Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

Montevideo vibra mais que Buenos Aires com a Copa América

Na volta pra BH uma parada em Montevideo para rever a belíssima capital uruguaia.

Parece que a Copa América é aqui, onde as pessoas falam do assunto o tempo todo e perguntam o que houve com a seleção brasileira.

Haverá uma invasão uruguaia a Buenos Aires domingo para a final entre eles e o Paraguai, que se classificou novamente nos pênaltis, ontem, contra a Venezuela.

Não venceu um jogo sequer na competição e está na final.

Que o Uruguai seja o campeão, porque será merecido!


As loiras catarinenses e a guerra entre Estudiantes e Gymnasia em La Plata

Mais imagens da Copa América.

Ricardo Corrêa, do jornal O Tempo (irmão do Rogério Corrêa, da Globo), entre os companheiros gente boa de Sergipe, Jorge Henrique (esquerda) e Kleber Santos, do Jornal da Cidade, de Aracaju, no Centro de Imprensa de Buenos Aires

SERGIPANOS

Fachada do estádio do Gymnasio y Esgrima, arquirrival do Estudiantes, em La Plata, muito semelhante ao Alçapão do Bonfim, do Villa Nova

GYMNASIA

Vizinho ao Gymnasio, a obra embargada do futuro estádio do Estudiantes, que está sendo construído no mesmo Bosque de La Plata, para a ira dos moradores. É como se a prefeitura de Belo Horizonte autorizasse a construção de um estádio no Parque Municipal.

O do muro é o Ricardo Corrêa, fotografando para o jornal

RICARDONOMURO

Depois de Larrisa Riquelme, muitas belas mulheres resolveram exibir seus dotes nos estádios de futebol e locais de concentração da Copa América, como a Bruna e a Paula, de Santa Catarina; mais discretas e recatadas

PROJETOSDELARISSA

Mistura sempre saudável de torcedores de vários países nas ruas e praças das cidades onde se joga ou não a Copa América no país anfitrião. Esta imagem é da Praça San Martin, em Córdoba

MISTURAEMCORDOBA

Certamente viveremos isso no Brasil na Copa das Confederações e Copa do Mundo em 2013 e 2014


Saideiras argentinas- Imagens que ainda não postei da cobertura da Copa América

O sol em Buenos Aires só aparece por volta das 8h30 neste período do ano e uma das primeiras coisas que se faz no hotel é ligar a TV no Canal Telenotícias para saber a temperatura lá fora e as principais notícias do dia

TELENOTICIAS

Uma ida ao suntuoso hotel onde a seleção brasileira estava hospedada, em Campana, a 60 Km de Buenos Aires. Muita mordomia para pouco futebol

CBF

No Centro de Imprensa serviam diariamente café, suco de laranja, água e aquele pão famoso deles, o “média-luna”. Não duravam 5 minutos sobre as mesas. Imprensa mundial esfomeada

CAFEESCASSI

Fachada das costas de uma banca de jornais tipicamente portenha, onde alguns ícones populares deles são destacados

BANCA

Estádio Único, muito badalado por eles, usado politicamente pela presidente do país, que é de La Plata, e pelo governador da província de Buenos Aires. Tem eleição nesta época por aqui e a guerra é mais intensa que nas eleições do Brasil. Mas o estádio é um grande mico. Bonito, mas o gramado é sempre ruim porque o sol não o atinge em muitos locais

UNICO

Mais tarde postarei mais fotos


Seguindo as leis brasileiras, não haveria futebol no La Bombonera

Licões da Copa América e o saco cheio do torcedor

Baseado na quantidade e teor dos comentários que recebo dos leitores através de e-mail, vejo que o interesse do público pela seleção brasileira é cada vez menor; pela Copa América, menos ainda.

A Copa do Mundo atrai um pouco mais, porém não muito. As pessoas querem saber é do seu clube; enxergam a seleção como algo distante, meio sem sentido, especialmente depois que o time passou a ser formado quase que na totalidade por jogadores que atuam na Europa.

O desinteresse é maior na Copa América porque o Campeonato Brasileiro não para, diferente do período do Mundial. Os salários e negócios milionários, junto com as jogadas nada transparentes de dirigentes das entidades, clubes e empresários, também contribuem para este distanciamento. Com tantos meios de comunicação disponíveis, quem se informa dos bastidores, vai se desiludindo com este circo que só quer vender, vender e vender para este público que já foi mais alienado, mas que está acordando.

Outro fato considerável é que o leque de opções de atrativos aumentou muito e hoje o futebol concorre com outros esportes, jogos eletrônicos e várias atividades de lazer mais acessíveis e menos complicadas.

Fora das quatro linhas o futebol atualmente é um mistério. 

 

Estúdios 

Por interesses meramente financeiros os dirigentes de futebol querem cada vez menos público por perto. Preferem que o seu cliente adquira pacotes da TV paga, compre os produtos dos seus patrocinadores nas lojas e dê o mínimo de trabalho possível, pelo maior retorno.

Os estádios estão se tornando cada vez mais “estúdios” onde as estrelas atuam.

Aliás, “estrelas”, com aspas, na maioria, forjadas, pois não jogam o que justifique a fama.

 

Enganação

 

Com a cumplicidade das autoridades governamentais, diminuem a capacidade dos estádios, aumentam os preços dos ingressos e criam leis que fingem beneficiar o torcedor, mas que na realidade mais o prejudica que o beneficia. O estatuto do torcedor do Brasil é ridículo.

Um monte de exigências inexequíveis, que cria dificuldades para negociar facilidades em muitos casos.

Cumpridas em alguns lugares e situações; não cumpridas na maioria.

 

Mitologia

 

O lendário estádio do Boca Juniors, jamais passaria em qualquer vistoria em nosso país. Em Minas Gerais, nem pensar! Bombeiros e Ministério Público nem entrariam lá para conferir se há cadeiras para todos os torcedores; se há uma distância razoável entre público e gramado; se os espaços entre um setor e outro seguem as normas de segurança e por aí vai!

Lá o futebol ainda é jogado como se deveria: os de casa correm porque têm medo do seu torcedor; o visitante porque quer fazer história.

 

O simples

Fui rever La Bombonera e fiquei imaginando: na teoria do estatuto do torcedor que as nossas autoridades têm de seguir, porque os legisladores o criaram, o templo boquense é menos seguro e sem conforto que o Independência antes de ser demolido. Nele, o Boca ficou invicto 40 partidas e soma títulos que nenhum clube brasileiro tem.

Além de ser o clube mais famoso da América do Sul no mundo.

A simplicidade impera em tudo que envolve o Boca e não há quem não o respeite.

 

Eternos

 

As pessoas estão se cansando de ser tratadas como otárias, vendo as mesmas caras nada agradáveis regendo o destino do futebol no planeta. Senhores que se encastelam no poder, fazem fama, fortuna e só saem quando morrem ou não têm mais forças físicas, com raras exceções. Nenhuma denúncia e prova de sua incompetência e, ou, ladroagem é capaz de destituí-los.

Com o poder que adquirem manobram políticos, justiça e quem quer que possa incomodá-los, em qualquer lugar do mundo.

 

Crias de João Havellange, Juan Maria Samaranch, mandam nas federações e confederações deste “clube” milionário e gigante em todos os continentes.

A história toda é muito bem contada pelos jornalistas Andrew Jennings e Vyv Simon no livro “Os Senhores dos Anéis”, de 1992, estrategicamente pouco divulgado na época e hoje esquecido pelas grandes corporações da mídia mundial que, obviamente, têm também os seus sócios e interesses nessa “família”.

GRODONA

A imprensa argentina sempre utiliza ingredientes dramáticos em seus destaques diários, também no esporte, como nessas capas do “Libre” e “Olé!”

Numa, Grondona, da AFA, diz que quer ver Passarella “de joelhos”, na outra, jogador venezuelano desabafa com gestos.


Últimas colunas da Argentina

* Voltando pra casa

 

Com muita chuva e frio na segunda e na terça-feira em Buenos Aires, iniciei a finalização dos meus trabalhos por aqui e a antecipação da volta.

Bom demais estar na Argentina, mas confesso que já estava a fim de voltar para a nossa terra e as nossas coisas.

O Otavio Procópio Duarte Neto, de Caratinga, enviou e-mail muito gentil, o qual agradeço, onde diz que tinha uma outra impressão deste país e dos argentinos, mas que lendo minhas colunas no O TEMPO e SUPER NOTÍCIA, mudou de opinião. Até pensa em fazer turismo por aqui.

Ele pode ter certeza que ficará muito mais satisfeito do que imagina, e a sua antiga antipatia se tornará amor à Argentina, um país excelente, povo tão bom e hospitaleiro como nós, com uma vantagem: não esquece seu passado, luta por seus direitos e não pensa duas vezes em protestar e reagir contra abusos e crimes dos poderosos, sejam políticos, com ou sem mandato, militares ou empresários.

Brincalhões e sacanas como os brasileiros, só tiram sarro da gente no futebol, do mesmo jeito que os sacaneamos. Fora isso, nos respeitam e nos acolhem da melhor forma.

Sempre tive essa impressão deles. Estive aqui em duas oportunidades anteriores, e me incomodo quando vejo alguém na imprensa incentivando uma animosidade inexistente ou por um ou outro fato isolado.

 

Até breve!

 

Fui muito bem atendido pela uruguaia Pluna Linhas Aéreas e consegui antecipar a minha volta a BH, do dia 26, para hoje.

Paguei uma taxa de remarcação de bilhete, de U$ 75, com prazer, apesar dos ótimos dias aqui.

Neste momento estaria na “Ruta 7”, com destino a Mendoza, que dizem ser melhor ainda que a “9”, para Córdoba, onde dirigi semana passada. Mas, a seleção brasileira não me deu este prazer!

Sem problemas; motivo para uma volta, breve!

 

Retorno

 

Li todos os comentários que chegaram para as colunas, portal e meu ao blog. Conclui muita coisa, sobre as quais falarei num nos próximos textos: Mano Menezes, a seleção, a Copa América, CBF e sobre os nossos times, que não estão agradando à maioria dos atleticanos, cruzeirenses e americanos.

Desde os tempos das cartas via Correios, os leitores sempre foram bússolas, com a internet, tornaram-se co-autores do nosso trabalho.

 

Mudança

 

Lendo o que tem se passado no Brasil, um fato merece destaque: a Dona Dilma não está perdoando! Qualquer rato que cai na ratoeira é triturado, ao contrário de governos anteriores, quando se contemporizava e a corrupção comia a fortuna que pagamos em impostos. Lembrei-me disso ao transitar nas estradas argentinas, que dão de dez a zero nas nossas. Sempre ouvi falar que o Ministério dos Transportes era o maior antro de ladrões do Brasil.

 

Recomendação

 

Num momento de folga nestas horas finais de Buenos Aires, atravessei o Rio da Prata e fui a Colônia De Sacramento, mais conhecida como Colônia, belíssima cidade do Uruguai, fundada em 1630, por brasileiros e portugueses. Enclave comercial e militar, motivo de muitas guerras entre Portugal e Espanha. Sensacional! Uma mistura da nossa Tiradentes com Paraty.

Ferry-boat da Buquebus. Vale a pena demais da conta!

 

Força a Mano

 

A imprensa argentina continua pegando no pé do técnico deles, Sérgio Batista, mas amenizou para os lados de Mano Menezes, considerado por eles um “renovador”, responsável pela montagem do time que vai tentar o hexa mundial em 2014, em casa. A maioria considera que o Brasil fez bonito e que não tinha a obrigação de ganhar a Copa América, ao contrário deles, que estão, há 19 anos sem títulos e perderam essa em sem quintal.

RITALEE

Ao contrário do que se diz no Brasil, os argentinos gostam e valorizam a nossa cultura. Como neste espaço no “Paseo La Plaza”, entre as famosas avenidas Corrientes com Callao e Calle Sarmiento, no centro de Buenos Aires. Espaço quase 100% brasileiro.

* Estas e outras notas estarão em minhas colunas de amanhã no O Tempo e Super Notícia.

A partir de quinta-feira elas voltarão a sair às segundas, quartas e quintas.


CNN chama Corinthians de “pequeno clube de SP”

A corintianada não vai gostar nada dessa.

Do portal Terra:

*A enorme proposta de 40 milhões de libras feita pelo Corinthians para contratar o argentino Carlitos Tevez, do Manchester City, despertou a atenção da CNN, uma das principais emissoras do mundo. No entanto, em um artigo abordando o superaquecimento da economia brasileira, por conta da alta oferta feita pelo clube, a TV americana classificou o time do Parque São Jorge como um “pequeno time de São Paulo.”

Ao abordar a negociação entre o Corinthians e o clube inglês, o portal da emissora de TV americana mostra surpresa com a oferta da equipe alvinegra pelo argentino, ídolo do clube entre os anos de 2005 e 2006.

“Você ficará surpreso em saber quem está tentando contratar Tevez. Não são sheiks ou oligarcas, mas um pequeno clube de São Paulo, no Brasil – Corinthians. Eles ofereceram US$ 55 milhões para contratar esta superestrela do futebol. E esse valor é apenas a proposta de transferência.”

O artigo cita a oferta realizada pelo clube comandado por Andrés Sanchez para ratificar o crescimento econômico do Brasil nos últimos anos.

“Agora, Tevez pode ou não ser vendido, mas isso é uma enorme declaração de intenção, ou de aumento, de um poderoso Brasil, não apenas no futebol, mas em outros campos. Na última década, o Brasil teve uma história de sucesso na América Latina, um recorde de crescimento de 7,5% ao ano, e 33 milhões de pessoas retiradas da pobreza nos últimos anos”, escreveu a emissora americana.

Para recontratar o argentino, campeão brasileiro em 2005, o Corinthians fez uma proposta de mais de R$ 100 milhões, a maior registrada na história do futebol nacional, e inimaginável há poucos anos. Acostumado a perder atletas para a Europa, o torcedor nacional pela primeira vez pode sonhar em um nível mais alto no País, por conta do valor apresentado por Tevez.

Embora nem Corinthians e nem City tenham confirmado a transferência, o técnico da equipe inglesa, Roberto Mancini, assegurou que os clubes chegaram a um acordo, embora cite o argentino como “ainda jogador do City”.

O time paulista tem até o próximo dia 20 para acertar o retorno do atacante da seleção argentina em virtude do encerramento da janela de transferências do País para atletas oriundos do futebol europeu.

* http://esportes.terra.com.br/futebol/brasileiro/2011/noticias/0,,OI5248507-EI17896,00-Emissora+americana+chama+Corinthians+de+pequeno+clube+de+SP.html

 


Quando o eterno otimismo dá lugar à frustração de voltar mais cedo

Muitos companheiros de imprensa iniciaram este ritual da volta domingo mesmo, logo após a derrota nos pênaltis para o Paraguai.

É muito interessante essa logística em qualquer evento cujo mata-mata define quem prossegue na disputa e quem volta para casa.

Quase 100% de quem estava aqui já tinha feito reservas de hotel em Mendoza, onde o Brasil jogaria contra a Venezuela, caso passasse às semifinais. E ninguém acreditava numa eliminação. Aliás, nunca acreditamos. De modo geral, brasileiro pensa que a seleção é imbatível. Nas duas últimas Copas do Mundo foi assim. Ano passado, quem estava em Port Elizabeth, na África do Sul, fazia planos para o jogo em Cape Town, mas a Holanda, foi mais competente e viajou para lá, onde eliminou o Uruguai e chegou às finais.

Em 2006 foi a França quem obrigou a brasileirada a mudar de rumos, com o show de Zidane e cia., também pelas quartas de final, em Frankfurt. E Munique recebeu franceses e portugueses para uma das semifinais, enquanto a família verde e amarela voltava para casa ou fazia turismo pela Europa.

Os argentinos continuam fazendo mais barulho pela eliminação deles, sábado, e com razão: 19 anos sem um título, e eliminação precoce dentro de casa. A imprensa pede a cabeça do técnico Sérgio Batista, que, mantendo a sua postura fria, diz que nem pensa em entregar o cargo. O todo poderoso Julio Grondona, presidente da AFA, também não fala em mudar de técnico, mas quer que Batista não convoque mais alguns jogadores, cujos nomes não revela.

Por mais incrível que pareça surgiram “viúvas” do Dunga, que se manifestaram no Brasil. Inimaginável! Mano Menezes tem os seus defeitos, mas é um treinador de futebol; Dunga não!

O atual comandante enfrenta as ondas naturais de se perder um título, como o Mineiro, mas a CBF já adiantou que ele vai continuar dando as cartas.

Seu trabalho continuará sendo testado em amistosos. Só cai se a seleção continuar  empatando ou perdendo. Aí, entra Muricy.

Por causa da surpresa e por ser a seleção mais frágil do futebol Sul-Americano, a Venezuela passou a contar com a maioria da torcida argentina, mas continua desacreditada, como na primeira fase e nas quartas de final.

Ao mesmo tempo o treinador da “Vino Tinto” é sério candidato ao título de “Mala sem alça” da Copa América. Um chato!

Porém, bom de serviço, pois levou seu time à melhor campanha da história venezuelana.

A saída de Brasil e Argentina influenciou até no planejamento de atendimento aos jornalistas pelo comitê organizador da Copa América. O sempre tumultuado Centro de Imprensa de Buenos Aires deu lugar a um ambiente tranquilo, com espaço sobrando nas bancadas de trabalho. As enormes filas para a retirada dos tickets para o jogo do dia seguinte, não existem mais.

Há tribunas à vontade para quem quiser cobrir Uruguai x Peru, em La Plata.

 A TV argentina dedicou grandes espaços à história de grande quantidade de pênaltis perdidos em um jogo. A façanha de Thiago Silva, Elano, André Santos e Fred só é comparada com a de Schiavi, Cascini, Burdisso e Cangele, que também perderam quatro cobranças para o Boca Juniors, em 2004, na perda do título da Libertadores para o Once Caldas, em Manizales.

O goleiro colombiano, Henao, foi o herói do jogo, defendendo duas cobranças.

CICLISTAS

Mesmo com chuva e tráfego intenso, o trânsito em Buenos Aires flui bem em horários de pico. O respeito às regras é uma marca dos condutores argentinos; claro, que, com exceções.

Mas, até ciclista aqui respeita sinal vermelho, coisa que nunca vi no Brasil.


Sob chuva, frio e com satisfação, retorno antecipadamente às nossas Gerais

Com muita chuva e frio nessa segunda feira em Buenos Aires, estou no corre-corre para finalizar meus trabalhos por aqui e antecipar a minha volta.

Bom demais estar aqui, mas confesso que já estou louco para voltar para a nossa terra e as nossas coisas.

O Otavio Procópio Duarte Neto, de Caratinga, escreveu um comentário muito legal no post anterior e agradeço-o.

Disse que tinha uma outra impressão da Argentina e argentinos, mas que lendo minhas colunas no Super Notícia e ao nosso blog, mudou de opinião e até pensa em visitar essas ótimas bandas de cá.

Pode ter certeza, caro Otávio, que você ficará muito mais satisfeito do que imagina, e a sua antiga antipatia se tornará amor à Argentina, um país muito legal, povo tão bom e hospitaleiro como nós, e até com uma vantagem: não esquece seu passado, luta por seus direitos e não pensa duas vezes em protestar e reagir contra abusos e crimes dos poderosos, sejam políticos ou empresários.

Brincalhões e sacanas como os brasileiros, só tiram sarro da gente no futebol, do mesmo jeito que os sacaneamos, porém, fora isso, nos respeitam e nos acolhem da melhor forma.

Sempre tive essa impressão deles. Estive aqui em duas oportunidades anteriores, e fico incomodado quando vejo companheiros da imprensa incentivando antipatia a eles, por motivos inexistentes ou fatos isolados.

Hoje, fui muito bem atendido pelo call-center da uruguaia Pluna Linhas Aéreas e consegui antecipar a minha volta a Belo Horizonte, do dia 26, para depois de amanhã.

Paguei uma taxa de remarcação da passagem, de U$ 75, com prazer, e volto com impressão melhor ainda da Argentina, pois foram ótimos dias aqui.

Neste momento eu estaria na estrada, “Ruta 7”, com destino a Mendoza, que dizem ser melhor ainda que a “9”, para Córdoba, onde dirigi semana passada. Mas, a seleção brasileira não me deu este prazer!

Não tem problema, já que é mais um motivo para eu pensar numa volta, em breve, para os lados de cá, quem sabe, em férias, pois pretendo conhecer também a Patagônia e outras regiões da Argentina, que ainda não conheço.

Daqui a pouco ligarei para os meus editores no O Tempo, Denner; e no Super, Rogério Maurício, para saber se as colunas continuarão diárias até o fim da Copa América, ou se voltam à normalidade das segundas, quartas e quintas.

Li todos os comentários que chegaram ao blog e conclui algumas coisas, as quais falarei num dos próximos textos.

Sobre Mano Menezes, a seleção, a Copa América, CBF e sobre os nossos times, que não estão agradando a nenhum atleticano, cruzeirense e americano.


Seleção que perde quatro pênaltis tem mais é que sair fora mesmo!

A pressão brasileira aumentou no segundo tempo, mas a firmeza da defesa paraguaia se manteve.

Apesar do intenso bombardeio os ataques eram como o sol de La Plata neste domingo: não esquentava. A torcida paraguaia não estava tão maior que a brasileira como em Córdoba; e quando Mano Menezes trocou Neymar por Fred, os gritos de “burro… burro…! retumbaram.

Nos primeiros minutos da prorrogação o atacante Valdez acenou para a torcida pedindo mais apoio e foi atendido. Serviu também para injetar mais gás no fôlego de todos em campo e acirrar os ânimos, terminando com as expulsões de Lucas Leiva e Alcaraz. O argentino Sérgio Pezzota mandou um de cada lado pro chuveiro e ficar bem com todo mundo. E deverá apitar a final, já que a Argentina está fora da disputa.

* Nelinho foi o maior batedor de pênaltis que já vi. Ele conta que a pressão é tão grande, que quando partia para a cobrança, parecia que cada perna pesava 100 quilos. Mas, uma seleção brasileira errar quatro penalidades numa decisão de quartas de final, é demais. Inacreditável!

E jogadores experientes, como Elano, Thiago Silva, André Santos e Fred.

E o Júlio César, famoso nessas defesas, perdeu a chance de se redimir.

* A imprensa do mundo inteiro enviou representantes para a cobertura da Copa América, e a pergunta que mais ouvimos é: o que está acontecendo com as maiores potências do futebol Sul-Americano?

Argentina eliminada nas quartas de final dentro de casa, e o Brasil jogando mal e também eliminado!?

Cada um responde uma coisa. Para mim, faltam craques que resolvam em lances de genialidade, como em outros tempos.

* Apesar da amargura, a eliminação da Argentina não gerou nenhum ato de vandalismo em Buenos Aires. Parecia que a torcida não confiava mesmo na seleção comandada pelo Sérgio Batista, que sofre bombardeio pesado da maior parte da mídia, que quer a sua substituição.

Messi foi o único poupado pela crítica, e Tevez, que era o mais querido pela torcida, tornou-se o segundo maior vilão, atrás apenas do treinador. 

* Até na imprensa argentina o principal assunto ontem foi a raça uruguaia. Do princípio ao fim o time de Oscar Tabarez não se desligou em nenhum momento e foi perfeito na cobrança de penalidades. Também o goleiro Muslera ganhou enorme destaque, principalmente por ter nascido em Buenos Aires, fato até então ignorado pelos portenhos. Porém, filho de uruguaios, foi ainda criança para Montevideo, onde começou a carreira no Wanders.


Uma grande pelada, de luxo!

O Brasil começou com dois jogadores que atuam no país: Ganso e Neymar; os paraguaios tinham apenas o volante Victor Cáceres, do Libertad. Todos os demais em campo atuam na Europa e Argentina, o primeiro mundo do futebol, à exceção de Dario Verón (Pumas, do México) e Vera (Liga de Quito).

BRAPAR

Fizeram do primeiro tempo uma pelada de luxo, na base do gato atrás do rato, e o placar em branco. O Paraguai não deu um chute sequer ao gol do Júlio César, quando a previsão era que fosse tentar isso desde o início, depois do péssimo jogo do goleiro brasileiro contra o Equador.

Pelo lado verde e amarelo, direto mesmo, apenas um chute, do Lúcio, bem defendido pelo Villar.

TRIBUNA

Nosso local de trabalho no Estádio Único, em La Plata

CAROLA

A cartolagem do futebol e os políticos têm sempre áreas vips nos estádios da Copa América, como esta no jogo de ontem em La Plata.

Em muitos casos o jogo está em andamento e os dirigentes nem tomam conhecimento; mais preocupados em comer e bater papo.