A notícia do indiciamento do Zezé Perrela e do Alvimar pela Polícia Federal, por crime contra o sistema financeiro, quase abafou a derrota para o São Paulo ontem.
Antes que eu escrevesse sobre o assunto no blog, o torcedor do Cruzeiro, Emílio Melo Figueiredo, já havia transcrito a reportagem do Estado de Minas e do Supersportes na seção de comentários.
A reportagem do repórter Ezequiel Fagundes é a seguinte:
“Dirigentes indiciados por lavagem”
Ezequiel Fagundes – Estado de Minas
O deputado Zezé Perrella e seu irmão Alvimar Perrella foram indiciados por crime contra o sistema financeiro nacional em inquérito aberto pela Polícia Federal para investigar denúncia de enriquecimento ilícito. Como dirigentes do Cruzeiro, eles são acusados de lavagem de dinheiro e evasão de divisas na venda para o exterior do zagueiro Luisão, numa suposta negociação de fachada com um clube do Uruguai.
De acordo com o inquérito conclusivo da PF, em agosto de 2003, o jogador teve os direitos federativos negociados por US$ 2,5 milhões. Inicialmente, o destino dele seria o Central Espanhol Futebol Clube, time de pouca expressão de Montevidéu. Três dias depois, o clube uruguaio aceitou vendê-lo para o Benfica, de Portugal, por exatos US$ 1.597.791, 61, quase US$ 1 milhão a menos que o divulgado.
A PF sustenta que se trata de uma ponte comercial usada para ocultar recursos não declarados ao fisco. O relatório mostra que, para dificultar o rastreamento dos dólares, os valores ocultados na suposta negociação de fachada voltaram irregularmente para o Brasil e teriam sido pulverizados na contabilidade de empresas supostamente controladas pelos dirigentes cruzeirenses.
No início do mês, outro inquérito foi instaurado contra os Perrellas. Desta vez, para investigar a negociação do volante Ramires. Ele foi vendido ao Benfica por 7,5 milhões de euros, mas a PF tem fortes indícios de que também teve passagem relâmpago pelo time uruguaio.
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