Fez bem a diretoria do Cruzeiro em levar o time para esfriar a cabeça longe da pressão e das ondas em Belo Horizonte. Tudo bem que poderia ter escolhido uma cidade dentro do território de Minas Gerais, já que ótimas opções não faltam e o dinheiro mineiro ficaria por aqui mesmo, movimentando a economia estadual.
Mas Atibaia é legal também, a 60 Km de São Paulo. Tomara que lá o técnico Wagner Mancini consiga encontrar argumentos para reanimar o grupo e acima de tudo descobrir a melhor opção para a vaga de Montillo. Como fará falta esse argentino!
Péssima hora para se machucar. Ele que raramente se machuca.
A comissão técnica azul tem um trabalho extra nestes dias de “exílio” em terras paulistas: convencer os jogadores que eles estão “interpretando mal” as notícias divulgadas pela diretoria quanto ao futuro do time em 2012.
O atual vice e futuro presidente Gilvan de Pinho Tavares, em entrevista na semana passada, ao Superesportes, disse que vai mudar o grupo quase todo.
E as mudanças já estão começando: vêm aí os zagueiros Thiago Carvalho, do Boa/Ituiutaba/Varginha; Anderson do Atlético-GO e Matheus da Portuguesa.
Que Marcos, lateral emprestado ao Bahia, voltará, já que Vitor será devolvido ao Palmeiras; que Oswaldo, que está no Ceará, poderá vir; que o paraguaio Ortigoza não vai ficar; que Marquinhos Paraná está na corda bamba, já que ainda não foi procurado para falar de renovação de contrato, que termina depois deste Brasileiro.
Sem falar nessa história do próprio comando do time: o Cruzeiro não teria procurado o Adilson Batista, pois o Wagner Mancini está tão firme quanto um prego em angu mole.
Em momentos como este, quanto menos todos falarem, melhor.
Jogador que sabe que está em lista de dispensa, não tem motivação nenhuma para suar a camisa.
O Atlético ainda não escapou da degola, mas faz campanha infinitamente melhor no returno e parece que Cuca acertou o time titular e os reservas preferenciais. Digo “parece”, porque no futebol nada é definitivo, ainda mais quando se fala de Atlético.
E que a diretoria finalmente tenha aprendido algumas lições. Montar time competitivo não é só sair gastando com jogadores conhecidos ou rodados. Veja o próprio exemplo atleticano este ano: gastou uma fortuna com o péssimo Patrick, mas só resolveu o problema da lateral direita com o Carlos César, do Ituiutaba/Boa/Varginha, que custou uma mixaria e estava dando sopa aqui sem ser percebido por nenhum dos grandes.
Vi muito torcedor e colegas de imprensa torcendo o nariz, também, quando Cuca indicou outros dois “renegados”: Triguinho e Pierre. Pois é! Acertaram a defesa e estão ajudando Réver e Leonardo Silva a recuperar o prestígio, já que eram uma “peneira” para tomar gols.
Nessa agressão de corintianos ao trio gaúcho que apitou a vitória do América, o primeiro que deveria ser investigado é o presidente do Corinthians, Andrés Sanches. Já foi comandante de torcida organizada e conhece do assunto.
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