Realmente a incidência e reincidência de contusões no Atlético passam dos milites e precisam ser mais questionadas por quem de dever e direito, que somos da mídia. Quem me cobra isso, mais uma vez, com toda razão, é o Túlio G. Viana, a quem prometi meses atrás, cobrar mais e perguntar diretamente ao Dr. Rodrigo Lasmar, o chefe do Departamento Médico do Galo. Ele invoca até a ex-primeira dama do país, cuja vida privada costuma ser vasculhada pela mídia, mas este assunto no Galo parece tabu.
Infelizmente, fui cobrir a Olimpíada, e depois ainda não me encontrei com o Rodrigo para uma entrevista gravada, mais esclarecedora. Não vou à Cidade do Galo como antigamente.
Mesmo que haja explicações para todas as contusões e “recontusões”, elas precisam ser esclarecidas ao torcedor, que vê as suas esperanças minguando a cada fila na enfermaria alvinegra. O Galo tem um ótimo elenco, dos mais caros do Brasil, mas o técnico nunca pode contar com todos ou com a maioria. Até que eu consiga me encontrar com o Dr. Rodrigo Lasmar, passarei essa bola para o Igor Assunção da 98FM, que vai a quase todos os treinos e é desses repórteres “chatos”, que insiste nas perguntas que dirigentes, médicos e jogadores não gostam de responder.
Já encaminhei este e-mail/cobrança do Túlio a ele.
Confira:
* “Olá, Chico, desculpe se estou sendo chato, mas o mistério continua. Vá lá que um jogador tenha histórico de lesões, como o Guilherme, especialmente no tempo do Galo. Mas e esse bate e volta? O DM do Galo libera o sujeito, ele se apresenta e na partida seguinte, ou antes disso, já está de volta. Se não me falha a memória, esse ano já aconteceu com o Marcos Rocha, Lucas Pratto, Victor, Erazo, Dátolo, Cazares e agora com o Maicosuel, se é que não estou me esquecendo de alguém. É claro que deve haver algo errado com os médicos, ou com os fisioterapeutas, ou com os fisicultores, ou com todos juntos.
Na verdade, são dois os mistérios. O segundo mistério é o silêncio da mídia. Ela é capaz de investigar até quantas vezes a dona Marisa levava o cachorro para o veterinário, mas trata essas lesões em série como uma fatalidade, ou até como uma coisa normal. O Maicosuel é liberado e em seguida sofre um edema. A notícia para por aí. É como se o jornal dissesse: “amanhã vai haver treino em dois horários”. Você não acha esquisito? Por que não fazem uma comparação com os outros times? Ainda que fosse só culpa do calendário, e acontecesse com essa frequência com todos eles, não seria o caso então de questionar esse inchaço que o calendário vai ter no próximo ano, com Mineiro, Rio-Sul-Minas, Libertadores, Sul Americana e Copa do Brasil, tudo sendo disputado por todos? Aliás, todos criticam o calendário e ninguém criticou a Rio-Sul-Minas ou as novas regras da Libertadores (só criticaram o fato de não terem sido avisadas antes). Tenho saudades dos primeiros tempos da Revista Placar”. Um abraço
Tulio G. Viana
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