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Futebol profissional tocado como amador

O futebol brasileiro parece amador quando vemos distorções que as pessoas estão encarando como normais: a Fazendinha, estádio do Ituiutaba tem capacidade para 1800 pessoas.

Lotado para o jogo contra o Cruzeiro, gerou uma renda de R$ 31.100,00.

Isso mesmo: trinta e um mil e cem reais, numa partida envolvendo um dos maiores clubes de futebol do mundo, cuja folha de pagamentos é uma das mais altas do futebol brasileiro.

Sem falar nas condições do gramado.

Se os clubes, a Federação e a CBF não pressionarem pela evolução do interior a situação ficará assim eternamente.

Enquanto isso, horas mais tarde, deste sábado, pelo mesmo Campeonato Mineiro, o Ipatinga, da cidade do mesmo nome, distante 217 km de Belo Horizonte, enfrenta o América de Teófilo Otoni, no Mineirão, um dos maiores estádios do planeta.

A média de público do Ipatinga é fraquíssima até no Ipatingão, imaginem na Capital!

No Rio de Janeiro, jogo pelo Campeonato entre Madureira e Bangu às 8 horas. Porque a Justiça do Trabalho resolveu se meter onde não devia e proibiu jogos entre 10 e 17 horas.

A Globo marca uns jogos para as 21h45 e a Justiça faz com que outros sejam disputados às oito da manhã!

E fica por isso mesmo!

 


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Comentários:
21
  • Bessas disse:

    Ainda bem que o Ituiutaba está caindo para 2ª divisão. E tomara que não volte até construir um estádio decente para todos.

  • Alisson Sol disse:

    Stefano

    Primeiramente: eu concordo com o princípio de que os estádios tem de ser bons. O que estou querendo demonstrar é apenas que, para premiar a “competência”, temos que focar no futebol, e não nos estádios.

    O futebol se sustentaria se regionalizado, e com um sistema que premie a competência. É isto que se faz na Inglaterra. Se eu fundar um time do meu bairro, entro na “última divisão”, e posso ir crescendo. O time vai jogar a Copa da Inglaterra, onde times como o Manchester United, Chelsea, Liverpool e Arsenal jogam sem problemas em campos como o do “Cambridge United”, que tem capacidade para 9 mil torcedores.

    O que estão propondo, ao condicionar entrada no Campeonato Rural a se ter um “grande estádio” é literalmente uma “reserva de mercado”. Existisse isto há tempos, nem mesmo Cruzeiro e Atlético-MG poderiam um dia ter participado do “Campeonato de Belo Horizonte”, e o América-MG seria bem mais do que “Deca-Campeão”!

    E em relação aos salário de jogadores: duvido que todos os titulares do Cruzeiro ou Atlético-MG ganhem 84mil/mês. Deste jeito, apenas os 11 titulares, com 13 salários por ano (incluindo décimo-terceiro), custariam: 11*13*84 = 12 milhões/ano. Ou seja: mesmo sem se pagar nada mais a ninguém, já é mais do que consta no balanço dos clubes com tais “despesas operacionais” (apesar de eu ser o primeiro a concordar que balanços de clubes de futebol são obras de ficção).

  • J.B.CRUZ disse:

    stefano, falou e disse…

  • Stefano Venuto Barbosa disse:

    Alisson Sol,
    estou falando de qualquer jogador que ganhe mais de 84 mil por mês, que você pode colocar quase todos os titulares do Cruzeiro e Atlético. Sem contar o prejuízo técnico, por exemplo, no caso de um Fábio ficar de fora em partidas das libertadores, porque o Cruzeiro não tem reserva à altura, com experiência, para disputa dessa copa.

  • Basilio disse:

    Caro Edisio, o Ipatinga foi notícia no país inteiro, pena que foi e é mal administrado. A cidade de Montes Claros por exemplo, investiu no Voley e é notícia no eixo. Tem que haver bons investimentos, planejamento e administração.
    É muito oportuna sua participação no Blog do Chico, que oferece essa condição, assim como outros que já haviam cantado essa pedra. Os grandes centros precisam ouvir a voz do interior.

  • Macalé disse:

    Ainda tem gente que acha o máximo o campeonato rural.

  • Edisio,

    Concordo com você, sou do interior e torço muito para que o futebol de todas as regiões de Minas seja forte. Sei que é muito difícil, mas acredito que se a federação, clubes, empresas e até o governo do estado através da CEMIG e COPASA bancassem os campeonatos de todas as divisões e patrocinassem os clubes do interior, esse sonho se tornaria real.

  • Alisson Sol disse:

    Stefano,

    Um jogador profissional parado por um ano, é um prejuízo superior a 1 milhão de reais, sem falar no prejuízo técnico.
    Minas Gerais, que já é uma aberração no Brasil, pois possui “dois grandes clubes“, tem realmente quantos jogadores de futebol profissionais que dariam prejuízo maior que 1 milhão de reais por ano?

    Vamos ser mais realistas: há alguns anos, a própria associação dos jogadores de futebol divulgou Estatísticas informando que 98% dos jogadores de futebol profissional no Brasil recebiam apenas 2 salários-mínimos por mês. As pessoas se focam nas “aberrações estatísticas”, e esquecem a “realidade”. Nada anormal: é como as pessoas que tem medo de viajar de avião e andam de carro, mesmo a probabilidade de você morrer em um vôo ser aproximadamente 7 vezes menor do que a probabilidade de morrer em um acidente de carro no próximo ano. O motivo: praticamente todo acidente de avião é noticiado, mas não todos os acidentes automobilísticos. Todo mundo lembra de Romário, Kaká, etc., e esquecem os jogadores do “Juventus-AC”.

    Futebol é um jogos “entre times de futebol”. Ninguém vai assistir um campeonato entre “Fazendinha x Mineirão”, ou “Ipatingão x Arena do Jacaré”. O que importa é a qualidade dos times de futebol.

    O problema do Campeonato “Belo Horizontino com sotaque caipira” é que os times da capital estão em um patamar diferente dos do interior, e este campeonato de nada lhes serve tecnicamente. Mas já foi dito pelos mesmos times (da capital) que a cota da televisão é hoje tão boa que é melhor disputar o Campeonato Rural do que disputar a Copa do Brasil. E alguém reclamou do estádio no Acre?

    As cidades e o estado não tem de financiar elefantes brancos como o Parque do Sabiá em Uberlândia, para ficar depois o “monumento” sendo utilizado duas vezes por ano. Se o time da cidade é bom, e o estádio capaz de receber 2 mil pessoas, que se jogue para 2 mil pessoas!

    Se querem o futebol do interior forte, façam os campenatos regionalizados, e mantenham os clubes do interior jogando o ano inteiro. Agora ficar querendo que prefeitura e patrocinadores invistam em times que vão existir às vezes por 11 jogos é ilusão. Todo mundo querendo que “outro faça o investimento, mas não com o meu dinheiro”.

  • Bessas disse:

    Stefano,

    Assino embaixo, comungando do que escrevi aqui neste post. Não é campeonato de estádio como diz o Alisson, é campeonato da competencia , profissionalização. Qual é o problema de se exigir estádio para 10 mil cadeiras com campo, arquibancada.bares e banheiros descentes para o público???

  • Stefano Venuto Barbosa disse:

    Alisson,
    Não é o caso de fazer um campeonato de estádios, mas esse deveria ser um dos critérios de inscrição das equipes, porque no começo do campeonato, foi feita uma vistoria dos estádios e a maioria não passou, para depois os clubes remendarem porcamente os “currais” e a FMF fazer vistas grossas. Um jogador profissional parado por um ano, é um prejuízo superior a 1 milhão de reais, sem falar no prejuízo técnico.

  • não culpem a FMF, culpem os dirigentes de clube que se vendem para a TV sem se importar com o seu CLIENTE, O TORCEDOR!

    não sejamos infantis e temos que jogar pedras em quem são os culpados por esta desorganização!

    Chico, sobre horários, para ATLETAS PROFISSIONAIS, eu disse PROFISSIONAIS E NÃO BALADEIROS, tenho a dizer isto:

    “…fazer exercícios pela manhã pode queimar mais calorias do que em qualquer outro horário. Isso porque, nesse período do dia, o metabolismo está em alta, funcionando melhor do que à tarde ou à noite.

    A nutricionista Cristina Freitas, do Conselho Regional de Nutricionistas do Rio de Janeiro, explica que, após as horas de sono, quando o corpo está profundamente relaxado, os músculos e o organismo, em geral, precisam de uma dose extra de energia para ficar de pé e fazer exercícios. Por isso, a taxa metabólica é mais alta pela manhã.

    Mas, como em toda regra há exceções, existem aqueles que preferem ficar acordados à noite e dormir pela manhã. Nesses casos, explica Cristina, o metabolismo atinge seu ápice no último período do dia…”

    http://www.sitemedico.com.br/

    PS: a desculpa do meu AMÉRICA pelos fracassos (considero fracasso perder para equipes semi-profissionais de MG) ficou em arbitragens, calor, desentrosamento (mesmo time do ano passado). POR FAVOR CHICO, o que de errado acontece com meu AMÉRICA? ATÉ HOJE ESTAMOS LUTANDO CONTRA O PROFISSIONALISMO? SERÁ?

    bom dia!

    Flávio Braga de Azevedo!

  • Edisio Torres disse:

    Basilio… mas como ter bons patrocinios se a midia não valoriza? Por isso eu disse que há necessidade de uma reflexão com responsabilidade ou seja sem sair do foco.
    Com relação ao Ipatinga ele realmente ganhou espaço, porém era insignificante. Os empresarios que investem em clubes do interior o fazem por total amor ao clube ou a cidade.

  • Basilio disse:

    Edisio, os times do interior tem que correr atrás de bons patrocínios e fazer bons times. Despontando no cenário estadual e nacional, eles começam a ganhar mais espaços na mídia. Quando o Ipatinga foi campeão mineiro ele começou a ganhar este espaço depois foi caindo e se for campeão este ano retoma novamente.
    Não sou contra o campeonato estadual, mas acho que deveria ser disputado por equipes do interior e os da capital poderia entrar com times mesclados. O Brasileirão deveria ser o ano todo. Não vejo a hora do início!

  • Alisson Sol disse:

    Edision

    Estamos querendo um “Campeonato de Estádios” ou um “Campeonato de Futebol”? Teoricamente, a única coisa de que se precisa hoje para se ter um bom “Campeonato de Futebol” é um bom campo. Veja que neste post mesmo o Chico cita que a “renda” da partida citada foi de R$31.100,00. Certamente, não é isto que está sustentando os clubes de futebol, mas sim a renda da televisão e do licenciamento de produtos.

    Às vezes – e não estou falando pessoalmento do Edision- eu acho que tem gente que detesta tanto o futebol que tenta “matar o produto” criando toda a dificuldade do mundo para que ele sobreviva, criticando praticamente tudo à sua volta. Criticam problemas nos gramados. Criticam estádios. Criam torcidas “organizadas” e incentivam a violência. É incrível. Você vê “artigos sobre futebol” em que se fala de tudo… menos futebol!

    Há um jogo de Vôlei em um estádio “mais ou menos”, que fica cheio com 2 mil pessoas, e todo mundo acha o máximo. Mas no futebol se há um campo com excelente gramado mas capacidade para 2 mil pessoas, ao invés de se “valorizar o produto”, aumentando o preço do ingresso, começam a fazer críticas que nada tem a ver com o futebol. Nunca vi ninguém ir a um show no “Palácio das Artes” e escrever uma crítica citando a falta de estacionamento, os ingressos caros, as cadeiras desconfortáveis (e o são: a não ser que tenham mudado as cadeiras, tente assistir um ópera longa lá!).

  • Edisio Torres disse:

    Prezado Aldemario
    Por que cidades que possuem arenas com boa capacidade de publico não participam do campeonato mineiro?
    Acredito que esta pergunta merece uma reflexão com responsabilidade. Um dos fatores que ajuda na questão é o fato de as radios/TVs em seus programas esportivos e os jornais nas pagnas esportivas dedicarem noticias quase na sua totalidade para a dupla Cruzeiro e Atletico. O que sobra é um pouqinho para o America e para o futebol CARIOCA E PAULISTA. Para o times do interior infelizmente é nada. Na minha opinião é inadimissivel termos 1/4 de pagna falando do treino que o Flamento realizou e não ter as noticias do IPATINGA, DEMOCRATA, CALDENSE e etc. Nos jornais e noticiarios cariocas por exemplo não é assim que acontece: eles nem sabem que existimos. Na TV eu não vejo os gols do jogo America de Teofilo Otoni e Caldense, mas vejo os gols do jogo America do Rio e Duque de Caxias. A questão levantada é realmente para reflexão e a intenção é colaborar, com a palavra os envolvidos.
    Grato;
    Edisio Torres
    Ouro Branco MG

    Chico,
    Quanto aos estádios, o grande problema é que cidades que possuem arenas com boa capacidade de público não participam do Campeonato Mineiro da primeira divisão,em outras nem time profissional existem mais, como é o exemplo de Pouso Alegre e Varginha, cidades com estádios relativamentes bons, mas que não recebem jogos.

  • Renato Paiva disse:

    Acho que antes de COBRAR, a FMF e a CBF devem PROMOVER a melhoria dos clubes. Eh pra isso que essas instituicoes existem. E isso eh possivel desde que haja organizacao e boa vontade. A FMF, por exemplo, poderia buscar um patrocinio unico pra todos os times do interior, como jah fez a Federacao Paulista. E esse patrocinio poderia ser investido nos estadios. A FMF tambem poderia ter uma equipe tecnica pra orientar os clubes na manutencao de seus estadios em condicoes de jogo o ano todo, pra evitar aquele problema rotineiro de embargo dos campos dias antes das competicoes. Outra sugestao eh que a FMF tenha tecnicos que orientem os clubes na parte administrativa, especialmente em relacao aos tributos, pra que esses sejam melhor organizados.
    Formas pra FOMENTAR o futebol a FMF e a CBF tem. Basta boa vontade pra colocar isso em pratica. Essas entidades nao podem existir somente pra COBRAR, “organizar” competicoes e cobrar taxas absurdas!

  • Aurelio Miguel disse:

    A FMF tem que tomar uma atitude, mas é muito mais fácil viver bem com todos e conseguir manter votos…infelizmente é isso!
    Engraçado como gostam de criticar a torcida do Ipatinga, que nesse horário horrivel, 21hs45min em pleno sabado jogou no Mineirao e teve um publico de mil torcedores…coisa que nem o America-Mg com 100 anos não faz a tempo.
    Depois da participação pifia do Ipatinga na serie A, a pequena torcida se afastou ainda mais. Normal com campanhas ruins. Quero só ver o público do primeiro jogo no Ipatingão com a torcida na liderança. Ano passado no modulo II o Ipatingão teve a capacidade reduzida para 1.500 torcedores!!! Um absurdo!! E campos como do Democrata-Gv estão liberados para mais torcedores, que criterio foi usado?!?! Lamentavel!
    Com essa federação estamos ferrados! Ahh…tem que se exigir o minimo de segurança, nem que toos do interior tenham que jogar no Mineirao. Ai rapidamente veremos soluções!

  • Andre Pelli disse:

    Por falar em goleiros, o Carini não vai ficar no banco do Galo, contra o Uberlândia, porque, segundo informaram, está machucado…

    Deve ter contundido o “EGO”.

    rsss

  • Bessas disse:

    Chico maia,

    Já comentei aqui neste espaço há umas 3 semanas atrás e fui criticado por alguns “colegas”. Na oportunidade eu disse que teria que ter no regulamento que os estádios deveriam ter capacidade mínima para 10 mil cadeiras, e não torcedores em pé.Isso é o mínimo, além de gramado e dependencias do estádio adequadas para seu uso. E na epoca citei que era um absurdo ainda colocacar Tardelli, Cáceres, Ricardinho, Kléber, Fábio e outros neste pastos, com todo respeito aos habitantes destas cidades. Estadio que não tem essa capacidade deveraima mandar seus jogosd na cidade mais próxima ou no mineirão, ainda que com estádio vazio.Alguém tem que fazer alguma coisa, que no próximo arbitral este assunto esteja na paulta.

  • Stefano Venuto Barbosa disse:

    A capacidade e segurança dos estádios deveria ser um dos critérios para se participar do Mineiro. Outra coisa que deve ser observada é o amadorismo dos árbitros, os juízes não tem um preparador, fisiologista, médico, ortopedista e têm que correr o mesmo que os atletas, e ainda ganham uma miséria, pra no final tomar gancho e ter a família ameaçada, por marginais.

  • Chico,
    Quanto aos estádios, o grande problema é que cidades que possuem arenas com boa capacidade de público não participam do Campeonato Mineiro da primeira divisão,em outras nem time profissional existem mais, como é o exemplo de Pouso Alegre e Varginha, cidades com estádios relativamentes bons, mas que não recebem jogos.
    Quanto ao horário estipulado pela TV, aí o bicho pega, já que há um monopólio que quase ninguém contesta e detém o direito de transmissão do Brasileirão, Copa do Brasil, Libertadores e dos principais campeonatos estaduais do país. Aí fica muito dificil !