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Usiminas dá um passo atrás e revolta Ipatinga

A Usiminas sempre patrocinou as atividades esportivas e culturais de Ipatinga, desde que a cidade existe. Sempre citada em todo o país como exemplo a ser seguido, de empresa cidadã, que dá contrapartida à comunidade pelos eventuais transtornos que provoca em função da natureza da sua atividade industrial.

Porém, o tempo passa, o capitalismo se torna cada vez mais selvagem, e empresas mudam de mãos. Cada gestor tem suas idéias próprias e prioridades. Muitos só pensam nas margens de lucro e cortam todo investimento que julgam “supérfluos”. Para muitos executivos, empresários, o ser humano se encaixa nessa categoria.

E neste contexto, lamentavelmente, a Usiminas está mudando o seu relacionamento com a população ipatinguense. No que se refere ao esporte, a empresa está se desfazendo de todos os clubes que possui e que não têm recursos para se sustentar sozinhos. A Associação Atlética Aciaria, fundada há 35 anos, que revelou para o futebol, entre outros, Mancini e Fred, dos tempos atuais, Sérgio Araújo e Edvaldo, dos anos 1980, é mais um destes casos. A importância dessa instituição era total para a cidade, onde crianças, jovens e adultos eram beneficiados, com o incentivo às práticas mais salutares do esporte, assistidos por profissionais de alto nível.

Hoje, a revolta da comunidade com a empresa é um negócio impressionante. Em defesa da siderurgia, foi alegado que “só a conta de luz da Aciaria é R$ 10 mil por mês”. E daí? O que significa este valor para um grupo gigante como esse? Tomara que eu esteja errado, mas os índices de criminalidade envolvendo drogas e todo tipo de degradação social devem começar a crescer de forma assustadora na cidade e região. A ausência de esporte, educação e cultura, está diretamente ligada a essa tragédia crescente no Brasil.

Em todo o caso, para não dizer que a perda é total, pelo menos o Ipatinga, clube profissional, foi beneficiado e ganhou de presente a Aciaria, que passou a ser o seu Centro de Treinamento.


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Comentários:
33
  • Victor disse:

    Chico Maia,dito e feito.Moro em Ipatinga,e os índices de criminalidade estão altíssimos.Sem dúvida tem influência direta com a crise na Usiminas.

  • Márcio disse:

    Senhor Francisco Barbosa, ainda que o repasse de icms seja como o senhor disse, há ainda uma outra forma: os projetos culturais do estado de Minas pela lei de incentivo se faz diretamente com as empresas. Pra se ter uma idéia: o município de ipatinga investe algo em torno de duzentos mil; só na nossa região em 2010 foram aprovados na lei estadual mais de 3 milhões de reais, mas não conseguiram a captação pois, a empresa que fazia a dedução no imposto foi beneficiada com a isenção. Não posso ser leviano, mas é muita coincidência isto ocorrer em um ano eleitoral.

  • Márcio disse:

    Uma empresa seja pública ou privada, tem que respeitar o princípio da funçao social. Ela deve existir não apenas com o fim de auferir lucros.Os investimentos que elas fazem seja na cultura ou educação tem um retorno pra comunidade, pros familiares dos funcionários ou até mesmo em relação à imagem da empresa.Não é nada justo uma empresa vir pra um determinado local, explorar, poluir, ceifar vidas com trabalhos altamente insalubres, não respeitando nem a integridade dos seus funcionários, em turnos desumanos, contaminar o lençol freático com metais pesados, participar do mensalão. As questões humanitárias devem ser levadas em conta. Se uma empresa nasceu pra dar lucros, esta talvez seria a visão de um administrador. Mas o mundo não gira em torno só de administradores, no mundo tem vidas, tem meio ambiente abiótico ou biótico. A propósito muitos projetos culturais aprovados pela lei de incentivo não foram realizados em 2010 pq a siderúrgica que
    convertia os impostos em projetos foi isenta no ano passado.Vcs foram isentos pelo menos do IPVA de seus automóveis. Não sou contra o progresso, mas se faz necessário um progresso auto-sustentável, e que a humanidade aproveite.

  • Leopoldo disse:

    A Aciaria era um clube de lazer patrocinado pela USIMINAS; Hoje seu espaço é ocupado pelo Ipatinga Futebol Clube.
    Sem sombra de dúvidas que para o IEC foi bom, pois já pegou uma estrutura montada; mas por outro lado, a população ficou sem um clube de lazer, pois lá há vários campos de futebol, piscina, quadras de futebol de salão, quadra de peteca, sauna e quadra coberta.
    Graças a Deus que a Usiminas trocou de presidente, pois este tal de Castelo Branco não queria investir na região e no Estado de Minas Gerais.

    A Prefeitura Municipal de Ipatinga dá o maior apoio ao esporte amador da cidade. Aqui temos várias equipes em todas as suas categorias; temos um campeonato competitivo disputando a primeira e a segunda divisão.
    O campeonato é disputado nas categorias: amador, júniores,juvenil e fraldinhas.
    Temos bons campos de futebol, a maioria com alambrados, vestiários. E nos dias de jogos tem policiamento cobrindo a segurança dos espetáculos.

  • Helcio de Freitas Martins disse:

    A aciaria tem historias, nao podemos esquece-las, o esporte de Ipatinga tem boa fama. Eu conheço estas historias pois trabalhei 10anos na usiminas e vivi em Ipatinga 25anos. A aciaria foi costruida com nosso dinheiro.

  • Alisson Sol disse:

    Renato,

    Concordo com suas palavras: “Quem sabia, Alisson, era a comunidade local! O marketing não tem, necessariamente, que atingir a todo o País ou ao Mundo.“. Porém, embora a ação seja “local”, a empresa hoje tem obrigação de pensar “globalmente”. O Frederico Dantas escreveu sobre a questão de “Cidadania”, e isto hoje é mesmo algo importante em todas as empresas. Eu mesmo estou discutindo isto porque faço parte de comitês sobre o assunto na minha empresa.

    O que eu quero é que, apesar da ação local, você considere o “efeito global”. A Usiminas vendeu suas ações, e creio que apenas 13% ficou nas mãos dos funcionários. Se você tem uma farmárcia, e sempre fez doação de remédios para a igreja local, não pode querer vender sua farmárcia para uma multinacional da Rússia (só para não usar Japão e parecer implicância com a Usiminas!) e querer que os Russos, que já lhe pagaram para administrar a empresa como bem desejassem, continuem com a “obrigação” de doar remédios para a igreja local. Se você vendeu menos de 50% das ações, pode votar com sua parte, e continuar tendo “controle” das ações de cidadania da empresas. O que não se pode é deixar para quem comprou e pagou uma empresa um “centro de custos” eterno.

    O que a maioria das empresa hoje faz em termos de cidadania é “contra-partida”. Algo como: se um funcionário dar R$1,00 para uma entidade, a empresa entra com outro R$1,00, até um certo limite. Isto gera uma fiscalização local importantíssima, pois você não vai continuar doando se notar que a entidade não está beneficiando ninguém. O que creio que nenhum funcionário da Usiminas aceitaria é descobrir que a empresa está sustentando um time de beisebol no Japão de forma permanente, e sem nenhuma contra-partida local.

  • francisco barbosa disse:

    1- Frederico concordo 100% com sua opinião.
    2- Chico Maia e demais parabéns porque este espaço esta cheio de pessoas inteligentes.

  • Frederico Dantas disse:

    Caro Francisco.

    Apenas para aclarar o que penso e talvez não tenha conseguido me expressar corretamente, sou absoutamente contra empurrar para a iniciativa privada e para a sociedade civil as reponsabilidades que são inerentes ao poder público.

    Já vivemos fartos disso ao termos que pagar escolas particulares para nossas crianças, planos de saúde, segurança privada… tudo isso já previamente pago por nossos impostos. Isso também vale para o investimento na área social, onde se insere o esporte e o lazer.

    O que ressaltava é uma espécie de política de boa vizinhança. Não é porque pago meus impostos como cidadão que vou jogar lixo na rua onde moro, esperando que a coleta pública venha recolhê-lo. Não é por pagar meus impostos que não posso, junto com minha vizinhança, cuidar da praça do bairro para que todos nós tenhamos uma melhor qualidade de vida.

    É isso que se espera destas empresas. Não que façam o papel do estado. Porque, mesmo pagando impostos, elas costumam receber de suas cidades acolhedoras muito mais que dão. Se não fosse isso, não trocariam de endereço com tanto facilidade (em muitos casos).

    Enfim, a palavra Cidadania já entrou no mundo corporativo, como muitos exemplificaram acima. Empresas cidadãs costumam ser empresas melhores em todos os aspectos.

  • Renato Paiva disse:

    Quem sabia, Alisson, era a comunidade local! O marketing não tem, necessariamente, que atingir a todo o País ou ao Mundo. Se atingir a comunidade local (acredito que o Vale do Aço tenha uns 600 mil habitantes) já será de grande valia.
    A Iveco, por exemplo, quando doa uma ambulância para um hospital aqui em Sete Lagoas/MG/Brasil, é comentário geral, sai em todos os jornais, rádios e TV.
    O bom relacionamento com a comunidade local é fundamental para a empresa, uma vez que a maioria de seus empregados vivem nesta comunidade. Isso, no mínimo, os motiva.

  • francisco barbosa disse:

    caro Frederico um municipio quanto mais industrias tem mais ele recebe icms do bolo geral do estado a que pertence portanto mesmo que as industrias ali instaladas tenham isenção de icms ele recebe dos municipios cujas empresas não tenham esta isenção ou seja o dinheiro vai para o caixa do estado e depois e repartido conforme a produção de bens e serviços de cada municipio, em tempo IPATINGA em 2009 conforme site da Fundação João Pinheiro recebeu de icms CR$ 184.809.918,97 portanto a PREFEITURA QUE RECEBEU ESTE RECURSO QUE TEM A OBRIGAÇÃO DE INVESTIR NO SOCIAL .

  • Alisson Sol disse:

    Renato Paiva,

    Uma multinacional hoje consegue publicidade e retorno imediato de seu investimento social levando água para o Haiti. Qual o retorno dos vários anos de investimento em Ipatinga? Quem sabia desta ação social antes da empresa cancelar?

    O que a Usiminas está fazendo é consequência de leis dos EUA e Europa que hoje exigem que empresas sigam regras bem claras para suas relações com outras empresas, governos e instituições sem fins lucrativos, em qualquer lugar do mundo. Havia muita filial de multinacional fazendo mais “ações sociais” com amigos e parentes de diretores do que negócios. Isto vai diminuir cada vez mais, ao menos em multinacionais que vendem para os EUA e Europa.

    O Sérgio Moreira escreveu: “Eu gostaria de saber onde estão os patrocínios da CEMIG, Copasa, BDMG, Codemig no sporte mineiro.

    Isto, por meios indiretos, está ocorrendo, mas é errado. O Brasil tem coisas absurdas vestidas como “investimento social”. Como pode a Petrobrás patrocinar clubes com dívida com INSS? E os grandes clubes de BH não pagarem conta de luz e água por ano a fio, e depois trocar a dívida por patrocínio? Você tem alguma opção, a não ser receber água e esgoto da Copasa? Ou você pode chamar um competidor para passar um outro cano de água na rua, e outra instalação de esgoto? Então a Copasa e Cemig não devem patrocinar ninguém, pois já são necessariamente conhecidas. Qualquer patrocínio automaticamente lesa todos os outros consumidores.

    De novo: investimento social permanente é função do estado. Uma empresa pode fazer diversas ações temporárias, mas nunca algo permanente. Não tem sentido o estado bancar um Pan-Americano que era para ser bancado por empresas, pois é um “evento”, e depois querer que empresas fiquem patrocinando merenda escolar, esportes, etc.

  • Ao “competente” Sr ITAIR MACHADO: E aí? O CEC vai “bancar” essa? Ipatinga, uma quase metrópole nas mãos de quem não sabe dirigir o esporte local…

  • Renato Paiva disse:

    Alisson,
    É lógico que empresa tem que dar lucro e que há retorno ao Estado através dos tributos. Contudo, insisto que o investimento social também dá lucro em todos os aspectos. Não fosse assim, as empresas não se preocupariam com o tal Balanço Social.
    O que estamos discutindo é que estas empresas investem (investimento direto mesmo) muito pouco nas comunidades onde estão instaladas, o que acaba, em muitos casos, diminuindo a qualidade de vida das pessoas que ali vivem.
    Investimento pode não significar desembolso. As leis de incentivo dão oportunidade às empresas de investirem. Contudo, faltam projetos. As empresas deveriam ajudar as comunidades a desenvolverem e aprovarem os projetos nos órgãos competentes. Isso facilitaria tudo e parte do Imposto de Renda e do ICMS poderiam ser diretamente investidos no próprio município.

  • Melo disse:

    Não precisamos ir longe, para ter exemplos.
    No ano de 2000 um dono de siderurgica resolveu bancar o Sertanejo de Prudente de Morais, o levando ao título da Copa Itatiaia…
    Hoje esse dono de siderurgica é prefeito da cidade e o Sertanejo acabou…

  • Frederico Dantas disse:

    Cada emprego gerado por uma destas grandes indústrias em Sete Lagoas traz mais um 5 desempregados. São os que acham que há um eldorado à sua espera e, quando percebem, não tem nada disso.
    Só que eles acabam ficando por aqui, vivendo de forma degradante e sem muito o que fazer. Isso é uma dos fatores que aumentam a violência. Portanto, não sei até que ponto vale a pena ter uma fábrica que gere 300 empregos na cidade. Sinceramente, tenho dúvida. Afinal de contas, arenda per capita esta cada vez mais baixa aqui. Quanto a isso não há dúvida: riqueza, não chegou para os daqui.

  • Alisson Sol disse:

    Senhores, calma lá. Empresa tem de dar lucro para seus acionistas. Qualquer um que acreditar em algo diferente está confundindo definições. Não se pode confundir empresa com estado, com fundação, ou com entidade sem fins lucrativos. Ainda mais porque, como se está vendo nos comentários por aqui, ninguém lembra dos muitos anos em que uma empresa “ajuda” alguém/algo, e todos se lembram quando ela pára de ajudar. Ou seja: quem nunca ajudou ninguém, não corre este risco!

    Minas Gerais recebe muito dinheiro de royalties de exploração mineral. Se não se está de acordo com o “combinado”, cabe ao governo do estado refazer os acordos. Agora, não se pode gastar todo o dinheiro dos royalties da exploração mineral em Valeriodutoes, sedes novas do governo do estado, parques de exposição em Belo Horizonte, novos estádio em Belo Horizonte, etc., e depois ainda ficar dizendo que “as empresas de mineiração não dão retorno ao estado” porque uma empresa deixou de patrocinar uma atividade em uma cidade do interior que eu, desculpem minha ignorância, nem sabia que existia, e creio que muitos outros também não.

    Incentivo à instalação de empresas ocorre em todo lugar do mundo. A cidade de Detroit, nos EUA, está dando a uma empresa indiana de “offshoring” um enorme número de vantagens para que criem 300 empregos na cidade, mesmo que tais empregados lá estejam para “enviar e coordenar trabalho remoto na Índia”. A lógica é simples: melhor 300 empregos por lá, e mais 3000 na Índia, do que 0 pessoas empregadas nos dois locais. O Brasil já faz o mesmo: estou cansado de ligar para empresas aéreas brasileiros e ser atendido por alguém que está na Argentina. Vão reclamando de empresas em Minas: em breve, podem conseguir o que querem, e não ter de quem reclamar… Melhor todo mundo virar empresário.

  • Frederico Dantas disse:

    Caro Francisco.
    A principal isenção de impostos que há é justamente do ICMS, para que uma fábrica se instale. Isso costuma acontecer nos primeiros 15 anos de implantação da indústria, variando de caso a caso. Na época da Iveco, por exemplo, quem fez a média foi o então governador Eduardo Azeredo. Isso vira moeda na hora de decidir onde implantar fábricas. Se não pagam ICMS, não tem repasse ao município.

  • Aldemário Ferreira Filho disse:

    E o que dizer da Vale ? Esburacou e esburaca Itabira e outras regiões de Minas, paga um salário baixo, consequentemente tem um lucro absurdo e investe muito pouco no estado. E a sede da empresa continua no Rio. De minas só querem o suor, se bobear sangue e lágrimas também.

  • Paulo Santos disse:

    Esse presidente atual da Usiminas, Dr. Castelo Branco, não tem compromisso com Ipatinga. Ele está acabando com uma cultura que existe e sempre deu certo há mais de 50 anos. O ex-presidente Dr. Rinaldo Campos Soares tinha muitos defeitos, mas gostava da cidade, da região, e deve estar muito triste vendo tudo isto acontecder. Aliás, espero que ele se mexa, enquanto Consul do Japão no Brasil, faça alguma coisa, pois o funcionário da empresa está sendo pisado, humilhado, o orgulho de trabalhar na Usiminas acabou. O sindicato usa um discurso de atacar a empresa, mas parece que por debaixo dos panos faz o jogo da mesma, como sempre foi no passado.
    Pensei que meu filho fosse se interessar em trabalhar também na Usiminas, mas ele já me disse que não se sentiria bem numa empresa que humilha, pressiona, não valoriza seus funcionários e hoje pratica as maiores injustiças.
    Que os homens de bem nesta cidade, o Dr. Rinaldo, o governador Aécio, façam alguma coisa urgente.

  • francisco barbosa disse:

    Prezado Frederico Dantas o icms o estado repassa aos municipios conforme sua produçao e valor agregado de bens e serviços independentemente de isenções de impostos municipais iptu, iss, taxas o municipio de sete lagoas recebeu de icms em 2009 Cr$ 44.871.993,44(ver site da fundação joao pinheiro clique em lei robin hood clique em 2009 ,todos meses do ano e depois em sete lagoas e consultar) pode ter certeza que estes recursos provem em grande parte das industrias ali instaladas e depois do comercio local. Quanto ao Monte Azul o estadio era capaz de receber 12.000, mas na primeira divisão de SP a FPF exige 15.000

  • Frederico Dantas disse:

    Francisco.
    Estou meio por fora deste caso do Monte Azul, que seria até um ponto fora da curva, já que o que se tem aos montes em SP são times de prefeitura e de empresários com finalidades que são muitas menos esportivas.

    Mas vão adequar o estádio de Monte Azul para receber 15 mil pessoas e atender aos padrões da FPF? Isso numa cidade de 20 mil habitantes? Isso também não tem muito cabimento.

  • Sérgio Moreira disse:

    Eu gostaria de saber onde estão os aptrocínios da CEMIG, Copasa, BDMG, Codemig no sporte mineiro.
    Os políticos das Minas Gerais podem viajar até São paulo e verem oque as empresas estatais investem em esporte no interior paulista, seja no futebol, como na natação, atletismo, ciclismo, voleibol e etc.
    Minas Gerais está ficando pra trás nestes esportes.

  • francisco barbosa disse:

    Em MONTE AZUL PAULISTA – SP (20.000 habitantes) tem um clube profissional na primeira divisão o ATLETICO MONTE AZUL que empatou com o Corinthians na estreia do paulista (jogaram em ribeirão preto porque o estadio local esta em obras a FPF exige 15.000 lugares em fevereiro fica pronto) então dirigentes e imprensa de MG (principalmente do interior) deveriam visitar a cidade e o clube e afirmo o time e o estadio não são da prefeitura nem de empresarios forasteiros o ATLETICO MONTE AZUL foi fundado em 1920.

  • Frederico Dantas disse:

    Prezado Francisco Barbosa.
    Concordo com você, em relação aos impostos e as obrigações do estado. Mas, segundo consta, estas empresas só se instalam por aqui justamente por causa da mamata da redução ou até mesmo isençao de impostos.

  • Renato Paiva disse:

    Em tempo: no caso da Banda, a Plantar foi a grande parceira.
    Chico,
    Desculpa, mas essa turma que investe no social merece um jabazinho. kk

  • Renato Paiva disse:

    E olha que ainda existem as leis de incentivo (cultura, esporte, FIA). Se as empresas fizessem projetos em parceria com as entidades (Democrata, Bela Vista, associações em geral), poderiam investir sem qualquer custo (ou com custo muito reduzido), uma vez que poderiam deduzir o investimento do imposto de renda.
    Já fizemos isso em Sete Lagoas com a centenária Banda de Música União dos Artistas, que estava morta em 2005, quando foi dado o alerta no 7 Dias, e hoje esbanja saúde. Agora, estamos tentando fazer com a Associação Amigos do Democrata. Em breve, poderemos colher ótimos resultados (formando cidadãos) nas escolinhas de futebol do Serrinha e CAP devido ao apoio da Siderpa, da Multitécnica e de algumas pessoas físicas. TUDO COM DINHEIRO DO IMPOSTO DE RENDA!

  • Daniel Lanza disse:

    Concordo plenamente com o Frederico! Em Sete Lagoas as coisas são ainda pior que em Ipatinga. Em 2009 a Ass Amigos do Democrata lutou, colocou faixas, enviou cartas mas…
    Se as empresas da cidade se juntassem para patrocinar o Democrata o sucesso seria certo e a imagem destas empresas junta a comunidade iria melhorar muito já que a única que passam são de empresas que exploram.
    Em Sete Lagoas existem grandes empresas como BomBril, Elma Chips, Ambev, Iveco, FPT, Sada, OMR, Itambé, entre diversas outras que na grande maioria nunca apoiaram a cidade.
    Tá na hora do pessoal do marketing dessas empresas começarem a preocupar com a imagem que estas deixam na cidade. Por experiência própria na área de engenharia de grandes empresas afirmo, a boa imagem junto aos colaboradores melhora e muito a eficiência na produção.

  • francisco barbosa disse:

    Essas empresas rendem milhoes as prefeituras destes municipios por meio do vaf (icms) portanto e o poder publico que arrecada impostos que tem a obrigaçao de oferecer esporte e segurança e quando falo de esporte tem que prestigiar o esporte amador em geral .

  • Stefano Venuto Barbosa disse:

    Chico Maia,
    aqui na terrinha somos testemunhas desse tipo de coisa, as siderúrgicas que tanto mal fazem pra nossa terra, jamais se dignaram realizar qualquer tipo de evento, patrocínio, qualquer atividade que trouxesse algum benefício cultural ou esportivo à Sete Lagoas. Temos a AMBEV e IVECO que seguem pelo mesmo caminho. Enquanto isso na Argentina O BANCO HIPOTECÁRIO NACIONAL, vai patrocinar o Racing, sem expor o patrocínio na camisa.
    http://maquinadoesporte.uol.com.br/v2/noticias.asp?id=15229

  • Frederico Dantas disse:

    Lamentável e absolutamente retrógrado. Pensar que tudo que uma empresa como esta tem que fazer para retribuir à cidade pela sua exploração pelos anos que foram e pelos que ainda virão seja somente dar emprego à população, é um retrocesso muito grande. Enquanto muitos estão querendo aumentar sua produtividade melhorando a condição de vida de seus funcionários, direta e indiretamente, a Usiminas volta à idade da pedra.

    Caro Chico. E esta história tende a acontecer com Sete Lagoas também. Tem recebido empresas do porte de Iveco, Ambev, Brennand… o que elas darão à cidade (já que até de impostos devem estar livres por horas) além de dar emprego com baixos salários a um pouco de gente?

    • Chico Maia disse:

      Caro Fred,
      esta história acontece com Sete Lagoas há mais de 30 anos e o resultado é o que temos denunciado aí no Sete Dias, né!? Ao invés de craques, o crack toma conta da cidade, e uma criminalidade que perturba a moradores e visitantes em todas as regiões da cidade. Colhe-se o que foi plantado e as grandes empresas que estão chegando fingem que não tem nada com isso, como bem disse o Stefano, outro conterrâneo que conhece bem a nossa terra.
      Enquanto isso, Minas Gerais também dorme e se contenta em apenas exportar matéria prima, repetindo erros históricos de nós mesmos e de outros países.
      E vida que segue!
      Abraço,
      Chico Maia

  • Cristiano Camargos disse:

    Chico no final do ano o Kalil disse que o Galo teria o maior patrocinio já fechado, de qto seria? vc sabe?. Bom será que “este grande” patrocinio foi suficiente apenas para contratar o Luxa e um ex-arbitro??? Vc tem muito mais acesso do que nós pobres e mortais torcedores do galo, já mandei vários e-mails para o galo mas nunca tive o prazer de receber nenhuma resposta, por favor esclareça

    – BH

    • Chico Maia disse:

      Uai caro Cristiano,
      essas informações foram publicadas quando o Kalil deu a notícia. É só pegar aí na internet, caso você não tenha os jornais da época.
      Abraço,
      Chico Maia