Blog do Chico Maia

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Esperança de futuro melhor

É raro um dia aqui que não haja notícia de alguém assaltado ou furtado. 

Apesar dessas ocorrências, estou achando tudo aqui mais tranquilo que ano passado, durante a Copa das Confederações. A criminalidade aqui ainda é maior que a nossa, mas observo algumas coisas que, em médio prazo, farão diferença a favor deles: investimento em educação, por exemplo. Não se vê criança nas ruas, pedindo esmolas, cheirando crack ou fazendo malabarismos nos sinais de trânsito para levantar um troco.ESTUDANTESNOSOCCERCITY2

Estas fotos feitas pelo Eugênio Sávio mostram estudantes no estádio Soccer City ontem, assistindo Argentina 4 x 1 Coreia do Sul, dentro de uma programa de incentivo bancado pelo governo da África do Sul.

ESTUDANTESNOSOCCERCITY1

A meninada vai para os estádios com o uniforme da escola. Neste programa de incentivo do governo, a ida ao estádio conta como trabalho escolar, voltado à cadeira de sociologia. Boa ideia para o Brasil em 2014.

A gente vê milhares de crianças e pré-adolescentes é a caminho das escolas ou voltando para casa, com seus uniformes impecáveis. Coisa de primeiro mundo. Nas minhas caminhadas matinais aqui passo perto das escolas dessa meninada e fico besta de ver a estrutura de todas elas, com campos de futebol, rugby e quadras poliesportivas. Coisas inimagináveis nas escolas brasileiras, nem públicas, nem particulares, com raras exceções.

Faz lembrar Campus da UFMG e PUC.


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Comentários:
6
  • Fabricio Melo disse:

    Concordo com o Alisson. Estudar uma Ciência Humana é algo bem mais complexo e requer uma análise mais profunda. A educação hoje, é ministrada de forma muito branda, através de diversões, jogos etc, quando na verdade tinha que haver pesquisas, lógicas e racionais, das obras de grandes Sociólogos e Filósofos, tanto clássicos como os modernos e contemporâneos. Daí partir para a pesquisa externa. Há uma necessidade básica que os jovens de hoje detestam fazer: Ler e Analisar. Já acham pronto na Internet. É só imprimir e entregar ao professor!

  • Eduardo Angelo disse:

    Olá Chico

    Eu como Sociólogo e amante do Futebol fico satisfeito com esta informação. Porém sou meio cético quanto a isto acontecer aqui no Brasil uma vez que até para a regulamentação da docência da disciplina no Ensino Médio ainda estar em discussão na CCJC da Câmara dos Deputados. Seria interessantíssimo pois a cadeira de Sociologia do Futebol ganha cada vez mais força nas Universidades.
    Abraços e boa estada na Africa do Sul

    Eduardo

  • MARCIO MATA disse:

    DENER – trata-se das câmeras do “olho vivo” da Policia Militar
    Acontece que nem todas as câmeras estão em funcionamento.
    Vez por outra acontece um flagrante dessas câmeras.
    A bandidagem encontrou uma solução óbvia: migrar para outras áreas
    onde não há vigilância.

    MARCIO MATA.

  • denerclaudio disse:

    Em julho de 1994 a savassi em BH estava cheia de batedores de carteira, em menos de duas horas vi 3 assaltos naquela região.
    Depois disso só apareci de novo por lá em 2002 e a coisa já havia melhorado.
    Segundo informações de amigos de BH hoje lá esta cheio de câmeras monitorando as pessoas e não acontece mais assaltos, será?

  • MARCIO MATA disse:

    A nova bandeira do U.S.A já outrapassou 1.600 acessos.
    Lamentável é o pouco número de comentários: apenas 6.

    Quem ainda não viu a charge, pode ver ainda no
    http://www.dzai.com.br/marciomata/blog/charges

    MARCIO MATA.

  • Alisson Sol disse:

    Estas crianças aí estão estudando Sociologia? Lembra a definição de um ex-colega de escola para certas matérias: “Matéria boa é toda aquela que diminui o tempo que eu tenho de ficar estudando Matemática e Português!“.

    É preciso lembrar que o que você está vendo é a “elite da África do Sul”, colonizada pela elitista Inglaterra. As aparências às vezes valem mais que o conteúdo, e há uma relação de proporcionalidade inversa entre a “beleza da escola e do uniforme” e a qualidade do ensino nas escolas.

    Na Finlândia, que lidera há anos todos os rankings internacionais de avaliação de estudantes jovens, não há uniforme, e as escolas são feias de dar dó. Dão pouca atenção a isto, e focam naquilo que realmente faz a diferença: a qualidade dos professores.