O Campeonato Mineiro começa domingo. Originalmente o futebol foi criado para promover a integração entre as pessoas, lazer e alegrias. Tornou-se um grande comércio, fonte de discórdia, violência e até batalhas campais.
Mas resiste na maioria que gosta do esporte mais popular do mundo a tolerância e respeito ao adversário. Gente de bom senso, ser humano normal.
Aos que não enxergam o futebol como diversão e congraçamento sugiro que leiam os relatos do jornalista Renato Alves, que desde segunda feira está no Haiti.
É quando a gente reforça pensamentos em torno da bobagem que é a vaidade exacerbada, a arrogância e a prepotência.
A vida vale muito pouco ou nada em determinadas situações.
Renato é mineiro, porém mora há muitos anos em Brasília, onde é repórter do Correio Braziliense, um dos melhores jornais do país. Destaco aqui algumas twittadas que ele postou, porém pode ser acessado no : http://www.twitter.com/renatoalvesdf
ou pelo portal do jornal: http://www.correiobraziliense.com.br
“Atrás das traves em que Ronaldinho Gaúcho fez um dos seus mais belos gols, pernas e braços são amputados sem anestesia. Leia no Correio.
Imagine uma fileira de bebês chorando, sangrando, com membros quebrados. Vi isso em um hospital ao ar livre.
Avisaram que vamos acordar com crianças haitianas gritando do outro lado do muro: “Jornalista, me dá água”.
Não é brincadeira. Elas estão com sede. E não podemos dar nem jogar uma garrafinha de água. Senão virão milhares.
Abrigo na base militar: uma barraca para dois, saco de dormir e banho gelado. Os demais ficam em uma barraca gigante.
Nosso abrigo é a última coisa que existe na cidade da base. Ficamos colados a um muro altíssimo com cercas.
Há 10 metros da barraca, um soldado com fuzil faz a ronda. O resto é o breu.
Já vi muita gente tomando “banho” ou “lavando”os cabelos no esgoto que corre pelas ruas dos bairros mais miseráveis.
Acompanhem a cobertura da tragédia também no e uai.com.br, além dos jornais dos Diários Associados.”
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