Na prática o Campeonato Mineiro começa é agora, com os oito que vão decidir a competição. E só uma zebra gigante para impedir que o campeão seja o Cruzeiro ou o Atlético. Infelizmente não há nenhum clube ou jogador do interior que possa ser apontado como novidade ou surpresa positiva. Nenhuma revelação, nenhum potencial reforço para os nossos clubes da Série A, nada. Depois de tantos jogos realizados o extrato que se tira é que prevaleceu a mesmice de sempre. Nem o América, que começou a treinar bem antes dos concorrentes e vinha com uma expectativa de um ano novo positiva. Muito pelo contrário: o Coelho demitiu o técnico Marco Aurélio no meio da disputa e apostou em veteranos como Fábio Júnior e Joãozinho, que não se “encaixaram” até agora.
Os clubes do interior fazem contratos de três meses com a maioria dos jogadores, para ficar dentro da lei. Não tem boas categorias de base e por isso recorrem a veteranos, rodados, num revezamento de ano para ano: do Tupi para o Villa, para o Democrata-GV, depois de passar pelo Uberaba e por aí vai. Ou então pegam vários jogadores do Cruzeiro ou Atlético que não conseguiram vingar nesses clubes, como é o caso do Ipatinga.
A Federação e os clubes não pensam fórmulas diferentes e nessa época, em 2011, escreverei colunas semelhantes a essa de hoje.
Goleiros
O recém promovido Rafael teve ontem, contra o Democrata-GV, outra boa oportunidade. Falhou no segundo gol, mas é muito bom, e poderá se tornar titular do Cruzeiro no futuro. Renan Ribeiro, colega dele na seleção brasileira de juniores, não teve chances como essa no Atlético, que prefere contratar Marcelo, do Bahia, 26 anos, que já não tinha aprovado no Corinthians.
Exterior
O jogo Democrata e Cruzeiro foi mostrado de Governador Valadares para 11 países pelo PFC Internacional: Portugal, França, Estados Unidos, Canadá, Nigéria, Trinidad e Tobago, Angola, Moçambique, Uruguai, Chile e Panamá. Uma boa vitrine para os dois times, e teve a narração do Jaime Jr. e comentários do Mário Marra.
Lamentável
De novo Uberlândia sai da elite do futebol mineiro. Uma grande cidade, um grande clube, mas carente em competências para montar um time que honre a tradição triangulina. Mais triste ainda é ver que um dos poucos estádios dignos que temos, será usado é na segunda divisão em 2011. O outro rebaixado foi surpresa: o Ituiutaba foi muito bem três anos consecutivos.
Essas e outras notas estarão em minha coluna de amanhã no jornal O Tempo, nas bancas!
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