Pelo menos muita gente vai parar de ganhar dinheiro desonestamente, comprando ou vendendo resultados.
No dia 10 de setembro do ano passado a CBF enviou pedido à antiga cúpula da FIFA para testar os meios eletrônicos no auxílio às arbitragens. Seis dias depois recebeu a resposta negativa. Agora, o novo presidente da entidade, Gianni Infantino, recém- empossado, assumiu querendo mostrar logo que quer mudar alguma coisa mesmo e a primeira medida neste sentido foi mexer em um tabu quase tão velho quanto a FIFA que é o uso da tecnologia e meios eletrônicos para evitar enormes prejuízos causados por erros absurdos e ou suspeitos das arbitragens.
A notícia foi dada sábado, no País de Gales, durante encontro da cartolagem que discute as regras do futebol mundial. Como a imprensa fica voltada quase 100% aos jogos no fim de semana o assunto só começa a ser discutido agora, de enorme importância, já que poderá haver uma verdadeira revolução, inclusive em termos táticos, tendo em vista que lances cruciais terão o olho eletrônico para impedir que erros de apitadores e bandeiras interfiram no placar: se a bola entrou no não; se foi pênalti; se um jogador merece cartão vermelho e se houve impedimento ou não em uma situação clara de gol.
A notícia completa no site do Jornal do Commercio:
* “Fifa e Ifab aprovam teste do vídeo e replay no futebol – Mudanças na regra devem ser estabelecidas até 2018″
A Fifa e a International Board (Ifab) aprovaram o teste do vídeo e replay no futebol para ajudar os árbitros. A decisão é histórica e provavelmente vai causar o maior impacto nas regras do futebol em 100 anos. As avaliações vão começar nos próximos meses e o objetivo dos dirigentes é que, em 2018, uma decisão final seja tomada.
No total, 13 federações nacionais já solicitaram a autorização para começar a testar a tecnologia, entre elas a CBF. A Copa da Escócia, Holanda e outros já apresentaram seus pedidos. A Conmebol indicou que quer a tecnologia na Copa América, algo que a IFAB duvida que possa ser feito.
Rompendo resistências de décadas, inclusive da Uefa, o anúncio foi feito anteontem, após encontro dos dirigentes responsáveis pelas regras do futebol em Cardiff, no País de Gales. “Foi uma decisão histórica”, indicou Jonathan Ford, um dos dirigentes na reunião. “Várias ligas querem testar e vamos concentrar esses exames na Ifab para ter um controle completo sobre o tema”, concluiu.
Protocolos serão estabelecidos para padronizar os testes e a entidade insiste que não bastará apenas colocar duas ou três câmeras em campo.
Gianni Infantino, o novo presidente da Fifa, explicou que não quer apressar as decisões. Segundo ele, os protocolos dos testes terão de ser os mesmos para todos.
A International Board se reunirá nas próximas semanas para definir um cronograma de torneios que contarão com o teste ao longo dos próximos 24 meses.
Ainda segundo a Ifab, a expectativa não é atingir 100% de eficiência nas decisões para cada acontecimento do jogo, mas evitar claramente decisões incorretas em lances que definam resultados, como a identificação de um gol, se foi pênalti, na distribuição de vermelhos e na identificação de um atleta. Impedimentos não serão avaliados, a não ser quando houver uma situação clara de gol.
Para os dirigentes, a grande questão não é se a tecnologia funciona, mas como ela deve ser usada, para não causar interrupção de um jogo ou freá-lo. Apesar de o árbitro principal ser a pessoa que deveria ver primeiro as imagens, a princípio, isso não deve acontecer. Por enquanto, um assistente vai ficar diante de um vídeo e irá informar ao juiz o que aconteceu no lance por meio de um rádio. No futuro, a Fifa não descarta que o árbitro leve consigo uma tela.
Gianni Infantino
Os primeiros testes podem ser feitos já na Série A do Brasileiro deste ano. A primeira rodada do Nacional está marcada para 15 de maio. Já os principais torneios europeus, como a Eurocopa, só começam em agosto. A Uefa, por sua vez, anunciou que as finais da Liga dos Campeões e da Europa vão ter a tecnologia que determina se a bola ultrapassou ou não a linha do gol.
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