Foi um Atlético diferente de antes da Copa do Mundo. Nada a ver com o do início do Brasileiro e completamente diferente daquele que se arrastou na Libertadores da América. O futebol e principalmente a disposição tática do time, mais a vontade dos jogadores só reafirma a convicção que todo atleticano tinha: o erro da escolha de Paulo Autuori como sucessor do Cuca. Mas, são águas passadas e ainda há tempo para que a temporada não fique totalmente perdida, como ganhar esta Recopa, por exemplo e quem sabe brigar nas primeiras posições do Brasileiro!
Com dois minutos de jogo o time já tinha chutado duas vezes ao gol do Lanús. Parecia que jogava em casa, surpreendendo o time argentino que não conseguiu o seu objetivo de sufocar o Galo desde o princípio e fazer o resultado para administrar em Belo Horizonte no jogo da volta.
Mesmo criando situações o gol não saía, a velocidade do início do jogo não existia mais e a aposta em lançamentos longos para André não funcionava.
No intervalo Levir Culpi fez o que nenhum treinador ousava fazer antes dele no Atlético: tirou Ronaldinho Gaúcho e colocou Guilherme, que jogou muito. Parece que soltou o freio de mão do time, que voltou a correr, trocar de posições e enganar a marcação do Lanús. Também no intervalo tirou André e pôs Jô, que jogou em 45 minutos muito mais do que nos amistosos e partidas oficiais pela seleção na Copa. À vontade, em casa, recebendo bolas e com liberdade para buscar jogo.
O gol saiu aos 21 minutos através de Tardelli já tinha tentado outras vezes, mas sem a mesma precisão do chute dessa vez. Bem ao seu estilo, Marcos Rocha cobrou rápido a lateral nos pés do Jô que achou Guilherme que por sua vez lançou a Tardelli, na cara do gol para marcar.
O Lanús mexeu no time, tentou explorar as laterais do Atlético e teve boas oportunidades, mas a zaga estava firme e Victor voltou em forma praticando ótimas defesas.
O jogo da volta será na semana que vem, 23, no Mineirão, mas o perigo é o mesmo de sempre já que os argentinos não se intimidam quando jogam fora de casa. Parece até que preferem atuar longe da pressão interna.
Ronaldinho não ficou no banco de reservas depois que saiu do jogo, possivelmente incomodado por ter sido sacado. Perguntado a respeito, Levir Culpi respondeu que nenhum jogador gosta de ser substituído, mas ele precisa mudar para melhorar o rendimento do time e assim funcionam as coisas com ele. Caso se enquadre, o R10 continuará começando como titular do Atlético, caso contrário, iniciou a sua contagem regressiva dessa ótima passagem pelo clube.