Blog do Chico Maia

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Idas e vindas

* Nesta época a bola para e os holofotes se voltam para as possíveis dispensas e contratações de jogadores. Especulações é o que não faltam. Muitas plantadas por empresários, jogadores e dirigentes, que muitas vezes até usam a imprensa para despertar o interesse de um ou de outro. Há companheiros que são usados involuntariamente, mas também há os que sabem o estão fazendo, mas se movem por outros interesses.

São incontáveis as mensagens de torcedores pedindo que façamos sugestões de nome ou critiquemos a simples idéia de fulano ou cicrano ser contratado. Considero isso é impossível: imprensa é imprensa, clube é clube. Alguém acha que um Luxemburgo, Adilson, Marco Aurélio ou qualquer outro treinador de personalidade vai querer ou não a contratação de alguém só porque a imprensa falou? Muita gente acha que temos uma força muito maior do que a que realmente temos. Não é por aí!

O que podemos fazer é dar voz ao público, reproduzindo o que nos escrevem. A diferença entre nós e o torcedor é que temos microfones e jornais para falar a mais pessoas o que pensamos. Mas o poder de influência sobre técnicos e dirigentes é mínimo, quase zero. Só não é zero total porque às vezes eles manifestam publicamente a raiva que têm de nós.

Nomes

Todo jogador contratado gera as melhores expectativas e ao mesmo tempo desconfiança. Se vai dar certo ou não, só quando a bola rolar. São incontáveis os casos de famosos que não deram o retorno que se esperava deles, e desconhecidos que se tornaram grandes ídolos. Nelinho era lateral reserva do Aranha no Clube do Remo. A Raposa ficou com ele; o Galo buscou o outro.

Enganos

Dispensar é menos difícil do que contratar, pois este “dispensável” já mostrou a que veio. Mesmo assim erros graves acontecem. Não é incomum o execrado em um clube tornar-se estrela em outro. Mancini saiu escorraçado do Atlético e virou ídolo na Europa. A diretoria do Cruzeiro não queria novamente Alex, mas Luxemburgo impediu que ela cometesse este erro.

Não dá!

Eu jamais teria essa pretensão de fazer valer a minha vontade porque na hora da cobrança, não teria autoridade para isso. E bobo do dirigente ou treinador que aceitar palpite de jornalista, porque é a cabeça de quem está à frente do time e do clube é que estará a prêmio quando a coisa não der certo. Cada macaco no seu galho!

* Estas e outras notas estarão em minha coluna de amanhã no jornal O Tempo, nas bancas!

 


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Comentários:
5
  • Adolfo disse:

    Prezado Chico, penso que Mancini não saiu do Galo escorraçado. Vejamos: chegou ao Atlético no fim de 1998 e disputou o brasileiro de 1999, alterando boas com péssimas atuações. Era titular até o jogo em que foi expulso e o Galo foi goleado pelo Guarani em Campinas, quando Dario Pereira deixou o cargo. Humberto ramos improvisou Bruno nas finas e Mancini perdeu espaço. Em 2001, foi emprestado ao São Caetano, que eliminou o Galo nas semifinais e perdeu o título para o paranaense. Mancini retornou ao time, disputando o brasileiro de 2002 e sendo o artilheiro da equipe naquela competição. Saiu do Galo após imbróglio que fez com que o clube não ganhasse um vintém sequer com sua partida para a itália. Mas nessa segunda passagem Mancini esteve nas graças da torcida e da comissão técnica, a época chefiada pelo Geninho. Quem nunca esteve foi o Cicinho, que curiosamente teve história parecida: chegou mal ao Galo em 2000, foi emprestado ao Botafogo em 2002, retornou ao clube em 2003, sendo uns dos goleadores do time no certame nacional. Só que sua saída se deu de forma mais abrupta que a do Mancini. Cicinho não disputou as duas últimas partidas do time naquele ano, alegando falta de pagamento. Nunca, mesmo quando apresentou bom futebol, esteve nas graças da torcida, e quando voltou a BH atuando pelo São Paulo, foi muito hostilizado pela MASSA, fato que gerou ao clube a suspensão de jogos na capital.

  • Bruno Silva disse:

    Caro Chico acho que a imprensa de Minas realmente tem crédito, só não entendo o temor que ela tem da diretoria do Cruzeiro. O Cruzeiro foi recentemente investigado pelo PF, e ninguem falava nada. Recentemente o Perrela humilhou o Arthur Morais ao vivo, e ficou por isto mesmo. O Emanuel Carneiro não falou absolutamente nada. Sem falar na demissão do Alexandre Simões do estado de Minas após divulgar o enriquecimento da família Perrela. Parece que eles tem um controle total do que é divulgado na imprensa. Por isto acho que a imprensa mineira deixa a desejar quando o papo é isenção. Confesso que pelo menos comigo ela perde credibilidade. Talvez por esta area estar infestada de “paus mandados” de pessoas de influencia, como a diretoria do Cruzeiro, que o governo passou a nem exigir mais diploma de jornalismo. Mas não se pode generalizar, ha bons profissionais, isentos, e é isto que se espera.

  • Adalton disse:

    Concordo com o Chico; mas se eu fosse dirigente de futebol, sempre que possível, observaria o comportamento da torcida, pois como se diz: “A VOZ DO POVO É A VOZ DE DEUS”.

  • Lima disse:

    Concordo, acho que não cabe a imprensa indicar jogadores ao clube, para isso os clubes tem suas comissões técnicas e diretorias de futebol. Uma comissão técnica que sabe menos de futebol que um repórter pode se aposentar. A função da imprensa nessa fase de especulações a meu ver seria filtrar as notícias antes de passá-las aos torcedores evitando assim que se crie falsas expectativas em cima de meras especulações. Cada um na sua a boa imprensa informa e dirigentes e técnicos contratam.

  • Stefano Venuto disse:

    O Galo fechou com o Muriqui e estão falando com o Zé Roberto. Hoje tem novidades.