Os uniformes dos árbitros de Minas, Rio e Rio Grande do Sul estão fazendo lembrar os dos pilotos de Fórmula 1, com tantos patrocinadores. Em São Paulo há uma pequena propaganda da Motorola, no braço da camisa, que permuta com a Federação Paulista o uso de seus aparelhos para se comunicar nos jogos.
Reportagem do jornal Folha de S. Paulo, do dia 15, segunda feira, mostrou que os apitadores mineiros, gaúchos e cariocas estão contrariando normas da Fifa:
“Duas normas da Fifa são desrespeitadas”
O patrocínio para a arbitragem no futebol brasileiro joga no lixo as regras da Fifa sobre o assunto.
Duas das normas da entidade que controla o futebol mundial são ignoradas por sindicatos e federações que vendem anúncios no uniforme da arbitragem.
A primeira salta aos olhos. De acordo com a Fifa, só é permitida a exibição de patrocínios nas mangas das camisas do trio e, ainda assim, com um limite de espaço. No Brasil, o espaço preferido dos anunciantes fica na frente da camisa ou nos calções.
Para justificar o desrespeito às regras da Fifa, os representantes dos árbitros declaram que as regras da federação internacional servem apenas para as competições organizadas pela Confederação Brasileira de Futebol.
Pela ótica deles, os Estaduais, por serem competições sob o comando das federações, não precisam respeitar o que a entidade mundial prega, apesar de as federações de cada Estado serem subordinadas à CBF.
Outro item do regulamento da Fifa que é ignorado no patrocínio dos árbitros brasileiros pode resultar em mais polêmica ainda.
Diz um artigo que a “publicidade nas camisas dos árbitros será permitida apenas se ela não criar conflito de interesses com a publicidade vestida pelos dois times”.
Se isso acontecer, estabelece a Fifa, o trio não pode ostentar essa marca. Assim, os juízes e auxiliares mineiros não poderiam usar em seus uniformes o logo do BMG, já que o banco patrocina vários clubes do Estado, incluindo os três grandes -América, Atlético-MG e Cruzeiro.
O regulamento da Fifa que dita as regras do patrocínio dos árbitros indica que sua violação será punida de acordo com o regulamento disciplinar da entidade, que pode variar de multa a suspensão.
O regulamento disciplinar afirma que ele deve ser aplicado a todas associações (no caso do Brasil, a CBF) e seus respectivos filiados.
» Comentar