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Desunião e desorganização dos clubes brasileiros fazem com que eles deixem de ganhar visibilidade e milhões

A milionária CBF, que não tem um jogador sequer, fatura fortunas com patrocinadores da seleção. Enquanto isso os seus filiados “passam o pires”, estão atolados em dívidas e faturam quase nada perto do que ela fatura.

Mesmo assim, o único ponto de união que os clubes tinham, foi detonado pela CBF, na época comandada pelo Ricardo Teixeira. Era o Clube dos 13, que agora faz falta para negociar contratos internacionais como este.

Obrigado ao leitor Vinícius Campos que enviou esta informação e link ao blog:

* “Mesmo sem os clubes brasileiros, para EA Sports, o lucro será o mesmo, haja vista a não importância do Brasileirão no mundo do futebol”

fifa_15

Novo jogo da FIFA só vai contar com a Seleção Brasileira e jogadores de fora do Brasil. (Foto: reprodução/ glbimg.com)


“O futebol brasileiro deu mais um passo para trás. A EA Sports, responsável por produzir o FIFA 15 para PlayStation e X-Box informou que não terá times brasileiros na próxima versão do jogo, que deve ser lançado em setembro, por não conseguir renovar o contrato de direito de imagem com equipes brasileiras.

Confira como ficou o jogo

Lances bizarros no FIFA 14

Messi e Cr7 trocam socos no Fifa 14

Sabe o motivo? Por incrível que pareça, não há quem os represente, pois com o fim do Clube dos 13, a empresa de jogos eletrônicos não encontrou alguém que possa representá-los.

O Clube dos 13 era o responsável por negociar de modo coletivo os direitos comerciais das agremiações brasileiras, entretanto, com o fim da entidade, os times passaram a tratar desses assuntos individualmente, o que desagradou a EA Sports, que por sua vez, alega que gastaria mais tempo e dinheiro conversando com cada equipe, por isso, a empresa entendeu ser mais fácil não contar com os times brasileiros no FIFA 15.

Em países europeus como Inglaterra, Alemanha, Espanha e Itália, por exemplo, há ligas que negociam os direitos de imagem coletivamente, cujo os contratos foram renovados com a empresa que produz os jogos oficiais da FIFA.

Isso mostra mais uma vez o amadorismo somado à ineficiência de quem gere o futebol no Brasil, pois com o calendário defasado que há no país, a maneira mais eficiente de expor a marca internacionalmente é com os jogos eletrônicos, capazes de atingir públicos diversos nas terras mais longínquas do Planeta….”

* A reportagem completa está no

http://estadiovip.com.br/76531/falta-de-visao-dos-dirigentes-deixa-times-brasileiros-fora-do-fifa-15


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Comentários:
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  • Thiago disse:

    O Alisson foi no cerne da questão. O clube dos treze estava pior que agora, o que piorou a situação foi a lei pele que implodiu todo departamento de base dos clubes colocando a garotada na mãos de empresários que lucram absurdamente com essa lei, além de que obrigou os clubes trabalharem como empresa jurídica e aí doeu na canela de dirigentes que entendem patavina nenhuma sobre gestão.
    Pq os dirigentes ao invés de pedirem pinico, não se juntam formem a liga e saiam em ovo fretado para os EUA para visitar times de beisebol, futebol americano, NBA e hóquei para aprenderem noções básicas de marketing, gestão e de tudo que margeia o esporte em geral. Eles nem campeonato reconhecido pela FIFA mas a média de público já e maior que a daqui?

  • Então deve ser “legal” uma (ou mais!) autoridade da república fazer “acordo” com a CBF para literalmente beneficiar equipe celeste, em “troca” da retirada de suas assinaturas contra a CPI que investigaria as ilegalidades da própria CBF? Pode ser até legal, mas é IMORAL…

    http://www1.folha.uol.com.br/esporte/folhanacopa/2013/11/1367237-governo-enterra-cpi-da-cbf-senadores-batem-boca-no-plenario.shtml

    http://localhost/victor/chico-maia-old/2013/11/06/cbf-abafa-mais-uma-cpi-e-senador-tucano-diz-para-zeze-perrela-o-senhor-e-um-sem-vergonha-seja-homem/comment-page-1/

  • Olá, Chico! Sou um modesto profissional de Marketing. É lamentável que essa área ainda seja tratada aqui, no Brasil, como se fosse uma coisinha qualquer que tira dinheiro do outro.

  • Laerte Madureira disse:

    Uai, num outro post ai atrás, competência sobrava no cru cru…
    O Clube dos 13 não deu certo, porque a rede bobo dá mordomia para alguns clubes “puxa saco” não aderirem às idéias dos outros times. Por isso o Clube dos 13 virou pó!
    Se no factual prevalece a desordem, imaginem no virtual?
    E não é que os atletas do Felipão parecem mesmo, uns robôs!!

  • Alisson Sol disse:

    José Antonio,

    Ninguém detonou o clube dos 13. Implodiu por pura incompetência dos dirigentes. O resto é estorinha que cada dirigente conta para sua torcida de modo a evitar cobranças. Aliás, a implosão do clube dos 13 é o melhor exemplo do que seria a dificuldade de se criar uma nova liga dos clubes. Que valor teria hoje um contrato com o “Clube dos 13”?

    A Globo faz o que é bom para a Globo. Exigir o contrário seria inocência. Os clubes aceitam porque a maioria tem tanta receita adiantada, e tanto dependem do dinheiro da empresa, que não podem dizer não. Se tivessem dirigentes competentes, iriam simplesmente se negar a fazer absurdos (por exemplo, jogar às 22:00) e aí como iria ficar? Se a maioria dos clubes se recusassem a receber menos que Flamengo e Corinthians, a Rede Globo iria conseguir fazer um Campeonato Brasileiro apenas com Corinthians e Flamengo?

    Fazer uma “Liga” exige coragem. A Liga de Basquete Americana (NBA) não se submete a regras da Federação Internacional de Basquete do mesmo jeito que a CBF e os clubes brasileiros se submetem à FIFA. A Liga de “Beisebol” então, nem te ligo para nenhuma federação internacional. A final do Beisebol é a “Série Mundial” (World Series). Os clubes tem equalizadores de receita, e a diferença fica por conta do que vendem de produtos e da publicidade e negociações locais. Se um painel no estádio em Nova York vale mais do que um painel no estádio em Dallas ou Seattle, fazer o que? E se há mais astros no LA Lakers e no NY Yankees, vão vender mais produtos. Mas de que adianta o estádio e os contratos de transmissão e produtos se os times de Nova York e Los Angeles não tiverem adversários?!

    Achar investidores para o futebol brasileiro seria facílimo se os clubes respeitassem as leis (desportiva, comum, trabalhista!). No Brasil, fazem uma regra em que o BID (Boletim Informativo Diário) da CBF publica uma coisa, mas vale outra! (vide o caso do rebaixamento da Portuguesa). Os clubes recebem “direitos de imagem” da Globo e outras fontes, e não pagam os jogadores. E isto tudo fica sem consequência, pois ninguém se arrisca na “(in)Justiça comum”, pois vai demorar décadas. Há trilhões de dólares no mercado procurando investimento. Mas como vão investir em clubes de futebol no Brasil, sabendo que nem o governo do país consegue receber a dívida dos clubes? Fica difícil!

  • O atual mandatário do clube alvinegro genuinamente mineiro já “enfrentara” a Globo, sendo literalmente abandonado por alguns presidentes de outras agremiações, quando na assinatura de renovação do contrato com a referida emissora de TV. O link abaixo diz tudo, e no youtube há outras “declarações” do citado dirigente mineiro quando o assunto é Globo, CBF e sua famigerada Comissão de arbitragem e STJD, além de outras entidades ligadas ao esporte bretão.
    – Segue um dos links: http://www.youtube.com/watch?v=qG3AUJrBxdk

  • J.B.CRUZ disse:

    Não vou entrar em detalhes; ALISSON SOL já esmiuçou,explicou e até desenhou o imbrólio futebol brasileiro x FIFA 15 (playstation)…………
    Como alguém já disse há muito tempo:”O BRASIL NÃO É UM PAÍS SÉRIO”..

  • José Antonio disse:

    Acho que quem detonou o clube dos 13 não foi a CBF e sim a Rede Globo, oferecendo cotas mais altas para Flamengo e Corinthians. E os outros times aceitaram sem reclamar…. Enquanto não acabar esse monopólio sobre o futebol brasileiro (que não acontece em nenhum lugar e em nenhum esporte do mundo) a tendência é ficar cada vez pior. Hoje o nosso futebol sobrevive de calotes e anistias.

  • thales rosa disse:

    Vc tem razão, o povo brasileiro não é afeito a cumprir contratos.. Ainda mais no futebol, veja varios exemplos de jogadores que vao para o leste europeu, por exemplo, pensando em encher os bolsos, chegam la e veem a realidade e simplesmente querem vir embora e nao cumprem oque assinaram…

    E no Brasil o juiz faz aquilo que quer, se ele achar um contrato não é valido, ele quebra o contrato e pronto.. alguém leva o prejuízo, precisamos, no geral, aprender a respeitar contratos, antes de qualquer coisa.

  • Alisson Sol disse:

    Thales,

    Esta é uma visão da ponta do iceberg. O problema é muito maior que isto. O problema é que os clubes brasileiros podem acabar criando problemas legais para as empresas de software (que já não estão em boa fase na área de entretenimento). Se você paga os “direitos de imagem” a um clube, e o clube não paga ao jogador, e o jogador vê a imagem dele em um jogo, é um processo à vista.

    Outra coisa que precisa parar de ser repetida no Brasil é esta balela de que “vamos resolver tudo com uma liga”. Primeiro, porque a tal liga já existiu (o clube dos 13) e não resolveu nada. Segundo, as ligas de sucesso pelo mundo só ocorreram em países que ofereceram recursos jurídicos para forçar o cumprimento de contratos. Isto no Brasil é pura ilusão, além de poder acabar indo contra a FIFA em alguns casos.

    Na NBA, um dono de clube fez comentários racistas. A liga apontou a regra que ele desrespeitou no seu contrato, e achou um comprador para o clube (aliás, vários potenciais compradores). O sujeito recusou-se a vender, e a liga entrou na justiça. Menos de dois meses depois, a decisão judicial foi tomada, e só se o sujeito recorresse à Suprema Corte poderia atrasar a execução da ordem judicial. Qual o valor de uma liga no Brasil, se a Justiça Desportiva contradiz suas próprias regras todo dia e ninguém pode entrar na Justiça “comum”? E qual o valor de entrar na Justiça comum, se um processo vai levar anos para ser julgado em todas as instâncias?

  • thales rosa disse:

    Essa ai foi foda.. mais um fonte de renda que os clubes deixam de ter… os clubes e os atletas… Incompetência é mato no futebol brasileiro.