Uma das notícias mais lamentáveis do ano para mim foi essa da saída de cena do Rio Branco de Andradas. Fiquei mais chateado com isso do que com a queda do nosso Democrata para a terceira divisão, por um motivo simples: o Jacaré caiu dentro de campo, seguindo as regras do campeonato e da vida: pagou pela incompetência. Fazer o quê?
O Rio Branco não! Um clube organizado, diretoria séria, que não aceita nenhum tipo de esquema escuso. Conheço o presidente Cláudio Turatti desde quando comecei a minha carreira de repórter na saudosa Rádio Capital. Não o vejo e não falo com ele há pelo menos uns 15 anos, e noto que não mudou em nada no seu comportamento.
É raro alguém do caráter dele no mundo do futebol. Mistura do sangue do que há de mais correto dos italianos, sua origem familiar, e dos similares mineiros. Na linguagem popular “sistemático”, desses que não precisam por no papel o que é tratado.
Chamado por muitos de “radical”, é sim: com a coisa certa. Recebi vários e-mail da cidade de Andradas, todos lamentando a situação, mas ressaltando que o Rio Branco perde a vaga na elite do nosso futebol, mas não perde a dignidade. Já pensou se o Brasil fosse assim? Seríamos o melhor país do mundo.
Vejam o e-mail que recebi do senhor Pedro Luiz Rodrigues:
“Chico Maia bom dia!
Não poderia ter noticia pior do que essa.O Rio Branco é muito ENXUTO, para ter ficado de fora. Nosso Presidente vem lutando só a mais de 22 anos e está exaurido. Claudio já não tem mais paciência com Prefeito e não tolera Vereadores, que só pensam neles próprios. O Turatti é diferente e é radical ao extremo. A ICASA gasta no Rio Branco 1.200.000,00 por ano e o Rio Branco tem a cota da Globo de 480.000,00 e arrecada no Clube mais ou menos 100.000,00 mensais. Nunca descontou sequer 01 duplicata em Banco e nunca atrasou salários.”
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