Esta é a 97ª edição do Campeonato Mineiro, mas entra ano, sai ano, é sempre a mesma coisa. Como tudo na vida evolui e o nosso estadual nunca apresenta nada novo, vivemos desmotivação gradativa, a partir dos anos 1990. Uma competição prestes a completar um século, merece melhor tratamento.
Quem pode
Quem tem força para mudar, Atlético e Cruzeiro, não têm interesse, pois recebem uma cota excelente da TV, quase a mesma de uma Libertadores da América.
A Federação Mineira de Futebol também tem poder para mudar, mas como não é pressionada por seus filiados, fica tranquila em sua zona de conforto, repetindo as bulas costumeiras, ganhando uma fortuna com as incontáveis taxas, percentual das rendas dos jogos e patrocínios. Pega uma beirada até de cota da TV dona dos direitos de transmissão. Trabalhar mais para quê?
Foi-se o tempo
Os clubes do interior, que até os anos 1980 apresentavam bons valores, feitos em sua prata da casa, agora utilizam veteranos que se revezam entre os 12 participantes da competição.
Raramente surge uma novidade, algum jogador que Atlético, Cruzeiro, América ou algum outro grande clube do país possa aproveitar.
E vamos que vamos!
Razoáveis
Tecnicamente as primeiras rodadas são sempre de futebol apenas razoável, com raras exceções, já que a condição física dos times ainda é insuficiente. América e Uberaba fizeram por merecer o empate, em um jogo fraco, sob muito calor. O time do Mauro Fernandes tentou segurar o 1 x 0 muito cedo, antes dos 30 minutos do segundo tempo. Foi castigado com o gol do Zebu aos 40 minutos.
Um tempo
Cruzeiro e Caldense fizeram uma partida melhor. Treinando há mais tempo, a Caldense foi um adversário perigoso e teve ótimas oportunidades de marcar, enquanto teve fôlego. No segundo tempo, com sol mais baixo, o Cruzeiro se impôs e fez valer a sua melhor condição geral, sem maiores dificuldades para chegar aos 3 x 0.
Roger conseguiu
Tudo indica que Roger só queria uma coisa ao tentar se escalar através da imprensa: voltar a jogar no Rio. Ficou mal com o técnico Cuca e com os companheiros. No intervalo do jogo de hoje, Gilberto, conhecido pela cabeça fria e comedimento disse: “Sou um cara de caráter e não uso os microfones para ganhar posição no time; conquisto o meu lugar é trabalhando dentro de campo!”
Nova granada
Fala-se numa possível troca do Roger pelo Carlos Alberto, dispensado pelo Vasco semana passada. Sem dúvida, um grande jogador, porém, aquisição de risco, dessas que justificam vários itens especiais no contrato. Assim como o Jobson, do Atlético, de comportamento imprevisível, chamado pela imprensa do Rio de “granada sem pino”.
MOC merece mais
É muito bom ver Montes Claros novamente entre as cidades da primeira divisão do Campeonato Mineiro. O Atlético foi recebido por milhares de pessoas no aeroporto, mas a maioria reclamava que não conseguira ingresso para o jogo com o Funorte.
Os montesclarenses afirmam que a politicagem local sempre impediu que se construísse um estádio à altura da região. Lamentável!
* Estas e outras notas estarão em minha coluna de amanhã, no Super Notícia.
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