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Em nome da Copa de 2014 vão acabar com úiltima área verde preservada de BH

Projeto de R$ 7,7 bilhões prevê construção de 75 mi apartamentos

2891602457Foto: Marcelo Prates

Usando a Copa do Mundo de 2014 como pretexto a especulação imobiliária prepara uma devastação ambiental gigante em plena Capital de todos os mineiros, bem na cara de todos nós, sob o silêncio dos órgãos ambientais nas esferas municipal, estadual e federal.

A Serra do Espinhaço está sendo liquidada pelo 8º homem mais rico do mundo, Eike Batista.

Em Belo Horizonte são espertos mineiros que vão executar a tarefa, segundo ótima reportagem no Hoje em Dia de hoje.

Motivo da manchete principal do jornal que está em todas as bancas:

“Última área livre de BH terá vila da Copa” 

Augusto Franco – Repórter

Um amplo projeto para a construção de pelo menos 75 mil apartamentos – grande parte deles dedicada ao setor hoteleiro – na Granja Werneck, Região Norte de Belo Horizonte, será anunciado, na tarde de terça-feira (16), pelo prefeito Marcio Lacerda. A região, margeada pelos bairros Jaqueline e Juliana e pela MG-20, é a última área remanescente para a urbanização total do território de Belo Horizonte.
Ainda pontuado por fazendas, pequenos sítios e córregos, o local fica no entorno da bacia do Córrego do Isidoro, que sai da Lagoa da Pampulha em direção ao Rio das Velhas. O prefeito Marcio Lacerda já tinha, desde dezembro, um pré-projeto orçado, preliminarmente, em R$ 7,7 bilhões. Segundo ele, as unidades seriam construídas no sistema de Parceria Público-Privada (PPP).
As obras começariam ainda neste ano, e unidades seriam construídas até 2014, no esquema das vilas Olímpica e do Pan, no Rio de Janeiro. A ideia é que prédios de apartamentos sejam construídos e vendidos para particulares, mas entregues para serem utilizados por turistas e delegações durante as copas das Confederações, em 2013, e do Mundo, no ano seguinte. Após a Copa, os apartamentos seriam entregues – alguns deles mobiliados – aos compradores e investidores. “Além de ser opção de crescimento da cidade pelo Vetor Norte, a proposta vai expandir o turismo. Pelo menos 4 mil moradias serão usadas pelo setor hoteleiro para receber visitantes e delegações que virão para o evento”, disse, em dezembro de 2009.
A Granja Werneck tem cerca de 9 milhões de metros quadrados, uma área maior que a região compreendida dentro da Avenida do Contorno, no Centro de BH. De acordo com o vereador Paulo Lamac (PT), além do projeto das construções, o plano que será apresentado na terça – e que foi guardado a sete chaves pela Prefeitura de Belo Horizonte – deve incluir ainda normas técnicas para a construção de avenidas, ruas e equipamentos públicos, como parques e praças.
Projeto dentro do novo Código de Obras
Segundo o vereador, o projeto deve ser totalmente feito dentro dos novos parâmetros do Código de Obras de Belo Horizonte, um projeto substitutivo da lei atualmente em vigor – datada de 1996 –, que foi apresentado na semana passada pela Prefeitura. De acordo com o parlamentar, um dos principais objetivos do novo projeto é que o desenvolvimento do Vetor Norte seja feito de forma mais sustentável que o de outras regiões da capital.
“O que queremos, e digo isso como líder do prefeito na Câmara, é possibilitar uma malha urbana mais viável”, afirmou Lamac. Segundo ele, o desenvolvimento do Vetor Norte é inevitável, uma vez que o Centro Administrativo foi inaugurado. “Estamos trabalhando para que seu desenvolvimento seja menos caótico que o que se deu em regiões como o Buritis e o Belvedere, onde o trânsito e a infraestrutura da malha urbana simplesmente não suportam a quantidade de pessoas.”
Mesmo antes de ser votado, o projeto vem gerando amplas discussões na Câmara Municipal, e irritou o setor da construção civil. O substitutivo reduz os coeficientes de construção e cria um dispositivo chamado “Outorga Onerosa”.
Tal dispositivo permite que proprietários e empreendedores, que não usaram a totalidade de sua área construída, vendam “bônus” para outros, que querem construir mais andares.
A nova lei também reduziu em mais de 30% a possibilidade de área construída, incluindo varandas, vagas de garagem, área de circulação interna e salão de festa como coeficiente de área construída. A lei em vigor atualmente considera área construída apenas a metragem dos apartamentos. “Estamos restringindo, dessa forma, o número de andares e de unidades por prédio”, destaca Lamac.
Ainda segundo ele, o novo projeto de lei prevê que o dinheiro arrecadado com a Outorga Onerosa seja aplicado na construção de vias e obras sociais ou de interesse público.
Projeto preservaria 50% da área
A nova legislação para a Granja Werneck, que atualmente conta com pequenos sítios e é uma ampla área de preservação ambiental, deve permitir lotes de até mil metros quadrados. Segundo o prefeito, estudos realizados pelos técnicos da Prefeitura não revelaram impactos ambientais com o empreendimento, já que 50% da área de parques seria preservada.
A área também abrigaria vias arteriais, tipo avenidas de trânsito rápido, que facilitariam o acesso aos moradores de Santa Luzia ao novo Centro Administrativo do Governo do Estado, no Bairro Serra Verde. A intenção do prefeito Marcio Lacerda é atrair recursos dos governos estadual e federal para construir a Via-590, que vai ligar a Avenida Cristiano Machado, a MG-20 e o Centro Administrativo.
A Granja Werneck surgiu em 1943 e tem pequenas moradias de famílias que deram nome ao lugar. O Ribeirão Isidoro está na área do empreendimento.

* http://www.hojeemdia.com.br/cmlink/hoje-em-dia/minas/ultima-area-livre-de-bh-tera-vila-da-copa-1.91251


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Comentários:
27
  • cristiano disse:

    Quero deixar aqui meu comentário, muitas pessoas comentam o que não sabe , eu moro na região a 27 anos pelo o que eu conheço não é uma aréa verde coisa nenhuma é ponto de execução de pessoas muitas das vezes pessoas foram encontradas mortas no, ai vem uma pergunta da minha parte para o os prefeito e para o dono do terreno depois de tanto tempo o terreno esta solitario e sem nenhum cuidado depois que povo resolve invadir que aparece os donos justificando que tem obras a ser feitas, mentira para de coisas autoridades, se conseguirem tirar o pessoal que invadiu o terreno vai ficar do mesmo jeito, entao prefeito inves de tirar o povo do terreno da casa para morar, porque se os srs. nao sabe já sao mais de 2000 pessoas local e eleições invém ai se tirem são mais de 2000 mil votos perdidos pense nisso.

  • Natália Estefane disse:

    Gostaria de dizer que isso realmente prejudica muito o meio ambiente pois e uma área verde muito grande , mais só quem morra perto sabe como sofremos com a dificuldade de acesso ao centro
    pois acho que isso poderia melhorar um pouco trazendo trabalho e acesso aos outros bairros mais perto como o centro…..
    Peso desculpas para quem pensa ao contrario mais é minha opinião…

  • Marcia disse:

    Gostaria de dizer ao Renato Paiva que ele é um típico capitalista, com discurso reacionário e ganancioso. Revoltante ler o depoimento deste indivíduo!
    Para você, infeliz cidadão, minha resposta mais verdadeira possível: sim, se fosse meu terreno eu preservaria por respeito ao meio-ambiente e aos outros seres humanos. Até mesmo por uma pessoa como você, eu sacrificaria meu dinheiro. O mundo é como é, porque infelizmente existem muitas pessoas como você…

  • ana paula disse:

    na minha opnião eu acho um absurdo acabar com a unica area verde de bh,
    para copa de 2014,isto é contribuir com a açao global,não se faz prefeito,
    como antigamente

  • Rafael de jesus figueiredo disse:

    dizer que não estou contente com a copa de 2014 seria mentira.más destruir uma bela area de preservação que conheço desde criança é crueldade.bhte é uma cidade linda só esta faltando alguen na direção que a ame de verdade.as eleções estão ai vamos pensar com conciencia agora.para não cometer erros novamente .lembrando que se quizermos algo de verdade vamos lutar,brigar,e fazer valer os nossos direitos juntos.a união existe é só querer.esta é uma causa nobre espero que todos tenham conciencia do que esta acontecendo……..valeu jente

  • robson disse:

    Blah! Blah! Blah!
    Como sempre no Brasil há muito verbo para pouca ação.

  • mauricio disse:

    Acho ridiculo essa pessoas que julgam saber de mais, daqui a 10 anos a antiga granja werneck sera um lixaoe um deposito de coisas podres, as pessoas dizem que acha isso ou aquilo mais ninguem vê as coisas com outros olhos, se nao usar ess espaço hje fazer disso uma coisa melhor o que sera que poderemos fazer daqui a anos, quando tudo ja nao exitir por causa de nos mesmos, acho que dizer o que pensa é um direito inviolavel nosso, mais que sejamos mais claros e objetivos, que tenhamos almenos uma noção do que estamos falando.

  • Nayara =) disse:

    Estou muito feliz em saber que o nosso estado e a nossa cidade esta incliuida para acediar jogos e copa!!!

  • Andre ribeiro disse:

    Concordo com o Renato Paiva. A região, para quem não conhece, não é nenhum santuário ecológico. Moro na região há mais de 10 anos e o lugar está sendo invadido e depredado. Esta urbanização pelo que foi dito vai respeitar quase metade de toda área, que será protegida. Para variar, a imprensa gosta é de gerar polêmica…
    Xico, de meio ambiente, você entende é de galo.

  • Renato Paiva disse:

    É muito poético falar em preservação neste momento! E os donos dos imóveis??! Como ficam?!
    Quer dizer então que os espertalhões que desmataram no passado e venderam lotes, prédios, etc. se deram bem e aqueles que mantiveram as áreas praticamente intactas até agora tem que preservá-las para pagar pela esperteza dos outros??!!
    Façam-me o favor! Se quiserem que a área seja totalmente preservada, é só pagar uma boa indenização aos donos das áreas.
    Caso contrário, eles tem todo o direito de vender para que a área seja urbanizada. Obviamente, até mesmo o empreendedor vai querer preservar boa parte da área, já que todos gostariam de viver em um lugar arborizado, com fontes de água… Além disso, basta que o município faça sua parte e determine a área a ser preservada.
    No mais, temos que parar com demagogia. Duvido que se a área fosse de algum de vocês, preservariam-na para o bem estar da humanidade.
    Menos, gente!! Menos…

  • fabio da silva viera disse:

    nao gostei nada deste projeto que vai acabar com a maior area verde de bh. eu moro aki a 20 anos e creci no meio desse mato . vou ficar com muita sauidades . la tem pessoas q moram la a 50 anos e vao sofre muito. os sitis as fazendinhas .. eeee que tristeza , o campinhoque nos brincavamos valendo refrigerante del rei.. as vezes valendo trofeu de pau. alem das frutas q la tem varios tipos as lagoas ,agora isso tudo e muito mais vai acabar…. tenho muito mais para comentar mais nada vai mudar .obrigado…pelo espaco…

  • Crys Mello disse:

    Que tristeza:-(

  • Voltando ao assunto “vão acabar com a última área verde preservada de BH”, lembro-lhes de uma frase numa música do Roberto Carlos: “O dólar é verde e mais forte qu o verde que havia…”!

  • Alisson Sol disse:

    O goleiro apenas provou que provavelmente nunca atuou na Europa. Em todos os estádios modernos do mundo, os jogadores passam no meio da torcida.

    Sugiro ao goleiro assistir algum jogo do Campeonato Inglês. Em estádios ingleses, geralmente o jogador substituído sai e vai se sentar em uma parte da arquibancada ao lado dos torcedores, onde já estão sentados jogadores dos dois clubes, assistentes técnicos, etc., pois muitos estádios não tem o “túnel” à beira do gramado. Ao final da partida, é comum os técnicos andarem uns 5 metros, apertarem as mãos e entrarem juntos no caminho para o vestiário, junto com os juízes. Será que estou falando de coisas que ninguém no Brasil nunca viu.

    Este argumento de que “estádio pode ser culpado por violência” não resiste a uma análise lógica. Daqui à pouco vão começar no Brasil a dizer que a culpa da violência é das pessoas que trabalham, pois ficam “ostentando” o dinheiro que tem, comprando coisas que os outros não podem ter…

  • Alisson Sol disse:

    Marcelo,

    Vi recentemente um vídeo, creio que de jogo da Libertadores, onde estavam entrevistando o Adílson, e a torcida adversária tentou invadir o vestiário. O que preveniu o problema? Polícia

    Do mesmo jeito que ladrões invadem bancos, uma torcida “animada” e sem bom policiamento, pode muito bem invadir qualquer vestiário. O que deve impedir isto é a polícia, e não cercas. Aliás, só no Brasil ainda vejo cercas em volta do campo, e isto vai prosseguir até acontecer uma tragédia (que foi o que teve de ocorrer na Inglaterra para acabarem com isto).

    Já em relação ao gramado do estádio da Chapecoense, há vários blogs dos torcedores da própria Chapecoense reclamando do gramado. Em uma rápida pesquisa na Internet, achei isto. Pode ser que o gramado tenha sido trocado desde o final do ano passado. Mas gramado muito novo é geralmente até pior, principalmente se não reformaram também a base.

  • francisco barbosa disse:

    No Brasil os presidios estão lotados e os estádios geralmente vazios , então temos de melhorar o sistema prisional e chega de elefante branco.

    OBS: SAÚDE E EDUCAÇÃO E OBRIGAÇÃO. COMENTEI EM OUTROS POSTS QUE NO INTERIOR ESTÁ CHEIO DE ESCOLAS OCIOSAS , O MESMO DIGO DE HOSPITAIS E POSTOS DE SAÚDE

    CHEGA DE CIMENTO.

  • Emílio Melo Figueiredo disse:

    Absurdo so pensarem em progresso e ninguem pensar em preservação! Ninguem ai pensa nos filho, netos, bisnetos, etc?! Atualmente, os paises mais ricops e desenvolvidos do mundo se reunem para evitar danos ambientais, para pensar em formas de diminuir devastações, poluições, etc…e mais, gastam fortunas com estudos sobre meioambiente! O que tem de ser feito é algo sensato. Obvio que gerar empregos, movimentar dinheiro e desenvolvimento é bom para a cidade! Mas pensar antes em algo que pode nao retornar ao que era antes!

    Emílio Melo Figueiredo
    4° ano Engenharia Ambiental
    UNIFEMM – Sete Lagoas / MG

  • Samuel Cesar disse:

    Alisson Sol

    O estadio da chapeocoense, me parece um bom, mas um gramado
    como vc pode dar essa opinião?

  • Alisson Sol disse:

    Mas o que tem a “briga generalizada” a ver com o estádio? Como pode ser o estádio chamado de “fajuto” porque a torcida começa a brigar?

    Eu realmente não entendo esta obsessão contra estádios pequenos. Em post anterior foram publicadas as médias de público dos campeonatos estaduais correntes. Nenhuma acima de 7mil pagantes. Ou seja: estádios para 8 mil pagantes estariam, na média, excedendo as necessidades de todos os campeonatos estaduais (embora eu reconheça que as médias podem ser baixas exatamente porque não cabem mais torcedores em muitos estádios do interior).

    Uma preocupação muito maior deveria existir com a qualidade dos gramados. A Inglaterra acaba de perder o Beckham por um pisão em falso em um gramado da Itália. Até a Copa do Mundo, estou certo que outros jogadores importantes terão o mesmo destino. Pelo vídeo que pude assistir, a última partida do Cruzeiro contra o América no Mineirão poderia também contar pontos por um campeonato de pólo aquático.

    E desejo boa sorte ao Atlético Mineiro, pois o gramado do campo da Chapecoense é conhecido por causar contusões…

  • William disse:

    Achei a noticia otima. Bom pra aliviar a pressão imobiliaria em BH, gera empregos e renda pra muita gente. O resto é mimimi conta a copa e o desenvolvimento de BH.

  • Danilo disse:

    Acho uma notícia interessante e que trará inumeros beneficios para a região.

    E concordo com o Aldemário. O Vetor Norte é ideal para esse tipo de investimento e construção, uma vez que o Sul esta saturadíssimo.

  • Frederico Dantas disse:

    A Copa do Mundo 2014 e os Jogos Olímpicos do Rio estão sendo o pretexto para que aproveitadores de toda a sorte transformem as meninas dos seus olhos em cifrões.

    É óbvio que há excelentes oportunidades para muita gente empreendedora e visionária – que não são aproveitadores no termo que uso a palavra, mas que muitos estão se aproveitando para fazer o que em circunstâncias normais não seria facilmente conseguido, estão.

    Metrô, que beneficiaria uma parcela significativa e necessitada da população não vai sair. Mas emprendimentos obscuros que locupletam os bolsos de poucos, saem fácil.

    E vejam os nobres políticos cariocas fazendo chantagem com a questão dos royalties do petróleo. Qual é a alegação? Copa e Olimpíada. Argh!

    Somos um país de otários.

  • mauricio jose de souza disse:

    Ainda tem jornalistas em todo Brasil, dizendo que a Copa vai ser benéfica.

  • J.B.CRUZ disse:

    Sem rasgar o solo não se fará o plantio..
    Sem sufocar a semente na cova úmida, não germinará a planta..
    sem golpear a árvore não se fará a mobília…
    Sem romper o ovo, não nascerá a ave.
    Sem moer o trigo, não se terá a farinha.
    Sem cozinhar a farinha no fogo, não se terá o pão..
    Sem ferir a pedra, não se produzirá a estátua do pioneiro..
    Sem sofrimento, jamais terá o homem o PRPGRESSO…….

  • Emílio Melo Figueiredo disse:

    Ai os empresarios enriquecem, depois nem mais aqui estão e as gerações futuras vão pagar por isso! O meio ambiente é o mais prejudicado, só que explicar isso pra “oportunistas ganaciosos” é praticamente impossível. O pior de tudo é que os órgãos ambientais se tornam “fracos” perto de tal investimento e dos interesses políticos existentes. Mas ainda sim temos que lutar contra isso. Mesmo que possa ser em vão..

  • Aldemário Filho disse:

    Chico,

    A região norte da capital é a mais apropriada para a extensão urbana da mesma. Vejo que é melhor investir nesse vetor do que explorar o já combalido vetor sul, cercado de montanhas e nascentes.
    O que me conforta é que preservarão metade da área a ser loteada.

  • Alisson Sol disse:

    É duro comentar tais coisas porque nunca realmente se sabe muito a respeito das “circunstâncias”. Nem vou comentar os “benefícios para políticos” que devem estar por trás destas súbitas “mudanças de zoneamento”, pois todos podem “imaginar” isto por si mesmos.

    Se por um lado vai se acabar com uma área verde, a cidade tem muitas outras áreas verdes muito mal-preservadas. Na minha opinião pessoal, Belo Horizonte consegue o privilégio de ter as “praças” mais feias que já vi (e olha que já literalmente “fui longe”…). Não precisava ser “Paris”, mas também há praças que vivem em reformas, e nunca estão decentes.

    E a população em geral não pode reclamar, pois não dão o exemplo. A população de BH aparentemente acha que oxigênio é gerado por asfalto. Caso real que ocorreu comigo antes de mudar-me: existiam duas árvores grandes e centenárias à frente do apartamento que possuo em BH. A construtora teve um trabalho incrível para preservar uma das árvores, que foi literalmente “incorporada” à fachada do prédio. A outra árvore estava na calçada, e a entrada da garagem foi feita de forma a não derrubar a centenária árvore. Um dia, eu chego e a árvore da calçada estava cortada. O motivo: uma única moradora achou que estava muito difícil entrar na garagem, e reclamou na prefeitura, que cortou a árvore. Isto é feito deste jeito: uma pessoa, de um prédio de mais de 20 apartamentos, chama a prefeitura, e cortam uma árvore centenária de um dia para outro. Agora, se você corta você mesmo, é capaz de ser processado.

    Isto ocorreu há mais de 10 anos, e portanto não tem relação com a prefeitura atua. Desde então desisti de tentar explicar a “questão ambiental” para “adultos” no Brasil: é melhor dedicar seu tempo a tentar explicar para a “próxima geração”!