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Bola fora em Tóquio foi a seleção de futebol que se recusou a usar o uniforme oficial da delegação brasileira no pódio

Foto: jovempan.com.br/esportes

O Marcos Maracanã, da Band, questionou: @marcosmaracana: “Quem foi o responsável por dar a ordem da seleção olímpica não usar o agasalho na premiação?”.

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Para variar, o jogo de interesses escusos do futebol brasileiro deu um jeito de atrair críticas e comentários negativos na imprensa mundial em função da falta de espírito olímpico. Mesmo com tudo acordado o time que conquistou a segunda medalha de ouro consecutiva pisou na bola, ao não usar o uniforme do Comitê Olímpico do Brasil. Ganância e interesses inconfessáveis cercam a atitude dos jogadores, que certamente agiram sob orientação de algum cartola.

O assunto vai continuar rendendo e hoje mesmo o COB soltou nota de repúdio ao ato do time de futebol, conforme mostra reportagem do portal Terra:

* “COB repudia atitude da Seleção por ignorar uniforme oficial no pódio e promete ‘medidas’ contra CBF”

Entidade olímpica brasileira critica atitude de atletas por ignorar agasalhos do Time Brasil durante o recebimento da medalha de ouro no futebol

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) veio a público na madrugada deste domingo, pelo horário brasileiro, para “repudiar” a atitude da seleção brasileira masculina de futebol denão usar o uniforme oficial do Time Brasil no pódio, após a final olímpica, e prometer “medidas” contra a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Após conquistar o bicampeonato olímpico neste sábado, os jogadores da seleção subiram ao pódio com seus agasalhos amarrados na cintura e vestindo a camisa de jogo. Pelas regras do COB, todos os atletas que estão nos Jogos de Tóquio, independentemente da modalidade, devem usar o material da Peak, patrocinadora da entidade, no pódio e nas cerimônias oficiais. Mas os jogadores descumpriram esse acordo e vestiram apenas o uniforme de jogo, da Nike, patrocinadora da CBF. A reportagem do Estadão observou no estádio Internacional de Yokohama que oficiais da organização da Olimpíada pediram aos atletas que vestissem os seus agasalhos, ainda no túnel que dá acesso ao gramado. Além de ignorar a recomendação, teve jogador que chegou a ironizar o pedido.

“O Comitê Olímpico do Brasil repudia a atitude da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e dos jogadores da seleção de futebol durante a cerimônia de premiação do torneio masculino”, escreveu o COB, em comunicado.

O comitê indicou que deve buscar ações jurídicas diante do descumprimento do acordo que havia sido assinado pelos jogadores. “No momento, as energias do Comitê estão totalmente voltadas para a manutenção dos trabalhos que resultaram na melhor participação brasileira na História das Olimpíadas. Por este motivo, apenas após o encerramento dos Jogos o COB tornará públicas as medidas que serão tomadas para preservar os direitos do Movimento Olímpico, dos demais atletas e dos nossos patrocinadores.”

O Brasil conquistou até este sábado 19 medalhas (7 de ouro, 4 de prata e oito de bronze) em Tóquio. O time de futebol masculino foi o primeiro a não usar o agasalho da patrocinadora do COB.

No pódio do futebol masculino, as seleções da Espanha (vice-campeã) e do México (medalha de bronze) vestiram agasalhos dos seus respectivos comitês nacionais.

https://www.terra.com.br/esportes/jogos-olimpicos/cob-repudia-atitude-da-selecao-por-ignorar-uniforme-oficial-no-podio-e-promete-medidas-contra-cbf,477ac3c3ffa6e74e12b148c4c5bb5937x2mwwmfe.html


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Comentários:
12
  • Alisson Sol disse:

    Em breve, creio que o certo do ponto de vista “Olímpico” seria retirar o futebol das competições. Não serve absolutamente para nada. Os selecionados nacionais não são nem de longe “os melhores do país”, devido às regras de convocação. Os escolhidos para ficar fora do grupo de jovens: “uma peixada sem tamanho”. E, para completar, ainda não seguem regras do Comitê Olímpico, porque podem fazê-lo e escapar sem punição. Enquanto isto, jogadores muito mais ricos e famosos do basquete americano simplemente “seguem as regras”. Depois querem que investidores coloquem dinheiro nos “clubes-empresa” no Brasil. Parece que já esqueceram o que ocorreu da última vez… Mas os investidores não!

    • Stefan de Souza disse:

      Grande Alisson,com pandemia,tomei certo ranço para jogos sem torcida,e para me divertir comecei a dedicar meu tempo a NBA. Primeiro me apaixonei pela cobertura,e como lá eles valorizam os feitos,não existes “Maracanazos”,por que foco não e na falha e nem em criar vilões,e sim vender heróis.
      Segundo o respeito a liga,jogadores desde o “colegge”,são treinados por fazer a liga crescer, respeitar competição,seus salários e entorno comunidade que franquia é inserida e sua representatividade.
      Terceiro que mais chamou e como jogadores tem compromisso em contrato com regras impostas pelo organização,não fazem como CR7 com coca e nem como Gabgol que desvaloriza competição chamando de várzea.

      No fim,NBA a é profissional,e o Futebol/COB é político.

      • Alisson Sol disse:

        Caro Stefan,

        Às vezes, algumas pessoas que me conhecem e sabem do acesso que tenho a “capital”, perguntam-me por que não sugiro a alguém “investir no Cruzeiro” e ajudar o clube. Minha resposta é simples: “Lembra do Kafunga?! Dizia que, no futebol brasileiro, quem tem põe, quem não tem tira. Quem representará o Cruzeiro nesta negociação?“. E a conversa morre ali…

        Há escândalos também nas ligas dos EUA. Agora, finalmente vão corrigir uma “tradição”, mas que era uma enorme injustiça, e os jogadores universitários vão poder receber dinheiro “oficialmente” pela prática do esporte nas ligas universitárias, que faturam bilhões. O que espanta são os valores. Há documentários longos na TV sobre escândalos que seriam o equivalente a R$100mil. No Brasil, todo escândalo é de milhões de reais. O ex-presidente da CBF compra jatinho superfaturado na véspera de se afastar do cargo. E parece que vai ficar por isto mesmo. Assim como os ex-diretores do Cruzeiro, que aumentavam seus próprios salários… E também vai ficar por isto mesmo!

        Eu não consigo nem imaginar o que ocorreria com um jogador de uma liga nos EUA que desrespeitasse o patrocinador deste jeito que todos os “representantes olímpicos” do futebol brasileiro fizeram!

        • Stefan de Souza disse:

          Já até assisti um filme sobre esses escândalos de jogadores receberem nas ligas universitárias.Mas existe um abismo entre as ligas americanas e o futebol !
          Citar kafunga sempre e sinônimo de cultura esportiva e popular.
          Fique com Deus.

  • Fred disse:

    Atualmente, aparecer com a camisa da CBF é passar vergonha. Mais uma prova disso.

  • Stefan de Souza disse:

    A imbecilidade dos cartolas brasileiros não tem limite.

  • Jerônimo disse:

    Vestir a camisa da CBF, dentro ou fora dos campos, tornou-se sinônimo de mau caratismo.