Repercutiu bastante o anúncio feito terça-feira da interdição de nove estádios mineiros pelo Ministério Público. Até parece que um conjunto de ações foi posto em prática para garantir o bem estar de torcedores, jogadores, dirigentes e quem mais frequenta estes ambientes em Minas Gerais.
Na realidade, novidade mesmo é que dessa vez anunciaram nove de uma só vez, o que midiaticamente ganha força. Mas se até o Parque do Sabiá foi interditado nessa leva, que tipo de novidade um anúncio desses pode representar? Um estádio que está sendo usado sem o menor problema, muito pelo contrário, pelo Cruzeiro, no Campeonato Brasileiro!
Não bastassem a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária e o Ministério Público, agora até o CREA tem poder de veto, convidado que foi pelo MP a dar seus pareceres também.
Não se discute a seriedade de todas essas instituições, mas às vezes há exageros nas exigências, ou erro nas prioridades a se atacar, que realmente traga benefícios práticos principalmente ao público que gosta de ir aos estádios.
Segurança
Comprovado por dados de pesquisas, o item que mais afasta as pessoas dos campos de futebol é a insegurança. Há tempos não temos registros de problemas dessa área dentro dos estádios, porque todas as medidas preventivas são tomadas pelos promotores dos espetáculos e autoridades responsáveis por este setor. A situação continua séria é nas áreas externas.
Longe
Antes do fechamento do Mineirão e Independência, bombas, fogos, pedras, tiros e brigas explodiam era do lado de fora, nas redondezas. Com as ações eficazes da Polícia Militar, passaram a ocorrer mais longe, nos pontos de ônibus, ruas e avenidas de acesso, inclusive com mortes.
Nossos principais estádios foram fechados sem que este tipo de problema fosse resolvido.
Continua
A Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, passou a ser o principal palco do futebol mineiro. Lá dentro, nenhum problema. Nas imediações, situação bem parecida com as do Mineirão e Independência. Quase duas horas antes do jogo do Cruzeiro, hoje, eu estava dentro do carro, numa das avenidas de acesso à Arena. Grupos que faziam lembrar milícias jogavam bombas e aprontavam.
Nada a ver
Nem parecia que estes grupos organizados estavam indo para um jogo de futebol. Gritavam refrões que nada têm a ver com o esporte ou com o Cruzeiro. Só a cor azul fazia lembrar o time do Cuca, mas poderia ser preto e branco, que faz lembrar o Atlético, porque nos jogos do Galo também é assim que as coisas funcionam.
Só lá
Certamente se o Ministério Público se dedicasse a esta situação absurda, que persiste há anos, o risco de um verdadeiro torcedor de futebol ser atingido por essa violência seria muito menor. Mais famílias teriam mais motivação e coragem de ir aos jogos. Porém, é costume ver essas autoridades nas tribunas dos estádios, nessas confusões das redondezas, nunca vi.
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