Blog do Chico Maia

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Estrategista aspirante à prateleira de cima contra um treinador consagrado. Disputa especial na final no Mineiro  

Imagem do Superesportes com fotos de Vinnicius Silva/Cruzeiro e Bruno Cantini/Atlético

O sucesso costuma bater à porta de forma enviesada na vida das pessoas. De repente, Rodrigo Santana, nascido em Santos, há 36 anos, pode estar diante de uma circunstância dessas. Igual esteve Luiz Antônio Venker Menezes, em 2004, aos 42 anos de idade, quando chamou a atenção de um grande clube e foi contratado por ter levado o desconhecido nacionalmente XV de Novembro de Campo Bom (da Grande Porto Alegre), à semifinal da Copa do Brasil, eliminando o Vasco num 3 a 0 em São Januário.

Luiz Antônio conquistou fama como “Mano Menezes”, zagueiro que não deu certo para o profissional, mas em 2002 já tinha realizado outra façanha como treinador: campeão gaúcho com o seu Guarani de Venâncio Aires, da Serra Gaúcha. Ano em que Grêmio e Inter optaram pela Copa Sul/Minas e não disputaram o gauchão.

Contratado pelo Grêmio num dos piores momentos da história do clube, rebaixado pela segunda vez no Brasileiro, a primeira foi em 1991. Conseguiu o acesso num jogo dramático, conhecido como a “Batalha do Aflitos”, em que venceu o Náutico por 1 a 0, em Recife, jogando com sete jogadores. A partir daí chegou à prateleira de cima dos treinadores do país e não saiu mais. Antes disso tudo ralou também no gaúcho Brasil de Pelotas, Iraty-PR e Caxias-RS.

Rodrigo Santana jogou na base do Santos como meia, rodou por clubes do interior do Brasil e passagens pela Bolívia e Hungria. Uma contusão na mão encerrou precocemente sua carreira quando recebeu convite para ser auxiliar técnico no Camboriú, de Santa Catarina. Ainda como auxiliar trabalhou no Pinheiros-PR, Barueri-SP e Uberaba. Como profissional comandou União Suzano, Juventus, Uberaba e URT.

Com o time de Patos de Minas foi eleito o melhor técnico do Campeonato Mineiro de 2017, eliminada pelo Galo, na semifinal. A URT foi campeã do interior e depois fez ótima campanha na Série D nacional, perdendo a chance de subir para a C numa decisão por pênaltis contra o Ceará Mirim, no Rio Grande do Norte. Em 2018 a URT voltou às quartas-de-final, comandada novamente por Rodrigo, que depois disso foi contratado pelo Atlético, para comandar o Sub-20.


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Comentários:
10
  • Claytinho do Nova Vista - BH ( Hexa-Campeão !!! ) disse:

    O risco para a Diretoria do Atlético Mineiro é de repente avaliar e até efetivar um técnico pelo resultado final da decisão. Uma vez que todos sabemos que clássico costuma ser um jogo atípico.
    Quanto ao Cruzeiro, que me desculpem os Atleticanos, tem sim a obrigação de ser Campeão. Haja visto o momento das duas equipes. E se não for, nada de terra arrasada também não. Porque o mesmo parâmetro vale para os dois lados.
    Sem falar que, peça por peça, o Cruzeiro está melhor em todas as posições, seja entre os reservas e os titulares. E aquele que discordar, é só apontar aí uma única posição sequer que o Atlético Mineiro tenha algum jogador melhor.

  • Horacio Duarte disse:

    Devagar com o andor que o santo é de barro, ou coisa parecida, Chico. Acho o Rodrigo Santana um bom técnico, tornou a URT o nosso principal adversário no estado. É um bom estrategista, conhece a retranca do mano e pode dar uma arrumada na defesa.
    Até poderia ter um bom desempenho nestas finais, mas não sei se aguenta esta diretoria sem noção e sem critérios que não banca suas escolhas e se borra com críticas.

    E agora temos este fenómeno novo, torcida de rede social, fazendo protesto contra a diretoria, devo ter perdido o protesto contra a volta do Levir, achei que todos tivessem apoiado. O Patricão não jogou os últimos jogos e deu no que deu, ah, agora é o Fábio Santos, já tem tempo que o Marcos Rocha saiu.

    Se somar a idade dos manifestantes não dá metada da idade do time do Galo. É botar a chuteira e ir mostrar no campo como se faz gente, o salário vale a pena. Esta história de ‘time do povo jogai por nós’ é do corintias, no Galo, quem empurrava o time, no campo, era a torcida. Era, está virando uma torcida comum, de beijador de escudo.

  • Carlos Henrique disse:

    Nao estou com medo , mas ja arrumei a tria, Rio Pardo me espera.
    A pescariavai ser boa.
    espero um jogo dificil.
    o Cruzeiro vai pra cima nos 15 minutos iniciaias.
    tomara que o Galo encaixe um contra ataque.
    se fizer um gol primeiro ai irmao
    é aquilo bola pro mato que o jogo é de campeonato.
    depois vou ver o jogo.
    se ficar a frente da tv, depois dos 60
    nao ha coraçao que aguente.
    apesar que este ano, nao fiquei sem ver nehum jogo do Galo.
    O Atletico me faz mal e me da alegrias.
    mas se fosse nacer, de novo, escolheria ,torcer de novo
    pelo Galo.
    e se tratando de Atletico nada é impossivel.

  • Pablo de Oliveira disse:

    O maior problema do Galo não é o técnico e sim esse elenco remendado e com a panelinha maldita Elias, Fábio Santos e Cazares.
    Depender desses três inúteis para ganhar alguma coisa é a mesma coisa de esperar nevar em BH.
    O Cazares é craque mas só joga contra time pequeno não tem poder de decisão nenhum é super acomodado.
    O Elias nunca quis jogar no Galo joga com uma má vontade que irrita.
    O Fábio Santos a idade chegou e virou um ex jogador em atividade.
    Tem que mandar essa panelinha embora e reforçar o time nas posições mais carentes lateral esquerdo, volantes se juntar tudo não da um, camisa 10, precisamos de reforços não de apostas.
    Mais que um técnico precisamos de uma reformulação do elenco urgente!!

  • Silvio T disse:

    Será preciso uma sucessão de pequenos milagres para o Atlético manter a vantagem. Vítor será um líder seguro no gol? Ou será a bailarina descontrolada que sai de braços e pernas abertas, olhos fechados, trombando em tudo á sua frente? Fábio Santos voltará a ser o lateral bom marcador e bom apoiador? Ou o cabeça de bagre que entrega a bola pro adversário na grande área? O tal do Adílson vai marcar alguém como um homem de trinta anos? Ou vai ser o eterno enganador, que caminha como um ancião na intermediária e olha pasmado para o adversário? Cazares voltará a ser o craque que desperta a cobiça de grandes clubes do exterior? Ou será o perna de pau medíocre de “olhos de ressaca”, matando a torcida de raiva errando tudo que puder? E o Ricardo Oliveira? Conseguirá marcar um gol num jogo decisivo? Ou, relembrando a definição de um zagueiro no final dos 80 sobre o Reinaldo: “se chegar perto dele, ele cai. Se encostar nele, ele machuca”.

  • audisio disse:

    Acho que é um perigo para o Cruzeiro essa de aceitar o favoritismo que a midia está lhe atribuindo.
    Cronistas da Itatiaia como Emmanuel Carneiro, Junior Brasil, Figueiredo e outros do Estado de Minas e Jaeci Carvalho estão exagerando no excesso de favoritismo ao time do Barro Preto.
    Claro que o Cruzeiro está numa fase melhor, mais bem estruturado, com melhores jogadores no elenco!
    Querendo ou não, Itaí Machado pode se tratar de um Bronco, com muito pouca formação academica formal mas em se tratando de futebol ele conhece muito, principalmente de atlétas e como encaixa-los.
    Mano costuma ser do tipo de treinador que eu não gosto, Tem aquela escola de futebol travado Gaúcho.
    Prefiro desde a infancia os técnicos que priorizavam a arte do futebol. Escolhiam para escalar os jogadores habilidosos, colocavam suas equipes para agredirem seus adversários.
    Para Citar somente alguns, Orlando Fantoni, Ystrichi e principalmente Tele Santana. No Rio Tim, e Wanderley Luxamburgo quando começou. Apesar de estar em melhores condições do que o rival, Se fosse eu Mano Menezes estaria muito desconfortável com esse favoritismo exagerado por parte dos cruzeirenses. Já vivi muito para ver coisas surpreendentes nesse clássico de maneira a não me surpreender com nada, pois se trata de um Atlético e Cruzeiro.

    • Claytinho do Nova Vista - BH ( Hexa-Campeão !!! ) disse:

      Caro Audísio,

      Esse “favoritismo” decantado” aí pela crônica esportiva e grande parte da Torcida, é fruto da comparação entre o atual momento das duas equipes. Os cronistas, porque é o papel deles mesmo, avaliar as equipes e emitirem suas opiniões. E parte da Torcida, é porque se empolga mesmo.
      Mas esteja certo de que vc não viu e não verá isso por parte dos jogadores do Cruzeiro ou do próprio Mano. Isso é coisa pra quem tá de fora.
      Se o seu time vencer, vai ser por méritos dele. E não porque o próprio Cruzeiro subestimou e não respeitou.
      Fosse o contrário, fosse o Atlético Mineiro que estivesse num melhor momento, a crônica esportiva e grande parte da sua Torcida estaria da mesma forma.

      Abraços

  • audisio disse:

    Rodrigo Souza tem a chance da vida! Vai depender só de suas próprias decisões. Manter o horrível time do Levir Culpi somente para se isentar da culpa deixando a responsabilidade para o legado do Levir é o caminho natural desse perfil de técnico! Mudar o que ele acredita que deveria mudar, arriscar para tentar algo diferente, alterar principais posições para os que merecem uma vaga no time, seria algo realmente surpreendente!
    Retirar Elias do time e colocar um meia Natan ou Vinicios. Dar oportunidade a Esse jovem que era do Santos, ou até mesmo ao jovem Papagaio ou Alerrandro seria algo mais do que coerente visto que já cansamos de ver as forças do Ricardo Oliveira esvaírem logo no início dos grandes jogos. Cansamos de ver Ricardo Oliveira marcar tres gols contra os frageis times do interior e perder uma oportunidade atrás da outra nos grandes e decisivos jogos.
    Já passou da hora de fixar um dos volantes na cabeça da área para cobertura dos zagueiros e laterais, para isso o que tem melhor característica e o José Welligton. Os outros não passam de Waldir Todinhos… Muita correria desengonçada e improdutiva. Por fim, Rodrigo poderia dar uma palestra para que os jogadores não temessem o cruzeiro como seu antecessor.
    Seria algo extraordinário ver que a história do auxiliar que assume não será como sempre aquele que cumpriu o papel, ficou no tunel, fez tudo o que seu antecessor faria, e depois daria as mesmas entrevistas dizendo que não teve tempo pra nada e que estava alí fazendo o “possível” e por isso entrou com três volantes para segurar o poderoso adversário..
    Se tiver essa atitude já demonstra que será mais do mesmo. Mais um de uma forma padrão de mediocridade de treinadores no Brasil.

    • Jean disse:

      Caro Audisio
      Penso que nas circunstâncias em que o substituto de Levir foi lançado, “simplesmente” na final contra o rival, sendo este superior tecnicamente e melhor treinado, e o galo vivendo um período bem ruim no futebol, é perfeitamente compreensível a opção de manter o time do Levir, e, na minha opinião, por essa atitude não seria justo avaliá-lo como mais um do mesmo. Se ele tiver possibilidade de mostrar seu trabalho após o campeonato mineiro, aí sim poderíamos fazer uma avalição melhor.

      • Paulo F disse:

        Mais do mesmo qualquer medíocre faz em sua profissão . Seria a chance de tentar algo novo pois o time não está dando certo. Está no intervalo e o Cruzeiro domina. Os mesmos jogadores cometendo os mesmos erros. Victor, Fábio santos, Adilson, Elias e Ricardo. Coincidentemente todos acima dos 33…