Contratar jogadores que dão retorno ao investimento não é fácil, principalmente a baixo custo. Um Otero, por exemplo, foi um achado. Para mim a melhor aquisição do Galo em termos de relação custo/benefício. Entre os dirigentes, quem mais se destaca neste aspecto é o Alexandre Matos. No Cruzeiro ele montou o time bicampeão brasileiro. Em 2013, muita gente chegou a apontar a Raposa como candidata ao rebaixamento e foi campeã. Prestes a ser campeão nacional mais uma vez, com o Palmeiras, o trabalho dele na “garimpagem” de jogadores começa a ser destacado. Dia desses a Folha de S. Paulo falou sobre Moisés, volante que começou no América, rodou por muitos clubes e hoje é titular absoluto no time do Cuca: “De andarilho a surpresa, volante Moisés dita o ritmo do líder Palmeiras”, foi a manchete da página de esportes do jornal paulista.
Agora é o goleiro Jailson, 35 anos, contratado para ser terceiro, virou titular e se tornou ídolo da torcida palmeirense, depois de passar pelo Campinense-PB, Ituano, Guaratinguetá, Juventude, Oeste e Ceará.Veja reportagens do Globo .com e Folha de S. Paulo sobre Jailson e Moisés:
* “No Palmeiras, Jailson paga promessa à avó e faz mãe esquecer Corinthians”
Jailson Marcelino dos Santos nasceu em São José dos Campos, em 20 de julho de 1981. Em uma família com cinco filhos, cresceu na casa onde a avó ainda mora, no bairro Jardim Satélite, região sul da cidade. Segundo os parentes, a bola sempre foi o passatempo favorito. Mas ele preferiu tê-la nas mãos do que nos pés. Fato que, a princípio, não agradava a mãe do arqueiro, Maria Antonia.
Do que dependesse da vontade da mãe, ele atuaria do outro lado do campo. Seria centroavante. Mas, fã de Taffarel, Jailson insistiu na carreira de goleiro. Passou por muitos clubes antes de realizar o sonho de acertar com o Palmeiras e cumprir a promessa feita à avó. O primeiro time da carreira foi o Clube Atlético Joseense (hoje, São José dos Campos Futebol Clube). À época, chegou a ir aos treinos de bicicleta. Depois, passou por Campinense-PB, Ituano, Guaratinguetá, Juventude, Oeste e Ceará. Agora, somente ao 35 anos, conseguiu chegar ao time do coração.
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De andarilho a surpresa, volante Moisés dita o ritmo do líder Palmeiras
Como bom mineiro, Moisés chegou ao Palmeiras no começo do ano sem alardes.
Desconhecido, o volante era mais uma das apostas do diretor de futebol Alexandre Mattos para a temporada.
Apesar de ter passagens por outras sete equipes até então, foi no clube alviverde que ganhou o protagonismo.
Das 31 rodadas disputadas do Campeonato Brasileiro, Moisés só não participou de duas. Uma por lesão e outra por suspensão após levar o terceiro cartão amarelo.
Monitorado pelo Palmeiras em 2015, o jogador marcou dez gols pelo Rijeka, da Croácia, e no início de 2016 já vestia a camisa alviverde.
“Quando vim para o Palmeiras e olhei o elenco, falei: ‘caramba, vai ser difícil jogar aqui’. É um grupo de muita qualidade”, afirmou à Folha.
Aos poucos, superou a própria desconfiança e a da torcida. Tornou-se um dos jogadores mais importantes do líder do Brasileiro. Chamado carinhosamente pela torcida de “Profeta”, em alusão ao homônimo bíblico, ele diz que a passagem na Europa foi responsável pelo desenvolvimento como jogador.
“Na Croácia, aprendi a ajudar a equipe nos 87 minutos que passo sem a bola”, diz.
Moisés se define como um “jogador de força, mas com qualidade de passe”. Faz lembrar Paulinho, volante de confiança do técnico da seleção Tite e convocado para os dois próximos jogos do Brasil nas eliminatórias da Copa.
Ao contrário do ex-corintiano, não vislumbra chance na seleção tão cedo e deixa claro que seu sonho agora é “ser campeão brasileiro”.
“Chegar à seleção será fruto do meu trabalho. Mas só de ver o Tite convocando jogadores que estão no Brasil te dá um ânimo”, afirma.
Neste domingo (23), Moisés quer ajudar o Palmeiras a dar outro passo importante rumo ao troféu nacional. Às 17h, o clube recebe o Sport, em casa, pela 32ª rodada.
PORTUGUESA
Até virar destaque do Palmeiras, que não ergue a taça de campeão nacional desde 1994, Moisés teve trajetória complicada no futebol.
Natural de Belo Horizonte, o volante começou no América-MG em 2007, e desde então os empréstimos passaram a fazer parte de sua vida: Toledo, Rioverdense, Coritiba, Sport e Boa Esporte. Em nenhum deles ficou mais do que um ano. Em 2012, a Portuguesa decidiu comprá-lo e aí sua carreira ganhou um alento.
Em seu primeiro ano no time paulista foram 34 jogos, seis gols, quatro assistências e o objetivo de permanecer na Série A do Brasileiro cumprido com a 16ª posição.
No ano seguinte, o desempenho da equipe foi ainda melhor: terminou em 12º lugar. O desfecho foi um anticlímax, no que se tornou um dos episódios mais polêmicos do futebol brasileiro.
Na última rodada do Nacional de 2013, a Portuguesa escalou o meia Héverton irregularmente. O Fluminense, que havia sido rebaixado, denunciou o caso ao STJD, que decretou a retirada de quatro pontos dos paulistas.
A decisão culminou na queda para a Série B e a permanência dos cariocas.
“Fizemos grandes jogos e teoricamente não caímos. A forma que caiu é inadmissível. Os jogadores da época ainda conversam e torcem para que a verdade apareça, porque não dá para aceitar que foi só um erro de comunicação”, lamenta.
O caso chegou a ser investigado pelo grupo de combate ao crime organizado do Ministério Público de São Paulo, mas acabou arquivado.
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