Sempre gostei de dialogar com leitores, ouvintes e telespectadores. Com a internet a conversa ficou mais intensa e certamente mais produtiva. Via de mão dupla, importante ao meu trabalho. Através dela recebo informações, opiniões, e troco ideias que são transformadas em notícias e comentários.
Minhas fontes não são restritas somente a pessoas ligadas a clubes, entidades, atletas e ao meio jornalístico.
Em meu blog e twitter recorri aos leitores para entrar no debate sobre a camisa 10 do Atlético, posição mais reclamada pela torcida no time.
Pelo fato do Galo não ter tradição de “10” marcantes em sua história, eu também considerava que essa preocupação não fosse relevante. Mas, fui convencido por vários leitores a repensar essa convicção. O Guto Silveira, por exemplo, inverteu a pergunta: “O que o Atlético conquistou sem o camisa 10 durante um século?”
O Evaldo – Granja Verde – Betim, escreveu: “Camisa 10; aquele jogador que chama a responsabilidade para si, que arma, que chuta para o gol, bate falta, bate pênalti e escanteio…”.
E com a lembrança do Zenon, feita pelo jornalista Eduardo Murta, vi nele, este “10” ideal para qualquer time; o que não é fácil de se conseguir.
Diferencial
O Cruzeiro sempre teve tradição de um “10” marcante, eternizado na figura do Dirceu Lopes, segundo Garrincha, o melhor dessa posição que viu jogar. Descobriu no Chile o argentino Montillo, que desempenha este papel com brilhantismo. Quando ele caiu de produção, o time sentiu e as consequências apareceram nos resultados da Libertadores e em um período do Mineiro.
Gerações
Nessa conversa com os leitores, muitos lembraram de ótimos momentos do Atlético, também com Renato Morungaba; Jorginho, hoje treinador, que apesar de pouco tempo no clube, marcou. Robert, do vice-campeonato brasileiro de 1999; mais recentemente Marcinho; e na década de 1970, Lola, considerado por muita gente, um dos grandes jogadores da história atleticana.
Falta mais
O motivo da campanha ruim do Atlético no Brasileiro não é apenas a falta de um “10”. Faltam também laterais; um time base, até hoje não definido pelo Dorival Junior, e que os demais contratados, que chegaram a peso de craques, joguem o que se espera deles. Guilherme, Dudu Cearense, Daniel Carvalho e Leonardo Silva têm que mostrar muito mais.
O circo
Estou indo para o sorteio dos grupos das eliminatórias da Copa de 2014, no Rio. O circo midiático da Fifa para o mundo; o início da competição. “Nossa” Copa é um jogo de faz de contas, que deixará muita gente rica ilicitamente.
Único Mundial onde o presidente da confederação de futebol do país anfitrião, preside também o Comitê Organizador, e cuja filha é a Secretária Geral.
Este é um pedaço da minha coluna de amanhã, no O Tempo, porém, só vou para o Rio sábado, porque estou saindo agora para Conceição do Mato Dentro, de onde sairei com um grupo, amanhã de madrugada, para uma caminhada pela Serra do Espinhaço: da Cachoeira do Tabuleiro à Lapinha da Serra, em Santana do Riacho.
Quem já percorreu essas trilhas diz que se trata de um dos visuais mais espetaculares do planeta.
Levarei o notebook, mas não sei se modem da Vivo ou da Claro entra no ar lá.
Caso eu despareça daqui por mais tempo que o normal será culpa da nossa telefonia móvel, e darei notícias novamente quando estiver conectado com o mundo.
E, claro, postarei muitas fotos dos lugares percorridos!
Inté!