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Jornalista põe o dedo nas feridas azuis

O jornalista Gustavo Mendicino, responsável pela coluna “Pela Cidade”, diariamente no jornal Hoje em Dia, fez uma avaliação crítica da perda do título da Libertadores da América pelo Cruzeiro na quarta feira. Vale a pena conferir:

“Olá Chico,

Como um cruzeirense no sentido mais significativo da palavra, gostaria de exteriorizar alguns comentários sobre a perda do título da Libertadores, no que concerne aos motivos que avaliei para justificar esta derrota.

O principal detalhe que me motivou a escrever a você e acredito que foi o ponto chave para a torcida do Cruzeiro ter ficado tão triste com a perda do título é por termos a certeza que temos um time melhor que o do Estudiantes e que perdemos por fatores extras.

Nas minhas ponderações, cheguei à conclusão que esse grupo atual do Cruzeiro, salvo uma ou outra exceção, é formado por jogadores que não têm o brilho dos vencedores, não têm a vocação e o estigma para serem verdadeiros ganhadores e honrarem a tradição do Cruzeiro de “Papa-títulos” e “Time copeiro”.

O que mais incomodou nessa derrota para o Estudiantes não foi exatamente a derrota, que é tão normal tanto no futebol, como em qualquer esporte, como a vitória, mas como ela veio.

O que mais incomodou foi ver jogadores de alto nível técnico, cada um dentro de suas características e funções em campo, como Leonardo Silva, Marquinhos Paraná, Ramires, Wagner e Wellington Paulista, jogarem com tamanho despreparo psicológico, ou em linguagem coloquial, pipocarem, como fizeram.

Esse grupo do Cruzeiro, no qual incluo o goleiro Fábio, de talento inquestionável debaixo das traves, mas um capitão sem nenhuma liderança em campo e que desde que chegou à Toca da Raposa, não trouxe nenhum título de expressão, somente Campeonato Mineiro, é um grupo de perdedores. Basta pegar o histórico de cada um e ver que são eternos perdedores. Salvo engano e a falta de pesquisa detalhada, os únicos que ganharam alguma coisa no futebol no atual grupo do Cruzeiro são Sorín, Anderson, Jancarlos, Fabrício e Fabinho. Nenhum deles começou o jogo contra o Estudiantes. Nem o Athirson e Paraná, com seus mais de 30 anos, não me remetem à nenhuma conquista, usando somente a lembrança como fonte ratifico.

Então é isso, Chico: o que faltou ao Cruzeiro na minha visão foi espírito de vencedor, gana, obstinação. Sinto analisar que nosso próprio treinador, Adilson Batista, nos levará a boas campanhas, mas dificilmente a títulos, porque acho que ele justifica demais. Afinal, só o Cruzeiro tem jogadores lesionados? Só o Cruzeiro passa por dificuldades? Competições como a Libertadores, principalmente na Final, os jogadores têm de jogar no limite, suportando dores, claro que sejam suportáveis, e aí vai do brio e do compromisso de cada um julgar o tamanho da sua.

Finalizo esse desabafo ainda angustiado pela perda de um título onde ficou parecendo que temos um time pior que o Estudiantes, que mostrou muito mais personalidade e força que o Cruzeiro, mas não um time melhor, mas sim mais preparado, e o único preparado na ocasião, para ser campeão da Libertadores 2009.

Que medidas sejam tomadas para voltarmos a torcer por um clube vencedor!

Gustavo Mendicino”


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Comentários:
3
  • José Carlos disse:

    Olá Chico Maia!

    Não sei se você estaria lembrado de mim, pois a muito tempo não lhe envio e-mails, para ser mas preciso bem antes de você viajar para a áfrica do sul. bom certa vez eu questionei o técnico Adilson Batista, e na sua coluna no jornal Super Noticia você defendeu ele com os seus “achados” mas o fato que a principal pergunta que eu fiz foi se o cruzeiro era time de chegada. em sua coluna você respondeu sabiamente que deveríamos esperar pela seqüencia da Taça Libertadores e Campeonato Brasileiro. agora de pergunto? o maior fiasco cometido pelo Cruzeiro diante de 64 mil pessoas ao longo destes 88 anos de história não seria uma resposta de que eu e outros torcedores estamos certos? Os “achados” do senhor Adilson Batista ficaram literalmente perdidos na final. e agora? O torcedor não tem razão não? Pois este treinador é extremamente vaidoso, e tem uma ambição individual e não coletiva que cega ele, tornado -o incapaz aceitar e dar razão os torcedores e a crônica esportiva mineira! a impressão que dá é que ele quer se tornar um Telê, um João Saldanha , mas sem hulmildade e respeito pela opinião do torcedor não vai da liga não. O Lélio Gustavo definiu bem num comentário realizado no dia seguinte a partida: que esta politica do senhor Adilson Batista não cola mas não e além de tudo quais são os titulos importantes que ele tem para ter esta certeza que o seu trabalho não será cessado mesmo com resultados ruins? O Adilson Batista falou que fica até dezembro … mas ele esqueceu que o futebol brasileiro e diferente do lá de fora e se ele atolar o Cruzeiro na zona de rebaixamento nem mesmo a sua historia de jogador e técnico estudioso o manterá no Cruzeiro. Futebol é matemática. É bem simples quanto deixamos os professores nos ensinar e diga-se de passagem que o Adilson é apenas um aprendiz ainda e para chegar ao top de treinador tem que remar muito em campo ainda e se possível calçar as chuteiras da humildade. Você não concorda ou será que o torcedor aqui em Minas não sabe de futebol como muitos aí andam falando?

    Grato.

    José Carlos Ferreira

  • Luiz Cláudio de Assis disse:

    Só uma pergunta: Qual éo resultado pratico dos treimos secretos do “treinador “do Cruzeiro?
    Alguém pode me mostrar?

  • guerra disse:

    Chico, ele como torcedor, não entende, nada de futebol, coitado, vem falar sôbre time copeiro, títulos, isto não é previlegio de nenhum clube, conquistas se consegue com vários itens a ser seguido, não é só com jogadores que já ganharam em outro clube, as famosas seleções,todas foram decepções, e você sabe disto, medalhões para mim, não vinga, e um dos itens primordial, é o RESPEITO por outros, coisa que eles não tem e se acham os maiorais, ai começa o castigo, e pode anotar ahí, a era do anão, está acabando, e vai piorar mais ainda, Deus tarda mas não falha.