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Dia de luto no Brasil, por mais uma tragédia anunciada

13 de janeiro de 2011 às 10:09
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Hoje é um dia de luto e vergonha para todos nós, brasileiros.

Quase 400 mortos no Rio de Janeiro.

Pode um negócio desses?

Tragédia em Teresópolis, Petrópolis, Nova Friburgo e adjacências.

Mas são tragédias anunciadas já que as pessoas constroem onde a natureza vai cobrar caro no futuro.

A corrupção e demagogia políticas autorizam obras de todo tipo onde não deveria, e vivemos numa permanente bomba relógio, que periodicamente explode em algum canto do país, especialmente nas

maiores cidades.

São Paulo, Rio, nossa Belo Horizonte e por aí vai.

Segunda-feira fui ao escritório do Dr. Dênio Pires Silva, advogado, amigo de longa data, de Conceição do Mato Dentro.

Fica num belo prédio em frente ao Biocor, já no município de Nova Lima, com uma vista fantástica para o Vale do Sereno e nossas maltratadas montanhas.

É o mesmo prédio onde já foi o escritório do Skank, onde eu ia de vez em quando, alguns anos atrás.

A vista já foi melhor. Assustei-me ao ver tantos prédios novos, “arranha-montanhas”, que já estão quase da altura do Alta Villa.

Como pode tanto prédio naquela região?

E o Belvedere, cada vez mais ocupado?

Claro que são novas “bombas-relógios” que breve estarão nos noticiários de mais tragédias nacionais.

Questão de tempo!

Por enquanto quem sofre as consequências disso são as regiões mais baixas de Belo Horizonte, mas com o tempo essas encostas vão romper, assim como as de Angra dos Reis ano passado, Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo agora.

Nem entrarei no caos permanente que São Paulo vive, porque lá é quase o ano inteiro.

Cidades planejadas para 300 mil habitantes têm hoje mais de 3 milhões; outras para 2 milhões, têm quase 20 milhões de pessoas.

Não resta outra coisa a não ser acompanhar a rotina anual se repetindo: as redes de televisão mostrando gente chorando seus mortos, seus prejuízos, especialistas dando aulas sobre os motivos da tragédia e as autoridades públicas botando culpa no “alto volume de chuvas”, como se não chovesse muito nessa época do ano.

Um ciclo vicioso que começou, provavelmente, no início do Século XX.

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Comentários:
11
  • Adalton disse:
    14 de janeiro de 2011 às 09:56

    Prezados,
    Bom dia,

    São vários problemas: estradas em condições ruins, que pioram bastante nesses períodos chuvosos, principalmente com o aumento intenso do tráfego, por motivo de férias.. E A 381? QUEM MORA NO LESTE DESEJA DESESPERADAMENTE A DUPLICAÇÃO TÃO NECESSÁRIA.
    -O problema das grandes cidades, devido ao crescimento desordenado, na minha modesta opinião tem vários motivos: o principal foi o êxodo rural, que começou há uns 30 anos ; as cidades pequenas do interior, praticamente continuam do mesmo tamanho ou diminuiram…todo mundo está indo para a capital ou grandes centros..então o que fazer? ´
    Tentar segurar o povo no interior, onde a vida é muito mais tranquila.
    Os acidentes de carros também diminuiriam muito com mais ferrovias, duplicação das rodovias mais movimentadas, etc. Melhoria do transporte coletivo nas grandes cidades e no caso de desmoronamentos, um critério muito rigoroso na coNcessão de licença para construções em encostas.
    ESSA SITUAÇÃO NO RIO DE JANEIRO É MUITO TRISTE, TRISTE MESMO…SINCERAMENTE É DE CORTAR O NOSSO CORAÇÃO…QUANTAS VIDAS QUE SE FORAM POR NADA….VEJAM QUE NA VIRADA DE 2009 PARA 2010 JÁ HOUVE UMA TRAGÉDIA ASSIM, PARECE QUE EM ANGRA… VAMOS ORAR MUITO PARA QUE DEUS ILUMINE A ALMA DOS FAMILIARES QUE TIVERAM SEUS ENTES QUERIDOS CEIFADOS ASSIM TAO TRAGICAMENTE.

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  • Renato Paiva disse:
    13 de janeiro de 2011 às 15:55

    Lamentável o que está se passando. Muito triste mesmo. Fazia muito tempo que algo não me emocionava tanto quanto aquelas cenas.
    E o Brasil, que não tem hospital para tratar dos seus doentes e escola para educar suas crianças, investirá bilhões em uma Copa do Mundo.
    E Kafunga continua certo.

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  • Douglas disse:
    13 de janeiro de 2011 às 14:42

    Sinceramente, acho um descaso e um absurdo falarem de problemas somente na região Sul. Toda vez que abro o jornal O Tempo, me deparo com questionamentos sobre os problemas do Belvedere. Ok. Que o jornal seja imparcial e trate a cidade como um todo, e não apenas a região dos riquinhos. Lamento que a imprensa não olhe, por exemplo, como a região norte da cidade está sucateada. Tudo é transferido para a região norte. Espero que autoridades e a imprensa, especialmente O Tempo, venha conhecer a região e perceba como está o trânsito e o transporte dessa região. Como sempre digo, BH é dividida entre zona sul e “o resto”. Um pouco mais de profissionalismo, respeito, ética. É o que peço.

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  • Francisco Barbosa disse:
    13 de janeiro de 2011 às 14:08

    Outros países tem problemas com terremotos, maremotos (tsunami), vulcões, terroristas. Salvo raras exçesões o problema do Brasil é de sua classe dirigente.
    OBS: De conselheiro tutelar e vereador p/ cima todos foram eleitos pelo voto direto e secreto.

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  • Stefano Venuto Barbosa disse:
    13 de janeiro de 2011 às 12:25

    Uma hora dessas pensar em Copa do Mundo ofende a Deus!

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  • Márcio Amorim disse:
    13 de janeiro de 2011 às 11:52

    Caro Chico!
    Infelizmente é problema cuja solução, também, está nas mãos de políticos. As maiores vítimas são aqueles demasiadamente pobres e os demasiadamente ricos. Aqueles habitam desordenadamente as encostas e as regiões ribeirinhas; estes aprovam leis que lhes permitem construir as mansões nas montanhas, ignorando catástrofes anunciadas. E vai tudo por água abaixo. Quando se fala em políticos, logo aparecem as viúvas partidárias e querem jogar a culpa em alguém anterior. Todos têm culpa. Entra ano, sai ano; entra governo, sai governo e o descaso é o mesmo ou piora. Ouvimos que o último, tão defendido aqui outro dia por uma viúvas, prometeu, quando do desastre de Angra – ano de eleição, claro – uma fábula. Não liberou um quarto do prometido. Mas fez a sucessora. Enquanto houver viúvas de partidos e de governantes, que não nos permitirem cobrar com veemência, haverá viúvas, viúvos, órfãos, família inteiras dizimadas. Vida que segue.

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  • Evandro disse:
    13 de janeiro de 2011 às 11:15

    Você tem razão no que diz Chico. Infelizmente a ocupação desordenada é uma futura bomba relógio. Para construir uma moradia é necessário um estudo sério e aprofundado no solo e no entorno, para que nada possa ocorrer caso de um volume de chuvas maior que o esperado.

    No mais as autoridades tem que estarem atentas para evitar invasões de terrenos públicos, e de áreas de alto risco, onde estes mesmos exigem providências e uma casa do governo na hora de abandonar o local que nunca foi deles de fato. É necessário rigor e pulso firme para que não permitir que uma pessoa construa na beira de um rio ou na ponta de uma encosta, que são áreas perigosíssimas.

    Quanto a São Paulo, o problema é gravíssimo, pois não possui área verde suficiente para absorver o excesso de água das chuvas. Belo Horizonte vai pelo mesmo caminho, e não pode chover um pouco a mais que as ruas alagam, e o caos é gerado. Para resolver este problema são necessárias várias medidas, como a construção de piscinões onde a água da chuva é tratada e disponibilizada para diversos fins até a conscientização da população, para não entupir os bueiros, jogar o lixo no lugar adequado, dentre outras ações.

    Se nada mudar daqui pra frente, os personagens irão mudar, mas o cenário será sempre o mesmo.

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  • Clayton Batista Coelho ( Claytinho - Só Boleiro do Nova Vista/BH ) disse:
    13 de janeiro de 2011 às 10:59

    É Chico…

    Como vc disse… Um dia a natureza cobra mesmo !

    Meus avós moravam em Lajinha/MG. Esta cidade que teve uma mãe morta abraça a um casal de filhos dias atrás, num soterramento cusado pe3as fortes chuvas.

    Moravam numa chácara aos pés de um morro. Um lugar lindo. Mas desde criança quando eu ia lá, me dava medo daquele morro. A gente sempre tinha a sensação que ele poderia cair sobre a gente, de tão alto que era.

    Meus avós fa3eceram e uma tia passou a morar nesta chácara. Agora, nesta ú3tima chuva, parte do morro desmoronou e detonou a chácara. Perderam tudo ! Graças a Deus não houve vítimas fatais na nossa famíia. Mas o lugar que era lindo, hoje está todo destruido.

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  • Aurélio Mendes disse:
    13 de janeiro de 2011 às 10:24

    Como você disse Chico, é um ciclo vicioso e sabe quando vai acabar?…

    Nunca!!!

    Quando a política faz parte do contexto, o ônus é da população.

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  • Aldemário Filho disse:
    13 de janeiro de 2011 às 10:22

    Chico,

    Amo BH de paixão, mas a cidade tem uma fixação nefasta em que tudo o que for bom tem que ser construído na zona sul. Essa região está quase toda ocupada e jamais deveria ser permitido construir aqueles prédios, a maioria medonhos, nas montanhas. Enquanto isso o restante da cidade carece de investimentos de todo tipo, principalmente nas entradas da cidade, situação que depõe fortemente contra nossa metrópole mineira.

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  • Elivaldo Oliveira disse:
    13 de janeiro de 2011 às 12:12

    Boa tarde Chico; tudo bem?
    Chico, tomei a liberdade em entrar em contato com você, pois eu gostaria, se fosse possível, que você me ajudasse a consegui o DVD de 3 jogos do campeonato mineiro da 2ª divisão de profissional/2010…
    São esses os jogos:
    VEC 3 X 0 GUARANI F. C.
    Data: 21/08/2010
    Horário: 15:00hs
    Estádio: Elias Arbex
    Cidade: Três Corações/MG

    GUARANI 2 X 1 FLUMINENSE
    Data: 29/08/2010
    Horário: 10:30hs
    Estádio: Ronaldão
    Cidade: Poços de Caldas/MG

    GUARANI 1 X 5 SUL MINAS
    Data: 12/09/2010
    Horário: 10:30hs
    Estádio: Ronaldão
    Cidade: Poços de Caldas/MG

    Um abraço

    Elivaldo Oliveira
    Técnico Profissional

    – São Paulo

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