Blog do Chico Maia

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João Gilberto: de um banheiro em Diamantina para o mundo!

Sexta-feira foi aniversário do João Gilberto, o “pai da bossa nova”. De todas as reportagens e homenagens feitas pela mídia, a que mais me chamou a atenção foi uma sobre os tempos em que ele morou em Diamantina, no início de tudo.

Sensacional!

A reportagem apresenta inclusive uma foto do banheiro que ele fazia de “estúdio”, porque tinha a melhor acústica, da casa onde ele morava com a irmã e o cunhado.

Em outra foto, aparecem o Geraldo e Fausto Miranda, meus amigos, primos da D. Hilda Miranda, lá de Conceição do Mato Dentro, gente de quem gosto demais da conta.

Pena que, justamente na capa do jornal, com o maior destaque, perto da manchete principal, a legenda da foto dizia: Diamantina-BA.

Ora, ora, o cabeça cozida da Folha, responsável pela mancada, deve ter confundido a nossa Diamantina com a Chapada Diamantina, na Bahia, o estado de nascimento do artista.

Mas, valeu demais a reportagem, que transcrevo na íntegra aqui:

JOAOGILBERTO

“Onde nasce o mito?”

A Folha foi até Diamantina visitar o banheiro em que João Gilberto criou a batida de violão da bossa nova e enfureceu a vizinha

LAURA CAPRIGLIONE
ENVIADA ESPECIAL A DIAMANTINA

O hóspede da casa de baixo era louco? “Por que insistia em tocar violão de madrugada, aquele plim-plim-plim sem fim, uma nota só, que nem uma araponga?”
Furiosa, a professora Eni Assumpção Baracho, do conservatório musical de Diamantina (294 km ao norte de Belo Horizonte, Minas), crivava de perguntas o sobrinho Antônio de Jesus Neves, então com 27 anos, que se encantara com o recém-chegado João Gilberto, ainda um desconhecido, aos 25 anos.
“Eu tentei explicar para ela que João estava treinando. Que ele era um exímio violonista”, lembra Antônio, hoje 82 anos. A professora desacreditou.
Anos depois, João Gilberto estourou com o disco “Chega de Saudade” (1959).
“Quando passei na papelaria, vi a capa da [revista] “Manchete”. Ou seria “Cruzeiro’? Era ele. Comprei a revista e fui mostrar para a tia.”
“Quem é esse cabra?”, desafiei. “Uai, tá parecendo aquele amigo de vocês.”
“É o próprio que você falou que não sabia tocar violão!”
Não podiam ser mais distintos os mundos da professora que morava em cima, e o de João Gilberto, que morava em baixo do mesmo sobradão. A separá-los, só a madeira do chão, como é típico em edifícios coloniais -isolamento acústico, nenhum.
A professora tinha por música os vozeirões de Orlando Silva, Carlos Galhardo e Silvio Caldas, além das modinhas e serestas mineiras.
Ao térreo do sobrado, porém, tinha chegado uma gente moderna. Dadainha, irmã de João Gilberto, mudara-se para a cidade quando o marido, o engenheiro Péricles Rocha de Sá, foi encarregado de construir estradas, ligando a cidade ao restante do país.
Fazia parte dos planos de governo de Juscelino Kubitschek (1902-76), natural de Diamantina, depois alcunhado -veja só- de “presidente bossa nova”.
Atrás da irmã foi João Gilberto, justamente no ano em que JK tornou-se presidente (1956). Passou sete meses lá.
“Ele só parecia ter uma preocupação: ficar ótimo na música. Ele não veio aqui para se inspirar. Veio para fazer algo que já estava na cabeça dele”, lembra Geraldo Miranda, 77, bancário aposentado, outro amigo mineiro que João Gilberto conquistou.
“Entro um dia no sobrado, e encontro João com um elástico, prendendo o dedo mínimo ao punho da mão direita. Era um exercício. Treinava sem parar -puxando e soltando, puxando e soltando.”
O pesquisador Wander Conceição, 50, entrevistou 40 contemporâneos da estada de João Gilberto em Diamantina e prepara um livro sobre o tema. De um amigo que compartilhava discos de jazz com o artista, ouviu: “Ele tinha um ritual de estudos que sempre se iniciava com João beijando uma imagem de Santa Terezinha”.
Esse amigo era dos poucos admitidos no “estúdio” do sobrado, quando João se concentrava ao máximo. Na verdade, o estúdio era o banheiro. “A acústica do cubo de 2,30 metros de aresta permitia a João se escutar. Foi fundamental para que ele exercitasse a batida da bossa nova”, afirma Conceição.
A disciplina dos estudos e a devoção a Ary Barroso e a João Donato -“Ele era doido por Donato”- não impediram, entretanto, João Gilberto de exercer seus encantos.
“Uma das amigas dele adorava Carlos Drummond de Andrade. João recitava-lhe Drummond e dizia: olha essa dissonância… é isso o que eu quero fazer na música.” O relato é de Conceição.
Até serenata, gênero de que JK tanto gostava, João Gilberto praticou em Diamantina. Mas do seu jeito.
Os amigos lembram quando ele decidiu fazer uma. “João, com essa vozinha, você não vai acordar ninguém, não”, advertiu Geraldo.
“Ele pediu para segurarem o violão, tomou uma pedrona e jogou-a ladeira abaixo. A moça acordou com o barulho. E ele cantou.”
Geraldo e Antônio nunca mais viram João Gilberto. Fausto Miranda, 78, irmão de Geraldo, teve mais sorte. Ajudante de garçom num restaurante de Nova York, o Brazilian Coffee Restaurant, numa noite de 1966, recebeu a incumbência de entregar comida num apartamento.
“Subi, bati a campainha. Quando a porta se entreabriu, era ele.” De João, recebeu o LP “The Warm World of João Gilberto” (1963). Com dedicatória. É o único registro da voz e violão do amigo que a turma mantém.
O sobrado, tombado pelo patrimônio histórico, abriga uma imobiliária. O banheiro-estúdio foi dividido ao meio.


ADEMG explica a situação dos espaços para cadeirantes na Arena

A ADEMG enviou mensagem explicando a situação dos espaços para cadeirantes na Arena do Jacaré e pede às pessoas que denunciem o desrespeito às regras:

“Prezado Chico Maia,

 – O estádio Joaquim Henrique Nogueira/Arena do Jacaré, é dotado de instalações para atender a portadores de necessidades especiais, em todos os setores, com rampas, instalações sanitárias adaptadas e locais destacados.

 – A operação do estádio (porteiros, bilheteiros, orientadores públicos, etc) é feita pelo clube mandante, a quem estamos alertando para este tipo de ocorrência, para que sejam tomadas as devidas providências.

– Também informamos à Polícia Militar de Minas Gerais, solicitando medidas no sentido de evitarmos o acontecido.

– Passaremos a utilizar o serviço de som do estádio para conscientização do público, visando evitar outros transtornos.”

Atenciosamente,

Assessoria de Comunicação Social – Ademg


O fax ainda rende

Duke, hoje, no Super NotíciaDUKE


Vencer ou vencer

Esta é a situação dos nossos times no Brasileiro neste fim de semana, para evitar crises e desesperos.

O empate mantém este clima de desconfiança que impera em torno dos três quanto às possibilidades futuras nos objetivos de cada um.

Teoricamente a missão menos difícil é a do Cruzeiro, que joga na Arena do Jacaré contra o time reserva do Santos.

Importante lembrar que, na prática, a teoria é sempre diferente.

CRUZEIROFábio e Montillo foram modelos ontem, na apresentação do uniforme três do Cruzeiro, nas cores da bandeira da Itália, e referência ao primeiro título conquistado pela Raposa, em 1926, quando o time carregava o nome de Palestra Itália. Foto do site do Cruzeiro.

 

* O América terá uma pedreira maior: jogar fora de casa contra um Avaí que perdeu os três jogos que fez até agora. Além do mais, estreia treinador e isso sempre motiva os jogadores.

O Coelho terá que mostrar que tem força para encarar paradas como essa.AMERICANOEm foto do Eugênio Sávio, o América, representado ano passado, na abertira da Copa do Mundo, no estádio Soccer City.

Este é o Paulo Torres, que escreveu hoje ao ver a sua foto, dizendo o seguinte: “Sou eu na foto com a camisa do Coelhão! Não foi na abertura, foi no Brasil x Costa do Marfim, já anoitecia quando eu chegava ao Soccer City!”

Obrigado Paulo.

 

* Em Salvador o clima fora de campo esquentou o jogo do Galo contra o Bahia. Os baianos querem escalar Jobson; o Atlético diz que há cláusula contratual que impede.

Ricardinho, nova atração do Bahia, doido para ir à forra contra Dorival e cia, no caldeirão de Pituaçu.

ESTDIO~1

O Estádio Governador Roberto Santos, no bairro de Pituaçu, em Salvador, pertence ao Estado da Bahia e tem capacidade para 31.677 pagantes, depois de uma reforma básica, na qual o governo de Minas também poderia ter se inspirado para fazer no Independência, dois anos atrás, e evitado tantos transtornos com o fechamento do Mineirão. Conhecido como Estádio Metropolitano de Pituaçu, foi premiado ano passado, pela CBF, como o melhor gramado da Série B.


África do Sul – 1 ano

Hoje faz um ano da abertura da Copa do Mundo da África do Sul.

Não no estádio, quando a bola rolou no dia 11, sábado, e a seleção anfitriã e o México empataram em 1 x 1 no Soccer City.

Mas nas ruas de todo o país, numa festa popular preparada pelo governo e Comitê Organizador.

Houve uma solenidade oficial em Johanesburgo e durante todo o dia, festa popular em todos os cantos, envolvendo crianças, jovens, adultos e velhos. A população foi conclamada a celebrar a inserção da África no cenário dos grandes eventos mundiais.

Janelas de casas e comércio embandeiradas, buzinaços, vuvuzelas, músicas e danças típicas, que contagiaram a eles e a todos os estrangeiros que lá estavam e que chegavam.

Uma grande Copa, um país espetacular, povo idem.

Sucesso!

Nestas fotos do Eugênio Sávio, recordações daqueles dias e nossa homenagem ao continente africano pela realização do evento.

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Alegria nos estádios e o contraste do luxo e da pobreza nas ruas, bem semelhante ao Brasil

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Cenas do cotidiano das grandes, médias e pequenas cidades do país

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A alegria dos anfitriões, sempre gentis, receptivos e batalhadores como nós, no futebol e no dia a dia

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A marca brasileira nas cidades, e nas excelentes e belíssimas estradas e paisagens sul-africanas

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Tomara que os estrangeiros que vierem ao Brasil em 2013 e 2014 tenham as mesmas facilidades e prazeres que tivemos na África do Sul em 2009 e 2010, sem problemas e que o país melhore a sua imagem perante o mundo, como a África do Sul conseguiu.


Alô ADEMG! Cadeirantes não conseguem assistir os jogos na Arena

O Dr. STEFANO VENUTO BARBOSA enviou mensagem que foi escrita pelo Felipe Vaz, na comunidade do Galo do orkut, que pediu que ele enviasse ao blog.

O Felipe é cadeirante e denuncia que as condições para se ver os jogos na Arena do Jacaré são as piores possíveis: 

“INFELIZMENTE a 1 ano e meio sofri um acidente e fiquei PARAPLÉGICO!
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Ontem, depois de 1 ano sem ir a estádios, sem ver o GALO, fui a arena…. sabe o que aconteceu??
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Paguei R$ 25,00 = Ingresso, R$ 30,00 de Gasolina e uns R$ 20,00 de alimentação.
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__________________________NÃO VI O JOGO!__________________________
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Os locais pra cadeirantes são completamente inadequados.
No local determinado, o pessoal que fica na frente, fica de pé pra ver o jogo!
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A culpa não é do torcedor, gracas a Deus, a perna de vcs funcionam, dá pra ficar de pé, pular e apoiar de qualquer lugar… a culpa é sim de quem administra.
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Deveria ter locais melhores, onde realmente nos (que somos minoria), pudessemos ver o jogo de uma forma melhor.
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INFELIZMENTE estou assim.
Nem eu nem nenhum outro que estava lá presente na cadeira de rodas, escolheu estar assim.
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EU AMO O GALO D++,
SOU FANÁTICO D++…
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Por isso quando vou ver meu time jogar, só tenho uma coisa a pedir:
– RESPEITO, RESPEITO, RESPEITO, RESPEITO!
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OBRIGADO A TODOS QUE ME DERAM FORÇA LÁ ONTEM E QUE SEMPRE ME APOIAM E ME AJUDAM A NUNCA DESISTIR!”


Mineirão abrirá a Copa e a pergunta agora é: o que a população ganha?

Informação do Juca é sempre quente e raramente bate na trave.

Quando ninguém ao menos ventilava a ideia, foi ele quem escreveu em primeira mão que o Morumbi seria descartado pelo Ricardo Teixeira, que forçaria a barra para o Corinthians ganhar o Itaquerão.

Agora ele soltou essa aí e também não vou duvidar.

Porém, não solto nem um traque ou foguete para comemorar. Vai sair mais caro ainda para Minas, e o que precisávamos mesmo, não vai acontecer: o tão sonhado metrô de Belo Horizonte, boas estradas, aeroportos e rodoviárias decentes e tudo aquilo que a população precisa em termos de infra-estrutura para melhorar a nossa qualidade de vida, no pós-Copa, ou o tal “legado” do qual tanto as autoridades esportivas e políticas falam.

Do site do ESPN:

* Teixeira já avisou Aécio de que abertura da Copa será no Mineirão, diz Juca Kfouri

por ESPN.com.br

Em meio às recentes derrotas políticas da cidade de São Paulo envolvendo a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, como a perda do centro internacional de imprensa (IBC) para o Rio de Janeiro e a exclusão da Copa das Confederações de 2013, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) já deu o recado nos bastidores: o jogo de abertura do Mundial deve ser realizado no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte.

A informação é do jornalista Juca Kfouri, comentarista e apresentador dos canais ESPN, e foi postada em seu blog no UOL na última quarta-feira. Segundo Juca, o presidente da CBF e do Comitê Organizador Local (COL) da Copa de 2014, Ricardo Teixeira, disse ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), que já avisou ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), ex-governador de Minas Gerais, de que a abertura do Mundial será no Mineirão.

Em post publicado às 15h10 da última quarta, dia 8 de junho, com o título “Abre no Mineirão”, Juca Kfouri diz textualmente: “Nenhum dos três confirmará, mas Ricardo Teixeira disse a Marconi Perillo, o tucano que governa Goiás, que já avisou ao seu amigo Aécio Neves que a abertura da Copa do Mundo será no Mineirão”.

A briga política em torno do palco da primeira partida da Copa do Mundo de 2014 voltou a dividir o PSDB, partido que governa os estados de São Paulo e Minas Gerais, e demonstrou empatias e antipatias de Teixeira em relação a políticos tucanos. O presidente da CBF é amigo pessoal de Aécio, um dos únicos representantes do partido com quem tem interlocução.

Com São Paulo, entretanto, a situação é diferente. O cartola não tem boa relação com o ex-governador paulista e candidato derrotado à presidência no ano passado, José Serra (PSDB), nem com o atual governador, Geraldo Alckmin (PSDB), sucessor de Serra no cargo.

Teixeira foi investigado por duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) no Congresso Nacional no início dos anos 2000, ainda durante o mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), ainda o principal líder nacional dos tucanos. Durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o dirigente conseguiu ter grande interlocução com o Executivo, o que ainda não aconteceu neste início de mandato da presidenta Dilma Rousseff (PT).

A escolha pelo Mineirão seria justificada por Teixeira por critérios técnicos. O estádio é o que tem a reforma mais adiantada entre as principais sedes da Copa do Mundo de 2014, ao passo que São Paulo enfrenta problemas com a construção do futuro estádio do Corinthians, o Itaquerão, cujas obras se iniciaram somente na semana passada. Além disso, escolher o Mineirão significaria uma vitória do grupo ligado a Aécio, adversário interno de Serra e da ala paulista dentro do PSDB.

MINEIRAO

* http://espn.estadao.com.br/copadomundofifa/noticia/196340_TEIXEIRA+JA+AVISOU+AECIO+DE+QUE+ABERTURA+DA+COPA+SERA+NO+MINEIRAO+DIZ+JUCA+KFOURI


A marcha dos vadios

Êta Brasil!

Os senhores viram cenas que a TV mostrou do julgamento do Supremo Tribunal Federal, do terrorista italiano Cesare Batisti?

Pra começar, tem gente de capa preta ali que não poderia estar lá de jeito nenhum.

No máximo, no banco dos réus daquele ambiente!

No fim, depois do jogo de empurra com o governo, soltaram o sujeito, condenado à prisão perpétua na Itália.

Nada demais por essas bandas, paraíso da impunidade pública e privada; apenas mais um bandido solto, como tantos que que até ocupam cargos importantes no estado e na união, além dos trombadinhas e trombadões que enfrentamos nas ruas.

Aí me lembrei dessa ótima charge da Folha de S. Paulo de segunda-feira, antes da queda do Palocci, que define bem o Brasil e já já vai se tornar real:

FOLHA


Hora de chorar na cama, que é lugar quente

Na nota diária distribuída pelo América à imprensa, Marcus Salum voltou a reclamar dos prejuízos do clube e dos co-irmãos de Belo Horizonte com a falta de um estádio na Capital.

Também entrou no coro do Galo e Raposa dizendo que o estado precisa ajudar a diminuir esse preju e etecetera e tal.

Tá bom, os clubes estão prejudicados sim, mas é preciso que reconheçam a culpa deles também na história.

Como diria o saudoso Leonel de Moura Brizola, “ficaram à beira da estrada admirando o bezerro de ouro”, enquanto as coisas aconteciam e Beagá ficava sem um local para se jogar futebol profissional.

No Ceará, prevendo o fechamento do Castelão, governo e clubes chegaram a um acordo para uma reforma básica e ampliação apenas necessária do velho estádio Presidente Vargas, onde Ceará e Fortaleza passaram a mandar seus jogos.

Era o que deveria ter sido feito no Independência, mas…

Agora é chorar na cama, que é lugar quente!

 

* MARCUS SALUM COBRA
ESPÍRITO GUERREIRO DO TIME
 
Antes do treino da tarde de ontem, o integrante do Conselho de Administração do América, Marcus Salum, esteve no CT Lanna Drumond e conversou com os jogadores sobre os três primeiros jogos disputados na Série A do Brasileirão. Após a reunião, em entrevista Coletiva, Salum revelou que cobrou uma postura diferente da equipe, embora entenda que o time esteja no caminho certo.
“Nós temos que ter consciência de que estamos em uma guerra. A Série A é um campeonato duríssimo. Temos que trabalhar em grupo, unidos e com determinação. O América tem condições de disputar a Série A, já demonstrou isso. Só precisamos de uma postura diferente”, enfatizou.
Salum, que mantém uma rotina de visita ao CT a cada duas semanas, ou antes disso quando há necessidade.  “Venho no CT a cada 15 dias ou quando achar necessário. Após as três primeiras rodadas, no nosso entendimento, precisávamos acertar algumas coisas. O América tem um trabalho organizado, um grupo bom, um técnico bom e tudo isso com poucos recursos. Nós temos totais condições de nos firmar na Série A, mas precisamos recuperar o nosso espírito guerreiro”, afirmou.
O dirigente colocou um ponto final na polêmica em torno da mudança do mando de jogo contra o Inter, reafirmando que a troca de estádio foi uma determinação da CBF, pela coincidência com a partida do Atlético contra o São Paulo. “A documentação está aí para quem quiser ver. A CBF solicitou que o América escolhesse outro lugar para jogar contra o Inter”, disse.
A partida estava marcada para Varginha, mas acabou sendo transferida para Campo Grande. “O prefeito de Varginha nos comunicou que não teria condições de abrigar quatro equipes na cidade, visto que haveria o jogo do Boa Varginha (ex-Ituiutaba) contra o Vila Nova, no mesmo final de semana, pela Série C”.
PREJUÍZO
Salum chamou a atenção para o grande prejuízo que o clube passou a ter com o fechamento do estádio Independência para obras. O coelho, que vem mandando seus jogos na Arena do Jacaré, tem cerca de 25 mil reais de gastos por partida em Sete Lagoas. Além de pagar para jogar em Sete Lagoas, o clube perde a possibilidade de receita com o aluguel do estádio para Atlético e Cruzeiro e outros eventos.
“Estamos sendo prejudicados pela falta do Independência. Além dos gastos que temos pra jogar em Sete Lagoas, deixamos de arrecadar cerca de 4 milhões de reais por ano em bilheteria e aluguel do estádio para Atlético e Cruzeiro. Ninguém até agora nós ajudou em nada. Não sei se o Governo de Estado procurou os outros clubes, mas sei que o América não foi procurado por ninguém. Só escudo falar que o governo vai ajudar, mas até o momento nada. Eu estou calado, sou muito cobrado, mas também sei cobrar”, frisou.

 

ALESSANDRO JOGA
O técnico Mauro Fernandes adiou para hoje o coletivo que estava programado para hoje à tarde. O treinador explicou que decidiu esperar pelo resultado do julgamento do volante Dudu, que no início da noite foi desclassificado do artigo 254 para o 250, por unanimidade na 3ª Câmara do STJD, no Rio de Janeiro, e pegou apenas um jogo, já cumprido, estando novamente à disposição do treinador.
 
Mesmo sem o coletivo, o técnico do Coelho adiantou que o atacante Alessandro será titular no sábado contra o Avaí. “Ele chegou há pouco tempo, mas vem entrando com um tempo cada vez maior. No sábado, o Alessandro vai começar o jogo. Conversei bastante com o atleta e ele vai jogar até quando agüentar”, disse.
 
 “Trabalhamos muito a marcação no setor defensivo e o ataque em termos de finalização. Vamos jogar contra uma equipe que está desesperada em busca de uma vitória e temos que tirar proveito disso”, disse o comandante do Coelho. (Veja entrevista completa na TV Coelho)

 
MAURO FICA
O treinador descartou qualquer possibilidade de negociação para uma possível transferência para o Avaí, notícia que divulgada para imprensa catarinense, para substituir Silas, que vai comandar uma equipe do Catar. Mauro não quis nem falar sobre o assunto e foi enfático em sua resposta à imprensa mineira. “Eu sou treinador do América. Eles são meus adversários no sábado e eu nem quis ouvir nada relacionado a isso”, afirmou.  “Recebi propostas de outros e disse que eles deveriam falar com o América. Eu não quero nem ouvir falar desse assunto”.

* Fonte: assessoria de imprensa do América


Verdades que não são ditas e nem cobradas como deveriam

O que mais me incomoda nas entrevistas de jogadores e treinadores depois de uma derrota é a transferência de responsabilidades para Deus ou para a sorte.

E a história sempre se repete, desde que o futebol existe.

Ontem foi a mesma coisa com o Atlético. Ora, ora, acertar a trave ao invés da rede é questão de pontaria e não sorte. A bola passar raspando a trave, idem.

Quando o goleiro faz uma defesa espetacular, nada de anormal, pois ele está ali para isso. O certo seria assumir a incapacidade naquele jogo e ponto final.

Mas não; balelas e bobagens ao vento, raramente ou nunca contestadas por nós da imprensa, que participamos desse processo de imbecilização das massas.

E concordo com o leitor participante do blog Alexandre Alberto que escreveu depois do jogo: “… ouvindo pelo rádio tanto no 1º quanto no 2º tempo o Caixa disse que só deu Galo!

Mas assistindo os melhores momentos hoje na Globo no 1º tempo só mostraram lances do São Paulo!”

Também não entendi. Hoje no Bom Dia Minas, não mostraram lances de perigo do Atlético e só mostraram um lance reclamado de pênalti, bem rápido.

O editor das imagens comeu mosca ou então não é do ramo.

DUKE

A charge do Duke, hoje, no Super Notícia, é o exemplo do que jogadores deveriam dizer depois de derrotas como essa de ontem: “não deu; não tivemos força suficiente; não fomos competentes, e por aí vai.