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Nem parece a mesma cidade

Aliás, continuam trabalhando, já que há vários lugares onde as obras ainda não terminaram, principalmente no entorno do estádio Soccer City, e em algumas vias de acesso. Joanesburgo parece outra cidade em relação à de 2009 quando estive aqui cobrindo a Copa das Confederações.

Modernos equipamentos de segurança foram instalados no aeroporto, facilitando o desembaraço da liberação da bagagem, imigração e chegada ao saguão.

Em apenas um ano eles conseguiram muitos progressos. Logo na saída do aeroporto já se nota diferenças, principalmente pela decoração da rodovia que leva ao Centro, com bandeiras dos 32 países que disputarão a Copa e temas voltados à cultura sul-africana.

As praças estão arrumadas, as ruas que já eram bem pavimentadas e limpas, melhores ainda, e o clima de confraternização já faz parte do cotidiano. Onde não se via policiais, há vários, e o tráfego está fluindo bem, em função das obras realizadas com este objetivo.

A receptividade continua sendo a melhor possível, e tudo faz crer que a primeira Copa do Mundo no continente africano será muito boa.


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Comentários:
6
  • Alisson Sol disse:

    Um comentário sobre o que o Aldemário escreveu:
    …o verdadeiro legado da realização de uma Copa no Brasil seja a certeza de que a partir dela estaremos construindo os primeiros passos para vivermos num país desenvolvido e não apenas em uma potência econômica, coisa que já somos a algum tempo.

    Como diz minha avó: “Melhor tirar o cavalinho da chuva”.

    Creio que o Brasil não é potência econômica. Quem acredita nisto, por favor me apresente argumentos que me ajudem a mudar de opinião (o que me agradaria muito!). O Brasil é um país com bom estoque de riquezas naturais, mas economicamente mal-administrado. Fazendo uma analogia simples: é como um daqueles sujeitos do interior que tinham preguiça de estudar, pois sabiam que iam herdar do pai uma fazenda de produção de leite. A fonte de renda “sustentável” é a venda do leite a preço de mercado. O pai lhe fazia viver modestamente, mas ele prometeu que “daria tudo para os filhos”. Os filhos, estão indo para uma escola ruim, porque “escola particular é caro, e vocês já são ricos mesmo“. Os filhos estão aproveitando a vida, ganhando dos pais uma boa mesada, pois querem ter “tudo o que os outros tem“, sendo os “playboys” da roça. A família caipira é muito bem tratada quando vai à cidade para as compras, e acha que isto é porque estão “entrando na sociedade”, e não porque loja trata bem quem está comprando. São admirados nas redondezas, tendo crédito para poder pedir empréstimos sempre que necessário, dando as vacas como garantia. De fez em quando, as contas do mês não fecham, e vende-se uma vaquinha. Por enquanto, parece que não há problema nenhum, pois apesar de ter herdado 200 vacas há 20 anos, o sujeito ainda tem 100 vacas. Melhor ainda: a esposa acaba de herdar mais 50 vacas. Literalmente, acreditam que são uma família “abençoada” (como se a morte dos pais da mãe de família caipira fosse uma “benção”!).

    Substitua a vaca por qualquer “commodity”, e a família caipira pelo Brasil… (exemplos de “commodities”: trigo, soja, café, petróleo, etc.)

    O primeiro passo para o Brasil ser um país desenvolvido: investir na educação da população. No caso da família caipira, seria passar sem compras supérfluas, e colocar os filhos na mais cara e rígida escola. Mas a família caipira quer mesmo é “entrar para a sociedade”. Já comprometeram 50 vaquinhas com duas “festas de arromba” que vão dar em 2014 e 2016, mostrando para todo mundo que “agora estão no topo”. Vamos torcer para nada ocorrer com o preço do leite, e nenhuma doença atingir as vaquinhas…

  • valdez maranhao disse:

    Parabens meu grande amigo pelo belo trabalho que voce esta nos fornecendo aqui no brasi. A festa aqui no Buteco foi otima so faltou voce. veja no saite nossos amigos aqui http://www.valdezmaranhao.com

    – bhz

  • José Geraldo disse:

    Caro Chico Maia, brilhante a sua cobertura, os textos estão ótimos. Felicidades e continue assim. A maioria dos cronistas que estão cobrindo a copa é por merecimento e bom profissionalismo na imprensa esportiva. Mas vamos ao que me traz de volta ao seu blog depois de tanto tempo. Sei que é difícil agradar a todos e muito se discute pelos botecos da
    vida, os critérios usados pelo Dunga, já que alguns dos convocados, são reservas nos seus respectivos clubes e outros não vinham sendo chamados ultimamente.
    Justamente num papo de boteco, um amigo me chamou a atenção pela maioria de atletas negros na convocação do Dunga. Não que eles não mereçam, lógico que sim, pois o brasil é um celeiro de craques, inclusive, muitos negros.
    Mas não seria essa uma jogada de Marketing do Ricardo Teixeira na África? Todos sabemos que um dos grandes desejos do presidente Lula é o Nobel da Paz, haja vista sua colaboração em assuntos internacionais e em nações mais pobres. No inicio dessa semana, um fato me chamou a atençao: um sulafricano disse que ia torcer para o Brasil, porque o time era formado por maioria negra.
    Antes de mais nada, devo te dizer que não tenho nada contra e que minha avó paterna era negra e essa não é a minha visão para a convocação do Dunga, mas como a constatação é interessante e você como um expert no assunto, o que acha?

  • Basilio disse:

    Márcio, muito boa sua charge, mas não se esqueça, nem que for de 69 anos ainda gostamos de mulheres…Rsrsrsrsr!

  • Esperamos que em 2014 as cidades sedes da Copa no Brasil também mudem sua infra-estrutura física, mas que o verdadeiro legado da realização de uma Copa no Brasil seja a certeza de que apartir dela estaremos construindo os primeiros passos para vivermos num país desenvolvido e não apenas em uma potência econômica, coisa que já somos a algum tempo.