Celso Roth surpreendeu ao trocar nomes que normalmente compõem o grupo do Atlético na maioria dos jogos sob seu comando: não estão com o time em Curitiba: Coelho, Rentería, Júnior e Alex Bruno, substituídos por nomes como Tchô, Pedro Paulo e Renan Oliveira.
Esta semana o treinador irritou a vários companheiros com a determinação de realizar treinos fechados, sem a presença da imprensa. Ao contrário dos meus queridos colegas, penso que ele está certo. Afinal, qualquer detalhe que puder usar nesta guerra dos últimos quatro jogos será muito útil. Qual comandante militar, estrategista empresarial ou governante sai contando para todo mundo a tática que irá utilizar para superar as barreiras que terá pela frente?
E outra pergunta: que diferença faz para o torcedor saber se houve treino técnico, tático, coletivo ou seja lá o que for? Não me venham dizer que o público fica prejudicado. Se me disserem que o ego do repórter sai arranhado, aí sim, vou concordar, porque é a profissão dele e ele quer estar ali, perto do fato o tempo todo, perto dos atores principais do espetáculo.
Celso Roth está preocupado é em vencer e isso é o que importa para a torcida. O problema é que muita gente da imprensa guarda “ódio na geladeira” e na primeira oportunidade dá o troco no treinador, jogando-o contra a torcida.
Coisas da vida!
O contrato do Roth já está renovado há um mês até o fim de 2010. Gosto do trabalho dele. Comete asneiras como qualquer treinador ou como qualquer comentarista ou torcedor, mas acerta mais do que erra.
E torço para que um clube brasileiro ainda tente fazer o que o Manchester United fez com o Alex Fergunson, que está no comando há 23 anos. É o maior conquistador de títulos da história do futebol inglês, mas não o que ficou mais tempo no cargo, já que Sir Matt Busby durou mais que ele no comando do mesmo Manchester.
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