quase a metade da população de Santana do Riacho, estimada em 4,1 mil habitantes, e é o principal polo turístico da região por ser a sede do parque nacional.

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Vista da Lapinha da Serra, em Santana do Riacho, por enquanto preservada da construção de grandes prédios.


Nasceu em Minas, divulgou Minas e quis ser enterrado em Minas

Não conheci o Wando pessoalmente, mas quem o conheceu diz que era um sujeito muitoi legal.

E sempre divulgou Minas de forma positiva em todos os meios de comunicação possiveis.

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Nossa homenagem a ele através dessa capa de hoje do Super Notícia.


Ideias para um bom campeonato: o problema é o dinheiro e o medo da Globo

Leonel Brizola dizia que “todo cidadão precisa ter a virtude do inconformismo”, e como jornalista, procuro exercer esta máxima sempre.

Nunca vou me conformar, por exemplo, com o Campeonato Mineiro na fórmula a qual é disputado: desinteressante para a maioria e sempre desorganizado. De novo, jogos adiados e paralização da tabela porque tem clube sem estádio em condições. Dessa vez é o Nacional de Nova Serrana.

A estreia do Cruzeiro foi adiada logo na primeira rodada; o América fica 18 dias sem jogar; ainda não se sabe onde será Nacional x Cruzeiro, dia 16; continuamos sem os juniores nas preliminares.

Na imprensa assuntos “fantásticos” como a cor da camisa do Cruzeiro, se dá sorte ou azar ou que a cor da bola do campeonato é rosa!

Tecnicamente, à exceção do América, os sparings de Atlético e Cruzeiro para a Série A nacional não somam nada.

Um importante dirigente de um dos maiores clubes me disse que também acha que já passou da hora de mudar, mas pediu-me para não revelar seu nome, porque não quer se indispor com a Globo, a dona da disputa.

Um colega respeitável da imprensa chegou a escrever-me “…realmente esse campeonato é uma piada; infelizmente ninguém vai ter coragem de mexer nisso…”, e também pediu anonimato, porque não pode se indispor com a Globo. 

A FMF nunca foi tão omissa e que ninguém espere que ela mova um dedo, porque assim está muito bom para os cofres dela.

Fiquei feliz ao receber as observações feitas através de e-mail pelo diretor de comunicação do Villa Nova, jornalista Wagner Augusto Álvares, que diz: 

“Caro Chico.

Com os meus cumprimentos, compartilho com o colega Sídney, de Teófilo Otoni, as impressões sobre o Campeonato Mineiro. Extingui-lo simplesmente, como sugerem muitos apressados que ficam em êxtase com as transmissões do futebol europeu, seria um erro crasso, que traria como consequência imediata a morte de vários clubes — talvez até do meu querido Villa Nova.

Remodelá-lo, portanto, é a saída. Para isso, o primeiro passo é romper a má-vontade e o egoísmo de Atlético e Cruzeiro. Nossos dois gigantes recebem R$5 milhões/ano da TV para jogar 15 partidas no Mineiro, o que representa R$333.333,00 por jogo.

É um valor superior ao recebido por aqueles que disputam a Copa Libertadores, segundo o próprio presidente atleticano. Já os chamados de pequenos, recebem míseros R$350 mil (o América fica num patamar intermediário e leva R$1,8 milhão).

Ora, está claro que os grandes de BH repetem no âmbito estadual aquilo que paulistas e cariocas lhes aplicam na hora de dividir o bolo da TV referente ao Campeonato Brasileiro.

Há outro problema grave: Atlético e Cruzeiro manipulam o Conselho Técnico para evitar outra fórmula de disputa que determine maior número de jogos. São 23 datas disponíveis para o Campeonato Mineiro e com 12 clubes é perfeitamente possível fazer um certame em turno e returno, formato que exigiria 22 datas.

Diante desse quadro de “vampirismo” explícito praticado pelos grandes, creio que a saída seja a realização de um torneio sem eles. O Módulo I e o Módulo II poderiam ser fundidos, já que compõem a Primeira Divisão. Os clubes do interior jogariam entre si um campeonato para se apontar quatro ou cinco times que iriam enfrentar os grandes no começo do ano seguinte, ocupando as 15 datas do atual Campeonato Mineiro. A Taça Minas Gerais poderia ser extinta e o campeão dessa fase, digamos, preliminar do Mineiro levaria a vaga para a Copa do Brasil.

A competição poderia ser regionalizada para atiçar as rivalidades locais e todo mundo teria calendário cheio o ano todo, com folga para a participação nas Séries C e D do Brasileiro. Simples. Basta ter visão e coragem para mudar.

Grande abraço, meu caro Chico, e espero ter contribuído para essa discussão tão importante.”

Jornalista Wagner Augusto


Sobre o Independência: "O leite azedou; então vamos matar a vaca!"

O Dr. Stefano Venuto Barbosa comentou:

“O Coliseu de Roma foi construído entre 70 e 90 d.C. Iniciado por Vespasiano de 68 a 79 d.C., mais tarde foi inaugurado por Tito por volta de 79 a 81 d.C.. (fonte wikipédia).

Lá toda a platéia conseguia ver o que acontecia na arena e ainda havia uma acústica perfeita.

1932 anos depois, com computadores simulando tudo na arquitetura, o governo de MG consegue criar 6000 lugares para cegos, inexplicável e tem que virar chacota mesmo.

A desculpa agora é que esses lugares vão custar mais barato.

O leite azedou, então vamos matar a vaca!


Heleno de Freitas vira monumento em sua terra natal

Obrigado ao Ronilson Barbosa, importante liderança esportiva de São João Nepomuceno, que nos enviou convite para a inauguração de monumento em homenagem ao grande Heleno de Freitas, domingo, 10 horas, na terra natal dele.

Ronilson

Não tive o privilégio de vê-lo jogar, mas quem teve diz que este sim era fenomenal.


Independência vira chacota nacional no canal ESPN

Também vi este programa da ESPN, mas esqueci de contar aos senhores.

Agora li comentário do jornalista Juliano Paiva, no excelente portal mineiro Dom Total, que vale a pena repassar.

Os caras adoram gozar a nossa cara e as nossas brilhantes autoridades adoram dar motivos aos montes:

* “A reinauguração do Independência já virou piada, uma verdadeira chacota nacional. No programa Bate-Bola deste domingo (5) à noite, apresentado ao vivo pela ESPN Brasil, o estádio do Horto arrancou risos dos comentaristas Mauro Cezar Pereira e Leonardo Bertozzi e do apresentador Rodrigo Rodrigues. 

Bertozzi lembrou que o Independência será reinaugurado, em breve, com seis mil pontos cegos e que a solução encontrada pelos responsáveis seria “cobrar um ingresso mais barato” para quem tiver a disposição de ficar naquelas cadeiras. E talvez Bertozzi nem saiba, mas há outro detalhe bizarro. Este “em breve” vem desde o fechamento do Mineirão em 6 de junho de 2010.”

* http://www.domtotal.com/colunas/detalhes.php?artId=2502


Para entender melhor a ausência do Fox Sports na grade de programação da Sky e Net

Ontem ela usou o canal Speed, que já pertence a ela, na Sky, para mostrar Fluminense 1 x 0 Arsenal-AR, mas foi em caráter excepcional, pois as disputas financeiras continuam nos bastidores, e a Fox quer ter canal exclusivo, concorrendo com Sportv e ESPN, também na Sky e Net.

Veja reportagens sobre o assunto no Uol e na Folha de S. Paulo:

* “TV

A partida desta noite foi transmitida no canal Speed pela Fox Sports, que é única a emissora com direito de passar todos os jogos da Libertadores.

A Fox Sports está fora das grades da Sky e da Net e tinha indicado que não lançaria mão de canais ligados ao mesmo grupo, como a Speed, para atingir esses assinantes. Mas hoje adotou essa medida.

A Sky e a Net juntas detêm 70% dos cerca de 12 milhões de assinantes na TV paga do país.

* Sem cobertura

Fase de grupos da Libertadores-2012 começa fora dos pacotes de 70% dos assinantes de TV paga do Brasil devido a disputa bilionária

Nunca a Libertadores em sua fase de grupos, teve tantos times brasileiros: seis. Só que vai ser difícil vê-los jogar na televisão.

Isso porque a Fox Sports, a única emissora que tem o direito de passar todos os jogos da competição, está fora das grades da Sky e da Net, que juntas detêm 70% dos cerca de 12 milhões de assinantes na TV paga do país.

O contrato da Fox Sports com as duas empresas ainda não foi assinado. Tanto Net quanto Sky dizem que estão negociando, mas não dão prazos para uma definição.

A nova emissora, que começou suas transmissões anteontem, só está no ar por enquanto em operadoras de menor representatividade.

As operadoras que já acertaram com a Fox Sports foram a Oi, a TVA e a Neo TV.

A Fox Sports não lançará mão de canais ligados ao mesmo grupo, como Speed e FX, para acomodar os jogos da Libertadores, como já fizera na primeira fase em partidas de Flamengo e Inter.

A empresa considera que fazer isso iria desvalorizar a sua própria marca.

Não existe sistema de pay-per-view na Libertadores.

Assim, a estreia do Fluminense, no Engenhão, teria sua exibição restrita às operadores menores, que em alguns casos não colocaram o sinal do novo canal de esportes nos seus pacotes mais baratos.

A cúpula da Fox planeja passar todos os jogos da Libertadores. Alguns serão exibidos ao vivo, outros com atraso, já que, ao contrário do Sportv, que até o ano passado era quem transmitia o torneio na TV paga, não conta com canais alternativos.

* TV ABERTA

Na TV aberta, a Globo tem direito a passar dois jogos por semana, às quartas-feiras.

A emissora carioca vai priorizar Corinthians e Flamengo. O Santos, por exemplo, atual campeão da Libertadores, deve ter só uma partida transmitida na Globo durante a primeira fase.

Nas redes sociais, já pipocam protestos pela falta da Fox Sports nas maiores operadoras do país -um abaixo-assinado pedindo a inclusão do canal na Sky tinha até a tarde de ontem a adesão de 3.000 pessoas.

O imbróglio que vai prejudicar a exposição dos times brasileiros, e suas marcas, tem como pano de fundo uma disputa bilionária.

Ao exercer seus direitos de exclusividade da Libertadores na TV fechada, a americana Fox feriu os interesses da Globo, dona do Sportv.

A emissora nega que tenha exercido sua influência para evitar que a Fox Sports entre nos pacotes da Net e da Sky, empresas que já controlou.

* Clubes dizem não ter poder para interferir

Os clubes assistem ao imbróglio sobre a entrada do Fox Sports na grade das principais operadoras de TV por assinatura do país como meros espectadores.

Sem poder para interferir na questão, os cartolas só lamentam o alcance menor que seus times terão enquanto essa situação não ganha um desfecho.

Fora da Net e da Sky, que dominam cerca de 70% do mercado, o canal deixa de estar ao alcance de aproximadamente 9 milhões de assinantes.

“É algo completamente alheio à nossa participação”, disse o presidente do Santos, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro. “Nosso negócio é colocar o time em campo”, completou.

Mesmo sendo o atual campeão da Libertadores e com o apelo de ter Neymar, o Santos só tem uma partida (contra o Inter, na penúltima rodada) que se encaixa na grade da Rede Globo -o Corinthians tem todos os seus seis jogos marcados para as quartas-feiras, por volta das 22h.

Ainda assim, Luis Alvaro demonstrou otimismo para a resolução do impasse. “Será resolvido logo. Tenho confiança, a Fox não entraria nessa empreitada sem saber dos riscos.”

Rival santista na fase de grupos, o Internacional tem posição mais crítica.

“[Isso nos atrapalha] em todos os sentidos”, disse o vice-presidente de serviços especializados do clube gaúcho, Luciano Davi.

“Corinthians e Flamengo arrecadam mais, mas o Inter tem dado muito retorno, já que participa todo ano de torneios internacionais”, afirmou. “Desta forma, nossa marca deixa de aparecer, o que atrapalha nossos patrocinadores.”


Descuido com a informação esportiva não é só em Minas Gerais

Falei sobre a imprensa esportiva de BH no post anterior, porém, determinados pecados não são só em Minas.

Estou para mostrar aos senhores esta coluna da “Ombudsman”, da Folha de S. Paulo, desde o dia 22 de janeiro, onde ela critica a cobertura mal informada, na base do “chutômetro” e pouco compromissada, do próprio jornal em relação à Copa SP e às categorias de base de modo geral.

Para quem não sabe, a função do “Ombudsman”, é criticar o próprio jornal, pela ótica do leitor.

Em Minas, nenhum veículo tem este tipo de colunista. No Brasil, creio que só a Folha:

“SUZANA SINGER”

O fracasso que não veio

A caixinha de surpresas do futebol aprontou com a Folha. No início deste mês, o caderno “Esporte” decretava na capa: “Abandono”. “Copa São Paulo de futebol júnior, que começa hoje, escancara o fracasso das categorias de base do Corinthians na administração Andres Sanchez.”

Só que os “menores abandonados” do Parque São Jorge venceram o campeonato que revelaria o seu desamparo. No final de uma campanha que o próprio “Esporte” reconheceu como “irretocável” -oito vitórias em oito jogos-, o Corinthians bateu, na quarta-feira passada, o Fluminense em um Pacaembu lotado.

No dia da partida, o caderno continuava especulando: afirmava que os torcedores não deveriam ter esperança de ver os destaques da base reforçando a categoria principal, porque o Corinthians prefere “torrar dinheiro em contratações e ignorar os talentos lapidados no próprio quintal”.

A tese durou apenas 24 horas. Na quinta-feira, a reportagem sobre a vitória enumerava cinco jogadores cotados para subir e dizia que “os frutos dessa conquista devem aparecer em breve entre os profissionais corintianos”.

“Adivinhação é para os místicos, notícia tem de ser dada com base em fatos”, recomendou, sabiamente, o leitor Cléssio Costa, 46, administrador de empresas de São Paulo (SP).


A imprensa é pouco ou nada informada sobre os clubes do interior

Infelizmente a imprensa de BH não se aprofunda no que ocorre nos clubes do interior e leva o público a interpretações equivocadas.

O interior mineiro é tratado pelos colegas da capital da mesma forma que a imprensa do Rio e São Paulo trata Minas Gerais e o resto do Brasil.

Veja este exemplo, sobre o leilão da Arena do Jacaré, o leitor Luiz Renato Rocha, certamente influenciado pelo que ouviu e leu, escreveu o seguinte comentário no blog:

* “Não sei porque tanto drama… Não pagou o que era devido, correu o devido processo judicial, perdeu, houve a execução. Pague os 70 e poucos mil e mate o problema. Gente séria faz isso.” 

E recebeu a explicação correta do que está acontecendo, do Renato Paiva, diretor do Democrata de Sete Lagoas:

* “Caro Luiz Renato Rocha, atrás desses 70 e poucos mil, há outros 4 milhões, acumulados durante administrações desastrosas do Democrata. O que o Clube quer é paz pra tentar se reerguer, mas o Poder Judiciário de Sete Lagoas, depois de tantos acordos não cumpridos pelo Democrata, não quer arrefecer, talvez até com razão.
Pra você ter uma ideia, o Clube tem dois imóveis – Arena e Recanto do Jacaré – penhorados e a única renda fixa – estacionamento da Arena – também penhorada. Isso está inviabilizando as atividades do Democrata.
Se penhorar um imóvel no valor de 30 milhões, avaliado de forma absurda por 19, outro de 10 milhões, avaliado igualmente por 4,6, e ainda cerca de 20 mil/mês não for excesso de penhora, nada mais é.
O Democrata só quer ter um tratamento justo da JUSTIÇA e não dar cano em ninguém.
Nos últimos meses, o Clube fez e cumpriu alguns acordos com ex-jogadores, ex-funcionários, ex-fornecedores e até com o Poder Público. Foram parcelados e estão sendo pagos religiosamente em dia os tributos federais, INSS, FGTS. Os tributos correntes, fornecedores e a folha de pagamentos, incluindo encargos, estão sendo pagos religiosamente em dia.
Resumindo, o Democrata está sendo reorganizado, mas a herança é muito pesada e é preciso tempo e apoio para uma completa solução dos problemas.
Isso tem que envolver a sociedade, o judiciário, os poderes executivo e legislativo, as instituições sérias, as empresas, enfim, a cidade de Sete Lagoas.
Não estamos aqui falando de um time de empresários que nasceu ontem. Estamos falando de uma instituição de 98 anos, que tem sua história construída junto com a de Sete Lagoas, que teve vários dirigentes sérios, de tradicionais famílias setelagoanas, mas que se perdeu em determinado momento por culpa de pessoas irresponsáveis. É preciso recolocar o Democrata nos trilhos e só a união das pessoas comprometidas de Sete Lagoas conseguirão alcançar tal objetivo.
Abraços.

Renato Paiva”