Torço para que o exemplo deste português seja bem assimilado pelas novas gerações de treinadores do Brasil. Os velhos e rodados donos das pranchetas nacionais não aceitam, mas têm muito a aprender com ele. De cara, chegou dizendo que “jogador que não corre 14 km por partida” não joga com ele. Impôs um estilo de jogo intenso ao Flamengo, em que todos se empenham igualmente. E sem essa de poupar os “coitadinhos”, tratando-os como se fossem crianças ou “bibelôs”.
O argumento de que o elenco comandado por ele é caríssimo não serve para desqualificar o trabalho, já que o Palmeiras gasta na mesma proporção e está longe de mostrar futebol ao menos semelhante. Para frente, vistoso, corajoso e de muita determinação. O Grêmio, que tem um excelente time, apesar de bem menos caro, custou resistir dentro de casa e neste jogo da volta, no Maracanã, quis encarar de igual para igual e tomou de cinco.
Sou da teoria de que treinador ganha e perde jogo. Ganha pelo trabalho do dia a dia e costuma perder nos 90 minutos, quando escala ou mexe mal, ou não percebe a tempo a estratégia do adversário.
No outro extremo, sem um elenco caro e fortunas para gastar, cito o Felipe Conceição, do América, que com o mesmo elenco dos seus antecessores tirou o time da zona do rebaixamento da Série B e o colocou na briga direta pelo acesso. Conhecer de futebol e saber administrar um grupo de jogadores são fatores essenciais para comandantes vencedores.
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