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O fã do “Pequitito”, de madrugada, numa estação de Moscou

Osvaldo Reis (de chapéu), o “Pequitito” e seus companheiros nos tempos de Rádio Globo/CBN, na chegada ao Mineirão para Argentina x Irã na Copa de 2014. À esquerda Guilherme Ibraim, à direita Henrique Fernandes e Rodrigo Pires.  

As estações de metrô e de trens de longa distância, mais as ruas, praças e bares de suas imediações se tornaram esquinas do mundo, ponto de convergência e confraternização de torcedores do mundo inteiro, inclusive de seleções que não se classificaram para a Copa. Surpresas e curiosidades nos chamam a atenção o tempo todo, como na saída do metrô, já de madrugada, depois de Rússia 5 x 0 Arábia Saudita. Percebendo que eu era brasileiro, o rapaz puxou conversa e perguntou de onde eu era e em qual veículo trabalho. Com a resposta, vibrou ao saber que sou amigo do Osvaldo Reis, o “Pequitito”, de quem ele é fã. O fato não seria grande novidade se o rapaz fosse mineiro e torcesse para algum dos nossos times. Mas ele é paulistano, torcedor do Palmeiras e só conhece o Pequitito de ouvi-lo na Rádio Super 91,7.

O fã nunca teve a curiosidade de acessar nem foto do ótimo narrador, mas ficou fã por causa da forma da narração, misturando poesia e letras de músicas com os gols. Especialmente da turma do Clube da Esquina. O moço se chama Douglas, é funcionário público, fez economias durante dois anos para estar aqui. Comprou passagem com preço promocional até Helsinque (Finlândia) que fica perto de São Petesburgo e de lá para cá, outra passagem promocional, porém de trem até Moscou. “Fuçando” pela internet, Douglas conseguiu hospedagem em um hostel pagando 80 reais por dia, num quarto com mais cinco pessoas.

Que o nobre Pequitito mande um alô para o palmeirense Douglas na próxima transmissão na volta do Campeonato Brasileiro. De preferência num jogo do Palmeiras contra um dos mineiros. O rádio tem essa magia e cativa as pessoas. E imaginar que a cada invenção tecnológica, da TV à internet, muitas foram as previsões que o rádio estaria com “os dias contados”. Pois está aí, cada vez mais firme e forte.

Depois de terminar esta coluna, caminhei os dez minutos de onde estou hospedado até a estação de longa distância Kazan. Meu dia de conhecer a viagem de trem pelos trilhos russos, até Rostov, para a estreia da seleção brasileira contra a Suíça. São 1075 quilômetros. O trem saiu da capital russa às 18h42 e chegou, como previsto às 11h55 de hoje. Nas próximas postagens contarei mais detalhes.


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