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Acredite: soma do público pagante dos três jogos da rodada passada da 3ª Divisão mineira: 15 pessoas

Está na ótima coluna do Fernando Rocha, no Diário do Aço, de Ipatinga:

Foto: www.setedias.com.br

ARENA

A soma do público pagante nos três jogos da rodada de quarta-feira da Terceirona Mineira foi de 15 torcedores e a renda total atingiu R$ 150,00.

Mármore do inferno

Em 2002, a Rede Globo de Televisão obteve enorme sucesso com uma novela chamada “O Clone” , que continha em seu enredo dois assuntos interessantíssimos: a clonagem humana e a religião muçulmana.

Um dos astros da novela,  o Tio Ali, representado pelo grande ator, Stênio Garcia, usava uma frase extraída do “Alcorão”, o livro sagrado dos mulçumanos, que virou moda naquela época: – Quem comete pecados queimará no mármore do inferno.

Ficou a dúvida, pois ao que se sabe ninguém voltou de lá, ainda, em carne e osso, para nos contar como é o o tal “mármore do inferno”, revelado por Deus ao profeta Maomé.

Mas, agora as nossas dúvidas acabaram, pois descobriu-se aqui mesmo nos grotões imensos das Gerais, um autêntico “mármore do inferno”, que é a Terceira Divisão Mineira, onde padecem, entre outros, o Novo Ipatinga e o Trio Sports de Fabriciano.

Na noite da última quarta-feira, por exemplo, o Novo Ipatinga jogou em Itabira contra o Funorte (1 x 1), registrando-se publico pagante de 4 torcedores e renda de R$ 40,00; o Trio em Fabriciano no Luisão contra o Valério (1 x 2), com público e renda iguais aos de Itabira; em Sete Lagoas, abriu-se a “Arena do Jacaré” para 7 pagantes e R$ 70,00 de renda, no jogo em que o Coimbra bateu o Arsenal por 2 a 0.

Então, um campeonato deficitário desses, com jogos em turno e returno dentro das chaves, classificando-se seis times para disputar posteriormente um hexagonal com partidas de ida e volta, sem público, sem renda, sem patrocínio, sem nada, só prejuízo para os clubes, tendo como atrativo apenas duas vaguinhas na 2ª Divisão do ano seguinte, só pode ser chamado de “mármore do inferno”.

E quem lucra com isso? Somente a Federação Mineira, que cobra altíssimas taxas dos clubes para registro dos jogadores, pagamento de despesas tais como  arbitragens, fiscais, representantes, a fim de manter ativo o seu quadro de funcionários, composto na maioria de “chegados” do presidente e da sua diretoria.

Portanto, o “mármore do inferno” está aí. É a “Terceirona Mineira”, que a FMF ainda insiste em chamar de “Segundona”. Dá na mesma! Maomé que nos valha!


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Comentários:
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  • Marcelo de Andrade disse:

    Avante VEC, melhor nome de time do mundo.

  • Valeriano Silva disse:

    Prezado Chico Maia,
    Chamar a terceirona de marmore do inferno e ofender o marmore do inferno, esse campeonato chega a ser bizonho…
    Mas estamos firmes para reerguer o Valério de Itabira, no peito e na raça como diz nosso Hino,sem apoio da Mineradora, da prefeitura mas tem o mais importante para um clube de futebol, muita tradição, camisa e torcedores apaixonados !
    Um abraço da torcida Valeriana e do Povo de Itabira!

  • J.B.CRUZ disse:

    Depois que o futebol virou profissão como outra qualquer,clubes do interior sobrevivem só na benevolência de torcedores ilustres e com muita grana no bolso para manter as condições básicas de sobrevivência..