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Criatividade, ironia e bom humor estão dando trabalho à Folha

A toda poderosa Folha de S. Paulo “Um jornal a serviço de SP”, está tendo um trabalho danado com essa turma que usa da criatividade, ironia e bom humor para cutucá-la.

A notícia está no site Comunique-se: 

“Falha de S. Paulo divulga sua defesa contra Folha”

Izabela Vasconcelos

Os autores do site Falha de S.Paulo, que fazia paródia do jornal Folha de S.Paulo, divulgaram nesta quarta-feira (03/11) sua defesa contra a decisão que retirou o site paródia do ar. No último mês, os jornalistas Lino e Claudio Bocchini apresentaram um agravo de instrumento para derrubar a liminar que retirou a página da internet. No entanto, o juiz manteve a decisão favorável ao jornal. Segundo a Folha, o site faz uso indevido da marca.

Em sua defesa contra o processo, os jornalistas argumentam que não há como fazer paródia sem imitar o objeto/pessoa em questão, e por isso usam um nome e layout parecido com o da Folha. Os autores também contestam a alegação do jornal de que haveria “enriquecimento ilícito” com o site. Segundo eles, não havia nenhuma publicidade na página.

Outro ponto criticado é o argumento do jornal de que os internautas poderiam confundir os sites e entrar no site da paródia acreditando estar na página da Folha. De acordo com os jornalistas, não há como confundir “Folha” e “Falha” na digitação, já que “O” e o “A” estão em extremidades contrárias do teclado.

Para Lino Bocchini, o mais importante é vencer o processo e deixar o caso como exemplo. “O nosso interesse maior do que voltar com o site é criar uma jurisprudência exemplar para toda a internet brasileira, para evitar que qualquer outro veículo de comunicação tente censurar sites ou blogs. Não queremos aparecer, só estamos levando esse processo por uma questão ideológica”, afirmou.

* http://www.comunique-se.com.br/index.asp?p=Conteudo/NewsShow.asp&p2=idnot%3D57185%26Editoria%3D8%26Op2%3D1%26Op3%3D0%26pid%3D1217451664%26fnt%3Dfntnl


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Comentários:
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  • Paulo Koller disse:

    Hoje, vejo que toda aquela “modernidade” da Folha nos anos 80 e 90 não passava de simples jogada de marketing. “Bater” na Ditadura, nos marajás, no Collor de Mello era praticamente “chutar cachorro morto”.

    A aura de jornal a serviço do Brasil caiu para mim quando Itamar, ao tomar posse com todas as suas contradições (e olhe que ele tem muitas) logo virou o principal líder da “República do Pão de Queijo”. E a alcunha, totalmente pejorativa, se manteve por muito tempo, mesmo quando a situação pos-impeachment do país se normalizou, se tranquilizou (quem não teve medo de uma democracia frágil pudesse sucumbir a outro golpe de Estado?).

    Aliás, a “República do Pão de Quejo” ironicamente acabou para o jornal quando “o príncipe” FHC passou a liderar a economia no Governo Itamar. Bairrismo? Viés tendencioso? Preconceito? Ou tudo junto?

    Aldemário, sobre a Veja, infelizmente aqui no Brasil somos frequentemente instados a copiar tudo o que vem de fora: na Europa e principalmente nos EUA as publicações tem assumidamente posições ideológicas (um canal é assumidamente “republicano”, a revista tal é “democrata”). E a Editora Abril acha bonito copiar este modelo e ser “a conservadora”, representante da elite (teoricamente, quem assina a revista).

    E a Veja foi outra publicação que debochou fortemente do Itamar (quem não se lembra da capa, comparando-o a Napoleão?), quando governador de Minas (como sou crítico e apartidário, convenhamos: o Itamar FACILITAVA e LEGITIMAVA a crítica, mas o que a Veja fez foi puro desrespeito).

  • Aldemário Filho disse:

    A Folha de São Paulo tem que se reciclar, se modernizar de verdade. O Brasil mudou e a Folha se comporta como no periodo da ditadura do qual foi bastante beneficiada. Se não se adaptarem aos novos tempos, Folha, Estadão, Veja e Globo se tornarão intituições menores e sem credibilidade, o que pra mim já não têm a muito tempo.