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Parabéns Euller, 40 anos, hoje!

Grande jogador, cidadão exemplar, exemplo de tenacidade, Euller dá seus últimos espetáculos como jogador, de olho na futura profissão: treinador.

Já conversou com Luiz Felipe Scolari e fará, com ele, seu primeiro estágio, em 2012. Mas, pode tornar-se também, dirigente, porque tem sido sondado pela própria diretoria americana para isso.

Em qualquer uma das novas funções, certamente vai se dar bem e prestará ótimos serviços a quem o contratar; assim como tem sido ao longo da vitoriosa carreira como jogador.

Parabéns ao Euller e veja que bela reportagem com ele, no jornal Hoje em Dia, de hoje, feita pelo repórter João Alberto:EULERNesta foto, feita pelo Lucas Prates, Euller exibe as camisas dos clubes que defendeu

Filho do Vento agora é o quarentão do Coelho

Rejeitado por Atlético, Cruzeiro e América no início, Euller não desistiu até ganhar oportunidade no Venda Nova

Alberto Ribeiro

Conhecido como o “Filho do Vento”, o atacante Euller completa hoje 40 anos. Com muitas histórias para contar, o eterno ídolo da torcida americana e atleticana teve desempenhos marcantes por onde passou, sendo campeão por todos os clubes que defendeu. Ganhou campeonatos estaduais por América, Atlético e São Caetano. Foi campeão brasileiro pelo Vasco. Venceu duas Recopas Sul-Americanas com o São Paulo e conquistou a Taça Libertadores com o Palmeiras, mas não esconde o carinho especial por Coelho e Galo.

 

No time alviverde, foram três passagens, com alegrias, decepções e a idolatria de uma torcida que sempre o festeja. Uma das maiores façanhas deste jogador, formado na base do Coelho, talvez foi ter participado do grupo que garantiu o acesso americano à elite do futebol brasileiro em 2010, depois de nove anos fora da elite. A alegria pela conquista foi tão grande que fez o atleta adiar sua aposentadoria para o fim de 2011 e não no ano passado, como havia programado.

 

Mas a chegada à Série A pela equipe americana não foi fácil. Em 2007, ele estava no grupo que amargou o rebaixamento para o Módulo II do Campeonato Mineiro. O carinho pelo Coelho é tão grande que nesse difícil período da história do time, Euller chegou a tirar dinheiro do próprio bolso para comprar cestas básicas para os funcionários e até um carrinho para cortar a grama do CT.

 

Conseguir uma vaga no futebol também não foi nada fácil. Antes de iniciar sua carreira no América, o velocista fez testes no Atlético, Cruzeiro e no próprio Coelho, mas foi rejeitado pelos três clubes. Mesmo desanimado, ele foi jogar pelo Venda Nova (clube de várzea da capital), a pedido do empresário Renato Neves. O jovem jogador foi um dos destaques da equipe e passou a ser observado pelos clubes que o rejeitaram. Vivendo dificuldades financeiras, a diretoria da modesta equipe cedeu Euller ao América em troca de um par de chuteiras, um beliche e uma bola.

 

O narrador Milton Naves, que o apelidou de “Filho do Vento”, lembra do momento em que o então jovem atacante apresentava seu talento e velocidade na equipe americana. “Em termos de velocidade, sem dúvida nenhuma o Euller foi um dos maiores que eu já vi. Eu lembro que numa partida pelo Campeonato Mineiro, no Independência, estava ventando muito e ele recebeu a bola pela lateral, driblou seus marcadores e fez o gol. A velocidade que ele imprimiu foi tão grande que na hora de narrar o gol eu o chamei de ‘Filho do Vento’. A ideia pegou, todo mundo gostou. Até hoje o Euller me agradece por isso”, relembra.

 

Pelo Atlético, a história não é diferente. Por duas vezes ele vestiu a camisa alvinegra e, assim como no América, registrou momentos totalmente opostos. Na sua primeira passagem, o Filho do Vento fez dupla “infernal” com o centroavante Renaldo, no Brasileirão de 1996, quando o Galo foi eliminado pela Portuguesa nas semifinais.

 

Em 2005, ele participou do time do Atlético que foi rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro. E não escondeu as lágrimas após o jogo contra o Vasco, que decretou a queda do Galo para a segundona. No entanto, o descenso não diminuiu o carinho da torcida atleticana pelo jogador. Até hoje, a massa alvinegra reconhece a passagem marcante do atacante pelo clube. No empate entre Atlético e América por 3 a 3 pelo Campeonato Mineiro de 2010, os torcedores gritaram seu nome antes do início da partida.

 

A conquista da Libertadores em 1999 pelo Palmeiras foi o principal título do Filho do Vento. Mas foi em sua passagem pelo Vasco, entre 2000 e 2002, quando fez dupla com Romário (o baixinho considera Euller um dos melhores parceiros que já teve), que lhe rendeu a primeira convocação para a Seleção Brasileira, aos 29 anos. Com a camisa canarinho, Euller foi chamado nove vezes, jogou sete partidas e fez três gols.

* http://www.hojeemdia.com.br/cmlink/hoje-em-dia/esportes/filho-do-vento-agora-e-o-quarent-o-do-coelho-1.252590


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Comentários:
16
  • Gilvann disse:

    olha vendo os comentarios n vir nem hum de hum vascaino sou o primeiro mais sou muito grato e qr agradecer o euller por ter jogado no meu vascao dos atacante q vir joga no vasco foi hum dois melhores tenho saudade de ver ele joga pelo meu vascao era um cara fora de seria pra mim os tres melhores atacante q passou pelo meu vascao euller saudade de vc com a camisa do vasco abrc…

  • Renato Paiva disse:

    Esfria a cabeça aí, meu caro! E reconheça o que o Euler fez pelo América sem ter o desrespeitado como fez o Cerezo.
    Sei muito bem o que é desmando de arbitragem pois sou torcedor do Democrata de Sete Lagoas. Esses (times do interior) sim são assaltados do pré-infantil ao profissional sem que ninguém fique nem sabendo, já que os jogos não tem mídia.
    O que aconteceu naquele jogo entre Atlético e América é fichinha perto do que vejo e sofro.
    Abs!

  • Mário César disse:

    Chego a me enojar quando se refere ao americano como detentor de complexo de vira-lata.

    Na verdade, seria o americano que teria complexo de vira-lata ou o excesso de soberba de quem o julga assim?

    Detalhe: Se um jogador do Atlético é eliminado pelo Cruzeiro e na semana seguinte me aparece nas arquibancadas celestes, mesmo tendo história nos dois, é excomungado do alvinegro. E a mídia desponta como escândalo.

    No América pode tudo? É a casa da mãe Joana? Não temos o direito de cultuar uma rivalidade ( inclusive centenária) dentro dos parâmetros legais?

    Temos em nosso histórico uma série de intimidações de arbitragens em clássicos, independente do poderio respectivo de cada época. Temos 11 anos sem um árbitro mineiro marcar um mísero pênalti em favor do América em clássicos. Eu disse árbitro mineiro. Os de fora, como o Paulo César de Oliveira, apitou tranquilamente. Por que a diferença?

    Esses árbitros e MG sabem que se errarem contra Atlético e Cruzeiro, suas carreiras ficam comprometidas. Se o erro for acintoso e de grande impacto, como por exemplo tirar um título ou classificação da dupla rapogalo, entra para a geladeira e depois direto para o ostracismo. A dúvida aqui em MG sempre “pesou” em prol da cor da camisa.

    Quem leva o tapa jamais esquece.

    Quem sai beneficiado acusa o algoz de choro.

    É a lei dos mais forte e nem sempre do mais competente.

    Triste de quem pensa de maneira alienada acusando de complexo sem saber o mínimo do contexto em questão.

  • Mário César disse:

    Renato Paiva, fica cômodo da sua parte acusar quem passou todo o tipo de desmandos em arbitragem para acusar de complexo de vira lata. Não faz a mínima ideia do que fala e ofende para completar a alienação.

    Típico alienado.

    E me acusa de ingratidão e em seguida se refere ao cerezo daquela forma, mesmo com tudo o que ele fez pelo galo. Insignificância tem limite.

  • Renato Paiva disse:

    Mário César é o típico americano. Tem complexo de vira-lata.
    Isso é o que chamo de ingratidão. Nenhum desses jogadores citados por você, Mário, fez 10% do que fez o Euler.
    Sobre o Toninho Cerezo posso te afirmar que já FOI ídolo no Galo, o que deixou de ser quando vestiu a camisa azul depois de um leilão que mostrou todo o seu caráter.

  • Mário César disse:

    Prezado Chico,

    o conceito “reconhecimento” é um termo muito mais complexo que se possa imaginar.

    Alguns de maneira errônea acha que este termo possa ser atribuído somente num sentido único e que instantaneamente cria uma visão maniqueísta.

    É muito simplista. Típico por exemplo daquele lunático ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush, que proferia aos plenos pulmões que se o cidadão não estivesse de acordo com a sua política, estaria “automaticamente” a favor do terrorismo.

    Vamos ao Euller. Como americano apaixonado que sou, é óbvio que sou muito grato ao que este atleta construiu com a camisa do América.

    Porém, posso sim “reconhecer” tanto as coisas boas que ele fez, como posso “reconhecer” os absurdos que este cidadão fez em nome do marketing pessoal. Reconhecimento do lado bom e do lado ruim, típico da complexidade deste termo.

    Chico, no campeonato mineiro de 2010, o América foi eliminado pelo Atlético com 2 empates suados e com muitas críticas à arbitragem.
    Muita tristeza de nossa parte. Uma semana depois, eu disse uma semana, o Euller estava no Mineirão torcendo para o Atlético contra o Ipatinga. Tudo bem, ele pode fazer o que bem entender, a sua vida pessoal ninguém interfere. Mas ele é atleta do América, que tinha acabado de ser eliminado pelo seu arquirival.

    Se malcaratismo é um termo muito forte para tal, uso outro: a total falta de bom senso. Nisso e outras coisas. A mídia veicula incessantemente que ele ajudou o América. Ótimo, não é qualquer um que faria isso, é sinal de gratidão.

    Porém, vários outros atletas já o fizeram e não usaram os holofotes para se promover, como Gilberto Silva, que já doou várias cestas básicas, Wellington Paulo, com ajuda financeira no contexto de sua transferência ao Atletico PR e tantos outros. Nos tempos mais antigos, nos anos 70 por exemplo, era o mais comum. Teve gente que tirou até o que não podia, sacrificando a sua família em prol do time, como o Lísio Juscelino Gonzaga, o Biju. Portanto, parabéns para o Euller, mas ele está longe de ser o único ,como alguns da mídia gostam de divulgar.

    Vou encerrar este desgastante assunto com um exemplo simples, dentre as centenas que existiram na vida do América:

    O Toninho Cerezo, que é muito mais ídolo no galo que o próprio Euller, jogou no América no ano de 1996. Quando ele esteve no América, nas entrevistas e em outros contextos, só falava do América. Praticamente esqueceu do “glorioso”, como ele sempre dizia, pois era profissional, e vestia literalmente a camisa do time que lhe pagava e evitava conduta comprometedora por respeitar a rivalidade. Em 1994, ele fez o mesmo quando esteve no Cruzeiro.

    Cerezo não foi exceção. Tivemos vários jogadores que foram ídolos inquestionáveis em equipes diferentes e rivais da mesma praça de futebol, o mineiro, como o Palhinha antigo, o Nelinho, o João Leite ( América e Atlético) e tantos outros. Estes tiveram INTELIGÊNCIA na conduta, sem criar ambientes que gerasse no mínimo críticas.

    Portanto Chico, discordo totalmente quando se fala que o Euller é um ídolo de todos. Muitos americanos reprovam essa conduta marqueteira dele. Mas nada impede da gratidão ser muito grande aos feitos positivos, digna de reconhecimento eterno.

    Por isso não existe o rótulo anti-euller e pró-euller, existe análise de cada situação, em cada contexto específico.

    Abraços.

  • Renato Paiva disse:

    Pra mim pode ser ruim, Emílio! Às vezes, dá certo como foi o caso da Copa do Mundo. Porém, na maior parte das vezes não dá e o Felipão está provando isso desde 2003. Não se firma em time algum, até porque motivar alguém em sua língua pátria é uma coisa, em línguas que você não domina já é outra.
    Na minha opinião, o Felipão é um dos maiores enganadores da história do futebol brasileiro.

  • Emílio Melo Figueiredo - Sete Lagoas / MG disse:

    Que isso renato Paiva…

    Um cara campeao de Copa do Mundo, Libertadores, etc… nao pode ser considerado ruim tecnico nao, pode???

  • Sebastião A.Neto disse:

    O Euller é um otimo rapaz e foi um grande atleta.

  • Bertoldo disse:

    Atleta dedicado e exemplar, por isso teve uma carreira vitoriosa. Tão vitoriosa, que assim como Telê, rejeitou o cru cru.

  • Márcio Amorim disse:

    Correção: Mas… estão sempre atrás de um “ídolo”.

  • Márcio Amorim disse:

    Caro Chico!

    Tenho pena de quem não o viu nos seus melhores dias.

    Hoje os “grandes craques” nascem de uma irresponsabilidade da parte de alguns profissionais de imprensa especializada que os coloca num pedestal de isopor. Com o tempo, a verdade chega. Estamos vendo isto, claramente, no nosso campeonato. Muitas luzes que se apagaram, depois de tanto endeusamento. O que fizeram com Werley, Leandro Almeida, Foquinha, Bernardo e outros foi covardia. Limitadíssimos que poderiam se dar bem em clubes menores. Mas… estão sempre atrás um “ídolo”.

    Quando você vê a admiração de todos os torcedores pelo Euller é porque se trata de um profissional no verdadeiro significado da palavra. Usou cada camisa daquelas com respeito, empenho, dedicação e amor. Não adianta querer rotulá-lo de atleticano ou de americano. Talvez isto nem ele saiba ao certo. Para quê?

    Devemos é respeitá-lo e agradecê-lo por tudo. Pode aposentar com a consciência do dever cumprido (como poucos, diga-se!). Parabéns a ele pelo aniversário e pelo exemplo.

  • Dudú GALOMAIO disse:

    “Sobre os gols horrorosos Cruzeiro contra o Democrata”

    Clayton, é verdade.
    Todos nós sabíamos que o Cruzeiro iria ganhar sem dificuldades.
    Mas confesso que há muitos anos não via uma zaga entregar tantos gols, parecia até aquele Argentina x Perú de 1978.
    Cruz-credo!!! Parabéns ao Farías e André Dias pelos belos gols e ao T Ribeiro pelo oportunismo. Mas foram lances bisonhos da zaga democratense em 4 gols…. creimdeuspai!!! rsrs

  • Dudú GALOMAIO disse:

    Um exemplo de atleta. Com uma relação curiosa com os 3 clubes da capital:
    1) O amor declarado pelo Galo, seu time de coração.
    2) O carinho e gratidão ao América, clube que lhe abriu as portas do profissionalismo e o lançou para o mundo, a quem o mesmo diz dever tudo o que conseguiu na carreira.
    3)E a eterna recusa em jogar pelo Cruzeiro. Sempre o time celeste investia no jogador, mas o “Filho do Vento” ia cozinhando até fechar com outra equipe. Melhor assim, esta foto ficou melhor sem a camisa azul.

  • Junior Gam disse:

    Sempre fui fã desse Jogador, Gostava muito quando ele jogava pelo Clube Atletico Mineiro. Esse Cara é 10!

  • Renato Paiva disse:

    Grande homem, grande jogador, mas já vai começar estágio com a pessoa errada. Felipão nunca foi treinador, trata-se de um motivador e só. O Euler pode procurar o Murici, o Dorival, o Cuca…