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Dunga e Maradona, vinte anos depois

DUNGAXMARADONADiego Maradona está diretamente ligado a um dos motivos do ódio que o Dunga tem pela imprensa brasileira. Um drible que ele deu no então cão de guarda do esquema defensivo de Sebastião Lazaroni, iniciou a volta para casa da seleção brasileira, da Copa de 1990, na Itália. A jogada iniciada pelo atual treinador argentino foi transformada em gol do Cannígia, que deu um drible em Taffarel e eliminou o Brasil nas oitavas de final.

Estava selada a “Era Dunga”, sinônimo de futebol feio e fracasso do futebol brasileiro daquela época. Quatro anos depois Dunga foi à forra e ao levantar a Taça do Tetra nos Estados Unidos, gritou para os jornalistas, “é prá vocês seus traíras fdp!”

Enquanto isso Maradona também vivia às turras com a imprensa argentina e chegou a acertar tiros de ar comprimido em jornalistas que faziam ronda no portão de sua casa em Buenos Aires. Em fim de carreira, sempre era assunto fora das quatro linhas, por causa de suas polêmicas e envolvimento com drogas.

Dunga aproveita a sua condição de treinador para continuar a sua vingança contra a imprensa. Aumentou as restrições ao trabalho dos jornalistas aqui, e dobrou a forma mal educada de se comportar nas entrevistas coletivas. Só aquelas que a Fifa o obriga a dar, 24 horas antes dos jogos, diga-se.

Pelo seu lado, Maradona surpreendeu: depois daquele “que la chupen”, dedicado à imprensa argentina ao se classificar nas eliminatórias, tornou-se até amável com os colegas argentinos aqui na África do Sul.

Os dois podem voltar a se enfrentar numa Copa do Mundo, agora como treinadores.


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